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03/07/2022

NORMATIZAÇÃO, PROJETOS E PROPOSTAS


EM FISIOTERAPIA DO TRABALHO
Lucy Mara Baú
Fisioterapeuta do Trabalho

www.inspirar.com.br

Lucy Mara Baú


• Fisioterapeuta do Trabalho (PUC/PR) Certificada pela ABRAFIT/COFFITO;
• Ergonomista Nível Sênior Certificada pela ABERGO nº 117/08;
• Membro Efetivo da ABHO – Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais nº 1355;
• Mestrado em Engenharia/Ergonomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul;
• Avaliadora e Revisora de artigos ligados à Saúde do Trabalhador para a Brazilian Journal of Physical
Therapy/SciELO desde 2009;
• Convidada pelo Ministério do Trabalho para revisão da Classificação Brasileira de Ocupações/CBO
(Descrição e Validação da Especialidade/Especialista em Fisioterapia do Trabalho, junho e julho/2008);
• Convidada pelo COFFITO para descrição das atividades do Especialista em Fisioterapia do Trabalho,
setembro/2009);
• Membro da Câmara Técnica de Fisioterapia do Trabalho do CREFITO 8 (2017/2018);
• Presidente da ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia Gestão 2021/2023;
• Conselheira Fiscal da ABERGO (Gestão 2012/2014 e Gestão 2018/2020);
• Consultoria e Assessoria em Ergonomia, Fisioterapia do Trabalho, Perita Judicial Assistente e Extra
Judicial Ocupacional e Documental desde 1996 para as empresas nacionais e multinacionais;
• Homenageada com o “Prêmio Calçada Mãos da Fama”, pelo CREFITO 3/SP (2009);
• Ganhadora do Prêmio Petrobras SMES 2012 (Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e
Saúde): Analysis of the Implementation of Ergonomic Design at the New Units of an Oil Refinery;
• Prêmio SEBRAE/PR 2015: primeiro lugar em Saúde e Prêmio SEBRAE/PR 2016: primeiro lugar em
Responsabilidade Social;
• Autora do livro: “Fisioterapia do Trabalho – Ergonomia, Legislação, Reabilitação”, 2002;
• Co-autora do livro: “Noise and Ergonomics in the Workplace”, Nova Science Publisher, USA, 2013;
• Coordenadora do DESTI – Departamento de Ergonomia, Saúde, Segurança do Trabalho da Faculdade
Inspirar desde 2016;
• Coordenadora do MBA/Pós em Ergonomia da Faculdade Inspirar desde 2016;
• Diretora Geral da empresa FISIOTRAB/OCUPAMED.

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Entende-se “Saúde” como:


... Condição em que um indivíduo ou grupo de
indivíduos é capaz de realizar suas aspirações,
satisfazer suas necessidades e mudar ou enfrentar o
ambiente. A saúde é um recurso para a vida diária, e
não um objetivo de vida (OMS, 1984).

O Fisioterapeuta

• É o profissional da área de Saúde, a quem compete


executar métodos e técnicas fisioterapêuticas, com
a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a
capacidade física do paciente (Decreto Lei n. 938, de
13 de outubro de 1969).

• Decreto-Lei 938/1969 (Artigo 5º, inciso I – Dirigir


serviços em órgãos e estabelecimentos públicos ou
particulares, ou assessorá-los tecnicamente), ou
seja: o perito nada mais é do que um assessor de
órgão público).
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Lei 6.316 de 17 de dezembro de 1975,


que cria o Conselho Federal e os
Conselhos Regionais de Fisioterapia
“ II - exercer função normativa, baixar atos
necessários à interpretação e execução do
disposto nesta Lei e à fiscalização do exercício
profissional, adotando providências
indispensáveis à realização dos objetivos
institucionais; ”
1984: Autonomia profissional do Fisioterapeuta
(Decreto 90.640/1984).

A FISIOTERAPIA
É uma ciência aplicada, cujo objeto de
estudos é o movimento humano, em
todas as suas formas de expressão e
potencialidades, quer nas suas
alterações patológicas, quer nas suas
repercussões psíquicas e orgânicas,
com objetivos de preservar, manter,
desenvolver ou restaurar a integridade
de órgãos, sistema ou função.
(Resolução COFFITO - 80, em
21/05/1987).

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RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 4, de 19 de Fevereiro de 2002,


que instituiu as Diretrizes Curriculares dos Cursos de
Graduação em Fisioterapia, para ressaltar a formação
deste profissional que estuda o movimento humano e
que está capacitado a atuar nos níveis de atenção
primário, secundário e terciário
“Art. 3º O Curso de Graduação em Fisioterapia tem como perfil do
formando egresso/profissional o Fisioterapeuta, com formação
generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a atuar em
todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e
intelectual. Detém visão ampla e global, respeitando os princípios
éticos/bioéticos, e culturais do indivíduo e da coletividade. Capaz de
ter como objeto de estudo o movimento humano em todas as suas
formas de expressão e potencialidades, quer nas alterações
patológicas, cinético-funcionais, quer nas suas repercussões psíquicas
e orgânicas, objetivando a preservar, desenvolver, restaurar a
integridade de órgãos, sistemas e funções, desde a elaboração do
diagnóstico físico e funcional, eleição e execução dos
procedimentos fisioterapêuticos pertinentes a cada situação.”
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INÍCIO DA FISIOTERAPIA DO
TRABALHO NO BRASIL
• 1879 - No Brasil a Fisioterapia do Trabalho, surgiu como
forma de solução para os altos índices de acidentes do
trabalho (construção linhas férreas);

• 1968 - O CRP (Centro de Reabilitação Profissional) do Rio


de Janeiro ganha o Prêmio Internacional de melhor
Centro de Referência para reabilitação do trabalhador
no mundo (Drs. Ismar Emanuel D’Oliveira Bastos; Vilma
Costa Souza; Ione Moézia de Lima, Vera Stocler e Pedro
Salles Filho).
• 1998 - primeiro grupo de fisioterapeutas atuantes na
saúde do trabalhador se mobiliza para criar a Associação
Nacional de Fisioterapia do Trabalho - ANAFIT;
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I CONGRESSO BRASILEIRO DE
FISIOTERAPIA DO TRABALHO
PRÊMIO I FISIOTRAB 2000

Erimilson Pereira – Sociedade Brasileira de Odontologia/RJ

CONGRESSO BRASILEIRO DA
ANAMT
2001 – Belo Horizonte/MG

Fisioterapeuta Lucy Mara Baú participa como


representante Regional Sul da ANAFIT – Associação
Nacional de Fisioterapia do Trabalho em:

• Mesa redonda sobre ações prevencionistas em


LER/DORT;
• Mini Curso de Ginastica Laboral com Cynthia Zilli (4
horas);
• Oficina Prática de Ginastica Laboral (2 horas).

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PRIMEIRA TURMA FB FACULDADES


CBES CURITIBA/PR– 2001/2002
COFFITO - Portaria 34 de 02.01.2002

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• 2002 – Criação da SOBRAFIT – Sociedade


Brasileira de Fisioterapia do Trabalho.

• Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, do


Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), editada
em 2002

...identifica o fisioterapeuta como Cinesiólogo


Fisioterapeuta e descreve ainda que este profissional
atende pacientes e clientes para prevenção,
habilitação e reabilitação, realiza diagnóstico
específico, desenvolve programas de prevenção,
promoção de saúde e qualidade de vida.

