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Prof. Esp.

Francisco Henrique Dias Teixeira


Aula 02 – Configurações da Rede de Distribuição

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SEP

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 Nota:
Pela legislação, Resolução
Normativa 414/2010 da ANEEL,
atualizada pela Resolução
Normativa 725/2016, a
concessionária se obriga a atender
a unidade consumidora até a
potência demandada ou contratada
de 2500 kW.

Acima desse valor cabe à


concessionária a decisão de
atender ao empreendimento
através do seu sistema de
distribuição local, em 13,20 kV ou
13,80 kV, ou através do seu
sistema de subtransmissão nas
tensões de 69 kV, 88 kV ou 138 kV.

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(Essa classificação é apenas didática)

 Nível 1 – Média Tensão


 Nível de Tensão: 2,3 kV ~ 25kV

 Nível 2 – Média Tensão


 Nível de Tensão: 34,5 kV ~ 46kV

 Nível 3 – Alta Tensão


 Nível de Tensão: 69 kV ~ 145kV

 Nível 4 – Alta Tensão


 Nível de Tensão: 230 kV ~ 440kV

 Nível 5 – Extra-Alta Tensão


 Nível de Tensão: 500 kVca ~ 765kVca
 Nível de Tensão: 600 kVcc ~ 800kVcc
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(Essa classificação é apenas didática)

Nível de Tensão 2,3 kV ~ 25 kV

Regiões: Nordeste,
Tensão mais Comum 13,8 kV
Sudeste, Norte

Subestação de Média Tensão em Algumas Nordeste, Sudeste,


13,2 kV
Tensão – Nível 1 Áreas Sul e Centro-Oeste

Indústria de Pequeno Potência 300


e Médio Porte kVA~5MVA

Condomínios de
Local de Utilização
Grande Porte

Comércio com Grande


Consumo

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(Essa classificação é apenas didática)

Nível de Tensão 34,5 kV ~ 46 kV


Redes Coletoras
Aéreas
Tensão mais Comum 34,5 kV
Subestação de Média Redes Coletoras
Tensão – Nível 2 Subterrâneas
Parques Eólicos

Local de Utilização Parques Fotovoltaicos

Indústrias de Grande
Cargas Específicas
Porte

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(Essa classificação é apenas didática)

Nível de Tensão 69 kV ~ 145 kV

Distribuidoras de
Tensão mais Comum 69 kV
Energia do Brasil

Maior predominância
88 kV
na Região Sudeste
Subestação de Alta Tensão em Algumas
Tensão – Nível 3 Áreas
Utilizada em alguns
138 kV
estados

Distribuidoras

Local de Utilização Instalações Industriais

Parques Eólicos
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(Essa classificação é apenas didática)

Nível de Tensão 230 kV ~ 440 kV

Tensão mais Distribuidoras de


230 kV
Comum Energia do Brasil

Subestação de Alta Tensão em Algumas Maioria em FURNAS


345 kV
Tensão – Nível 4 Áreas e Estado de SP

SIN / ONS Rede Básica

Local de Utilização FURNAS

Distribuidoras de
Energia

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(Essa classificação é apenas didática)

500 kVca ~ 765 kVca SIN / FURNAS

Nível de Tensão

600 kVcc ~ 800 kVcc Itaipu / Belo Monte

Subestação de Extra-
Alta Tensão – Nível 5 CHESF

Local de Utilização ELETRONORTE

FURNAS

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Redes Primárias Aéreas
 1 – Primário Radial Seletivo

 2 – Primário Radial com Recurso (também chamado Radial com Socorro)

Redes Subterrâneas
 1 – Primário Radial Seletivo

 2 – Primário Operando em Malha Aberta

 3 – Spot Network

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Redes Aéreas/Redes Subterrâneas – Primário Radial Seletivo
 Primário Radial Seletivo
Esse sistema se aplica a redes aéreas e subterrâneas, a linha é construída em circuito duplo e os consumidores
são ligados a ambos através de chaves de transferência.
 Operação Normal e em Emergência
O Consumidor é conectado em Operação Normal e em caso de Emergência é transferido para a outra rede.

