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Frank Queiroz Chaves

Mitos e Lendas de Itacoatiara


Frank Queiroz Chaves

Mitos e Lendas de Itacoatiara


Revisão:
Lei Aldir Blanc Edval Meireles de Assis
Governo Federal
Prefeitura de Itacoatiara Capa e layout:

SEMCTUR Frank Queiroz Chaves

Ilustração: Entrevistados:

Eliezer F. Farias Neto Antonio M. da Silva Lucas


Frank Queiroz Chaves Ocyrema Cavalcante Pereira
Miguel Angelo A. de Souza Francisco Ferreira Mota
In memorian:

Edição disponível na plataforma digital Raimundo de Freitas Chaves


E-book e PDF Anália de Paula Chaves

Chaves, Frank Queiroz

MITOS E LENDAS DE ITACOATIARA / Frank Chaves - Itacoatiara:


Edição do Autor, 2021. 51 p. plataforma PDF e e-book

Gênero: Mitos, Lendas, Itacoatiara, Amazônia, imaginário, suspense,


terror.

1ª Edição - 2021

Contos, Juvenil e adulto


Mitos e Lendas de Itacoatiara

Frank Queiroz Chaves

MITOS E LENDAS DE
ITACOATIARA

1ª Edição

Itacoatiara - AM
Edição do autor
2021
Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

Eu acredito em tudo até que seja


refutado. Eu acredito em fadas,
em mitos, em dragões. Tudo isso
existe, mesmo que só em nossas
mentes. Quem poderia dizer que
sonhos e pesadelos não são tão
verdadeiros quanto a vida real?

John Lennon
Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

Sumário

Apresentação 06

Agradecimento 07

A lenda da cobra grande da Matriz 08

O benzedor que viu Nossa Senhora 10

A porca da saboaria 13

A lenda da cobra grande da ilha do cumaru 16

A lenda do fogo fato do capim páua 19

A lenda da loura da estrada Am-010 22

A lenda da alma penitente 26

A lenda do curupira ecológico 29

A lenda do Divino de ouro da Colônia 32

A lenda da cidade encantada 35

Uma carona de arrepiar 37

O desenterro misterioso 42
A hóspede misteriosa 45
A lenda do boto 47

Sobre o autor 49
Sinopse 50

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

APRESENTAÇÃO

Os mitos e lendas possuem significados que refletem


momentos que a ciência não consegue explicar. São
histórias que possuem uma narrativa fantástica e
envolvente. O fascínio pelo desconhecido sempre
permeou o imaginário amazonense. O sobrenatural está
presente em todos os processos mitológicos desde a
antiguidade. Busquei inspiração nos relatos de idosos e
pessoas que relatam com firmeza, que tiveram
experiências sobrenaturais e que depois de tê-las, vão
repassando oralmente o fato. E assim, vão se criando os
contos que resgatam e valorizam nossas tradições e a
cultura popular. Ao publicá-las, tentamos imortaliza-las e
reproduzi-las como contribuição aos saberes e fazeres do
povo itacoatiarense e se faz um regate dos tempos em
que as pessoas se sentavam à frente de suas casas. E
ficavam conversando até tarde da noite, falando sobre
assuntos diversos do cotidiano, mas no final, acabava
rolando uma estória de visagem, assombração, ou como
quiser chamar. Isso fez parte da minha infância! Por isso é
importante relembrar estes fenômenos que permeiam o
imaginário popular, que estão se perdendo e que por
vezes, servia para justificar certas situações inexplicáveis.
Como o caso da lenda do boto, onde as mocinhas do
interior apareciam grávidas do nada e o boto faceiro,
acabava sendo o grande vilão do fato. Não se tem
pretensão de transforma-los em verdade, somente
resgatar e valorizar alguns aspectos da cultura
itacoatiarense.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

AGRADECIMENTOS

Aos legisladores da câmara federal, por terem criado e


aprovado a Lei Aldir Blanc, que após processo de seleção
feito pela Prefeitura de Itacoatiara, através da SEMCTUR,
fui classificado e possibilitou a publicação dessa obra.

Ao meu avô Lolito, que me contava várias histórias do


seu tempo de mocidade e entre elas, sempre tinha uma
situação que envolvia eventos sobrenaturais. E talvez isso
foi me despertando o encanto pela história, pela escrita e
aprendendo a ser um bom ouvinte, captando a narrativa
dos fatos com bastante acurácia. E algumas das estórias
contidas nessa obra, foram repassadas por ele.

Agradeço aos informantes: Antônio M. da Silva Lucas,


Francisco Ferreira Mota, Ocyrema Cavalcante Pereira, aos
meus avós paternos in memorian: Raimundo Freitas
Chaves (Lolito) e Anália de Paula Chaves.