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A FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
É uma especialidade que surgiu com o
crescimento das organizações e complexidade
das tarefas, abordando aspectos da ergonomia,
biomecânica, exercícios laborais e recursos
terapeuticos na recuperação de queixas ou
desconforto físicos, sob o enfoque
multidisciplinar,com o propósito de melhorar a
qualidade de vida e o desempenho do
trabalhador.
Tendo por objetivo:

“ AVALIAR, PREVENIR E TRATAR DISTÚRBIOS OU


LESÕES DECORRENTES DAS ATIVIDADES NO
TRABALHO” (BAÙ, 2002)

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História da Fisioterapia do Trabalho


• 2003 - o Conselho Federal de Fisioterapia e
Terapia Ocupacional (COFFITO) publicou a
Resolução 259/03 que reconhece a área de
atuação da Fisioterapia do Trabalho;

• 2006- durante o II FISIOTRAB - Congresso


Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho em
Curitiba/PR- criação da Associação Brasileira de
Fisioterapia do Trabalho - ABRAFIT;

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ANAFIT + SOBRAFIT =
FUNDAÇÃO DA ABRAFIT

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História da Fisioterapia do Trabalho

• 2008 - o COFFITO reconhece a Especialidade


Fisioterapia do Trabalho (Resolução 351/08);

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História da Fisioterapia do Trabalho


• 2008/2009 - publicação do CBO pelo MTE;
• 2010 - Publicação do COFFITO deixa claro as
atribuições do Fisioterapeuta do Trabalho
através das provas de títulos.
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), editada
em 2008 e publicada em 02/01/09

• FT – 2236 (Fisioterapeuta Generalista)


• FB - 2236-60 (Fisioterapeuta do Trabalho)

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MINISTÉRIO DO TRABALHO
CBO – FIPE - DACUM 2008

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Participantes da Descrição
pelo Ministério do Trabalho
• 16 e 17/06/08 – Descrição da prática do
Fisioterapeuta do Trabalho
– Alisson A. Klein
– Lucy Mara Silva Baú
• 14/07/08 – Revisão e Validação
– Lucy Mara Silva Baú
• Publicado em 02/01/09 no site:
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/ResultadoFa
miliaCaracteristicas.jsf

Fisioterapia: Fisioterapeuta do Trabalho = FB

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DESCRIÇÃO CBO/MTE
A - APLICAR AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA
FISIOTERAPÊUTICA
• Montar equipamentos
• Testar equipamentos
• Operar equipamentos, materiais e dispositivos
• Aplicar técnicas fisioterapêuticas para
distúrbios músculo-esqueléticos
• Aplicar técnicas fisioterapêuticas para
distúrbios respiratórios

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B - ATENDER CLIENTES E PACIENTES


• Identificar potencialidades dos clientes e pacientes
• Desenvolver habilidades dos clientes e pacientes
• Selecionar equipamentos e materiais
• Criar instrumentos de facilitação
• Adaptar instrumentos de facilitação
• Prescrever órteses, próteses e adaptações
• Capacitar clientes e pacientes a usar órteses, próteses e
adaptações
• Readaptar clientes e pacientes nas avd (atividades de vida
diária) nas avde (atividades de vida diária/esportiva)
• Acompanhar evolução clínica
• Reorientar conduta terapêutica
• Ensinar técnicas para independência funcional
• Reeducar postura
• Prestar consultoria
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C - AVALIAR CLIENTES E PACIENTES

• Aplicar critérios de elegibilidade


• Avaliar qualidade de vida
• Avaliar funções músculo-esqueléticas
• Avaliar funções sensório-perceptivas e de dor
• Avaliar funções cinética-funcionais
• Avaliar funções respiratórias
• Avaliar constituição física e tipológica
• Avaliar condições ergonômicas
• Avaliar qualidade de vida no trabalho

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D - ESTABELECER DIAGNÓSTICO
FISIOTERAPÊUTICO

• Coletar dados dos clientes e pacientes (anamnese)


• Solicitar exames complementares
• Interpretar exames complementares
• Estabelecer prognóstico
• Prescrever terapêutica
• Estabelecer nexo de causa cinesiológica funcional
ergonômica
• Encaminhar clientes e pacientes a outros
profissionais

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E - PLANEJAR ESTRATÉGIAS DE
INTERVENÇÃO

• Definir objetivos
• Definir estratégias
• Definir condutas e procedimentos
• Definir frequência e tempo da intervenção
• Definir indicadores epidemiológicos e índices de
acidentes e incidentes
• Preparar programas de atividades físicas funcionais
• Participar na elaboração de programas de qualidade
de vida
• Orçar serviços, equipamentos e materiais.

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F - IMPLEMENTAR AÇÕES DE
INTERVENÇÃO
• Interpretar indicadores epidemiológicos e índices de
acidentes e incidentes
• Implementar ações de conscientização, correção e
concepção
• Analisar fluxo de trabalho
• Prestar assessoria
• Adequar condições de trabalho às habilidades do
trabalhador
• Adequar fluxo de trabalho
• Adequar ambiente de trabalho
• Adequar posto de trabalho
• Programar pausas compensatórias
• Organizar rodízios de tarefas
• Promover melhora de performance morfo-funcional
• Reintegrar trabalhador ao trabalho
• APLICAR GINÁSTICA LABORAL
• Reavaliar estratégias de intervenção
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G - EDUCAR EM SAÚDE
• Propor mudanças de hábito de vida
• Orientar clientes, pacientes, familiares e cuidadores
• Desenvolver material educativo
• Organizar grupos de educação
• Ministrar palestras e cursos
• Ensinar modo operatório laboral
• Corrigir modo operatório laboral
• Implementar cultura ergonômica
• Participar da elaboração de políticas públicas de saúde
• Participar da implementação das políticas públicas em
saúde
• Desenvolver programas preventivos e de promoção em
saúde

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H - GERENCIAR SERVIÇOS DE SAÚDE


• Adaptar ambiente ao tratamento
• Adaptar estruturas aos pacientes e clientes
• Estipular equipamentos e materiais de uso padrão
• Coordenar equipes
• Supervisionar equipes
• Identificar indicadores de desempenho
• Emitir pareceres técnico-administrativos
• Especificar capacidade de atendimento
• Elaborar critérios de elegibilidade
• Elaborar projetos
• Elaborar processos seletivos
• Avaliar processos seletivos
• Supervisionar estágios
• Analisar custos
• Mediar reuniões clínicas
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I - EXERCER ATIVIDADES TECNICO-


CIENTÍFICAS

• Participar de discussão técnica interdisciplinar


• Coordenar grupos de estudos
• Realizar pesquisa prática
• Participar de eventos técnico-científicos
• Apresentar trabalhos técnico-científicos
• Organizar eventos técnico-científicos
• Elaborar protocolo de avaliação e tratamento

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J - TRABALHAR COM SEGURANÇA

• Usar EPI
• Identificar situações de risco
• Minimizar riscos
• Avaliar conformidade dos materiais

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Y - COMUNICAR-SE

• Registrar procedimentos e evolução de clientes e


pacientes
• Orientar profissionais da equipe de trabalho
• Emitir relatórios
• Emitir pareceres técnicos
• Emitir atestados
• Emitir laudos de nexo de causa laboral
• Emitir laudo técnico-funcional
• Solicitar manutenção de equipamentos
• Solicitar reposição de materiais

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Competências pessoais
• Estimular adesão e continuidade do tratamento
• Demonstrar perseverança
• Demonstrar equilíbrio emocional
• Trabalhar em equipe
• Transmitir segurança
• Demonstrar criatividade
• Lidar com público
• Demonstrar habilidade de comunicação
• Contornar situações adversas
• Demonstrar dinamismo
• Demonstrar habilidade manual
• Demonstrar capacidade motora fina
• Demonstrar capacidade de observação
• Demonstrar capacidade de percepção
• Demonstrar iniciativa.
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Recursos de trabalho
• Dinamômetro • Esteira
• Crônometro • Frequencímetro *
• Ferramentas de avaliação • Tatâme
biomecânica • Barras paralelas
• Aparelhos de • Eletroneuramiógrafo
cinesiomecanoterapia * • Bastões
• Aparelhos eletrofoto • Flexímetro
termoterapia ultrasônicos * • Podoscópio
• Epi • Estetoscópio
• Fita métrica • Escadas
• Tábua ortostática • Estadiômetro
• Rampas • Macas *
• Bola e rolo bobath • Equip de registro de imagens *
• Espaldar • Equipamentos de avaliação
• Goniômetro • Discos de propriocepção
• Bicicleta ergométrica * • Eletromiógrafo de superfície
• Cama elástica
• Esfigmomanômetro
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Fisioterapeuta do trabalho

• No contexto atual quem é o fisioterapeuta do


trabalho?
• Quais as atribuições do fisioterapeuta do
trabalho?

