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FORMAÇÃO PRÁTICA: INCENSO, TURÍBULO E NAVETA (COROINHAS)

• INCENSO: Nas Sagradas Escrituras o incenso e prece são representados com termos reversíveis um
do outro;
• O Incenso é uma resina que, ao arder, produz um agradável aroma.

* Salmo 140,2; Êxodo 30,34-36; Apocalipse 8, 3-4;

A Utilização dessa essência no culto divino provém de uma prescrição feita


pelo senhor a Moisés, na mesma ocasião em que o Senhor entregou a ele no
Monte Sinai as Tabuas da Lei;
- Deus não deixa duvidas de que aquela essência seria usada exclusivamente para esplendor do
culto divino (Solenidades);

- No novo Testamento surgem os primeiros dias de Jesus, e quando lembramos o nascimento de


Jesus, lembramos a história dos 3 Reis Magos que presentearam Jesus com: Outro (Para Reis),
Incenso (Para Deus) e Mirra (Para os Homens), São Leão Magno que dos 3 Dons Oferecidos o de
Maior valor é o Incenso.

- Um tempo depois o incenso foi aparecendo nas primeiras décadas do quarto século quando o
Imperador Constantino ofereceu à Basílica de Latrão 2 incensátórios (Turíbulo) feitos de ouro puro
que ficaram fixos em seus lugares e eram usados para perfumar o lugar santo, da mesma forma o
Papa Sérgio I (687-701) que mandou pendurar na igreja um grande incensador de ouro para que
“durante as missas solenes, o incenso e o odor de suavidade se elevassem mais abundantemente
para Deus”.

- O celebrante põe o incenso no turibulo e benze com o sinal da cruz, essa benção faz dele um
sacramental, isto é “um sinal sagrado”.

- Por fim, o carvão aceso no turibulo e o perfume que se evola servem também para nos advertir
que, se queremos ver nossas orações subirem assim até o trono de Deus, devemos nos esforçar
para ter o coração ardente com o fogo da caridade da devoção.

• NAVETA: A Naveta pequena nave (Referência ao seu formato) é o vaso destinado a conter os grãos
de incenso que são queimados nas celebrações solenes. É conduzida nas procissões por um acólito
ou coroinha denominado navetário ou naviculário.
 Os primeiros comentários referentes aos seus usos provavelmente vêm
dos egípcios, no III milênio a.C.. Seu uso sempre foi relacionado à
aromatização e purificação do ambiente e a uma oferta “de odor
agradável” à divindade. Os hebreus, por exemplo, utilizavam

Amplamente o incenso no Templo de Jerusalém, onde havia o “altar do Incenso”, no qual era
queimado continuamente o incenso em tributo a Deus. (Cf. Ex 30; Lv 16,12)

• A Naveta em missas e solenidades é utilizado em:

- Procissão de Entrada: A Naveta deve ser apresentada ao Sacerdote para que ele
imponha o incenso sobre as brasas no turíbulo, Na procissão, o navetário caminha à
esquerda do turiferário, à frente da procissão. Chegando à frente do altar, o navetário faz
uma reverência breve (inclinando apenas a cabeça) e aguarda com o turiferário à direita
do altar a chegada do sacerdote e a incensação da cruz e do altar.

- Proclamação ao Evangelho: Durante a aclamação, o turiferário e navetário se dirigem ao légio


ou cátedra onde se encontra o presidente da celebração, este irá pôr incenso no turíbulo. O
sacerdote se encontrará sentado, caso seja o bispo deve-se ajoelhar, tanto o turiferário quanto o
navetário, mantendo ambos os utensílios uma altura cômoda ao presidente da celebração. Após
pôr incenso o navetário retorna ao seu lugar, enquanto o turiferário se dirige ao ambão, ao
proclamar o evangelho o sacerdote incensa o Evangeliário ou lecionário, terminando entrega ao
turiferário, no término da leitura o mesmo se retira.

- Transubstanciação: O turiferário e navetário, se colocam diante do altar (fazem reverência),


durante o Santo proclamado, caso seja cantado no término. Quando o presidente da celebração
fizer a transubstanciação, deve-se ajoelhar, em seguida o navetário coloca rapidamente 3
colheres de incenso no turíbulo. Durante a narrativa da ceia, quando o sacerdote elevar a hóstia
consagrada, o turiferário incensa 3 ductos de 3 ictos, depois incensa novamente na elevação do
cálice. Após a narrativa da ceia ambos se colocam de pé, fazem a reverência e se retiram.

- Adoração ao Santíssimo Sacramento: O turiferário e navetário acompanham o sacerdote


durante a exposição, quando o sacerdote coloca o ostensório sobre o altar, ajoelham-se próximos
ao mesmo que ao pôr incenso no turíbulo incensa o Santíssimo. Quando o sacerdote for dar a
benção solene, o turiferário diante de Jesus Sacramentado, incensa 3 ductos de 3 ictos.

• OBSERVAÇÕES:
✓ O navetário deve segurar a Naveta sempre com as duas mãos e procurar estar atento aos
momentos em que se colocará incenso no turíbulo, abrindo a Naveta com descrição e
elegância, deixando-a na altura do turíbulo e a colher direcionada ao sacerdote.
✓ A manutenção e limpeza do turíbulo estão na responsabilidade do turiferário, este após o
término da Santa Missa deve limpa-lo e sempre observar se as correntes precisam de
ajuste, para que depois o mesmo seja guardado no local apropriado.
✓ Os acólitos responsáveis pelo turíbulo e Naveta, devem estar preparados para este serviço,
no qual exige muita maturidade, além de terem facilidade em manusear o turíbulo de
forma correta, devem ter dedicação, postura e seriedade naquilo que fazem.

• TURÍBULO: O Turíbulo é um pequeno incensário utilizado na liturgia católica;

• COMO SE PREPARA O TURÍBULO?


Leva algum tempo para preparar. O turiferário deve chegar com a devida antecedência (De
preferencia 1 hora antes da Missa). Limpar o turíbulo, caso o anterior turiferário, por
descuido, não o tenha limpo. Acende-se uma vela ou então utiliza-se um isqueiro e coloca-
se uma pastilha em contato direto com a chama. Quando estiver incandescente, põe-se no
incensador (Turíbulo), podendo colocar-se a seu lado mais uma pastilha por acender.

• COMO SE ULTILIZA ?
- Leva-se o turíbulo meio fechado, preferencialmente na mão direita e com a mão
esquerda segura-se a cápsula fique apoiada no polegar e no indicador. A outra mão, se
não houver um navetário, leva a Naveta, caso contrário, coloca o braço junto ao corpo,
com a mão na zona do peito.

• COMO INCESAR?

Antes de incensar, o acólito/turiferário faz uma inclinação profunda para a pessoa ou


para a coisa que irá ser incensada;

O acólito/turiferário coloca a extremidade das correntes (cadeados) junto à cápsula na


mão esquerda, e entre o polegar e o indicador na mão direita e nessa posição, a mão
esquerda sobre o peito e com a mão direita segura a outra extremidade da corrente
(cadeados) um pouco acima do opérculo.

Sem mover o corpo e nem deslocar a mão esquerda, levanta-se a uma certa distância se
si, o opérculo à altura dos olhos (Essa elevação chama-se Ductus) e balança de frente
para cima (Este movimento chama-se Ictus)

Incensa-se com 3 Ductus de 3 Ictus:

- À elevação do Pão;
- À elevação do Cálice;
- Durante a benção do Santíssimo;
- O que preside à celebração;

Incensa-se com 3 Ductus de 2 Ictus:

- O povo

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