E não poderia deixar de agradecer meu pai Carlos


Chaves e Maria Lúcia Queiroz, a minha amada
companheira Jandy Simão pela paciência dispensada nos
dias da produção dessa obra.

E dedico a Laura Simão Chaves, minha doce e linda


filinha, que veio ao mundo para encher a minha vida de
amor, alegria e encantamento. E também aos seus
queridos irmãos: Guilherme e Giovanna que certamente
terão o privilegio de serem os primeiros a ouvirem essas
estórias, que permeiam o imaginário amazônico.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

A LENDA DA COBRA
GRANDE DA MATRIZ

8 Miguel Angelo A. de Souza


Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

A LENDA DA COBRA
GRANDE DA MATRIZ

No mês de novembro é realizada a festa da padroeira


de Itacoatiara N. Sra. do Rosário. Os fiéis fervorosos
festejam nove dias, encerrando as comemorações
com a tradicional procissão que é feita nas principais
ruas da cidade. Os mais antigos contam que Nossa
Senhora tem como guardiã uma grande serpente,
que se encontra localizada no sub-solo da Catedral
da cidade, pois todas as vezes que a imagem da
padroeira é retirada do altar para seguir em
procissão pela cidade, a cobra grande fica raivosa e
começa a vibrar, cuja ação faz surgir rachaduras nas
paredes da igreja. Isso mexeu por muitos anos com o
imaginário do povo da Velha Serpa, pelo motivo de
realmente terem aparecido trincas constantes nas
paredes da velha igreja construída em 1945. Por esta
razão a igreja passou por várias reformas para
solucionar o problema. Em 2005 a igreja passou por
uma reforma estrutural significativa, a qual
reestruturou toda a fundação a partir do alicerce, o
qual foi concretado com vergalhões de ferro de uma
polegada, com colunas e cintas da mesma
magnitude, capazes de suportar grandes abalos, até
mesmo o da lendária cobra grande protetora da
Matriz.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

O BENZEDOR QUE
VIU NOSSA SENHORA

Imagem de Nossa Senhora do Rosário,


padroeira de Itacoatiara

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Eliezer F.Farias Neto

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

O BENZEDOR QUE
VIU NOSSA SENHORA

Há muito tempo, quando o município não tinha


médico residente na cidade, das pessoas se tratarem
com farmacêuticos e com benzedores e benzedeiras.
Nessa época o Sr. José Regino, que era um benzedor
de crianças muito conhecido e popular na cidade. Ele
benzia, com suas habilidosas mãos, colocava ossos
no lugar, tirava quebranto, mal olhado, coisas mais
comuns em crianças. E após seu atendimento, logo
as crianças ficavam boas e ele nada cobrava! As
pessoas que no final, lhe davam um agrado.
Uma noite, ele saiu para beber um aperitivo e
quando caminhava de volta para sua casa,
atravessando a Praça 13 de Maio, atual praça da
Matriz, ele acabou caindo, de tão bêbado que estava
e ficou dormindo na praça.
Depois de passado um tempo, já bem tarde da noite,
ele acordou e viu uma lua esplendorosa!
Com a luz do luar, ele viu perto dele, uma senhora
vestida de branco, toda iluminada e que olhava para
ele com ternura. O benzedor, achou que a belíssima
senhora, parecia com a imagem de Nossa Senhora
do Rosário, muito parecida com a imagem da santa

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que ficava no altar da Igreja Matriz.
E diante daquela cena divinal, o benzedor Sr. José
Regino, ficou muito feliz acreditando que Nossa
Senhora do Rosário estivesse lhe protegendo!
Assim essa estória espalhou-se pela cidade e foi se
propagando por gerações.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

A PORCA DA BAIXA
DA SABOARIA

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

A PORCA DA BAIXA DA SABOARIA

Essa estória era muito comentada na comunidade, na


época em que o serviço de luz elétrica paralisava às 22h
e todos tinham lamparinas, velas e candeeiros para
iluminação das casas. E por isso as pessoas dormiam
cedo, mas comentavam que tarde da noite, aparecia
uma porca grande, assustando e correndo atrás das
pessoas que caminhavam altas horas da noite, pela
“baixa da saboaria”, atual Rua Luzardo de Melo, na
ladeira entre a feira do produtor e o banco Bradesco.
Depois de um tempo, comentavam que a porca se
tratava de uma senhora, que morava só com uma neta,
nas proximidades da “Baixa da Saboaria”.
Uma noite, um senhor reconhecido como muito
corajoso na região, passava pelo dito local, quando de
repente, uma porca investe contra ele.
No intuito de defender-se, o senhor bateu com a sua
bengala, na cabeça da porca. E o animal fugiu e o
senhor continuou na sua caminhada.
E qual a surpresa, no dia seguinte, a senhora que
diziam cumprir uma maldição, sendo mulher durante o
dia e virando porca durante a noite, apareceu doente e
com a cabeça ferida.
A conhecida “Baixa da Saboaria” ficava situada na atual
Rua Luzardo de Melo, no trecho entre a Rua 15 de
Novembro e a Rua Rui Barbosa. Existem outras versões
da estória da porca, contada por Itacoatiarenses, como:
Sr. Agenor Alves, já falecido; Sra. Iolanda Machado entre
outros.

