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x = au + bv , (18.208)
y = cu + dv , (18.209)
-1
-2
-3
-4
4
0
u=
u=
u=
u=
u=
u=
u=
u=
u=
as curvas de v constante são famílias de
v=
4
2
v=
-1
- 2
-3
v=
Substituindo f (x, y) = 1, f (au + bv, cu + dv) = 1 e |J(u, v)| = |ad bc| temos
¨ ¨
dxdy = |ad bc|dudv (18.219)
S Q
∂X ∂X
X(u, v) = X(u0 , v0 ) + (u0 , v0 )(u u0 ) + (u0 , v0 )(v v0 ) + · · (18.221)
·,
∂u ∂v
∂Y ∂Y
Y (u, v) = Y (u0 , v0 ) + (u0 , v0 )(u u0 ) + (u0 , v0 )(v v0 ) + · ·(18.222)·.
∂u ∂v
Estas duas equações podem ser escritas numa forma matricial
✓ ◆ ✓ ◆ !✓ ◆
∂X ∂X
X(u, v)
=
X(u0 , v0 )
+ ∂u (u0 , v0 ) ∂v (u0 , v0 ) u u0
+···
Y (u, v) Y (u0 , v0 ) ∂Y ∂Y v v0
∂u (u0 , v0 ) ∂v (u0 , v0 )
(18.223)
O primeiro termo desta aproximação pode ser interpretado como uma trans-
lação (que não altera a área) e o segundo termo como uma transformação linear,
que altera a área por um fator igual ao módulo do determinante da transformação,
ou seja, o termo |J(u, v)| como já deduzido. Os termos omitidos tendem a zero
mais rápido que o termo linear, portanto para toda transformação de coordenadas
diferenciável existe uma vizinhança pequena do ponto (u0 , v0 ) no qual a transfor-
mação pode ser aproximada por uma translação mais uma transformação linear.
Suponha que existe uma região em que J(u, v) = 0. Nesta região a aproximação
de Taylor acima resulta numa transformação degenerada, ou seja, as linhas de u
(ou de v constantes) tornam-se uma curva apenas e pelos motivos já menciona-
dos a transformação de coordenadas não é inversível. Na dedução da formula de
mudança de variáveis partimos da suposição de que a transformação é inversível,
portanto a fórmula não pode ser utilizada em uma região em que o jacobiano se
anula, pois precisaríamos de uma aproximação de ordem mais alta. No entanto
se a região em que J(u, v) = 0 for um conjunto de medida nula a região em que a
aproximação de ordem mais alta é necessária pode ser desprezada, não alterando
o resultado.
Exemplo 18.19.
658 Integrais de campos escalares
10
do tipo I, a primeira no intervalo [0, 1], a
segunda no intervalo [1, 2] e a terceira no
5
intervalo [2, 3]. Podemos também des-
crever esta região como 3 regiões do tipo
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
II nos intervalos [0, 7], [7, 10] e [10, 17]
3
5x + y = 0 (18.224)
7x + y = 4 (18.225)
5x + y = 2 (18.226)
7x + y = 0 (18.227)
Da maneira como este sistema está escrito, uma das novas coordenadas está vari-
ando de 0 até 2 e a outra está variando de 4 até 0. Queremos que o domínio seja
o retângulo Q = [0, 4] ⇥ [0, 2]. Se definirmos v = 5x + y temos automaticamente
v 2 [0, 2] como desejado. Mas para que u tenha o domínio desejado devemos
mudar o sinal das equações que envolvem 7x + y, resultando nas equações
7x y = 0 (18.228)
7x y = 4 (18.229)
5x + y = 0 (18.230)
5x + y = 2 (18.231)
temos
15
1 1
x = u+ v (18.232)
10 2 2
5 7
y = u+ v (18.233)
5
2 2
cujas curvas de u e v constantes que en-
0
0 0.5 1 1.5 2 globam a região S pode ser vista na ima-
2.5 3
gem ao lado.
