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É com alegria que apresentamos o caderno Dica de Prática do Emocionômetro.

Aqui, você encontra sugestões de atividades relevantes e o seu detalhamento para


utilização na sua prática educativa. Além de esclarecermos o que é e como funciona
cada atividade, indicamos sugestões de possíveis adequações para aplicação,
considerando a sua utilização tanto no modo presencial como remoto. Ao final
desse Caderno, você encontra as Notas Finais sobre o Emocionômetro que tratam
de apresentar as referências e informações sobre a base científica por trás dessas
atividades e a sessão Na Estante, com sugestões sobre como exercitar a expressão
das emoções em si mesmo e nos outros.

Um aspecto muito relevante das atividades que apresentamos é que elas podem
ser realizadas junto a variados públicos, tendo em vista que o desenvolvimento das
habilidades socioemocionais não se limita aos estudantes, tão pouco à prática
pedagógica dos professores. Aqui, reconhecemos a importância da criação de um
ambiente inspirador, onde todos sintam-se responsáveis pelo seu desenvolvimento
enquanto ação educativa imprescindível para apoiar a comunidade escolar –
educadores, estudantes e pais e/ou responsáveis -, na aprendizagem sobre como
reconhecer e lidar com as suas próprias emoções e como conviver socialmente
diante delas.

Certamente, ter os demais educadores, além dos professores, envolvidos de


maneira corresponsável nessa ação educativa, amplia as condições para que essa
aprendizagem se realize de maneira efetiva junto aos estudantes. Ao mesmo
tempo, ter os pais e/ou responsáveis envolvidos nessas ações ajuda na criação de
um ambiente em casa que agrega muito aos esforços desenvolvidos pela escola
porque esse deve ser um processo diário que não tem hora nem lugar específico
para acontecer.
A família é fundamental porque, assim como os educadores na escola, são espelhos
e exemplos tomados pelos estudantes. Tudo isso em benefício da formação de
pessoas solidárias, autônomas, criativas, gentis e otimistas diante dos desafios e
oportunidades trazidos por este século.

As atividades podem ser desenvolvidas com:

Estudantes – os professores podem planejar atividades como parte das práticas de


uma aula ou de qualquer outra situação didática;

Equipe Escolar – a Gestão Escolar ou a Coordenação Pedagógica podem inserir


essas atividades como parte das práticas de um Encontro Pedagógico ou outro
evento que reúna a equipe;

Pais e/ou responsáveis - a Gestão Escolar, Coordenação Pedagógica e/ou os


professores podem fazer uso dessas atividades durante uma reunião com os pais
e/ou responsáveis como exercício para integrá-los nas ações que desenvolvem as
habilidades socioemocionais nos estudantes.

Ao desenvolver essas e outras atividades na sua prática educativa, duas ações serão
realizadas: você oportunizará aos estudantes o exercício e a aprendizagem de
habilidades socioemocionais e aplicará, objetivamente, aquilo que aprendeu na
escola e na vida.

Mas, para dominar muito bem as atividades que aqui trazemos e aplicá-las com
maestria, é muito importante que você pratique de forma imersiva, na condição de
“sujeito aprendente”, tendo em vista que ao criar um repertório ampliado de
experiências, tanto você enriquece o seu processo de autodesenvolvimento
socioemocional como se torna “mestre” na sua aplicação!
Quando falamos de registros, nos referimos tanto àqueles relativos aos processos
da gestão pedagógica da escola (aulas, reuniões, o produto das reuniões, a
supervisão dos projetos, etc.) como àqueles que se referem à gestão dos meios na
perspectiva dos resultados do Plano de Ação da escola. Também é possível falar
dos registros do processo de implantação do Modelo da Escola da Escolha e do seu
desenvolvimento, e aqui há que se considerar as atividades desde a fase de
planejamento da implantação junto à Secretaria de Educação ao desenvolvimento
na escola.

Registro é também memória e faz parte de sua própria constituição. Assim, não
apenas textos, mas também fotografias, anotações, desenhos, filmes, gravações de
voz e imagem, entre outras formas, são registros e são memória. Cada um deles
tem suas próprias características e devem ser usados em benefício do trabalho
pretendido de sistematização e produção do conhecimento a serviço do Projeto
Escolar.