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A LENDA DA COBRA GRANDE


DA ILHA DO CUMARÚ

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Mitos e Lendas de Itacoatiara

Frank Queiroz Chaves

A LENDA DA COBRA DA ILHA DO CUMARU

O pescador Francisco Ferreira Mota, conhecido


popularmente como "Pagão" e mais três amigos,
foram fazer uma pescaria, na ressaca da ilha do
Cumaru, que fica acima de Itacoatiara, no Rio
Amazonas.
Os quatros amigos pescadores estavam atentos na
pesca, porém a noite estava chegando e o tempo
ficando chuvoso, quando por volta das 20h, eles
avistaram dois focos de luz; como dois olhos grandes
que vinham na direção da canoa dos pescadores.
Tomaram um grande susto com aquela situação!
Amedrontados, eles remaram rápido para a margem
do rio, até saltaram para terra.
Já seguros em terra firme, ficaram observando os dois
focos de luz que se movimentavam para um lado e
para outro no meio do rio. Eles ouviam também um
chiado forte vindo do lugar!
Assustados e cansados, viram os dois focos de luz
submergirem, por volta de uma hora de madrugada.
Com o romper do dia, eles regressaram para a área
urbana da cidade, com o firme propósito de voltarem
lá para descobriram o que deveria ser.
Chegando em Itacoatiara, venderam o pouco peixe
que pescaram e no dia seguinte voltaram à ressaca do
da ilha do Cumarú.

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Lá chegando, ainda de dia, lançaram a rede de linha
americana e ficaram atentos aos movimentos no rio.
Quando foi às 20h, eles sentiram um peso muito
grande na rede. Tentaram puxar os cabos da rede e
não conseguiram. Sentem também um grande
estremecimento nos cabos da rede de pesca!
E logo em seguida, puxam os cabos e a rede sai do
rio partida ao meio e exalando um grande cheiro de
“pixé” de podre.
Aí voltam para a cidade, com o prejuízo inesperado.
O grupo não satisfeito, espera chegar o verão e volta
ao referido local.
Chegando à ilha do Cumaru, vão pedir permissão do
dono da localidade, para pescar no igarapé e contam
o que ocorreu com eles.
O dono do lugar falou: vocês tiveram muita sorte, de
não terem sido devorados pela cobra grande!
O referido senhor foi mostrar ao Pagão e aos três
amigos o local onde a cobra ficava.
E olha o que eles viram!
Um buraco imenso que parecia um panelão, nas
proximidades do lugar onde sempre eles ficavam
para pescar!

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Mitos e Lendas de Itacoatiara

Frank Queiroz Chaves

A LENDA DO FOGO FATO


DO LAGO CAPIM – PÁUA

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Mitos e Lendas de Itacoatiara

Frank Queiroz Chaves

A LENDA DO FOGO FATO


DO LAGO CAPIM – PÁUA

O Senhor Pagão com mais quatro amigos


pescadores, estavam no lago do capim-páua, que
fica à margem direita do Rio Amazonas, acima de
Itacoatiara, realizando mais uma de suas grandes
pescarias.
Colocaram suas linhas n’agua para pescar no fim da
tarde quando o sol desaparecia por trás da mata.
O silêncio era total!
Eram dezenove horas e a escuridão tomava conta
do lugar! Pagão e os companheiros preparavam-se
para jantar.
Eis a surpresa!
Ai de repente os quatro viram uma grande tocha de
fogo brilhante que corria, com muita velocidade
sobre a mata, das margens do lago.
Eles ficaram admirando o lindo espetáculo!
Depois de bastante tempo, desapareceu.
Pagão e seus amigos de pesca só tiveram essa
oportunidade de ver o “Fogo brilhante que corria“,
embora outros pescadores já tivessem visto e
posteriormente outros colegas de profissão terem
visto também, aquele fogo misterioso que surgia do
nada e sumia! Muitas pessoas antigas da região
também chamavam a aparição de fogo fato!