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NORMATIZAÇÃO DA
FISIOTERAPIA DO TRABALHO
1. Resolução COFFITO n. 259/03 – Dispõe sobre a área de
Fisioterapia do Trabalho
2. Resolução COFFITO n. 351/08 – Reconhecimento da
Especialidade em Fisioterapia do Trabalho
3. Classificação Brasileira de Ocupações CBO/MTE – 2008/09
4. Resolução COFFITO n. 377 de 11/06/2010 - Dispõe sobre as
normas e procedimentos para o registro de títulos de
especialidade profissional em Fisioterapia e dá outras
providências
5. Resolução 385 de 08/06/2011 - Dispõe sobre o uso da ginástica
laboral pelo fisioterapeuta e dá outras providências
6. Resolução COFFITO n 403 de 18/08/2011. Disciplina a
Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho e dá outras
providências
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NORMATIZAÇÃO DA
FISIOTERAPIA DO TRABALHO
7. Resolução COFFITO n. 381 de 03/11/2011 - Dispõe sobre a
elaboração e emissão pelo Fisioterapeuta de atestados,
pareceres e laudos periciais.
8. Resolução COFFITO n. 428 de 08/07/2013 - Fixa e estabelece o
Referencial Nacional de Procedimentos Fisioterapêuticos.
9. RESOLUÇÃO Nº 464, de 20 de MAIO de 2016 – Dispõe sobre a
elaboração e emissão de atestados, relatórios técnicos e
pareceres
10. RESOLUÇÃO Nº 465, de 20 de MAIO de 2016 – Disciplina a
Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho
11. RESOLUÇÃO Nº 466, de 20 de MAIO de 2016 – Dispõe sobre a
perícia fisioterapêutica e a atuação do perito e do assistente
técnico.

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Áreas de Competência FB
Resolução 465/2016 COFFITO
I – Realizar avaliação e diagnóstico cinésiológico-funcional, por
meio da consulta fisioterapêutica (solicitando e realizando
interconsulta e encaminhamento), para exames ocupacionais
complementares, reabilitação profissional, perícia judicial e
extrajudicial. Na execução de suas competências o
Fisioterapeuta do Trabalho ainda poderá:
a) Solicitar, aplicar e interpretar escalas, questionários e
testes funcionais;
b) Solicitar, realizar e interpretar exames complementares;
c) Determinar diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico;
d) Planejar e executar medidas de prevenção e redução de
risco;

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Áreas de Competência FB
Resolução 465-2016 COFFITO
a) Prescrever e executar recursos terapêuticos manuais;
b) Prescrever, confeccionar, gerenciar órteses, próteses e
tecnologia assistiva;
c) Determinar as condições de alta fisioterapêutica;
d) Prescrever a alta fisioterapêutica;
e) Registrar, em prontuário, consulta, avaliação, diagnóstico,
prognóstico, tratamento, evolução, interconsulta,
intercorrências e alta fisioterapêutica;
II – Utilizar recursos de ação isolada ou concomitante de agente
cinesiomecanoterapêutico, massoterapêutico,
termoterapêutico, crioterapêutico, fototerapêutico,
eletroterapêutico, sonidoterapêutico, aeroterapêutico entre
outros;
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III – Realizar Análise Ergonômica do Trabalho (AET), Laudo


Ergonômico, Parecer Ergonômico, Perícia Ergonômica (de
acordo com as leis e normas vigentes);

IV- Implementar cultura ergonômica e em Saúde do


Trabalhador, por meio de ações de concepção, correção,
conscientização, prevenção e gestão em todos os níveis de
atenção à saúde e segurança do trabalho, ergonomia, riscos
ambientais, ecológicos, incluindo atividades de educação e
formação.

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V – No âmbito da gestão ergonômica, realizar a análise e


adequação dos fluxos e processos de trabalho; das
condições de trabalho; as habilidades e características do
trabalhador; dos ambientes e postos de trabalho; das
pausas, rodízios de grupamento muscular, ginástica laboral;
ensinar e corrigir modo operatório laboral; além de outras
ações que promovam melhora do desempenho
morfofuncional no trabalho, podendo, ainda:
a) Atuar junto às CIPAs (Comissões Internas de Prevenção de
Acidente do Trabalho);
b) Auxiliar e participar das SIPATs (Semanas Internas de
Prevenção de Acidentes do Trabalho), SIPATRs (Semanas
Internas de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural),
entre outros;
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c) Auxiliar e participar na elaboração e atividades do PPRA


(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), entre outros;
d) Elaborar, auxiliar, participar, implantar e/ou coordenar
programas e processos relacionados à saúde do trabalhador,
acessibilidade e ao meio ambiente;
VI – Elaborar, implantar, coordenar e auxiliar os Comitês de
Ergonomia (COERGO);
VII – Estabelecer nexo causal, tanto para diagnóstico de
capacidade funcional quanto para perícia ergonômica;
VIII – Avaliar, elaborar, implantar e gerenciar a qualidade de
vida no trabalho e projetos e programas de qualidade de vida,
ergonomia e saúde do trabalhador; promovendo a saúde geral
e bem-estar do trabalhador, incluindo grupos específicos como:
gestantes, hipertensos, sedentários, obesos entre outros;
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IX – Atuar em programas de reabilitação profissional,


reintegrando o trabalhador à atividade laboral;
X– Realizar ou participar de perícias e assistências técnicas
judiciais e extrajudiciais, emitindo laudos de nexo causal,
pareceres, relatórios e atestados fisioterapêuticos;
XI – Elaborar, implantar e gerenciar programas de processos e
produtos relacionados à Tecnologia Assistiva;
XII – Auxiliar e participar dos processos de certificação ISO,
OHSAS, entre outros.

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www.abrafit.com.br

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Foco da Implantação da Fisioterapia do


Trabalho e Ergonomia nas Empresas

Certificação Melhorias

Legislação

Produto Assistência e
Nexo Causal

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Grandes Áreas de Atuação da


Fisioterapia do Trabalho Ginástica
PQVT Laboral
Ambulatório
Ergonomia nas empresas

Treinamentos Perícia e
Assistência Técnica

Exame Cinético
Funcional Acessibilidade
e Inclusão

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Grandes Áreas de Atuação da


Ergonomia
Ergonomia Ergonomia Ergonomia Ergonomia
Industrial de Produto de Projeto Física

Ergonomia Ergonomia Ergonomia Ergonomia


Organizacional Cognitiva Comunicacional Forense

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PROPOSTAS E PROJETOS EM
FISIOTERAPIA DO TRABALHO

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Propostas e Projetos

• As micro e pequenas empresas


representam 93,4% do total de negócio ativos
no Brasil, segundo estatísticas do
Empresômetro, ferramenta da Confederação
Nacional do Comércio.
• Porém, as empresas de Fisioterapia do
Trabalho ainda são muito modestas
(oportunidade).

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Cursos de Fisioterapia no Brasil

• 188 – 1999
• 386 – 2006
• 412 – 2008
• 503 em 2020
– 294.908 Fisioterapeutas (média de 728 hab. por
fisioterapeuta)
– 214.800.000 habitantes (08/junho/2020)

• Piso salarial do generalista: R$ 2.806,16


2022/PR) e o teto salarial de R$ 5.883,61 (2021).

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Cursos de Especialização em
Fisioterapia do Trabalho
• Em 2020: 19 instituições (aprox. 4.680 profissionais
concluídos até 2019).
• Segundo IBGE em 2022 temos 36,3 milhões de
trabalhadores CLT em 19.228.025 milhões de empresas:
– 4.108 empresas por profissional especialista
– 7.051 trabalhadores por profissional especialista
– e mais de 40 milhões de trabalhadores informais.

• 1.734.707 empresas de médio e grande porte:


– 370 empresas por profissional.

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Tamanho de Empresas
• Grande Porte: acima 500 func.
• Médio Porte: de 100 a 499 func.
• Pequeno Porte: de 20 a 99 func.
• Microempresa: de 1 a 19 func.
• Individual: pode variar nas
quantidades acima

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Receita Federal (11/05/2020)


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• Hoje a faixa salarial do Fisioterapeuta do Trabalho


CBO 2236-60 fica entre R$ 3.014,33 salário base e o
teto salarial de R$ 6.135,45.

Obs: Contrato CLT para serviços básicos.

• Já para Coordenação de serviços corporativos de


gestão, os salários variam de R$ 7.191,00 a
R$28.000,00.

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Formas de Contratos
• Fisioterapeuta (generalista) – código 2236
– Piso salarial ligado a convenção coletiva do Sinfito
estadual
• Fisioterapeuta do Trabalho (especialista) –
código 2236-60
– Piso salarial nivelado às funções de especialidades no
SESMT (enfermeiro do trabalho, médico do trabalho,
engenheiro seg do trab, psicólogo do trabalho, etc)
• Analista de Saúde e Analista de Ergonomia
– Piso a ser discutido, sendo similar ao especialista ou
superior
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Resolução COFFITO n. 428 de 08/07/2013


Fixa e estabelece o Referencial Nacional de
Procedimentos Fisioterapêuticos.