Por isso, destacamos a importância deste Caderno. Ao colocar em ação as Dicas de


Práticas, você e seus estudantes produzirão um grande portfólio com registros de
feitos pedagógicos inovadores, transformadores e que servem de inspiração para
novas ações educativas que desenvolvam as habilidades socioemocionais.

Desejamos que o uso desse Caderno seja bastante proveitoso e que você
desenvolva excelentes práticas!

Agora vamos conhecer as atividades?

Equipe ICE

Acesse a biblioteca do curso e leia na íntegra o texto "A


importância do Registro" de Thereza Barreto, Diretora
Pedagógica do ICE.
“Preciso despir-me do que aprendi. Desencaixotar minhas emoções
verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu! Uma aprendizagem da
desaprendizagem...”.
Alberto Caieiro

O ser humano experimenta uma infinidade de emoções diferentes a cada dia. Elas
estão ligadas a tudo que fazemos e aos acontecimentos da nossa vida,
desencadeados por eventos internos ou externos que enviam sinais para o cérebro
e sistema nervoso central. Todos nós somos afetados por pessoas e eventos. Muitas
alterações fisiológicas surgem como consequência e esse é o lado “físico” da
emoção. Nos emocionamos e por isso podemos sorrir, franzir a testa ou revelar
outra expressão e esse é o lado “expressivo” da emoção. À medida que isso ocorre,
interpretamos o que está acontecendo e concluímos se estamos experimentando
tristeza, raiva, medo ou felicidade. Esse é o lado “cognitivo” da emoção.

É comum existir certa confusão entre emoção e sentimentos, todavia, os conceitos


são diferentes. Um sentimento é uma informação que os seres humanos são
capazes de sentir nas situações que vivenciam porque é um estado psicofisiológico.
Segundo Damásio (2004), o sentimento é a percepção, no neocórtex, das respostas
corporais aos estímulos imediatos, através dos centros cerebrais inferiores. As
emoções têm função social e papel decisivo no processo de interação e integração
sociais. Damásio faz uma distinção entre sentimento (experiência mental da
emoção) e emoção (conjunto de reações orgânicas), de forma a estabelecer os
fundamentos biológicos que ligam sentimento e consciência. Em um nível básico,
as emoções são parte da regulação homeostática e constituem-se como um
poderoso mecanismo de aprendizagem.

DAMÁSIO, A. Em Busca De Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos, São


Paulo: Companhia das Letras, 2004.
A importância das emoções

As emoções ocupam lugar central nas nossas vidas porque são estruturantes no
desenvolvimento humano. Todo aprendizado implica em alteração cerebral e no
fortalecimento das ligações sinápticas. Segundo pesquisas citadas por Goleman
(2012), a infância é considerada o momento crucial para que sejam moldadas, para
toda a vida, as tendências emocionais. Os hábitos adquiridos na infância tornam-se
fixos na fiação sináptica básica da arquitetura neural e são mais difíceis de mudar
em idade mais avançada. O cérebro permanece maleável durante toda a vida,
embora não de maneira tão plástica quanto vista na infância. No grande projeto do
cérebro, as experiências vividas pela criança, ao longo dos anos, moldam ligações
duradouras nos circuitos reguladores do cérebro emocional. (Goleman, 2012)

As emoções desempenham um papel importante porque afetam nosso sistema


imunológico e o nosso processo de tomada de decisões; impactam na capacidade
de lidar com as exigências sociais e na capacidade de estabelecer e manter relações
interpessoais harmoniosas e saudáveis. As emoções podem, também, nos levar a
estados de tensão, conflitos e sofrimentos físicos e psicológicos e agem
principalmente em três planos: pensamentos, comportamentos e relações sociais.

