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Medo da Realidade
As pessoas com este karma - numa primeira fase da vida - trazem nelas a contradição emocional ao
máximo. Esta energia tem a ver com sentimento, intimidade, sensibilidade e uma pessoa que tem o
Karma, a energia da limitação, nesta posição, vai ter a sua dimensão emocional extremamente confusa.
Explicando melhor. As pessoas com este Karma são muito sensíveis, e têm muita necessidade de sentir o
sagrado, o sublime, o absoluto. Conceitos muito altos que o ser humano só consegue em estados
profundos de meditação. Pessoas que têm uma restrição nesta área, têm muita tendência a confundir as
coisas, e acabam por procurar o sagrado aqui em baixo, na matéria. Por causa da dificuldade em ver a
vida como ela é, têm tendência a dissociar. Passam a querer que coisas materiais, tais como emprego,
dinheiro, relacionamentos, família, status social, enfim - e aí depende do resto do mapa - lhes devolva a
sensação de sagrado que tanto anseiam. É por isso que ouvimos algumas pessoas dizer quando iniciam,
por exemplo, um relacionamento amoroso: "Agora sim! Este não vai me desiludir!"
Mas a verdade é que só se desilude quem se ilude, e estas pessoas que têm tendência a projetar
demasiadas expectativas nas coisas e nas pessoas, vão atrair todo o tipo de desilusões.
Depois, a fase seguinte é a da vitimização. Como se sentem frustradas, pois as suas expectativas não
foram correspondidas, têm a necessidade de culpar os outros pelas suas desilusões. É como se a dor
fosse tão profunda - pelo excesso de sensibilidade - que elas consideram que os outros não tinham o
direito de os desiludir... sem considerar que foram eles próprias que subiram a escada da ilusão, levando-
a ao máximo.
E isto vai sendo assim, um rasto de ilusão/desilusão/vitimização até ao dia em que compreendem que o
sagrado está lá em cima, e respeitam a necessidade de se conectar com o céu para definitivamente
conseguirem receber a energia do sagrado, do êxtase. Nesse momento, serão pessoas com uma energia
altíssima, que passam a aceitar a grande responsabilidade de trazer à Terra a espiritualidade e a
evolução interior.
Em outra vida poderão ter vivido situações muito traumáticas em que a dor foi insuportável. Como
resultado, dissociaram da dor através da ilusão. Assim, nesta vida, o que prevalece é o medo -
inconsciente - da realidade. Daí a ilusão, a dissociação. Medo de que, ao se relacionarem livremente com
a realidade, com a verdade, aconteça um desastre ou um castigo.
Aqui, nesta primeira fase da vida, em que prevalece a energia kármica, a regra de três simples, é:
Se - em outra vida - eu me relacionei com a realidade, aceitei a dor tal e qual ela era, e o resultado foi:
muito sofrimento...
Então se - nesta vida - eu me relacionar com a realidade, e aceitar a dor, o resultado será: muito
sofrimento.
Conclusão - Não me vou relacionar com a realidade. Vou me iludir. Assim, nada de mal irá acontecer.
Qual a solução? Limpar o karma. Primeiro, chorar a dor que provoca esse medo da realidade. Depois,
encontrar uma forma de alterar a regra de três simples para:
Se - em outra vida - eu me relacionei com a realidade, aceitei a dor tal e qual ela era, e o resultado foi:
muito sofrimento...
O problema foi COMO eu me relacionei com a realidade. COMO eu fugi de me entregar ao sagrado.
Então se - nesta vida - eu me relacionar com a realidade de forma diferente - sabendo que o perfeito, o
absoluto está lá em cima. O que está aqui embaixo, é dual e imperfeito, o resultado será: muito positivo.
E quando você mudar a forma como se relaciona com a matéria vai começar a limpar karma,
desenvolvendo uma capacidade única de:
Encarar o medo da realidade.
Sempre com este conceito em mente: Em outra vida correu mal porque eu me relacionava com o mundo
de fora para dentro, na tentativa de que os outros me aceitassem e me dessem valor. Desta vez, terei
que revisitar esta mesma energia, mas com uma outra abordagem. De dentro para fora.