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Seus serviços

1. É autônomo (profissional liberal) – trabalha


sozinho?
2. Terceiriza profissional para seus serviços –
trabalha sozinho e quando necessita contrata
temporariamente?
3. É terceirizado pessoa jurídica para outros
prestadores de serviços (quarteirização)?
4. Tem sua empresa terceirizada para prestar os
serviços?
5. Contrata CLT?
6. É contratado CLT?
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Propostas em Fisioterapia do Trabalho


1. Palestras SIPAT;
2. Treinamentos (ergonomia, GL, qualidade de vida, comitê de
ergonomia, modo operatório para novos funcionários, etc);
3. Exame Cinesiológico Funcional (Pré-admissional, periódico,
reintegração ao trabalho ou alteração de função);
4. AEP (Análise Ergonômica Preliminar);
5. AET (Analise Ergonômica do Trabalho);
6. Gestão em Ergonomia;
7. Implantação e/ou manutenção de ambulatório de Fisiot do Trab na
empresa;
8. Ginástica Laboral e Programas de Qualidade de Vida no Trabalho;
9. Ambulatório de Quick Massagem;
10. Implantação e/ou manutenção de academias morfofuncionais nas
empresas;
11. Perícia Judicial e Assist. Técnica em Fisiot do Trab/Ergonomia;
12. Consultorias e Auditorias.
58

Profa Lucy Mara Baú 28


03/07/2022

Propostas Comerciais
• Primeiramente, é necessário entender as funções da
proposta para, depois, começar a elaborá-la.
• Antes de fazer uma visita técnica a um cliente em
potencial, é recomendada a conferência dos reais
objetivos dele (aqueles apurados ainda na prospecção).
• Todo profissional precisa exercitar sua argumentação
pessoalmente, mas não adianta ter boa “lábia” para o
cliente topar fechar negócio.
• É preciso saber organizar as idéias escritas na proposta e
enviados por e-mail, para deixá-lo seguro de que seu
negócio oferece uma oportunidade irrecusável.

59

EXEMPLO: A GL
• Quantos orçamentos irão fazer em caso de
contratação de serviços de terceiros? 3 ou será
licitação?
• Qual o tempo de duração do contrato?

• Quem está levantando/responsável pelos


orçamentos: profissionais de
compras/suprimentos, téc seg trab, enfermeiro
do trab, RH, outros...

• Será menor preço ou conta a qualificação


(recomendação/referencias) e o preço médio pra
prestar os serviços?
60

Profa Lucy Mara Baú 29


03/07/2022

Definições Importantes

Orçamento
• Consiste na avaliação ou projeção de custo,
embasada nos documentos completos de
projeto básico, final ou executivo, de um
determinado empreendimento, levando-se
em conta, todos os custos diretos, indiretos
e condições contratuais.

61

Definições Importantes

Custo
• Significa um conjunto de despesas que se
dispende na obtenção ou confecção de um
bem ou serviço.

62

Profa Lucy Mara Baú 30


03/07/2022

Definições Importantes

Preço
• Significa o quanto se paga na obtenção de
um bem ou serviço.
Valor
• Obedece a lei de mercado no momento da
obtenção do bem ou serviço.
Lucro
• Significa o valor obtido após ser reduzido
todas as despesas diretas e indiretas.
63

Definições Importantes

Preço do Serviço =
• Custo + Imposto + Lucro (antigo)

• Lucro = Valor - Custo (hoje)

64

Profa Lucy Mara Baú 31


03/07/2022

Definições Importantes
Insumos
• É qualquer unidade a ser consumida em
uma determinada obra. Existem dois tipos
de insumo:
– Material
– tempo (hora).

Composição de Preços Unitários


• É a definição dos preços de cada item de
serviço que figurar na Lista de Quantidade
de Preços.
65

Definições Importantes
Custo Direto
• Custo direto de uma determinada obra, corresponde
a todos os custos obtidos de forma explícita nos
itens que compõem a Lista de Quantidades, e
conforme definido em cada contrato.

• São aqueles que podemos identificar como


pertencendo a este ou aquele componente de uma
obra, ou a obra como um todo, pois há como
mensurá-los durante a construção.

66

Profa Lucy Mara Baú 32


03/07/2022

Definições Importantes

1. O orçamento é obtido, a partir da composição


do custo unitário de cada serviço que compõe a
obra.

2. Normalmente tudo que pode ser medido e


pago, corresponde a Custo Direto.

3. Em face do conceito de Custos Diretos, essas


composições de custos unitários são formados
pelos custos dos seguintes componentes:

67

Definições Importantes

4. Materiais necessários a execução da unidade


de serviço, tais como: som, objetos de
dinâmicas, etc.

5. Veículos e Equipamentos a serem utilizados


para a execução da unidade de serviço, cujo
valor do aluguel horário inclui, custo de
propriedade, operação, seguro, IPVA, pedágio e
manutenção.

68

Profa Lucy Mara Baú 33


03/07/2022

Definições Importantes

6. Periculosidade que incide sobre as horas


trabalhadas e encargos sociais das categorias
profissionais, cuja natureza do serviço a lei
determine o pagamento.

7. Ferramental necessário à execução do serviço


(banco de wells ou flexímetro, computador, etc).

69

Definições Importantes

8. Encargos Sociais que incidirão sobre o custo


das horas trabalhadas da mão de obra
diretamente aplicada na unidade de serviço
(Férias, 13º, cesta básica, vale refeição, vale
alimentação).

9. Impostos: exemplos, PIS, COFINS, ISS, IR e


CSSL

70

Profa Lucy Mara Baú 34


03/07/2022

Montando seu preço como


prestador de serviços
• Impostos: 4%, 6%, 10,26%, 11%, 14,68%,
18,91%...
• Adm/fin (over/head) – Adm (3%, 4%, 5% ou
mais taxa de comissão em caso do comercial);
fin (2%).
• Profissional (30 a 50% do bruto).
• Lucro líquido (mínimo de 30%).
• Obs: Para produtos, o lucro líquido varia de 8
a 12%, em média.
71

Cálculos das Despesas Fixas


Fisioterapeuta do Trabalho Empreendedor
Diversas Custo Mensal
Energia elétrica 100,00
Água/esgoto 20,00
Tarifa telefônica fixo / celular/internet 350,00
Aluguel Escritório 800,00
Condomínio 300,00
Microcomputador 80,00
Impressora 10,00
Contador 535,00
Serviço de Limpeza 200,00
Material Escritório 100,00
Material Limpeza 50,00
Material lanches/água 300,00
Aux. Adm. (salário mais 68% custos trab) R$2.009,28
TOTAL 4.854,28
CNAE: 85.99-6-04 Treinamento em Desenvolvimento Profissional e Gerencial

72

Profa Lucy Mara Baú 35


03/07/2022

Despesas com viagem


Viagens R$ Custo Mensal
6 diárias 80,00 (por dia) 480,00
Alimentação
Hospedagem 120,00 (por dia) 720,00
Táxi/uber 100,00 100,00
Passagens 600,00 600,00
TOTAL 1.820,00
*Veículo R$ / km Custo Mensal
1.000 km 1,26 (Gasolina/álcool, Óleo, Filtros, Pneus, 1.260,00
Depreciação, Manutenção, Seguro Obrigatório,
IPVA, Licenciamento, Bombeiros, Seguro privado,
pedágio, deslocamento)
73

PROJETOS EM
FISIOTERAPIA DO TRABALHO

O gerenciamento de projetos começa a partir de um


contrato fechado com o cliente
74

Profa Lucy Mara Baú 36


03/07/2022

INTRODUÇÃO A GESTÃO
DE PROJETOS

O que é um Projeto?
• Requer aplicação de recursos em um tempo
específico, quer sejam humanos, materiais,
financeiros, informação/ conhecimento,
ferramentas e tempo para atingir objetivos
futuros;
• Exige esforço temporário, pois acontece uma
única vez e possui início, meio e um fim
específicos;
75

INTRODUÇÃO A GESTÃO
DE PROJETOS

O que é um Projeto?
• O seu produto ou serviço é, de certo modo, diferente de
todos outros similares. Não existem repetições em
projetos, tudo é feito uma única vez;
• É multidisciplinar - Projetos são empreendidos em
todos os níveis da organização.
• Podem envolver uma ou milhares de pessoas.
• Os participantes sempre possuem capacitações
diferenciadas, pertencem a departamentos diferentes e
de diferentes ou a diferentes empresas, geralmente em
organização matricial.
76

Profa Lucy Mara Baú 37


03/07/2022

INTRODUÇÃO A GESTÃO
DE PROJETOS

O que é um Projeto?
• Comprador e fornecedor (ISO 9001), sejam
externos (empresas com razões sociais
diferentes) ou internos (colegas ou outros
departamentos), pode-se ter um departamento
comprador e outro fornecedor, mas as relações
são as mesmas, se considerarmos aspectos de
qualidade;
• Recursos limitados para atingir objetivos e a
realização de resultados.
77

O Projeto
• A elaboração de um projeto é uma previsão,
deve conter um:
– objetivo geral,
– objetivos específicos,
– atividades,
– plano de implementação,
– monitoramento,
– avaliação e resultados esperados.