As emoções sempre desenvolveram papel importante na evolução e adaptação da


espécie humana ao seu meio ambiente e também influenciam a nossa atenção e
visão das coisas. Para Ekman, em sua definição, temos seis emoções de base: raiva,
medo, desgosto, alegria, tristeza e surpresa. René Descartes, em 1649, elaborou
uma lista também com seis emoções fundamentais: admiração (correspondente da
surpresa), amor, ódio, desejo, alegria e tristeza.
As emoções podem ser, todas, consideradas como úteis, pois elas nos informam
sobre o ambiente ao nosso redor. Através desta função de informação, elas nos
conectam às nossas necessidades e são excelentes indicadores do que é importante
para nós. Quando achamos que nossas necessidades estão sendo satisfeitas,
sentimos emoções agradáveis e quando não são, sentimos emoções desagradáveis.

As nossas emoções chamam atenção não somente para as nossas necessidades


fundamentais, mas também para nossos valores. Isto dá sentido à vida. Um valor
não é um objetivo ou uma meta, é uma referência que orienta as nossas escolhas e
decisões.

As emoções raramente são postas em palavras, e, com muita frequência são


expressas de outras formas. Elas exercem a função de comunicação com os outros
e muitas vezes sem nos darmos conta, por meio da comunicação não-verbal.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Rio de Janeiro, 2012.


O Emocionômetro é uma estratégia muito interessante para estimular as pessoas a
identificarem e nomearem as suas emoções, sendo essa uma habilidade socioemocional
muito importante. Essa capacidade faz parte da aprendizagem socioemocional que nos
leva a desenvolver o autocontrole emocional e a agir (e reagir) de maneira equilibrada
diante de eventos.

Ao escolher uma “carinha” (emoji ou emoticon) que representa o nosso estado emocional,
alimentamos o Emocionômetro, mesmo quando a face escolhida é aquela sem expressão.
Quando ela é usada, indicamos que as demais emoções não representam como nos
sentimos naquele momento.

Na escola, independentemente da etapa de ensino, o Emocionômetro se aplica muito bem


e muitas Equipes Escolares já adotam essa estratégia!

Esse “termômetro das emoções” ilustra visualmente como as pessoas se sentem naquele
momento, ou seja, é como se pudéssemos fazer uma “fotografia das emoções” do grupo.
É uma estratégia muito potente, pois muitas vezes as pessoas não conseguem identificar,
expressar e nomear seus sentimentos pela fala. Dessa forma, a estratégia contribui para
que possamos compreender a razão de certas atitudes ou estados emocionais e
demonstrar uma atitude empática diante do outro.
Para desenvolver a prática do Emocionômetro no formato digital, com formulário online,
apresentamos as recomendações abaixo.

1) Acesse o Google Forms no endereço https://www.google.com/forms e entre com seu


login e senha;

2) Escolha a opção Iniciar um novo formulário, clicando no


sinal de “mais”;

2) Nomeie seu arquivo, insira uma descrição e escreva a pergunta. Após, escolha a opção
“múltipla escolha” para fazer seu formulário;
3) Em configurações , na aba “Geral”, selecione a caixa de diálogo “Ver
gráficos de sumário e respostas de texto”. Essa opção faz com que os respondentes
vejam os resultados da enquete imediatamente após o envio;
4) Para que as alternativas correspondam às emoções, salve em seu
computador as “carinhas” (emoji ou emoticon) que expressem emoções como
ansiedade, alegria, tristeza, susto, tédio e outras, a exemplo daquelas existentes
no formulário respondido no início de cada Parada do Curso “Habilidades
Sociemocionais na Escola da Escolha”;
5) Desenhe (ou cole) “carinhas” (emoji ou emoticon);
6) De volta ao formulário, ao clicar em “Adicionar opção”, aparecerá um

campo para que você descreva a emoção. Clicando no ícone , você faz o
upload de uma “carinha” (emoji ou emoticon) para cada alternativa. Sempre
mantenha uma ilustração sem nenhuma expressão (outro), para que seja usada
por aqueles que não encontraram nas carinhas existentes, a emoção que os
representa;

7) Clique em para visualizar a apresentação e em para escolher a forma


de compartilhamento;

8) Para visualizar os resultados, clique na aba


Para desenvolver a prática do Emocionômetro no formato digital, com utilização do chat,
apresentamos as recomendações abaixo.

