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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFBA

Disciplina: Geografia
Professora: Joelia Santos
Discente:___________________________________________
Turma: ______________ Data: ___________________

Cartografia e outras linguagens visuais

A representação cartográfica atende a vários propósitos da geografia, entre eles a visualização


da ordem espacial e temporal dos fenômenos estudados. O mapa é uma forma de armazenar
informações geográficas, registrando, numa superfície plana, a localização dos objetos
geográficos, como fábricas, cidades, propriedades rurais, rios e montanhas. Mas o mapa
também pode ser uma representação espacial da correlação entre diferentes dados, como a
declividade do terreno e pontos de erosão do solo, ou de cenários futuros, como os mapas de
vulnerabilidade e risco. Para isso, o geógrafo separa as informações conforme os tipos de
dados:

• Nominais: são dados qualitativos referentes a características dos objetos geográficos, bem
como a suas semelhanças e diferenças em relação a outros objetos geográficos (por exemplo,
países ricos e pobres).
• Ordinais: os dados estão organizados em sequência, variando de um patamar mínimo a um
máximo. • Quantitativos: os dados estão reunidos em classes de números reais,
compreendidos entre valores extremos (escala de intervalo) ou representados por taxas e
coeficientes. Observe os seguintes mapas:

Vulnerabilidade à mudança climática – 2015


A interface entre a ciência e a arte é um campo fértil para a reflexão sobre o tema central deste
primeiro capítulo: a questão do olhar geográfico. Quais seriam as semelhanças e as diferenças
entre o olhar do geógrafo e o olhar de um artista diante de uma mesma paisagem? Que
relações se estabelecem entre o sujeito e o objeto tanto nos estudos de geografia como na
produção artística? Um caminho para responder a essas indagações é a apreciação do
processo de criação dos artistas, que pode ser revelado por certas características da obra
(desde o enquadramento, a composição de luzes e sombras, o uso das cores), pelos temas
recorrentes e pelas técnicas e pelos materiais empregados. A produção artística do pintor
holandês Piet Mondrian (1872-1944), por exemplo, é bastante representativa da busca da
racionalidade levada às últimas consequências. Para ele, seria impossível conhecer o mundo
ao nosso redor sem a percepção visual, mas a essência somente seria alcançada por meio da
atitude reflexiva. Foi assim que Mondrian elaborou, progressivamente, uma visão racional das
paisagens, com base na identificação de estruturas elementares dos objetos: a linha, o plano,
a cor. Assim, observa-se em suas obras um distanciamento gradativo do mundo empírico
apreendido pela percepção e o fracionamento do espaço pictórico, na busca de uma arte mais
conceitual.
Referência
GUIMARÃES, Raul Borges. Moderna em formação: geografia: livro do professor. 1. ed. São
Paulo: Moderna, 2021.

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