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É um impressionante fenômeno que costuma ocorrer
em cemitérios ou pântanos. De tempos em tempos,
surgem misteriosas chamas azuladas, que aparecem
por alguns segundos na superfície e logo depois somem
sem deixar vestígios. Hoje, os cientistas sabem que esse
fogo esquisito está ligado à decomposição dos corpos
de seres vivos. Nesse processo, as bactérias que
metabolizam a matéria orgânica produzem gases que
entram em combustão espontânea em contato com o
ar. “Ocorre uma pequena explosão e a chama azulada
vem acompanhada de um estrondo que assusta quem
está por perto”, afirma o químico Luiz Henrique
Ferreira, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
Com tudo isso, não é de se espantar que o fenômeno
alimente lendas de fantasmas, assombrações e almas
penadas. No Brasil, ele deu origem a um dos primeiros
mitos indígenas de que se tem notícia: o boitatá, a
enorme serpente de fogo que mata quem destrói as
florestas.

O fogo-fátuo chegou a ser descrito, ainda em 1560,


pelo jesuíta português José de Anchieta: “Junto do mar e
dos rios, não se vê outra coisa senão o boitatá, o facho
cintilante de fogo que rapidamente acomete os índios e
mata-os.”

Super interessante, O que é fogo-fátuo. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-


estranho/o-que-e-fogo-fatuo/ - Acessado em 12 de dezembro de 2021.

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A LENDA DA LOURA
DA ESTRADA AM-010

23 Eliezer F.Farias Neto


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A LENDA DA LOURA
DA ESTRADA AM-010

Tudo começou com um grande sonho dos


itacoatiarenses, a construção da estrada AM-010. Pois
até 1965, época de sua inauguração, a única forma de
se chegar à cidade, era através de transporte fluvial.
Com a inauguração da estrada vários motoristas
aventureiros se arriscavam vir para Itacoatiara, sem o
menor conhecimento da estrada, que tinha duas balsas
do rio urubu no meio do percurso, fato que prolongava
muito a viagem. A estrada era toda piçarrada, cheia de
curvas, buracos e abismos. Sem contar com a freqüente
passagem de animais que atravessavam a estrada,
principalmente a noite: Onça pintada, anta, cutia, veado,
jabuti e, etc. E isso aguçava a velocidade dos motoristas.
Acidentes eram freqüentes, muitos motoristas e
passageiros chegavam a ter alucinações no meio do
percurso, alguns chegavam a ver o Curupira, outros o
Mapinguarí e até o Juma.
O que mais aterrorizou os motoristas e passageiros da
velha AM-010, foi mesmo a aparição da Loura
enfermeira. Muitos relatos dos motoristas antigos da
cidade contam que por volta do quilômetro 160 era
comum, surgir do nada, uma bonita mulher loura toda
vestida de branco. Contam eles que ao observarem a
assombração, rapidamente dava um grande arrepio e
até dormência.

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Mas o pior acontecia aos motoristas desavisados acerca
do fato, que ao passarem pela loura, que costumava
aparecer no horário de meio dia e meia noite. Brecavam
o carro, e ofereciam carona para a beldade do além.
Abriam a porta do carro e iam batendo papo com
aquela figura encantada, que geralmente ela não falava.
Bem, o motorista, como tinha que dar atenção
principalmente para a direção frontal do carro, virava de
vez enquanto para a loura, até que em uma dessas
viradas que dava com olhar para a poltrona do
passageiro, misteriosamente a mulher tinha sumido,
logo olhava para o banco de traz e nada. Então pisava
fundo no acelerador assombrado com visagem até
chegar quase em estado de choque na cidade. Isso
ocorria com maior incidência com os motoristas
solitários, e é claro, quase nenhum motorista de
Itacoatiara ousava viajar sozinho.
Muitos acham, que a visagem tratava-se de uma
enfermeira muito bonita e faceira que morreu em um
acidente muito feio justamente naquele trecho da
estrada, e por conta disso, ela estava pagando
penitência, assombrando os motoristas. Essa lenda foi
bem presente desde a década de sessenta até o inicio
dos anos oitenta em Itacoatiara.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara

Frank Queiroz Chaves

A LENDA DA ALMA
PENITENTE

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Mitos e Lendas de Itacoatiara

Frank Queiroz Chaves

A LENDA DA ALMA PENITENTE

Itacoatiara nos idos de 20 a 30, era uma cidade


pequena, com ruas estreitas e cheias de mato. O povo
não tinha muito entretenimento, reuniam-se nas frentes
das casas com os vizinhos para bater papo até tarde da
noite, os assuntos eram diversos, começava pelas coisas
do cotidiano e terminava quase sempre com estórias de
assombração. As crianças que eram permitidas ficar
junto com os pais até tarde, conforme a noite chegava, o
medo aumentava. E pra completar sempre aparecia um
gaiato dando um tremendo grito ou susto na garotada.
As pessoas respeitavam os ritos religiosos na íntegra. Foi
então que em uma dessas noites enluaradas
começaram a contar a estória do enterro dos finados.
Diziam os antigos que aqueles que em vida foram
pessoas más, não iam para o céu, seus espíritos tinham
que ficar pagando algum tipo de penitencia na terra.
A estória dava-se assim: Um certo rapaz cheio de
trejeitos e desavisado, ao ouvir um certo murmúrio a
meia noite em frente a sua casa, resolveu abrir a janela,
foi quando o mesma se deparou com uma grande
procissão noturna. Em vez do mesmo fechar a janela,
rezar um terço e deixar o cortejo passar, resolveu
debruçar-se na janela e contemplar aquela procissão
fantástica, quando de repente, se dirigiu a ele uma
lindíssima moça com uma grande vela na mão, e disse-
lhe o seguinte, moço você pode guardar essa vela pra
mim até a manhã, e ele embasbacado pelo charme da