• As atividades estarão relacionadas aos objetivos


específicos, que por sua vez deve atender o
objetivo geral do projeto.
78

Profa Lucy Mara Baú 38


03/07/2022

O Projeto

• Um projeto pretende atingir a uma


população alvo prioritária ou
primária, podendo também
beneficiar a uma população alvo
secundária.

79

Objetivo Geral

• É a ação mais distante, a mais longe, o ponto


de partida para todas as ações do projeto.

80

Profa Lucy Mara Baú 39


03/07/2022

Objetivos Específicos

• É a resposta desejada da população alvo,


devem prever resultados quantificáveis.
• Define o tempo, o número de pessoas e a
faixa etária.

• Responde as perguntas: O que? Quando?


Quanto?

81

Objetivos Específicos

• A quem pertence a ação do verbo?


– Resposta: A população alvo do projeto, não a
instituição.

82

Profa Lucy Mara Baú 40


03/07/2022

Objetivos Específicos
• Resultado: Mudança e ou benefício que se deseja ou se
propõe para a população alvo.

• Mudanças:
– conhecimento 75% (ou mais);
– comportamento 25% (ou menos)
– atitude 25% (mais ou menos);
– religião, conceitos sociais.

• Os resultados esperados estão diretamente lincados


aos objetivos específicos.
* Não confundir objetivos específicos com resultados.
83

Plano de implementação
Ações para se alcançar determinado
objetivo específico, identifica o
tempo de execução de cada
atividade.

Monitoramento e avaliação
São os indicadores, medidas operacionais
para realização de uma atividade ou de um
objetivo específico. Permitem medir o grau
de alcance do resultado.

84

Profa Lucy Mara Baú 41


03/07/2022

Plano de implementação

• São passos necessários para a realização de


uma atividade que se sustenta com base em
dados quantificáveis.

85

Resultados esperados
• Acontecem a partir dos processos
estabelecidos para a realização de
uma atividade.
• Quantificam o resultado da atividade na
população alvo.

• Instrumento que atesta a execução


da atividade e que definam formas de
comprovar o efeito conseguido na
população alvo.

86

Profa Lucy Mara Baú 42


03/07/2022

Resultados esperados

• Acontecem a partir dos processos


estabelecidos para a realização de uma
atividade.

• Quantificam o resultado da atividade na


população alvo.

• Instrumento que atesta a execução da


atividade e que definam formas de comprovar
o efeito conseguido na população alvo.

87

INTRODUÇÃO A GESTÃO
DE PROJETOS
A Gerência de Projetos tem
crescido em importância e se
tornado um dos requisitos
imprescindíveis no terceiro milênio
para a competitividade das
empresas.

88

Profa Lucy Mara Baú 43


03/07/2022

INTRODUÇÃO A GESTÃO
DE PROJETOS
• A engenharia e a tecnologia dobram em
quantidade e em qualidade de inovação a
cada cinco anos.

• Desenvolvimentos tecnológicos em tempos


cada vez mais curtos, em todos os setores:
automobilístico, computação, software,
telecomunicações, entre outros.

89

INTRODUÇÃO A GESTÃO
DE PROJETOS
• O ciclo do produto é cada vez mais curto!

• Os bens chegam à obsolescência antes de


se deteriorarem, em função de novos
desenvolvimentos extraordinariamente
atrativos aos consumidores finais.

• Às empresas urge entender as necessidades


dos clientes em níveis aprofundados de
especificidades, pois a demanda por novos
produtos é cada vez maior, com menor
tempo de desenvolvimento.
90

Profa Lucy Mara Baú 44


03/07/2022

INTRODUÇÃO A GESTÃO
DE PROJETOS
• O gap (descompasso) entre tecnologia e relações
humanas na administração aumentou muito e de
forma não linear, exigindo um enfoque mais
humano, em função das pressões e do estresse a
que hoje estão sujeitos os profissionais.

• A forte busca por altos lucros com baixos custos


em uma conjuntura de alta competitividade sem
prejuízo da qualidade pressiona as empresas a
compartilhar os recursos internos com maior
flexibilidade.
91

Características profissionais e
pessoais do líder
• O gerente ou empreendedor são fundamentais
para alcançar resultados satisfatórios em
projetos.
• São características fundamentais:
– sabedoria,
– liderança,
– mediação de conflitos,
– negociação,
– pró atividade,
– comunicação e atitude de sempre buscar o
sucesso do projeto,
– ter paciência dentro dos prazos existentes.
92

Profa Lucy Mara Baú 45


03/07/2022

Características profissionais e
pessoais do líder

– Possuir a virtude de apoiar a equipe,


– saber delegar responsabilidades e
atividades,
– treinar e motivar a equipe,
– saber fazer as mudanças nas atividades e na
equipe sempre que necessárias, sem
comprometer os aspectos de custos e
qualidade dos resultados, melhorando
todos os aspectos.

93

Processo de Gestão de Projetos

1- Planejamento
2- Programação
3- Execução
4- Monitoramento
5- Avaliação

94

Profa Lucy Mara Baú 46


03/07/2022

GESTÃO DE PROJETOS
• As empresas no terceiro milênio não
sobreviverão sem uma forte cultura em
Projetos, já que o mercado tem exigido mais
flexibilidade, criatividade e evolução dos
produtos e serviços.

• Seguramente, um grande número de projetos


está falhando agora mesmo, outros nunca
serão concluídos, outros levaram seus
patrocinadores à falência ou a trocarem de
empregos.

95

GESTÃO DE PROJETOS

O gerente de projetos não pode fazer


tentativas e erros, para não causar
prejuízos por retrabalho, atrasos ou baixa
qualidade.

Em virtude dessas restrições, devemos ter


sempre em mente a regra:

'Pense antes de começar'.

96

Profa Lucy Mara Baú 47


03/07/2022

CICLO DE PLANEJAMENTO DO
GERENTE DE PROJETOS

97

O gerenciamento de projetos possui:

• Escopo (abrangência), tempo, custo e


qualidade;

• Interessados (stakeholders) com


necessidades e expectativas diferentes;

• Requisitos identificados (necessidades) e


requisitos não identificados (expectativas).

98

Profa Lucy Mara Baú 48


03/07/2022

Entrega dos Serviços

• Para um jogo de cabo de força justo, que


sempre existe entre cliente e fornecedor,
definem-se os produtos e serviços de forma
a medir e controlar o aceite do cliente com
inspeção de pontos mensuráveis, ou
exatamente constatáveis.

99

Entrega dos Serviços


• De acordo com as normas ISO 9001 (Model for
Quality Assurance inDesign, Development,
Production, Instalation and Servicing – 1994)
no planejamento de um projeto, os resultados
devem:
– ser descritos detalhadamente enquanto produtos e
subprodutos;
– as fases de realização e os critérios de aceitação dos
produtos e serviços devem ser negociados
previamente e acordados, para avaliação futura e
aceitação de resultados.

100

Profa Lucy Mara Baú 49


03/07/2022

Entrega dos Serviços

• Os critérios de aceitação devem ser


suficientemente específicos e mensuráveis,
de forma a não haver dúvidas em uma
revisão para aceite.