1) Explique à turma que todos devem usar o chat da plataforma de reunião online
(Teams, Meet, Zoom...) para curtir uma “carinha” representativa das suas emoções;
2) Selecione a lista de “carinhas” (emoji ou emoticon) e insira um de cada vez, de
acordo com a seleção de emoções que considera importante para serem levantados;
3) Cada estudante deve curtir somente a “carinha” que o representa naquele dia.
Apresentamos as recomendações abaixo para desenvolver a prática do Emocionômetro
utilizando-se papel, considerando uma ação presencial.

1) Numa folha de cartolina ou papel pardo, desenhe (ou cole) “carinhas” (emoji
ou emoticon) que expressem emoções como ansiedade, alegria, tristeza, susto,
tédio e outras, a exemplo daquelas existentes no formulário respondido no
início de cada Parada do Curso “Habilidades Socioemocionais na Escola da
Escolha”;
2) Desenhe também uma “carinha” sem nenhuma expressão para que seja usada por
aqueles que não encontraram nas carinhas existentes a emoção que os representa;
3) No começo da aula, os estudantes devem receber etiquetas com seus nomes ou
coloridas, e colá-las no Emocionômetro, de acordo com a emoção que o representa
naquele dia. Você vai observar as emoções predominantes e seguir o planejamento
considerando os resultados.
Para desenvolver a prática do Emocionômetro fazendo uso de
pregadores de roupas ou plaquinhas, apresentamos as
recomendações abaixo, considerando uma ação presencial.

1) Providencie pregadores de roupa ou fitas adesivas em quantidade suficiente


considerando o total de pessoas, no qual devem ser registrados os nomes de cada
estudante;
2) Desenhe (ou cole) “carinhas” (emoji ou emoticon) que expressem emoções como
ansiedade, alegria, tristeza, susto, tédio e outras, etc, a exemplo daquelas existentes
no formulário respondido no início de cada Parada do Curso “Habilidades
Socioemocionais na Escola da Escolha”;
3) As “carinhas” devem ser penduradas num varal ou coladas numa tira de papel, lado a
lado ou uma abaixo da outra;
4) Cada estudante deve alimentar o Emocionômetro colocando o pregador ou a etiqueta
na “carinha” que representa o seu estado emocional.

Existe uma forma inversa à citada anteriormente:

1) Confeccione um “varal de chamada” ou um “cartaz


de pregas” (recurso visual feito com dobras no papel,
em que se criam “vãos” para se encaixar tarjetas),
com os nomes dos estudantes. Ofereça a cada um
deles um kit com as “carinhas”, ou em plaquinhas ou
em pregadores.
2) Com a chamada dos nomes dos estudantes exposta, cada um pendura uma plaquinha
ou o pregador no seu nome, com a carinha que representa seu estado emocional.
• É muito importante contextualizar o trabalho antes de iniciar qualquer atividade, deixando
os estudantes conscientes do tema e o motivo pelo qual a estratégia está sendo usada.
Nesse sentido, esclarecer a importância de elaborar um Emocionômetro para nomear as
emoções e explicar que os resultados vão ajudar nas reflexões realizadas na aula;
• Abaixo de cada “carinha” (emoji ou emoticon), deve haver o nome da emoção que ela
representa, para que os estudantes não tenham dúvidas na hora de escolher;
• É muito oportuno incentivar que os estudantes alimentem o Emocionômetro durante a
aula, já que as emoções podem mudar, de acordo com as nossas condições e estímulos,
tanto internos quanto externos;
• Após o levantamento das emoções dos estudantes, é recomendável observar quais foram
os registros e considerar esse aspecto no planejamento. Por exemplo, se a predominância
foram emoções que remetem à tristeza, cabe investigar os eventos ocorridos e o motivo
pelo qual os estudantes estão se sentindo dessa maneira;
• Ao final, quando todos tiverem expressado suas emoções (inclusive você, professor),
comente sobre a importância de vivenciar atividades que criam oportunidades para
aprender a identificar, expressar e controlar as próprias emoções diante de si e do outro.
Esse é um aspecto fundamental da aprendizagem socioemocional.

Desejamos um excelente trabalho!


Como definimos a emoção?