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moça, não contou conversa, e disse, sim moça pode
deixar comigo que eu guardo pra você com todo prazer.
Ela então depois o recomendou que acomodasse o
objeto em lugar bem seguro. Então ele pegou a vela e
guardou no fundo de seu velho baú. Bem, passaram-se
vários dias e a moça não veio mais pegar sua vela. Foi
então que ele resolveu abrir seu baú e averiguar direito
do que se tratava. Quando abriu, para seu espanto e
assombro, encontrou um osso de perna alojado no
fundo de seu baú. Foi então que ele se deu conta da
besteira que tinha feito, e acabou ficando louco.
É, não se deve brincar com coisa séria, devemos
respeitar os costumes e as tradições do povo, como diz
o ditado popular.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara

Frank Queiroz Chaves

A LENDA DO CURUPIRA
ECOLÓGICO DE ITACOATIARA

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Mitos e Lendas de Itacoatiara

Frank Queiroz Chaves

A LENDA DO CURUPIRA
ECOLÓGICO DE ITACOATIARA
Em 2005, o correu um fato misterioso que abalou a
cidade de Itacoatiara, foi quando oito mateiros da
empresa Mil madeireiras se embrenharam na selva
para fazer a derrubada de arvores. Lá pelas tantas
horas da noite, reuniram-se para jantar. E de repente
surgiu do nada um homem alto, todo branco nas
proximidades. Os trabalhadores perguntaram o que
aquele homem queria, e ele rapidamente sumiu, então
começaram a ir atrás dele, começaram também, a
xinga-lo. Como a visagem tinha sumido e não mais
apareceu, eles recolheram-se aos seus aposentos para
dormir, derepente um barulho, e um grito. Nesse
momento começou a agonia dos mateiros da Mil.
Começaram a ser atingidos simultaneamente por
tabefes, empurrões, tapas e pauladas. Como era noite
e estava escuro, não sabiam de onde vinha, e nem
tampouco, quem estava batendo neles. Um dos
trabalhadores foi arremessado de um lugar alto, que ao
colidir-se no chão, sofreu varias fraturas, foi inclusive
internado gravemente no hospital da cidade. Após
atendidos pelos médicos, uns afirmavam ter apanhado
do curupira e outros, da mãe da mata, por não terem
pedido permissão, para entrar na floresta.
Segundo relatos, eles sofreram a noite inteira, só
parando a agonia pela manhã com o nascer do sol.
Alguns operários ficaram tão assombrados que não
quiseram mais retornar na mata para cortar arvores.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara

Frank Queiroz Chaves

A LENDA DO DÍVINO DE
OURO DA COLÔNIA

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Mitos e Lendas de Itacoatiara

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A LENDA DO DIVINO DE
OURO DA COLÔNIA

Contam os antigos moradores do bairro da colônia, do


hilário fim da coroa original do padroeiro do bairro. As
comemorações eram feitas até a década de sessenta,
cada ano na residência de um dos moradores, que eram
chamados de mordomos, ou guardiões do Divino. Essas
pessoas eram responsáveis também pelo tradicional
almoço dos inocentes, que se encerrava com ladainhas e
uma pequena procissão em homenagem ao Santo. O
qual seguia em cortejo pelas principais ruas do bairro.
Um dia, um dos moradores responsáveis pela guarda da
coroa, a qual era de prata e tinha em sua ponteira uma
pequena pombinha de ouro, resolveu não repassa-la
para a próxima família, a qual guardaria o Divino até o
próximo ano. Formou-se então uma grande confusão,
xingamentos, até o ponto de chegarem às vias de fato.
O caso foi parar na velha delegacia do bairro, o delegado
era o Profº Gervázio Ruiz, que era conhecido pela sua
disciplina, altivez e aspereza. A referida autoridade da
época se investiu do cargo que lhe foi confiado pela Lei.
E mandou confiscar a velha coroa do Divino para sua
guarda provisória, com o intuito de averiguar, após uma
minuciosa investigação, a quem de fato deveria
pertencer a Relíquia.
Assim a coroa do Divino ficou presa na Delegacia de
policia de Itacoatiara, por um longo período, até o fim do
inquérito que definiu com quem ficaria a relíquia.