101

Processo de Gestão de Projetos


Exemplo

• Para ilustrar este conceito, vamos


imaginar que nosso processo seja realizar
um Programa de Ginástica Laboral!

102

Profa Lucy Mara Baú 50


03/07/2022

GINÁSTICA LABORAL

Primeiro planejamento

• Precisamos saber dos nossos objetivos.


Imaginemos que o nosso objetivo seja
realizar um Programa de GL para 20
pessoas em apenas um grupo.
• Como poderemos planejá-lo?
– Identificando os recursos disponíveis e os
necessários.

103

A GL
• Com que frequência iremos aplicar a GL na
semana e em qual horário?

• Qual a duração e modalidade?

• Há necessidade de recursos de materiais (ex:


som, elásticos, bastões, pesos, bexigas, etc)?

• Há necessidade de prever tempo para coleta de


dados (ex: Corlett, medidas flexibilidade,
frequência, relatórios mensais, trimestrais e
anuais, correlação dos indicadores da GL com
absenteísmo, tipos de CID e acidentes, etc)?
104

Profa Lucy Mara Baú 51


03/07/2022

A GL
• O profissional que vai executar é fisioterapeuta
ou educador físico?

• Este profissional é sócio de empresa prestadora


dos serviços ou contratado pessoa jurídica ou
CLT?

• Se empregado haverá Insalubridade e/ou


periculosidade?

• Qual a distância da empresa a prestar os


serviços da origem do profissional que vai se
deslocar? Irá de carro ou de ônibus?
105

Exemplo de Projeto de
Atuação
ABORDAGEM ERGONÔMICA
É a forma de implementar a qualidade
ergonômica a produtos e processos se
dá por meio de uma intervenção
ergonômica, uma pesquisa descritiva
que tem início com o levantamento e
análise da situação, que integram uma
análise ergonômica.

106

Profa Lucy Mara Baú 52


03/07/2022

Exemplo de Projeto de
Atuação
• Particularmente, a metodologia
ergonômica por nós adotada, utiliza-se
de várias técnicas de levantamento,
análise, proposição de soluções e
validação.

Não há um único método utilizado em


qualquer tipo de caso, mas, sim, uma
série de métodos que podem
ser selecionados de acordo com a
necessidade do caso.

107

Exemplo de Projeto de
Atuação

AEP (Análise Ergonômica Preliminar) –


AET (Análises Ergonômicas do Trabalho)
As AEP ou AETs, em linhas gerais, é a
análise realizada em cada posto de
trabalho, (menor unidade produtiva de
uma empresa) visando fazer um
levantamento das condições em que o
trabalhador desenvolve suas tarefas.

108

Profa Lucy Mara Baú 53


03/07/2022

Exemplo de Projeto de
Atuação
PROGRAMA ERGONÔMICO
O nosso programa contempla ações como:
• Implantação de comitê ergonômico;
• Implementação e acompanhamento de
ginástica laboral;
• Acompanhamento e orientações
individualizadas nos postos de trabalho,
(prevenção e controle de ocorrências de
DORT/LER) – BLIZ DE POSTURA / ERGOTOUR;
• Relatórios de correlação de absenteísmo
CIDs M, S e F com o Programa;
109

Exemplo de Projeto de
Atuação

• ...controle de stress pelo método de


Quickmassage;
• prevenção e tratamento das
manifestações somáticas iniciais das
DORT, por meio da acupuntura,
orientação e adaptação de leiaute;
• laudos e estudos ergonômicos;
• Fisioterapia Preventiva e assistencia.

110

Profa Lucy Mara Baú 54


03/07/2022

Exemplo de Projeto de
Atuação
• Podem ocorrer tanto no setor
produtivo, como no administrativo, e a
partir desse levantamento de conduções
de trabalho, faz-se então o diagnóstico
ergonômico do trabalho, apresentado em
um relatório ou laudo, que irá conter
também, sugestões de melhoria.

111

PROJETOS EM FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
Fisioterapia nas empresas

Modalidade do contrato
CLT - Prestação de serviço - Consultoria

Nível de atuação do profissional

112

Profa Lucy Mara Baú 55


03/07/2022

PROJETOS EM FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
• Definição das atribuições.

113

PROJETOS EM FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
Empresa
Estrutura - Premissas:
Nº funcionários
visão/valores
Responsabilidade. social
Integração das equipes: R.H - S.O - S.T. - MA

Equipe S.O.
Integração: Medicina - Fisioterapia - Ergonomia -Enfermagem

114

Profa Lucy Mara Baú 56


03/07/2022

PROJETOS EM FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
Fisioterapia do Trabalho/Ocupacional

Pró Ativa Reativa

Ambas

115

PROJETOS EM FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
• Fisioterapia Ocupacional Pró Ativa
– Presença nos PT – Registros – interfaces
– Análises ergonômicas – Documentadas
– Orientações individuais ou em grupo : Coleta de
assinaturas
• Participação/elaboração de Programas Corporativos:
• Cipa
• Comitês
• Ginástica laboral
• Programas sociais diversos - Realizar Avaliação
• Exames admissionais e demissionais
• Controles e indicadores de saúde
116

Profa Lucy Mara Baú 57


03/07/2022

117

Exemplo de Programas de Qualidade de


Vida no Trabalho

118

Profa Lucy Mara Baú 58


03/07/2022

Prevenção no ambiente de
trabalho
Primária: Redução do risco de lesão (período de
pré-patogênese)
– Identificação de tarefas de alto risco
– Identificação de casos de lesão atual
– Pesquisa de sintomas dos funcionários
– Recomendações para o replanejamento da atividade
– Promoção da saúde do funcionário:
• Treinamento e educação
• Rotatividade de atividades
• Programa de exercícios
• Trabalho adequados ciclo/repouso

119

Prevenção no ambiente de
trabalho
• Secundária: Intervenção precoce em
eventos lesivos. (período patogênico)
– Avaliação clínica
– Assistência ao trabalhador lesado
– Avaliação do local de trabalho
– Planejamento de acomodações
– Identificação de barreiras à recuperação
– Desenvolvimento de programas de trabalho
modificados

120

Profa Lucy Mara Baú 59


03/07/2022

Prevenção no ambiente de
trabalho
Terciária: (Reabilitação - seqüela residual ou
incapacidade)
– Recuperação do trabalhador ao maior nível
possível de função pós-lesão.
– Tratamento pós-operatório (trabalhos
transicionais)
– Avaliação dos resultados
• Expectativa de declínio nas estatísticas de lesão
• Eficácia de custos
• Capacidade funcional do trabalhador lesado

121

Programas de Responsabilidade
Qualidade de Vida pela Saúde
53%: Hábitos saudáveis Individual

Exercício
Físico ▪10% - Médico

Controle
▪17% - Hereditariedade
do Controle
de peso
▪20% - ambiente
estresse ocupacional e social

Alimentação ▪53% - Hábitos de vida


equilibrada
(OMS, 2002)

122

Profa Lucy Mara Baú 60


03/07/2022

Programas de
Qualidade de Vida no Trabalho

• Nutrição
• Psicologia
• Assistência Social
• Medicina Preventiva
• Lazer
• Educação e cultura
• Carreira ...

123

Programas de
Qualidade de Vida no Trabalho
▪ Programas de Condicionamento
Físico;
▪ Condicionamento Morfo-funcional;
▪ Informações Teórico-práticas;
▪ Ginástica Laboral;
▪ Massagem Expressa;
▪ Ginástica Postural;
▪ Lazer.