As emoções podem ser compreendidas como fenômenos cerebrais amplamente


diferenciados do pensamento, que contém as suas próprias bases neuroquímicas e
fisiológicas e que preparam o organismo para a ação em respostas
comportamentais básicas e necessárias à sobrevivência.

O que nos diz a ciência?

Falar de si e do que sente promove no ambiente de sala de aula um clima favorável


para o desenvolvimento da confiança e da segurança. Neste sentido, se aprende
que sempre há opções para reagir a uma emoção, e quanto mais meios temos para
lidar com as emoções, mais rica é a nossa vida.

Expressar as emoções e necessidades de modo autêntico permite cultivar melhor


os relacionamentos. A capacidade de estar atento e reconhecer as emoções e
necessidades dos outros, a escuta empática, é um excelente meio de criar relações
harmoniosas. A arte de relacionar-se com o outro exige o amadurecimento de duas
aptidões emocionais: o autocontrole e a empatia.
Expressar as próprias emoções está relacionada à competência social porque ela é
como um pré-requisito para o desenvolvimento de várias habilidades, a exemplo
da empatia e da gratidão. A experiência do autoconhecimento apoia a habilidade
de identificar e nomear emoções. A competência pessoal, muito estudada e
pesquisada por psicólogos e educadores, é um indicador importante para o
processo de adaptação tanto psíquica quanto social do indivíduo, bem como do seu
desenvolvimento.

A capacidade de entender os sentimentos dos outros está na capacidade de


interpretar canais não-verbais: o tom de voz, os gestos, a expressão facial e outros
sinais. A forma como as pessoas expressam seus sentimentos constitui-se numa
habilidade social muito importante.

Falar de si e do que sente promove no ambiente de sala de aula um clima favorável


para o desenvolvimento da confiança e da segurança. Neste sentido, se aprende
que sempre há opções para reagir a uma emoção, e quanto mais meios temos para
lidar com as emoções, mais rica é a nossa vida.
Se nos conhecemos e reconhecemos as nossas emoções, também podemos estimular
outras pessoas a viverem esse processo. Para isso...

SEJA O EXEMPLO!

Você tem muitas e variadas emoções. Deixe os outros saberem disso. Mostre as suas
emoções! E quando você não souber dizer o que sente, fale abertamente que não
consegue expressar com palavras. Enfatize que isso é um processo relacionado à
capacidade de conhece a si próprio e, certamente, um dos mais importantes e complexos
movimentos que fazemos em torno de nós mesmos.

COMPARTILHE!

Crie condições e ambiente para que as pessoas ao seu redor consigam identificar e
expressar o que sentem. Você pode sugerir que elas denominem da forma que quiserem.
Não há problema em reconhecer emoções semelhantes com denominações diferentes
(cada um sente da sua forma e expressa com os seus recursos).

NÃO DESISTA!

Invista no seu autoconhecimento. Esse é o primeiro e talvez o mais importante passo para
identificar e desenvolver a capacidade de controlar as próprias emoções,
independentemente de serem positivas ou não.
A seguir, listamos uma série de vídeos e indicações de leitura para você exercitar a
capacidade de expressar as suas emoções e incentivar outras pessoas a serem capazes de
se expressarem também.

Livro: A Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser


inteligente.
Autor: Daniel Goleman
Editora: Objetiva
Ano: 1996
Páginas: 382

Polêmico, inovador e provocador, este livro é um grito de alerta aos que ainda pensam que
a razão é a única responsável pelo caminho da vida. Publicado pela primeira vez em 1995,
nos Estados Unidos, este livro transformou a maneira de pensar a inteligência. Alterou
práticas de educação e mudou o mundo dos negócios. Das fronteiras da psicologia e da
neurociência, Daniel Goleman trouxe o conceito de "duas mentes" - a racional e a
emocional - e explicou como, juntas, elas moldam nosso destino. Segundo Goleman, a
consciência das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do
indivíduo. Partindo de casos cotidianos, o autor mostra como a incapacidade de lidar com
as próprias emoções pode minar a experiência escolar, acabar com carreiras promissoras
e destruir vidas. O fracasso e a vitória não são determinados por algum tipo de loteria
genética: muitos dos circuitos cerebrais da mente humana são maleáveis e podem ser
trabalhados. Utilizando exemplos marcantes, Goleman descreve as cinco habilidades-
chaves da inteligência emocional e mostra como elas determinam nosso êxito nos
relacionamentos e no trabalho, e até nosso bem-estar físico. Pais, professores e líderes do
mundo dos negócios sentirão o valor desta visão arrebatadora do potencial humano.