O jacobiano desta transformação linear é simplesmente
! ✓ ◆
∂X ∂X 1 1 7 5 1
J(u, v) = det ∂u ∂v = det 2 2 = = . (18.234)
∂Y ∂Y 5 7
∂u ∂v 2 2 4 4 2
ˆ 2ˆ 4✓
◆✓ ◆
1 1 5 7 1
¨
xydxdy = u+ v u+ v dudv
S 0 0 2 2 2 2 2
1 2 4 1 2 4
ˆ ˆ ˆ ˆ
= (u + v) (5u + 7v) dudv = 5u2 + 12uv + 7v2 dudv
8 0 0 8 0 0
ˆ u=4 ˆ ✓ ◆
1 2 5 3 2 2 1 2 320 2
= u + 6u v + 7uv dv = + 96v + 28v dv
8 0 3 u=0 8 0 3
✓ ◆
1 320 2 28 3 v=2 1 640 224
= v + 48v + v = + 192 +
8 3 3 v=0 8 3 3
1 1440
= (640 + 576 + 224) = = 60 .
24 24
x = r cos q , (18.235)
y = r sen q , (18.236)
(18.240)
ou apenas
4
V = pa3 . (18.243)
3
Podemos ver que para cada curva de q constante a variável r no quadrado varia
de 0 até um valor que depende de q. Em q = 0 e q = p2 a variável r vai de 0 até a.
p
Em q = p4 claramente temos 0 r a 2.
No intervalo 0 < q < p4 vemos que a co-
ordenada r varia de 0 até um valor na reta
a
Seja
ˆ +•
ax2
I= e dx . (18.247)
•
2
Não podemos expressar alguma primitiva de e ax como combinação das funções
elementares ou composições, o que nos impede de utilizar o teorema fundamental
2
do cálculo. Sabemos que se a > 0 e |x| > 1, e ax < e a|x| e como • e a|x| dx
´ +•
3 Tecnicamente estamos contando a interseção duas vezes, mas esta interseção é um conjunto
converge, a integral acima deve ser um número real, que pode ser calculado com
o auxílio das coordenadas polares. Seja
ˆ +a
2
I(a) = e ax dx . (18.248)
a
lim I(a) e I 2 = lim I 2 (a). Mas
Claramente I = a!• a!•
ˆ +a ˆ +a
2 ax2 ay2
I (a) = [I(a)] · [I(a)] = e dx · e dy . (18.249)
a a
Este produto de duas integrais de funções de uma variável pode ser escrito como
uma integral dupla de uma função separável
ˆ aˆ a ¨
ax2 ay2 2 2
2
I (a) = e e dxdy = e a(x +y ) dxdy , (18.250)
a a Q
onde Q = [ a, a] ⇥ [ a, a].
Como pode ser visto na figura ao lado,
este quadrado
p está contido em um círculo
de raio 2a denotado por C1 e contém
um círculo de raio a denotado por C0 , ou
seja, C0 ⇢ Q ⇢ C1 . Como a função que
2
estamos integrando e ax é positiva em
todo o R2 ,
¨ ¨ ¨
a(x2 +y2 ) a(x2 +y2 ) a(x2 +y2 )
e dxdy < e dxdy < e dxdy . (18.251)
C0 Q C1
✓ ◆
1 2 x2
y= u (18.261)
2 0 u20
x
Na origem esta função se anula, o que representa apenas uma região de medida
nula. Como o jacobiano é negativo esta transformação altera a orientação (como
no caso de uma reflexão). Este sistema de coordenadas é utilizado para descrever
o efeito Stark na mecânica quântica, entre outras aplicações.
18.7 Sistemas de coordenadas do R2 665
x2
(au0 )2
+ (buy )2 = 1, ou seja, são elipses
0
de semi-eixos au0 e bu0 . As curvas de
bu sen(q0 )
v constante satisfazem xy = au cos(q0 ) =
b
a tan(q0 ),
ou seja, semi-retas que partem
x
ou apenas
4
V = pabc . (18.271)
3
x = uev , (18.272)
y = ue v , (18.273)
x = x0 + r cos q , (18.275)
y = y0 + r sen q , (18.276)
com o mesmo domínio das coordenadas polares. Neste caso as curvas de r cons-
tante satisfazem (x x0 )2 + (y y0 )2 = r02 , ou seja, circunferências de raio a com
centro (x0 , y0 ). As curvas de q constantes satisfazem y y0 = tan(q0 )(x x0 ) que
representam semi-retas que se cruzam ponto (x0 , y0 ). O jacobiano não é alterado
pela translação.