124

Profa Lucy Mara Baú 61


03/07/2022

EXEMPLOS DO PROGRAMA DE
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

• DICAS E ORIENTAÇÕES DE POSTURAS


E DE ERGONOMIA

125

EXEMPLOS DO PROGRAMA DE
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

• MASSAGEM EXPRESS

126

Profa Lucy Mara Baú 62


03/07/2022

HÁBITOS DE VIDA DIÁRIA


No Quarto - Postura no sono

CERTO CERTO

ERRADO

ERRADO CERTO

127

Levantando-se

ERRADO

CERTO

128

Profa Lucy Mara Baú 63


03/07/2022

Postura Sentada

ERRADO CERTO CERTO

129

Transportando Objetos

ERRADO CERTO CERTO

130

Profa Lucy Mara Baú 64


03/07/2022

ERRADO CERTO

ERRADO CERTO ERRADO CERTO


131

Acidentes ou doenças do trabalho

1 2%

12%
OMBROS
JOELHOS
ANTEBRAÇOS
2% MÃOS
COSTAS

82%

132

Profa Lucy Mara Baú 65


03/07/2022

DIAGRAMA DE CORLETT
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Nenhuma dor Muita dor

Cervical (0) Punho (14) 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10


0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Alta Esquerdo Nenhuma dor Muita dor
Nenhuma dor Muita dor Pinte ou marque um X sobre
Cervical (1) região de desconforto no Punho (15)
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Baixa boneco abaixo e assinale nas Direito 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Nenhuma dor Muita dor linhas ao lado a intensidade Nenhuma dor Muita dor
Ombro (2) deste desconforto Mão (16)
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Esquerdo Esquerda
Nenhuma dor Muita dor Nenhuma dor Muita dor
Ombro (3) Mão (17) 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
0__1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Direito Direita Nenhuma dor Muita dor
Nenhuma dor Muita dor
Braço (4) Coxa (18)
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Esquerdo Esquerda
Nenhuma dor Muita dor
Nenhuma dor Muita dor
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Torácica Coxa (19)
Nenhuma dor Muita dor Alta (5) Direita 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Nenhuma dor Muita dor
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Braço (6) Joelho (20)
Nenhuma dor Muita dor Direito Esquerdo 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Nenhuma dor Muita dor
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Torácica Joelho (21)
Nenhuma dor Muita dor Baixa (7) Direito 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Nenhuma dor Muita dor
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Lombar (8) Perna (22)
Nenhuma dor Muita dor Esquerda 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Nenhuma dor Muita dor

0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Região (9) Perna (23)


0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Nenhuma dor Muita dor Pélvica Direita Nenhuma dor Muita dor

Cotovelo (10) Tornozelo (24) 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10


0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Esquerdo Esquerdo Nenhuma dor Muita dor
Nenhuma dor Muita dor
Cotovelo Tornozelo
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Direito (11) Direito (25) 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Nenhuma dor Muita dor Nenhuma dor Muita dor
Braço (12) Pé (26)
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Esquerdo Esquerdo 0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10
Nenhuma dor Muita dor Nenhuma dor Muita dor
Braço (13) Pé (27)
0___1___2___3___4___5___6____7____8___9___10 Direito Direito
Nenhuma dor Muita dor

133

Atenção ao Modo Operatório


Primeiro corte coxa Segundo corte coxa Retirada do osso

Arrumando a coxa Primeiro corte coxa


Desossa da coxa Jogando o osso na esteira

134

Profa Lucy Mara Baú 66


03/07/2022

POSTURAS
DE
TRABALHO

135

“Efetividade do exercício físico em ambiente


ocupacional para controle da dor cervical, lombar
e do ombro: uma revisão sistemática”
Helenice J. C. G. Coury, Roberta F. C. Moreira, Natália B. Dias

• Objetivos: Avaliar a efetividade e fornecer evidências


a respeito da prática de exercício físico no ambiente
ocupacional para o controle da dor
musculoesquelética.

• Bases bibliográficas consultadas: PubMed,


MEDLINE, Embase, Cochrane, PEDro e Web of
Science.

• Foram incluídos no estudo os ensaios clínicos


randomizados controlados que realizaram
intervenção no local de trabalho envolvendo
exercício e avaliaram a dor musculoesquelética.

136

Profa Lucy Mara Baú 67


03/07/2022

• A escala PEDro, que tem pontuação de 0-10, foi utilizada


para avaliação da qualidade dos estudos incluídos nesta
revisão.

• Resultados: total de 8.680 referências publicadas em


inglês com 18 estudos incluídos.

– forte evidência foi encontrada para a efetividade do exercício


físico no controle de dor cervical em trabalhadores que
realizavam atividades em escritórios ou setores
administrativos, descritos como sedentários enquanto..

– evidência moderada foi encontrada para a região lombar


daqueles que realizavam atividades envolvendo manuseios,
desde que os treinamentos fossem aplicados por períodos
superiores a dez semanas, incluíssem exercícios realizados
com algum tipo de resistência e fossem supervisionados.

– nenhum estudo avaliando trabalhadores sedentários relatou


resultados positivos para o controle da dor musculoesquelética
em ombros.
137

Protocolos de GL
Pausas ativas e passivas
• Demanda: queixa, ritmo puxado, compensatória,
preventiva/aquecimento,
preventiva/distensionamento; pró-ativa...

• Projeto piloto
– GL sem ergonomia;
– GL com ergonomia;
– Pausas sem exercícios e com ergonomia;
– Pausas sem exercícios e sem ergonomia;
– Correlação com grupos controle;
– Frequência diária ou 4 ou 3 ou 2 x semanais;
– Modalidades direcionadas às demandas acrescidas de
fortalecimento.

138

Profa Lucy Mara Baú 68


03/07/2022

Músculos propensos ao encurtamento


(Predominância de fibras vermelhas)
▪ Sóleo
▪ Tibial Posterior
▪ Adutores curtos do Quadril
▪ Isquiotibiais
▪ Retofemoral
▪ Iliopsoas
▪ Tensor da Fáscia Lata
▪ Piriforme
▪ Quadrado Lombar
▪ Peitoral maior
▪ Trapézio Superior
▪ Elevador da Escápula
▪ Esternocleidomastoídeos
▪ Escalenos
▪ Eretor da Espinha
▪ Elevador da escápula
▪ Escalenos e flexores do membro superior.

139

Retornos da Ginástica Laboral

Empresa / Nº Func. Redução de Retorno com a


Setor avaliados despesas com implementação
afastamentos do Programa
Autopeças 850 80% R$ 788.437,92
Banco 750 62% R$ 531.470,96
Melatúrgica 480 40% R$ 217.919,24
Farmacêutica 300 43% R$ 215.182,41
Gráfica 350 45% R$ 283.296,15
Química 560 31% R$ 140.247,41
Comunicação 1000 20% R$ 77.880,00
Educação 600 39% R$ 163.063,68
Fonte : Revista Cipa – Edição nº 246/ 271

140

Profa Lucy Mara Baú 69


03/07/2022

PROJETOS EM FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
Atuação Pró ativa – Jovens Aprendizes
Após contratação:
• Encaminhamento para tratamento corretivo ou
prevenção. (RPG, Pilates, Natação, Academia)
• Acompanhamento trimestral do jovem.

É função social da empresa contratante, desenvolver o


jovem para o mercado de trabalho, e isso inclui sua
integridade e desenvolvimento físico.

141

PROJETOS EM FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
Atuação Pró ativa –
PPD’s

Profª Isabel Cristina Bini

142

Profa Lucy Mara Baú 70


03/07/2022

PROJETOS EM FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
Atuação Pró ativa – PCD’s

• Avaliação prévia dos postos de trabalho


a serem ocupados por eles, para boa
adaptação habilidades, com a atividade
do PT.
• Um bom exame admissional.
• Exame clínico, postural e funcional.
• AET de seu posto de trabalho, e se for
adaptação.
• Acompanhamento do colaborador em
Ambulatório.
• Integração com as equipes.
143

PROJETOS EM FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
Atuação Reativa - Ambulatório
Identificação do problema:
• Em consulta ambulatorial – Periódicos;

• Acidente de trabalho;

• Comunicação do gestor;

• Controle de atestados;

• Pronto atendimentos.

144

Profa Lucy Mara Baú 71


03/07/2022

PROJETOS EM FISIOTERAPIA DO
TRABALHO
Atuação Reativa - Tratamento
Na empresa
• Atendimento emergencial
• Reabilitação

Fora da empresa

• Atendimento emergencial
• Encaminhamento.

145

PROJETOS EM FISIOTERAPIA
DO TRABALHO
Atuação Reativa -
Encaminhamentos

Elencar profissionais e serviços:


• Contatos: colocar necessidades;
• Visitas;
• Efetivação.

146

Profa Lucy Mara Baú 72


03/07/2022

Gestão em Ergonomia
A
(Agir Corretivamente)
P
(Planejar)

Definir as
Metas
Atuar Definir os
Corretivamente Métodos que
permitirão
atingir as Metas
propostas

Educar e
Verificar os Treinar
Resultados da
Tarefa Executada
com os Clientes
Executar a tarefa
em pequena
escala (coletar
C
(Verificar)
dados)
D
(Executar)

147

Gestão em Ergonomia

• Implementação, Indicadores, Relatórios e


Evidências Cotidianas

• Quanto Custa = Salário + Encargos +


Aspectos Legais + Despesas de Rotatividade
+ Despesas com Doenças + Despesas com
Acidentes e Incidentes + Absenteísmo +
Presenteísmo + Horas Extras + Retrabalhos
+ Atrasos de Entrega + Prejuízo Moral e
Produtivo.