Livro: O livro dos sentimentos


Autor: Todd Parr
Editora: Panda Books
Ano: 2011
Páginas: 24

Raiva, medo, ansiedade, alegria... sentimentos tão contraditórios e confusos para as


crianças. Às vezes não dá vontade de inventar alguma coisa diferente, como... beijar um
leão-marinho? Todd Parr fala sobre os sentimentos e como devemos compartilhar todos
eles com quem a gente ama.
Livro: Agilidade Emocional
Autor: Suzan David
Editora: Cultrix
Ano: 2018
Páginas: 296

O caminho em direção à realização pessoal e profissional nunca é uma linha reta. Mas o
que separa aqueles que vencem os desafios daqueles que fracassam? Para a renomada
psicóloga e professora da Escola de Medicina de Harvard, Susan David, a resposta é uma:
Agilidade Emocional. Depois de estudar por mais de 20 anos as emoções e autorealização,
Susan descobriu que, por mais inteligentes ou criativas que as pessoas sejam, é a maneira
como lidam com seu mundo que determina o quanto serão felizes e bem-sucedidas em
todas as áreas da vida. Primeiro lugar na lista dos mais vendidos do The Wall Street Journal,
Agilidade Emocional apresenta, com sagacidade e empatia, uma abordagem revolucionária
para lidar com as reviravoltas da vida para atingir seus objetivos mais importantes com
sucesso.

Livro: Gente que mora dentro da gente


Autor: Patrícia Gebrim
Editora: Pensament0
Ano: 2015
Páginas: 144

... Imagine agora que existam muitos 'Eus', todos eles morando nesse espaço, aí dentro de
você, agora mesmo. E mais! Imagine que esses 'Eus' não conheçam uns aos outros, que
tenham opiniões diferentes sobre suas escolhas de vida e que cada um queira determinar
o caminho que você deve tomar. Dá pra imaginar a confusão?"
Filme: Divertida Mente
Ano: 2015
Categoria: Infantil
Duração:1h 42 min
Diretor: Peter Docter

Com a mudança para uma nova cidade, as emoções de Riley, que tem apenas 11 anos de
idade, ficam extremamente agitadas. Uma confusão na sala de controle do seu cérebro
deixa a Alegria e a Tristeza de fora, afetando a vida de Riley radicalmente.

Filme: Além do Impossível


Ano: 2016
Categoria: Drama
Duração:1h 47 min
Diretor: Alejandro Gómez Monteverde
O pequeno Pepper tem uma forte ligação com o pai, que precisa ir para a guerra. A situação
deixa o pequeno garoto de sete anos desolado e, disposto a trazer o pai de volta da guerra,
começa a seguir uma lista de boas ações entregue pelo padre Oliver.

Filme: Sete minutos depois da meia noite


Ano: 2017
Categoria: Drama
Duração:2h 08 min
Diretor: Juan Antonio Bayona

Este é um filme emocionante de superação no reconhecimento e aceitação das emoções


em um jovem menino. Este filme, apesar de ser uma animação, é classificado como
DRAMA, devido aos conteúdos abordados. É por isso que está como uma recomendação
extra aos que se aventurarem ver um filme de emoções intensas.

