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26/02/2024

História da fisioterapia do trabalho

■ Fisioterapeutas dentro de empresas para desenvolver programas de ginástica laboral;


A SAÚDE DO TRABALHADOR: MODELOS
TEÓRICOS DA HISTÓRIA NATURAL E OS ■ Conhecimento básico da cinesiologia, biomecânica e fisiologia sem preparo para o ambiente
empresarial e industrial;
AGRAVAS À SAÚDE
Profa. Msc. Nidiany Medeiros ■ Aprender de forma rápida a lidar com a rotina industrial, sem linguajar específico, relatórios,
resultados e, principalmente, se tornar um empreendedor

■ Ser obrigado a negociar contratos, gerenciar programas e processos, planejar resultados

Construção de uma especialidade robusta e produtiva

História da fisioterapia do trabalho História da fisioterapia do trabalho

■ Início dos anos 80: atendimento fisioterapêutico em empresas, sem trabalho preventivo ■ Conhecimento da ergonomia
– Visão ampla sobre o trabalho fazendo com que não pensassem apenas em postura,
movimentos e condições cinéticas-funcionais – FISIOTERAPEUTA DO TRABALHO
■ Segunda metade da década de 80: embasado nos conhecimentos da ginastica laboral.
– 1988- Fundação da ANAFIT (Associação Nacional de Fisioterapia do Trabalho

■ Ginástica laboral: apenas uma ferramenta – 1999- I ENAFIT (Encontro Nacional de Fisioterapeutas do Trabalho em São Paulo- SP)

■ Necessidade de entender sobre o trabalho em si, como ele acontece, quais os seus – 2000- 1º turma do Curso de pós-graduação em fisioterapia do trabalho do IPA-rs
resultados, riscos e consequências dos mesmos. Trabalho preventivo de extrema
importância – Primeiras pericias judiciais começam a ser realizadas por fisioterapeuta (Dr. José Veronesi
Junior

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História da fisioterapia do trabalho FISIOTERAPEUTA DO TRABALHO


■ 2002: 1º Fisiotrab- Congresso Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho (Curitiba)
■ 2003: resolução COFFITO de Nº 259 sobre as ações realizadas pelo fisioterapeuta dentro das
empresas
■ Profissional respeitado e até cortejado por empresas privadas e públicas.
■ Ginástica laboral: “porta de entrada”
■ 2005: edição do COFFITO sobre um parecer consultivo que demostra que tanto a implantação
quanto a realização e gerenciamento de um programa de ginástica laboral também são ■ Existe a necessidade de um maior interesse e engajamento junto à questões
competências do profissional fisioterapeuta.
relativas às políticas profissionais.
■ 13 de Junho de 2008: resolução de nº351 reconhece a fisioterapia do trabalho como
especialidade.
■ 08 de Junho de 2011: resolução de n° 385 que dispõe sobre o uso da ginastica laboral por ■ Já contamos com fisioterapeutas do trabalho que são secretários municipais de
fisioterapeutas pelo COFFITO.
saúde, que ocupam cadeira no conselho nacional de saúde, conselhos estaduais e
■ 18 de Agosto de 2011: resolução de nº 403 que disciplina a especialidade profissional de municipais de saúde.
fisioterapia do trabalho (definições, ações e programa básico de formação desse especialista).
■ 2012: 1º prova de titulação profissional em fisioterapia do trabalho pela ABRAFIT/ COFFITO.

Evolução de métodos de produção de


trabalho
■ Produção por meio de artesãos
■ Produção por meio cooperativas de artesãos
■ Produção manufatureira
– Manufatura implica em uma divisão do trabalho,
quando vários ofícios são concentrados em uma oficina,
trabalham em colaboração sob comando do capitalista;
■ Produção industrial – sistema fabril

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Processo de trabalho industrial e


padrões de desgaste
■ O método artesanal de produção:
– O mais importante, desde a antiguidade, até a emergência da
indústria, em pleno capitalismo – presente na atualidade em
diversas atividades produtivas e serviços;
– Principais características - atividade produtiva de caráter
individual (produtos “personalizados”); baixa divisão técnica; o
artesão detém o conhecimento de todo o processo produtivo e do
trabalho; o artesão em geral, é o proprietário dos seus
instrumentos de trabalho; vende o produto do seu trabalho (não
existe o mercado da força de trabalho).