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Por conta disso, a prelazia de Itacoatiara resolveu erguer
uma igrejinha modesta na bairro, bem nas proximidades
onde aconteciam as antigas festividades feitas apenas
pelos comunitários da Colônia. A igreja passou a
controlar a situação oficialmente, adquiriu uma nova
coroa e pôs no altar do novo templo, a partir desse
momento, ninguém mais atreveu-se a guarnecer a
coroa. A qual só sai do altar para participar do cortejo
tradicional, onde é conduzida por andor de madeira que
é carregado ao mesmo tempo, por vários fiéis e
promesseiros.
Enquanto isso, a coroa foi entregue a uma determinada
família, aliás, a mesma que não queria repassá-la a
terceiros. Tem-se noticias de que mudaram-se para o
Rio de Janeiro, e levaram consigo a Relíquia do Bairro, e
não se sabe que fim deram a mesma. Só temos
conhecimento de que começou a recair uma mortal
maldição sobre a referida família e a toda sua geração.
Contam algumas beatas do Divino, que quase todo ano
morre membros dessa família, sem apresentar nenhum
quadro patológico comum.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara

Frank Queiroz Chaves

A LENDA DA CIDADE
ENCANTADA

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
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A LENDA DA CIDADE
ENCANTADA

Contavam os antigos sobre fantástica lenda da cidade


encantada; era uma cidade subterrânea que havia em
baixo da cidade de Itacoatiara, era muito antiga, cheia de
casarões e palácios, nos moldes da lendária Atlântida.
Conta-se de que em épocas remotas, apareciam
grandes cavernas subterrâneas em algumas regiões do
município, nas proximidades da beira do Rio Amazonas,
uma delas, na beira do Jauari, elas não tinham fim, e por
isso ninguém se atrevia a chegar próximo, para não ser
dragado por feras encantadas. Contavam que inclusive
se ouviam vozes reverberando em baixo som, provindo
do interior dos buracos misteriosos.
O fato é que até hoje, ainda surgem cerâmicas
artisticamente elaboradas que se erguem do fundo da
terra por toda a cidade de Itacoatiara, principalmente
próximo as margens dos rios, cuja fenômeno tem início
a partir do sítio arqueológico de Miracanguera localizado
na foz do furo do Arauató, que tem confluência com o
Rio Urubu, que por sua vez deságua no Rio Amazonas. O
intrigante nesse contexto, é que segundo os estudos do
arqueólogo amazonense Bernardo da Silva Ramos
(1934), as pedras históricas contendo inscrições
hieroglíficas que aparecem no porto do Jauary, cujas
pedras históricas emprestam o seu nome na língua Tupi
a cidade de Itacoatiara (cidade da Pedra Lavrada,

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pintada ou escrita). Na época da vazante do caudaloso
Rio Amazonas, segundo Ramos, tais inscrições foram
feitas por civilizações avançadas pré-colombianas, que
habitaram o vale amazônico, em épocas remotas,
segundo o intrépido arqueólogo, os desenhos contidos
nas referidas pedras, são nada mais, nada menos do
que inscrições Fenícias, cuja civilização foi precursora
das grandes navegações antes da era cristã.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
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UMA CARONA DE ARREPIAR

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

UMA CARONA DE ARREPIAR

Era meia-noite de uma sexta-feira comum, quando um


táxi passava tranquilamente pela frente da antiga
Fundação SESP, quando na esquina do referido
logradouro, de repente aparece um passageiro
pedindo carona. Ora, naquela hora da noite, na função
de motorista, quem não pararia para apanhar aquele
passageiro!
E assim foi feito, o motorista contente, abriu a porta e
mandou o passageiro entrar, na seqüência o motorista
perguntou ao passageiro - aonde o Senhor vai ficar?
Ele imediatamente respondeu! - Vou ficar para a Rua
15 de Novembro. Desta feita o condutor seguiu,
todavia, o mesmo foi puxando assunto com o
passageiro, porém sem olhar para o mesmo, pois sua
atenção estava voltada para a direção do veículo,
porém observou que o mesmo não respondia nada e
o motorista mesmo assim foi conversando e quando
chegou em frente ao cemitério, o passageiro disse,
pare aqui! Então o motorista virou-se espantado para
o passageiro e disse aqui!!!. E o passageiro disse sim
senhor, todavia, neste momento o motorista olha para
o passageiro e nota que o seu rosto transformara-se
em imenso buraco negro e logo em seguida o
passageiro abriu a porta do carro e adentrou o
cemitério.
O motorista arrepiou os cabelos de todo o corpo e
imediatamente arrancou com o carro, daquele lugar

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macabro e apavorado, foi para sua casa com o sistema
nervoso bastante abalado, contou a estória para sua
família, daí por diante passou a dormir cedo e nunca
mais passou em frente ao cemitério naquele horário.