 Procedimento
As chaves fazem a transferência automática e contam com relés que detectam a existência de tensão em
seus terminais, verificam a inexistência de defeito na rede do consumidor, e comandam o motor de
operação da chave, transferindo automaticamente o consumidor para o outro circuito.

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Redes Aéreas – Primário Radial com Recurso (também chamado Radial com Socorro)
 Primário Radial com Recurso (também chamado Radial com Socorro)
Nesse sistema o sentido do fluxo de potência pode ser fornecido a partir de duas ou mais alimentações,
dependendo da posição das chaves interpostas nos circuitos de distribuição e da flexibilidade de manobras, esse
sistema pode ser operado tanto em Sistema Radial Seletivo como em Sistema Radial em Anel Aberto.
 Vantagens:  Desvantagens:
1. Maior Confiabilidade 1. Custo Elevado.
2. A perda eventual de um dos circuitos
de distribuição ou alimentador não
deve afetar significativamente a
continuidade de fornecimento.

 Chave Fusível
Usual NBR 5444

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Redes Aéreas – Primário Radial com Recurso (também chamado Radial com Socorro)
 Operação Anel Aberto:  Operação Anel Fechado:
o Chaves abertas: (G). Para operar dessa forma, é necessário que sejam
o Chaves fechadas: (A), (B), (C), (D), aplicadas em todas as chaves relés de proteção
(E), (F), (H), (I), (J). direcionais, com exceção das chaves (A) e (B).
o Chaves abertas: Nenhuma.
o Chaves fechadas: Todas.

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Redes Subterrâneas – Primário Operando em Malha Aberta
 Primário Operando em Malha Aberta
Nesse sistema os consumidores são agrupados em barramentos que contam com dois dispositivos de comando
nas duas extremidades (disjuntores) e o alimentador, que se deriva de duas SEs diferentes, ou de dois disjuntores
da mesma SE, está seccionado, num ponto conveniente, através de disjuntor que opera na condição de
normalmente aberto (NA).

 Defeito em um Trecho Qualquer


A ocorrência de defeito num trecho qualquer da rede tem-se sua isolação, pela abertura dos dois disjuntores da
extremidade do trecho, e os barramentos que foram desenergizados passam a ser supridos pela outra SE, onde a
chave NA é acionada automaticamente, passando da condição de NA para NF, possibilitando assim a energização
dos circuitos.
 Observações:
1. Este arranjo, apresenta custo elevado e exige um sistema de proteção sofisticado.
2. O circuito opera, em condição normal, com 50% de sua capacidade, porém, deve dispor de reserva para
absorver, em caso de contingências, a carga total do sistema.

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Redes Subterrâneas – Spot Network
 Sport Network
Nesse sistema os circuitos podem derivar de uma única SE ou de SEs distintas. Na figura abaixo os dois circuitos
derivam de uma única SE. Observa-se, a existência de uma chave especial (NP), designada por network protector,
que tem por finalidade impedir o fluxo de potência no sentido inverso.
 Curto-Circuito num Trecho
A figura abaixo demostra a ocorrência de defeito num trecho, como por exemplo um curto-circuito, onde todas as
chaves NP que estão ligadas ao barramento com defeito, serão abertas, isolando-se assim o defeito e
possibilitando o circuito ser alimentado pelo outro disjuntor (circuito).

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Redes Subterrâneas – Spot Network
 Informações Complementares
1. Na Rede Spot Network, cada transformador de distribuição, com potência nominal de 0,5 a 2,0 MVA, é
suprido por dois ou três circuitos.
2. Confiabilidade deste sistema é muito alta.
3. Custo da rede em Spot Network é muito elevado.