Artesão e a saúde Condições de trabalho na primeira


revolução industrial
■ Autogestão das práticas preventivas de doenças e acidentes; ■ A mecanização resultante do uso de máquinas favoreceu o
trabalho da criança na indústria, ao reduzir necessidades
■ Autogestão na assistência médica; de força física e destreza;
■ Inscrito na cultura artesanal – saber do artesão. – O trabalho da criança causava deformidades osteo-musculares,
desnutrição, doenças transmissíveis – tuberculose em particular;
■ Bernadino Ramazzini descreveu doenças do trabalho em 54 doenças sexualmente transmissíveis – sífilis em particular;
profissões artesanais em ofícios, corporações e manufaturas mutilações pelos acidentes graves, com óbitos freqüentes;
(1700). ■ As doenças do trabalho, intoxicações agudas e mutilações
se inseriam no conjunto de epidemias relacionadas à
miséria – em particular a tuberculose.

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1 - A atenção à saúde do trabalhador na


indústria nascente
■ Prática da medicina curativa/cirúrgica, de inspiração militar
na sua origem, essencialmente concentrada no
atendimento de acidentes do trabalho, extremamente
freqüentes na época;
■ A assistência era de caráter filantrópico, não inserida na
lógica da organização industrial;
■ Não havia o direito do trabalho moderno, as leis de
regulação das relações de trabalho eram insuficientes e
não constavam a obrigação de prestação da assistência
médica aos trabalhadores;

2 - A atenção à saúde do trabalhador na Taylorismo


indústria nascente
■ Ocorre o início da legislação do trabalho moderna,
no mundo desenvolvido, e posteriormente no Brasil;
■ O Estado se organiza com o surgimento da Inspeção
do trabalho e da inspeção médica do trabalho.
■ Foucault denominou de MEDICINA DA FORÇA DE
TRABALHO – a primeira política de Estado –
Inglaterra – voltada para a preservação da força de
trabalho.

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Início do séc. XX: princípio da linha de produção


fordista nos EUA.

Fordismo: redução do ausentismo por doença


Impactos gerais para a saúde do
trabalhador – taylorismo/fordismo
■ Incremento das doenças do trabalho típicas – perda
auditiva induzida pelo ruído; intoxicações no trabalho;
pneumopatias ocupacionais etc.
Fordismo: ■ incremento de doenças cardiovasculares e
Adoecimento deste
trabalhador paralisa psicossomáticas, fadiga psíquica, depressão e estresse,
toda a linha de
produção; portanto doenças do sistema músculo-esquelético e distúrbios de
a medicina do
trabalho e a
comportamento.
Antes do fordismo: engenharia de
Adoecimento deste segurança devem
trabalhador interrompe a evitar o ausentismo
por doença ou
produção deste acidente.
automóvel

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Surgimento da demanda de serviços de Padrões de desgaste – duplo padrão


saúde como parte da organização
industrial ■ Trabalhadores contratados
- O combate ao absenteísmo como essencial para ■ Em geral, melhora as condições de trabalho e saúde, apesar da intensificação do
manter a linha de produção, em funcionamento trabalho – polivalência –
■ Introdução de novas práticas na indústria – prevenção das doenças em geral soma-se
constante, aumentando assim a produtividade no à prevenção das doenças do trabalho – exercícios físicos; nutrição, etc. promoção da
saúde em geral;
trabalho;
■ Trabalhadores sub-contratados –precarização do atendimento pelos
■ A necessidade de prevenir acidentes e doenças do profissionais da saúde; precarização geral das condições de
trabalho como parte do aumento da produtividade e trabalho e saúde.
ligada de forma sistêmica à racionalidade produtiva:
■ Desafio dos profissionais de saúde e segurança no trabalho no
processo de reestruturação produtiva: eliminar o duplo padrão,
melhoria geral das condições de saúde e trabalho.

Toyotismo

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Características da Precarização do Trabalho no Conclusão


Toyotismo (Minayo-Gomez e Thedim-Costa, 2003)

■ Diminuição de postos de trabalho e fragilidade dos novos arranjos laborais, ■ História de tragédias, sofrimento, doenças e mutilações;
como a oferta de empregos de tempo parcial ou duração eventual;
■ Limitações na absorção da força de trabalho jovem, inclusive qualificada; ■ Persistem condições de trabalho modernas com formas
arcaicas de produção e exploração no trabalho;
■ Instabilidade e irregularidade ocupacionais;
■ A reestruturação produtiva resgata formas arcaicas de
■ Subemprego e desemprego recorrente, duradouro e sem perspectivas de
inclusão no mercado formal; processos de trabalho, associadas à novas tecnologias –
aumenta a complexidade do perfil de doenças e acidentes
■ Dificuldades de inserção da força de trabalho não-qualificada e rendimentos
decrescentes para boa parcela das populações já empobrecidas.
do trabalho no Brasil

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