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Volume 15
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Conteúdo licenciado para Jose Jales de Figueiredo Junior -
Formação em Teologia
O Livro de Jó (parte 2)
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O que recebemos da vida não faz parte de uma equação matemática de causa e
efeito, de fato, a realidade é muito mais complexa, portanto, acreditar em
retribuição dessa forma é antibíblico.
Seja por uma percepção errada da lei da semeadura ou por influência da
filosofia do karma, o Livro de Jó ensina o oposto, que merecimento pode rimar com
sofrimento, mas também ensina que tudo está à mercê da vontade de Deus.
Vejamos uma passagem da Bíblia:
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• Muito do que você está colhendo hoje foi seus pais que plantaram em sua
vida.
• Muito do que você está colhendo hoje foi amigos que plantaram em sua vida.
• Muita coisa que faz parte de sua vida, e que você está colhendo hoje, foi
políticos, ou até mesmo civilizações antigas, que plantaram.
• Você ainda não colheu muito do que semeia, e algumas coisas não irá colher,
sendo que outras pessoas é que irão se beneficiar do que você está
plantando hoje, assim como hoje você se beneficia de coisas que gente no
passado plantou.
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Atenção: Resumindo, nem tudo que colhemos hoje, fomos nós a plantar. Muitas
vezes você chega para pastorear uma igreja, já se beneficiando pelo que os outros
pastores plantaram antes de você. Às vezes você chega ao emprego e é beneficiado
por aquilo que seu chefe e outros companheiros de trabalho plantaram antes de
você. Da mesma forma, muito do que nós estamos investindo e plantando hoje
serão os nossos filhos que irão colher; talvez uma casa ou investimento em
educação. Precisamos entender essa dimensão de não tentar reduzir a vida numa
equação de retribuição, sem enxergar que ela é muito mais ampla que isso.
Podemos afirmar ainda que, se o salário do pecado é a morte, porque nós
ainda não a colhemos? De forma mais precisa, como pecadores podem colher a
vida eterna, se mesmo depois de convertidos ainda são pecadores? O Livro de Jó
nos permite compreender que existe mais do que esse tipo de relação na vida,
entendendo que parte é semeadura, parte é graça e parte é mistério. Se quisermos
ser bíblicos precisamos ter em mente as seguintes perspectivas:
IX Questão filosófica
O Livro de Jó levanta um questionamento entre a relação da moralidade e o
sofrimento. Reflita: o que um ateu tem contra Deus? Um ateu geralmente
argumenta que não acredita na existência de Deus porque a existência do mal e do
sofrimento são provas de que não existe um ser bondoso e todo poderoso.
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O sofrimento continua sendo uma realidade na vida porque ele faz parte do
ambiente em que vivemos, uma consequência do pecado e um fato universal, todos
experimentam a dor porque é o senso-comum, e todas as religiões tentam explicar
porque sofremos ou como devemos enfrentar isso, repare que grande parte das
conversões religiosas é explicada pela descoberta e aceitação da resposta para o
sofrimento e angústia humanas, ou seja, as pessoas se aproximam de uma crença
ou de outra, porque se agradam mais com a resposta oferecida por determinado
dogma. Em sua maioria, as religiões explicam que o sofrimento é sempre, ou quase
sempre, punitivo; no cristianismo o sofrimento nasce como resultado da separação
com Deus, não é uma mera consequência de um ato errado, antes é um “estado”,
assim, tanto ateus quanto adeptos de outras religiões se debatem insistindo que
dor e o sofrimento são imorais, mas quem decidiu que sofrer é uma imoralidade?
Não se torne refém de filosofias humanas, saiba que, apesar de termos que lidar
com o sofrimento, a grande boa-nova é que, na cruz, Jesus Cristo levou o nosso
sofrimento permanentemente, significa que para o cristão qualquer sofrimento, por
mais difícil que seja, é provisório e passageiro. Vai passar!
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Notas:
1: cit. Blomberg e Hubbard Jr.
2: cit. Samuel Terrien
3: cit. Dillard e Longman II
4, 5, 6, 7, 8 e 9: cit. Samuel Terrien
Bibliografia sugerida:
Site: https://bibleproject.com/
Manual bíblico vida nova (Editor geral: David S. Dockery. Tradução: Lucy Yamakami.
Hans Udo Fuchs, Robinson Malkomes. - São Paulo: Edições Vida Nova,2001)
KELLER, Timothy. Gálatas para você (São Paulo. Vida Nova. 2017)
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