 Local de Aplicação
Áreas de grande densidade de carga.
Exemplo: A rede do Plano Piloto de Brasília foi construída em Spot Network com dois e três circuitos que se
derivam de SEs diferentes.

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 Estações Transformadoras
As estações transformadoras (Ets), são constituídas por transformadores, que reduzem a tensão em média
tensão, para baixa tensão.
Nas redes aéreas utilizam-se, usualmente, transformadores trifásicos, instalados diretamente nos postes.
Em geral, as potências nominais dos transformadores trifásicos são fixadas em: 15kVA – 30kVA – 45kVA –
75kVA – 112,5kVA e 150 kVA.
 Esquema de Ligação (Mais Usual):
Para transformadores trifásicos, com resfriamento a óleo, a ligação mais usual é Triângulo para Estrela Aterrado.

Estações
Transformadoras

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 Sistemas de Distribuição Secundária
Das estações transformadoras (Ets), deriva-se a rede de baixa tensão, 220/127 V ou 380/220 V, que pode operar
em malha ou radial e que supre os consumidores de baixa tensão, sendo eles residências, pequenos comércios
ou indústrias.
Rede Secundária Aérea
 Informações Complementares
As redes secundárias aéreas podem ser radiais ou em malha, a rede se inicia em malha e quando alcança seu
limite de carregamento, evolui para a configuração radial, através da instalação de outro transformador e o
seccionamento da malha. Essa descrição pode ser observada nas imagens abaixo:

 Evolução da Rede de Baixa Tensão


Rede em Malha Rede Radial
Os Triângulos são os
Transformadores.

As Linhas são a Rede de Baixa


Tensão onde os consumidores
são conectados no sistema.
Baixa Tensão Média Tensão

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Rede Secundária Reticulada
 Rede Secundária Reticulada
Esta rede é constituída por um conjunto de malhas que são supridas por transformadores trifásicos, onde seus
terminais de baixa tensão são inseridos diretamente nos nós do reticulado.
Entre dois nós é usual utilizar-se, em cada fase, três cabos em paralelo, isto é feito visando aumentar a
confiabilidade e a capacidade de carregamento do sistema.
 Informações Complementares
1. Esse tipo de rede apresentar um custo extremamente elevado, e não é mais construído.
2. Existe em áreas centrais de grandes metrópoles, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba etc., onde foi
instalado há mais de trinta anos.

As Linhas são a Rede de Baixa


Tensão onde os consumidores
são conectados no sistema.

Os Triângulos são os
Transformadores.

As Setas são as Cargas


conectadas na Rede.
 Tipos de Redes de distribuição em média tensão;
1 - Redes aéreas convencionais;
2 - Redes aéreas compactas;
3 - Redes aéreas isoladas;
4 - Redes subterrâneas;
5 - Redes de distribuição rural;

 Tipos de Redes de distribuição em baixa tensão;


1 - Redes aéreas convencionais;
2 - Redes aéreas isoladas multiplexadas;
3 - Redes subterrâneas em baixa tensão;

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Kobba, Ernesto João. Et al.
Introdução aos Sistemas de Mamede Filho, João.
Distribuição de Energia Subestações de Alta Tensão. 1. ed.
Elétrica. 2. Ed revisada. Rio de Janeiro: LTC, 2021.
São Paulo: Blucher, 2017.

Mamede Filho, João.


Aprender Elétrica. Subestações de
Instalações Elétricas
Energia – Definições, Conceitos e
Industriais. 9. ed.
Aplicações. 1. ed. 2019.
Rio de Janeiro: LTC, 2017.

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Mamede Filho, João. Frontin, Sergio de Oliveira. Et al.
Manual de Equipamentos Equipamentos de Alta Tensão – Prospecção
Elétricos. 4. ed. Rio de e hierarquização de inovações tecnológicas .
Janeiro: LTC, 2013. Brasília: Teixeira, 2013.

Prysmian Cables e Systems.


Instalações elétricas. 2010.

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