Moral da história:
1 - Acredita-se que a alma penada, fosse algum defunto
que foi enterrado no antigo cemitério da cidade, que
era localizado no antigo SESP, situado na esquina da
Avenida parque com a Rua Eduardo Ribeiro, o qual foi
transferido para um novo local, situado na Avenida 15
de Novembro.
2 – Sempre um pouco de cautela, nunca é demais. Evite
passar sozinho por lugares desertos, principalmente a
noite, pois nunca você sabe o que vai encontrar pela
frente.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

O DESENTERRO MISTERIOSO

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Frank Queiroz Chaves

O DESENTERRO MISTERIOSO

Contam alguns coveiros do cemitério, de um fato


intrigante ocorrido no trabalho. O fato ocorreu quando a
pelo menos 20 anos atrás, houve um enterro de um
cidadão comum durante o dia, e os coveiros foram
chamados para fazer uma cova, os quais escolheram
uma área limpa, sem nenhum vestígio de uso e
começaram a cavar, todavia naquele lugar, exalava-se
um cheiro forte de rosas. Cujo aroma já havia sido
sentido outras vezes quando por aquele lugar passavam
e isto os intrigava muito, pelo simples fato de não ter
nenhuma roseira nas proximidades.
E como aquele local estava limpo e desocupado,
continuaram o serviço e para sua surpresa, quanto mais
cavavam o cheiro aumentava cada vez mais, quando de
repente, encontraram um caixão antigo, feito de madeira
de lei, da espécie itaúba em perfeito estado. A
curiosidade foi tanta, que eles não resistiram e
decidiram continuar cavando. E o fato da madeira estar
bem conservada, após tantos anos debaixo da terra,
chamava muito atenção deles.
Não ainda contentes com desfecho, resolveram abrir o
caixão, ai o cheiro de rosas exalou-se pelo lugar e para
aumentar os seus espantos, encontraram uma mulher
com o seu corpo e roupa branca completamente
conservado. Ficaram assustados com aquilo, fecharam o
caixão e chamaram o padre da cidade para verificar
aquele mistério.

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Foi então que o padre disse para eles enterrarem-na
novamente, para não causar alvoroço na cidade.
Todavia, o padre depois chamou os coveiros em
particular e disse a eles que não espalhassem o fato e
que precisaria deles a noite, para fazer a retirada
daquele corpo misterioso daquele lugar e leva-lo para
estudos possivelmente no Vaticano.
Assim foi feito, quando ficou bem tarde da noite, o padre
chegou com o seu Jipe, e pegou os dois coveiros e
começaram a desenterrar de novo a defunta misteriosa,
e colocaram-na no caixão dentro do jipe do Padre. Ao
terminar o serviço, o padre chamou os dois coveiros e
disse a eles, que estavam proibidos de falar sobre o
assunto, pois era segredo da igreja e eles assim
concordaram, só vieram a falar do assunto, depois de
alguns anos depois que o padre faleceu.
Todavia, não se sabe do exato paradeiro daquele corpo
e de quem se tratava. O fato do corpo estar
completamente conservado durante anos e exalar um
cheiro fortíssimo de rosas, sugeria tratar-se de uma
santa, segundo a própria conclusão do padre. Porém
não se sabe até hoje do que se tratava, e talvez o único a
desvendar esse mistério tenha levado tal segredo para o
túmulo.

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A HÓSPEDE MISTERIOSA

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A HÓSPEDE MISTERIOSA

Era quase meia noite, quando os vigias do cemitério


conversavam tranquilamente e por conta do avançar
da hora, fecharam o portão do local de trabalho. A
conversa foi fluindo e as horas se passando. Quando
de repente, se aproxima do portão uma bonita moça
loira, que segura no portão e diz! Moço, deixa eu
entrar! Os vigilantes ficaram assustados com a atitude
da moça e disseram a ela - Moça vá pra sua casa, pois
já é tarde – Ela então respondeu - abra o portão, por
favor – Os vigias ficaram preocupados com o apelo da
moça e decidiram abrir o portão e deixaram-na
entrar, todavia imediatamente, perceberam um tom
de mistério no semblante daquela moça, que ao
passar por eles sussurrou - eu moro aqui!.
E após dizer isso, a moça misteriosa passou por eles
de cabeça baixa e dirigiu-se para o interior do
cemitério, sumindo por entre as tumbas. O fato deu
um imenso medo nos vigilantes, tanto que no dia
seguinte não quiseram mais trabalhar naquele
horário.
Contam alguns funcionários do cemitério, que trata-
se de uma moça que morreu muito jovem, e que a
sua família, inconformada chorava muito pela sua
perda, com isso a moça não conseguia descansar em
paz.