148

Profa Lucy Mara Baú 73


03/07/2022

Estratégias de Implantação
da Ergonomia

149

Implantando a Ergonomia
• Gestão externa através de consultoria;
• Gestão através de profissionais do SESMT;
• AET;
• Comitê de Ergonomia;
• Implantação do programa de ergonomia e
gerenciamento de riscos;
• Capacitações/treinamentos da força de trabalho;
• Campanhas de Segurança e Saúde Ocupacional
• DDS (s), etc.

150

Profa Lucy Mara Baú 74


03/07/2022

Priorização de Riscos para


o Gerenciamento

151

Método GUT x FI
(Fator Investimento)
Valor Gravidade Urgência Tendência GxUxT
Causa Exige Tende Máximo
5 Elevação de Ação Agravar 125
custos imediata rapidamente
4 insatisfação Ação rápida aumentar 64
3 atrasos Ação estabilizar 27
pausada
2 desorientação acompanhar ajustar 8
1 Poucas Pode acomodar 1
reclamações esperar
152

Profa Lucy Mara Baú 75


03/07/2022

Exemplo de aplicação da GUT


PROBLEMA G U T GxUxT FI
(prioridade) (Fator Investimento)
Altos índices de
insatisfação 3 3 3 27 (6°) Até R$20.000,00 (6°)

Acidentes 5 4 4 80 (2°) Até R$50.000,00 (3°)

Deficiência na
comunicação 3 4 4 48 (4°) R$0,00 (2°)

Falta de padrões na
execução de tarefas 5 3 4 60 (3°) R$0,00 (1°)

Alto absenteísmo CID M 5 5 5 125 (1°) Até R$100.000,00 (4°)

Horas extras 5 4 2 40 (5°) R$0,00 (5°)

153

INVENTÁRIO DE RISCOS - PGR/ GRO


PLANILHA PARA IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E AVALIAÇÃO DOS RISCOS
(ISO 45001:2018 - Sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional)

FONTE
PERIGO OU CONSEQUÊNCIAS Nº DE MEDIDAS DE ENQUADRAMENT
GERADORA CLASSIF. DO
ID SETOR ATIVIDADE FATOR DE RISCO [lesões ou agravos PESSOAS CONTROLE O CONSEQ. PROB. RESULT. AÇÃO RESP. PRAZO STATUS
[principais RISCO
[exigência] à saúde] EXPOSTAS EXISTENTES NORMATIVO
causas]

Altura Ajustar João/ Em


Usinage Operar Flexão de Pausas a cada
1 Lombalgia inadequada do 2 NR 17 2 - Grave A - Comum 3 Risco alto altura do Manutençã 13/11/21 andame
m torno tronco > 65⁰ 2 horas
painel painel o nto

Instalar Desvio de
Montage Lesão de punho Ferramenta Rodízio a C - Pode Testar nova José/ Não
2 compone punho direito > 2 NR 17 4 - Mínimo 18 Risco baixo 13/11/21
m direito inadequada cada 1 hora acontecer ferramenta Engenharia iniciado
nte AB 50⁰

Posicionar E- João /
Embalag Transportar Sobrecarga Distância de Mesa 1- Risco Aproximar Concluíd
3 caixas na 8 NR 17 Praticamente 11 Manutençã 13/11/21
em caixas de 20kg coluna e MMSS deslocamento pantográfica Catastrófico moderado mesa o
mesa impossível o

Layout e João /
Pesar Rotação de Sobrecarga B - Já Risco Reposicionar
4 Pesagem localização da 6 Inexistente NR 17 4 - Mínimo 14 Manutençã 13/11/21 Atrasado
caixas tronco coluna aconteceu moderado balança
balança o

Moviment
Paleteiras Possuí 01 Em
Expediçã ar paletes Empurrar e Esforço físico 5- D- Implantar Marcos/
5 mecânicas 4 transpaleteira NR 17 24 Risco baixo 13/11/21 andame
o entre puxar paleteiras intenso Insignificante Improvável rebocador PCP
manuais elétrica nto
docas

154

Profa Lucy Mara Baú 76


03/07/2022

INVENTÁRIO DE RISCOS - PGR/ GRO

155

Exemplo ação corretiva


Controle Absenteísmo 2008 a 2011
Ano Próprio Total dias perdidos CID M CID S

2008 906 1.783 1132 651

* 1.187 2.044 1174 870


2009
2010 1.111 1.506 834 672
(26,3%) (29%) (22,76%)
2011 1.073 1.050 763 269
(31%/944 dias (8,5%) (60%)
ganhos)

* Início intervenção.

156

Profa Lucy Mara Baú 77


03/07/2022

Setores que representam 93,5% do


absenteísmo
Setores A B C D E F G H I H

2008 180 56 77 44 460 157 70 277 130 11

2009 338 41 460 31 590 153 159 204 20 9

2010 14 20 109 62 64 206 170 519 202 15

2011 64 14 37 135 43 127 217 115 35 4

Total 596 130 683 272 1.157 643 616 1.115 387 39

Queixa cervical MMSS MMSS joelhos MMSS tornoz/lomb tornoz. joelhos MMII lombar

157

RESUMINDO:
Serviços de Fisioterapia do Trabalho
1. Consultorias;
2. Avaliações cinéticos funcionais pré-admissionais, periódicas, de retorno ao
trabalho, de adequação de função, de alteração de função e demissional;
3. Ambulatório de Fisioterapia nas empresas;
4. AET – Análise Ergonômica do Trabalho sem ou com eSocial;
5. Implementação/intervenção ergonômica;
6. Projetos Ergonômicos, de qualidade de vida, de responsabilidade social;
7. Pareceres Técnicos;
8. Palestras, Treinamentos e Capacitações;
9. Programas de Qualidade de Vida no Trabalho;
10. Judicialização : Perícia e assistência técnica;
11. Gestão em Ergonomia e eSocial;
12. Gestão de absenteísmo;
13. Serviços de integração com equipes de SST, de qualidade e de
produtividade.
158

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03/07/2022

RESUMINDO
Fluxo da Fisioterapia do Trabalho
1. Captação de cliente e serviços;
2. Demandas(reativa, fiscalização, legal, certificação, melhoria
contínua...);
3. Fechamento de contrato;
4. Consultoria / levantamento preliminar;
5. Investigação;
6. Diagnóstico;
7. Recomendações com priorização;
8. Negociação para montagem do cronograma de ações
priorizadas;
9. Implementação com plano de ação, responsáveis e prazos;
10. Conclusão/relatório de encerramento da demanda
11. Implantação da gestão em fisioterapia do trabalho e
ergonomia;
12. Acompanhamento sobre a eficácia do gerenciamento
(Indicadores).
159

Bibliografia

• BAÚ, L.M.S.; Fisioterapia do Trabalho: Ergonomia, Legislação,


Reabilitação. 2002.
• COFFITO, www.coffito.gov.br
• Ministério do Trabalho e Emprego, www.mte.gov.br/cbo
• IIDA, Itiro. BUARQUE, LIA; Ergonomia: projeto e produção. São
Paulo: Edgard Blucher, 2016.
• KERZNER, HAROLD; Gestão de projetos: As melhores práticas,
Editora Bookman, 2002.
• VIRUEL , FULGÊNCIO TORRES ; Melhorando a produtividade 14
jan. 2002
• IBPQ – Instituto Brasileiro de Qualidade e produtividade. ESPAÇO
IBQP - Agregando valor aos indivíduos Por: Francisco Teixeira
Neto 25 mar. 2002
• SEBRAE; Custo e Formação de preços de venda no comércio –
Série Talentos Empreendedores – Volume 5 Edição
160

Profa Lucy Mara Baú 79


03/07/2022

Nossa Missão:
“Trabalhadores saudáveis e
empresas produtivas”.

Lucy Mara Baú


lucymara@ocupamed.com.br

(41) 99925-0979

161

Profa Lucy Mara Baú 80

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