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Curso de Engenharia Civil Estruturas de Concreto II Prof. Nelson Alves

Critérios de detalhamento da seç ão transversal – 18/03/2020


e-mail : nelsonalves@umc.br

1 Armadura mínima de tração

“A armadura mínima de tração, em elementos estruturais armados ou protendidos deve ser determinada pelo
dimensionamento da seção a um momento fletor mínimo dado pela expressão a seguir, respeitada a taxa mínima
absoluta 0,15 %” (NBR 6118, 17.3.5.2.1):

Md,mín = 0,8 W0 fctk,sup

onde: W0 = módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto, relativo à fibra mais tracionada;
fctk,sup = resistência característica superior do concreto à tração:

fctk,sup = 1,3 fct,m

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com: fct,m = 0,3 fck2

De maneira alternativa pode-se calcular a armadura mínima da seguinte forma:

As,min = min x Ac

Onde: min é a taxa de armadura mínima, valor em função do fck


Ac é a área de concreto da seção transversal.

2 Armadura longitudinal máxima


“A soma das armaduras de tração e de compressão (As + A’s) não pode ter valor maior que 4 % Ac , calculada na
região fora da zona de emendas, devendo ser garantidas as condições de ductilidade requeridas em 14.6.4.3.” (NBR
6118, 17.3.5.2.4).

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3 Armadura de pele

Sua função é controlar a abertura de fissuras por retração do concreto em peças com h 60 cm
Segundo a NBR 6118 (17.3.5.2.3), nas vigas com h > 60 cm deve ser colocada uma armadura lateral, chamada
armadura de pele, composta por barras de CA-50 ou CA-60, com espaçamento não maior que 20 cm e devidamente
ancorada nos apoios, com área mínima em cada face da alma da viga igual a:

Asp,face = 0,10 % Ac,alma = 0,10 bw . h

Como essa é uma armadura por metro de altura, podemos escrever a expressão da seguinte forma:

Asp,face = 0,10 bw ; com bw em cm.

Em vigas com altura igual ou inferior a 60 cm, pode ser dispensada a utilização da armadura de pele. As armaduras
principais de tração e de compressão não podem ser somadas no cálculo da armadura de pele.

Essa armadura não pode ser maior que 5,0 cm2/m/face

Onde: e  20 cm e d/3

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4 Espaçamento Livre entre as Faces das Barras Longitudinais

A fim de garantir que o concreto penetre com facilidade dentro da fôrma e envolva completamente as barras de aço das
armaduras, a NBR 6118 (18.3.2.2) estabelece os seguintes espaçamentos livres mínimos entre as faces das barras
longitudinais (NBR 6118, 18.3.2.2):

Na direção horizontal (ah): Na direção vertical (av):

onde:

ah,mín = espaçamento livre horizontal mínimo entre as faces de duas barras da mesma camada;
av,mín = espaçamento livre vertical mínimo entre as faces de duas barras de camadas adjacentes;
dmáx,agr = dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado no concreto;
l = diâmetro da barra, do feixe ou da lu va.

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O espaço disponível para locação das barras na seção transversal, espaço livre entre ramos do estribo, pode ser obtido
através da seguinte expressão:

edisp = bw – 2c - 2t

A verificação do valor de ah pode ser feita da seguinte forma:

ah = (edisp – n l ) / (n-1)

Onde: n é o número de barras na mesma camada

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