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A LENDA DO BOTO

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A LENDA DO BOTO

A lenda faz parte do folclore indígena e, assim


como outras do mesmo universo, está ligada às
águas, muito presentes nas regiões de origem,
integrando seus cotidianos e modos de vida. O
boto-cor-de-rosa é um golfinho fluvial que habita o
rio Amazonas, em torno do qual se inventaram
muitas histórias. Em algumas versões, ele usa um
chapéu para esconder o buraco na cabeça, que
identifica a sua natureza mágica.
Segundo alguns relatos, em algumas noites, ele
consegue sair do rio e se transforma em um
homem cheio de encantos. Nessas madrugadas,
passeia em busca de moças que seduz, mas após o
encontro amoroso, retorna à sua forma natural e
regressa à água.
Muitas vezes, essas mulheres acabam
engravidando e gerando os “filhos do Boto”, ou
seja, crianças que nasceram de pai desconhecido.
O boto cor-de-rosa é considerado amigo dos
pescadores da região amazônica. De acordo com a
lenda, ele ajuda os pescadores durante a pesca,
além de conduzir em segurança as canoas durante
tempestades. O boto também ajuda a salvar
pessoas que estão se afogando, tirando-as do rio.

Pensador, Lenda do Boto. Disponível em https://www.pensador.com/lendas_do_folclore_brasileiro/


Acessado em 26 de novembro de 2021.
Sua pesquisa. Lenda do boto cor-de-rosa. Disponível em
https://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/lenda_boto.htm. Acessado em 26 de novembro de 2021.

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Mitos e Lendas de Itacoatiara
Frank Queiroz Chaves

Sobre o Autor
FRANK QUEIROZ CHAVES

Natural do município de Itacoatiara-AM


Mestre em Sociedade e Cultura do Amazonas – UFAM / 2014
Especialização em Metodologia do Ensino Superior – FACED / UFAM / 2006
Graduado em História - Universidade Federal do Amazonas – UFAM / 2003

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Chefe do Cerimonial da Prefeitura de Itacoatiara - 2021
Coordenador da Estação Cidadania e Cultura Oscar Ramos - 2019
Subsecretário Municipal de Cultura e Turismo de Itacoatiara-AM - 2017.
Membro fundador da Academia Itacoatiarense de Letras – AIL
Presidente da Associação de cultura e Arte
Diretor da Galeria de Artes Terezinha Peixoto
Presidente do Conselho Municipal de Turismo de Itacoatiara – COMTUR/2019
Agente do Patrimônio Histórico de Itacoatiara – IPHAN/2012.
Participou da produção do filme francês Le jaguar – 1998
Jurado do 63º Festival Folclórico do Amazonas em Manaus – SEC/AM – 2019
Jurado do 12º Festival Folclórico de São Sebastião do Uatumã – 5 e 6 de
outubro de 2019
Professor de Políticas Públicas – Curso de Direito da Universidade do Estado
do Amazonas/UEA – 2019.
Professor de Antrop. da Educação – Universidade Prominas/Hokemah - 2007
Professor de Artes da rede estadual de ensino - 2006
Professor de Organ. e Técnicas Comerciais – Economia e Mercado - 2005.
HONRA AO MÉRITO - Primeiro Lugar da Turma de Licenciatura em História da
Universidade Federal do Amazonas – Itacoatiara/AM. (18/07/2003).
Diretor do Campus Universitário Moysés Israel - ICET/UFAM - 2003/2007
Obras Publicadas:
Lei Orgânica de Itacoatiara - 2011
Regimento Interno da Câmara Municipal de Itacoatiara - 2011
Guia Turístico - Itacoatiara 123 anos - 1997

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SINOPSE

A obra faz um resgate da antiga tradição de contar


estórias de mitos e lendas, cujo hábito está se
perdendo com o tempo. Visto que o Amazonas é rico
na questão da oralidade, advinda dos povos da
floresta, que repassam seus fazeres e saberes às
novas gerações. E em meio as informações sobre o
conhecimento das plantas, estratégias de captura de
animais e do uso das plantas medicinais. Também
vão sendo repassadas as estórias fantásticas, que
permeiam o imaginário amazônico.
A obra faz um resgate da antiga tradição de contar
estórias de mitos e lendas da cidade de Itacoatiara-
Am. Visto que o Amazonas é rico na questão da
oralidade, advinda dos povos da floresta, que
repassam seus fazeres e saberes as novas gerações.
E em meio a isso, também vão sendo repassadas as
estórias fantásticas, que permeiam o imaginário
amazônico.

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Copyright © 2021 de Frank Queiroz Chaves

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exceto pelo uso de citações breves em uma resenha de
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Primeira edição, 2021


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