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A escrituração contábil deve ser executada com observância das disposições legais, em idioma
e moeda corrente nacional, em forma mercantil, com individuação e clareza, por ordem cronológica
de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borraduras, rasuras, emendas e
transportes para as margens.
Registros contábeis
O Livro Diário é de uso obrigatório por exigência da legislação mercantil, tributária, trabalhista
e previdenciária, dentre outras, e nele será lançado, em ordem cronológica, com individualização,
clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, incluídas as de natureza
aleatória, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais.
Admite-se a escrituração resumida no Diário, com valores totais que não excedam ao período
de um mês, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do
estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares para registro individuado e conservados os
documentos que permitam sua perfeita verificação.
O transporte para o livro Diário dos totais mensais dos livros auxiliares, deve ser feita com
referência às páginas em que as operações se encontram lançadas nos livros auxiliares devidamente
registrados.
Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas-Correntes, que também poderão ser
escriturados em fichas, estão dispensada de autenticação quando as operações a que se reportarem
tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em livros devidamente registrados (§ 1°, do Art. 269,
do RIR/99).
Livro razão
A pessoa jurídica tributada com base no real deverá manter, em boa ordem e segundo as
normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar por conta ou
sub-conta, os lançamentos efetuados no Diário, mantidas as demais exigências e condições previstas
na legislação. A escrituração deve ser individualizada, obedecendo a ordem cronológica das operações
(Art. 259, do RIR/99).
Os livros ou fichas do Diário, bem como os livros auxiliares, deverão conter termos de abertura
e de encerramento, datados e assinados pelo titular da empresa ou seu representante legal e por
contabilista legalmente habilitado, com indicação do número de sua inscrição no Conselho Regional de
Contabilidade e ser submetidos à autenticação no órgão competente do Registro do Comércio, no
caso de empresa mercantil, e quando se tratar de sociedade civil, no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos. No caso de adoção de processo
eletrônico para escrituração contábil, os formulários contínuos, numerados mecânica ou
tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro.
A autenticação poderá ser feita antes ou depois do livro ser escriturado. Para fins do imposto
de renda é aceita escrituração do livro diário com autenticação em data posterior aos registros das
operações, desde que a autenticação seja feita até a data de entrega da declaração de rendimentos
da pessoa jurídica, do correspondente ano calendário.
Os livros comerciais e fiscais poderão ser escriturados por sistema de processamento eletrônico
de dados, em folhas contínuas, que deverão ser numeradas, em ordem seqüencial, mecânica ou
tipograficamente, conter termos de abertura e de encerramento, e ser submetidos à autenticação no
órgão competente do Registro do Comércio, e, quando se tratar de sociedade civil, no Registro Civil
de Pessoas Jurídicas ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos (Art. 255 e § 4°, do Art. 258
do RIR/99).
As pessoas jurídicas obrigadas à apresentação dos arquivos, quando intimadas pelos Auditores-
Fiscais da Receita Federal (AFRF), deverão apresentar no prazo de vinte dias, os arquivos digitais e
sistemas contendo informações relativas aos seus negócios e atividades econômicas ou financeiras.
As informações que deverão ser apresentadas em arquivos padronizados são: registros contábeis;
fornecedores e clientes; documentos fiscais; comércio exterior; controle de estoque e registro de
inventário; relação insumo/produto; controle patrimonial; folha de pagamento (Art. 2° da Instrução
Normativa SRF nº 086, de 2001 e Art. 1° do Ato Declaratório Executivo – Cofis n° 015, de 2001).
É obrigatória a conservação em ordem, enquanto não prescritas eventuais ações que lhes
sejam pertinentes, os livros, documentos e papéis relativos a sua atividade, ou que se refiram a atos
ou operações que modifiquem ou possam vir a modificar sua situação patrimonial (Art. 4º, do
Decreto-Lei n° 486, de 1969, e, caput do Art. 264 do RIR/99).
O direito da Fazenda Pública de constituir crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos,
contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado
(Art. 173, do CTN). Nos casos de lançamento do imposto de renda, o prazo extingue-se após cinco
anos, contados da ocorrência do fato gerador, se a lei não fixar prazo para homologação, (Art. 899 do
RIR/99).