Você está na página 1de 15

Riscos e Conseqüências de uma Falha

em Transformador de Transmissão

Workshop Transformadores

ONS
Rio de Janeiro – 04/07/2013
1
Riscos e Conseqüências de uma Falha na Transmissão

Falhas e Conseqüências na Transmissão:


1. Linha de Transmissão;
2. Subestação
• Chave seccionadora
• Disjuntor
• TPI (TC e TP)
• Para-raios
• Isolador
• Serviço auxiliar AC e DC
• Sistema de proteção
• Reator ou Banco Capacitor
• Transformador de Potência (características especiais)

2
Características de um Transformador de
Transmissão - Rede Básica

1. Tensão Elevada: Maior ou igual a 230 kV;


2. Potencia Elevada: Normalmente Maior ou igual a 100 MVA;
3. Prazo de fabricação: Maior ou igual a 10/12 meses;
4. Não pode ser transportado montado;
5. Velocidade média nas estradas de transporte de um transformador:
10 a 15 km/h (não trafega a noite);
6. Necessita de autorização especial do DNIT;

3
Características de um Transformador de
Transmissão - Rede Básica
7. Resumo do processo para desmontagem e transporte de um transformador de
uma subestação para outra:
• Deslocamento para subestação de origem de 02 carretas tanques para
transporte óleo isolante;
• Deslocamento de carretas rebaixadas para transporte do tanque, outra
para transporte de radiadores, outra para buchas, conservador, painéis,
ventiladores, acessórios, dispositivos de proteção própria, tubulações, etc.;
• Deslocamento de Guindaste para desmontar buchas, radiadores,
conservador;
• Confeccionar flanges metálicos, embalagens de madeiras para transporte
dos acessórios;
• Fazer vácuo e pressurizar com nitrogênio o tanque;
• Licença de autorização do DNIT (depende das condições das estradas,
pontes, eventos no trajeto, etc.);
• Contratar batedores para acompanhar;
• Equipe de especialistas para deslocamento e colocar em cima da carreta a
parte mais pesada (tanque+núcleo+enrolamentos);
4
Características de um Transformador de
Transmissão - Rede Básica (continuação)
8. Deslocamento das carretas incluindo a parte mais pesada (veloc. 10 a 15 km/h);
9. Deslocamento para a subestação de guindaste, central de tratamento de óleo;
10.Remoção da carreta da parte mais pesada da carreta e deslocamento pra a
posição que vai operar;
11.Montagem dos radiadores, ventiladores, TC de buchas, buchas, conservador,
acessórios;
12.Vácuo no tanque, enchimento e tratamento do óleo;
13.Adequações na cabeação dos sistema de comando, controle e proteção;
14.Adequações nas conexões aereas e de aterramento;
15.Comissionamento do transformador (ensaios e testes de campo + ensaios do
óleo no laboratório) e sistema de proteção (ajustes/calibração/testes
funcionais).

30 a 40 dias 5
Transformador na condição de Sobrecarga

Aumento dos
Riscos de
Falha

6
Aumento dos Riscos de Falha na Sobrecarga
1. Formação de bolhas e redução da suportabilidade dielétrica:
• Temp. pto+quente acima da temp. crítica de geração de bolha (> 1000C )
• Temp. crítica dependente da umidade e saturação do óleo por gases
Estudos publicados (CIGRE – WG A2.30 - jun/2008), demonstram que o risco de
formação de bolha é a partir de 1000C, e não é mais a partir de 130-1400C, como
era considerado anteriormente:
“During overloading or short-circuit vapour bubbles can start at 100 °C but not at
130-140 °C as considered before”.

2. Sobreaquecimento localizado:
• Geração de gases
• Deterioração da isolação e redução da suportabilidade mecânica
• Elevação da pressão de óleo e vazamento em buchas
• Sobreaquecimento da isolação própria e geração de gases em buchas
• Expansão do óleo e vazamento através do conservador
• Falhas de Comutadores por interupção de correntes elevada
• Falhas em conexões elétricas internas
• Sobreaquecimento do núcleo 7
Risco de formação de Bolha
Pesquisa realizada sobre limites de temperatura:
A pesquisa realizada pelo Grupo 9 do subcomitê 12 da CIGRÉ,
envolvendo 15 empresas de dez países (Áustria, Canadá, Finlândia,
França, Alemanha Ocidental, Japão, Polônia, Suécia e Estados
Unidos), registra que durante a sobrecarga:
• 60% das empresas a formação de bolha é mais preocupante;
• 20% consideram a perda de vida útil por degradação da
celulose mais importante;
• 20% que consideram de igual importância.
Na mesma pesquisa, nove empresas responderam que o ajuste do
limite da temperatura do ponto mais quente é prioritariamente
baseado no risco de formação de bolha.
8
.
Experiências durante sobrecarga
1. Exemplos relatados na Audiência Pública na ANEEL
em 22/03/2001:
• 1999 – Falha autotransformador 500/230 kV
(PAQ)
• 2000 – Falha isolamento (BES)

2. Experiência da Argentina (Prof. Roberto Campoy e


Mario Cebreiro) – Universidade de Mendonça,
agosto de 2005;

3. Transformador 230 kV (TSA)


9
Fotos caso Teresina

Indicadores de temperatura do óleo e enrolamento: baixa (sem indicativo de aquecimento)


10
Aumento da Potencialidade da Conseqüência

Aumento do
Risco de
Falha

11
Estudo de Caso

Subestação com 02 Transformadores de 100 MVA suprindo uma


carga de 120 MVA (podendo ser uma cidade de média população ou
um grupo de pequenas cidades):
1. Falha em uma das unidades;
2. A unidade remanescente, que operava com 60 MVA, ficará com
carregamento de 120 MVA. Essa condição não testada, acarreta
maiores riscos de danificação da unidade devido a:
• Pontes quente localizados com danificação do isolamento;
• Formação de bolhas levando a curto-circuito interno;

Qual o tempo de indisponibilidade do


atendimento aos consumidores aceitável ?
12
Estudo de Caso (continuação)

A solução para recomposição do suprimento de energia será:


1. Remanejar um transformador de outra subestação (reduzindo a
sua confiabilidade)
=> Prazo médio: 30 a 40 dias

2. Repor unidade falhada por um novo transformador a ser


fabricado.
=>Prazo de entrega: 10 a 12 meses (não incluído o processo de licitação)

Esse risco é aceitável ?


13
Estudo de Caso (continuação)

Nas duas soluções 30/40 dias ou 10/12 meses,


causam forte impacto nas cidades atingidas:
• Segurança
• Saúde
• Industrias
• Transito
• Bancos
• Comercio
• Economia da cidade ou região
atingida
Essa situação é tolerada
pela sociedade ? 14
Obrigado

15

Você também pode gostar