O filme conta a história de Conor O’Malley, um menino de 12 anos que enfrenta alguns
problemas em sua vida. Todos os dias, exatamente 7 minutos depois da meia-noite, Conor
passa a receber a visita de um monstro no formato de árvore. O monstro decide contar 3
histórias para Conor e em troca o menino terá que contar um segredo que esconde. O
menino utiliza o recurso da fantasia para fugir da realidade, mas acaba tendo que lidar com
seus problemas na escola, nos relacionamentos e nas perdas. É com a ajuda do monstro
que o menino consegue enfrentar seus medos e encontra coragem para se permitir
expressar seus sentimentos.
TED Talks A história das emoções humanas - Tiffany Watt Smith

As palavras que nós usamos para descrever as nossas emoções afetam como nos sentimos,
diz a historiadora Tiffany Watt Smith, e elas têm frequentemente mudado (por vezes
drasticamente) em resposta a novas expetativas e ideias culturais. Tomem "nostalgia", por
exemplo: definida pela primeira vez em 1688 como uma doença e considerada mortal, é
hoje vista como uma aflição muito menos grave. Nesta palestra fascinante sobre a história
das emoções, aprendam mais sobre como a língua que usamos para descrever como nos
sentimos continua a evoluir — e aprendam algumas palavras novas usadas em diferentes
culturas para captar aqueles sentimentos fugazes em palavras.

https://www.ted.com/talks/tiffany_watt_smith_the_history_of_human_emotions?langu
age=pt - Acesso em 19/11/2020

TED Talks O dom e o poder da coragem emocional - Suzan David

A psicóloga Susan David compartilha como a forma de encararmos nossas emoções


determina tudo aquilo que é importante: os nossos comportamentos, a nossa carreira
profissional, as nossas relações, a nossa saúde e a nossa felicidade. Numa apresentação
profundamente comovente, cheia de humor e com o potencial de mudar a nossa vida, ela
questiona uma cultura que valoriza a positividade em detrimento da verdade emocional, e
explora as poderosas estratégias da agilidade emocional. Uma palestra a ser
compartilhada.

https://www.ted.com/talks/susan_david_the_gift_and_power_of_emotional_courage?la
nguage=pt-br - Acesso em 19/11/2020
Ted Talks Você não está a mercê das suas emoções - Lisa Feldmann Barrett

Quando os jurados têm que decidir entre a prisão perpétua e a pena de morte, na maioria
das vezes, eles baseiam sua decisão no fato de o réu sentir ou não remorso por seus atos.
Tsarnaev pronunciou palavras de desculpas, mas, quando os jurados olharam para seu
rosto, tudo o que viram foi uma expressão petrificada. Tsarnaev é culpado. Não há dúvida
sobre isso. Ele assassinou e mutilou pessoas inocentes. Não estou aqui para debater isso.
Fico com o coração partido por todas as pessoas que sofreram. Mas, como cientista, devo
dizer que os jurados não podem detectar remorso ou nenhuma outra emoção em qualquer
pessoa. Nem eu posso, nem vocês. Isso porque as emoções não são o que pensamos que
são. Não são demonstradas e reconhecidas universalmente. Elas não são reações cerebrais
inatas, que são incontroláveis. Interpretamos a natureza das emoções de forma
equivocada durante muito tempo. Entender o que as emoções realmente são têm
consequências importantes para todos nós.

https://www.ted.com/talks/lisa_feldman_barrett_you_aren_t_at_the_mercy_of_your_e
motions_your_brain_creates_them/transcript?language=pt-br - Acesso em 19/11/2020
TED Talks Plasticidade Emocional - Adriana Fóz

Adriana explica o conceito de plasticidade emocional e os aprendizados sobre o


funcionamento do cérebro a partir de um grave AVC.

https://www.youtube.com/watch?v=YLGSjLSEgo8 - Acesso em 19/11/2020

TED Talks Ansiedade no presente e no futuro - Ana Beatriz Barbosa Silva

A psiquiatra e escritora, Dra. Ana Beatriz Barbosa fala nessa palestra sobre o medo,
ansiedade e stress, revendo a nossa evolução em busca da felicidade. Dra Ana Beatriz
Barbosa Silva é médica graduada pela UERJ com residência em psiquiatria pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

https://www.youtube.com/watch?v=BsA2yN37cCg - Acesso em 19/11/2020

*Para os vídeos em língua estrangeira exibidos no YouTube que


não tenham legendas em Português, há um controle no canto
inferior direito da tela onde é possível fazer a opção para a
legenda nos idiomas disponíveis, incluindo Português
Para saber mais sobre os estudos referenciados nesse Caderno, consulte Cadernos
de Formação da Escola da Escolha - Eixos Formativos.

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