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Guia

de
Estudo
H249i Hansen, Collin, 1981-
Igreja é essencial : redescobrindo a importância do
corpo de Cristo / Collin Hansen & Jonathan Leeman ;
prefácio de Jonas Madureira ; [tradução: João Paulo
Aragão da Guia Oliveira]. – São José dos Campos, SP:
Fiel, 2021.
Tradução de: Rediscover church : why the body of
Christ is essential.
Inclui referências bibliográficas.
ISBN 9786557230817 (brochura)
9786557230794 (epub)
9786557230800 (mp3)

1. Igreja. I. Leeman, Jonathan, 1973-. II. Título.


CDD: 262.7

Catalogação na publicação: Mariana C. de Melo Pedrosa – CRB07/6477

Igreja é essencial: Guia de estudo Todos os direitos em língua portuguesa reservados


por Editora Fiel da Missão Evangélica Literária
Traduzido do original em inglês: Proibida a reprodução deste livro por quaisquer meios sem
Rediscover Church: Why the body of Christ is essential a permissão escrita dos editores, salvo em breves citações,
Study guide com indicação da fonte.

Copyright © 2021 por Collin Hansen e Jonathan Os textos das referências bíblicas foram extraídos da
Leeman. Todos os direitos reservados. versão Almeida Revista e Atualizada, 2ª ed. (Sociedade
Bíblica do Brasil), salvo indicação específica.

Originalmente publicado em inglês por


Crossway, 1300 Crescent Street, Wheaton, Editor-chefe: Tiago J. Santos Filho
Illinois 60187, EUA. Editor: Vinicius Musselman Pimentel
Coordenação Editorial: Gisele Lemes
Tradução: João Paulo Aragão da Guia Oliveira
Diagramação: Rubner Durais
Copyright © 2021 Editora Fiel Capa: Rubner Durais
Primeira edição em português: 2022 ISBN: 978-65-5723-081-7

Caixa Postal 1601


CEP: 12230-971
São José dos Campos, SP
PABX: (12) 3919-9999
www.editorafiel.com.br
Sumário

Prefácio..........................................................................................4

1. O que é uma igreja?.....................................................................5

2. Quem pode pertencer a uma igreja? .......................................12

3. Precisamos realmente nos reunir?...........................................19

4. Por que a pregação e o ensino são centrais?............................26

5. Fazer parte é realmente necessário? ........................................33

6. A disciplina da igreja é realmente amorosa?...........................42

7. Como amar membros que são diferentes?..............................53

8. Como amamos os de fora? .......................................................61

9. Quem lidera?..............................................................................69

Conclusão: Não a igreja que você deseja, mas algo melhor........78


Prefácio

Depois de um ano marcado por uma crise de saúde global, agitação política e tensão racial — além dos
pecados e tensões comuns que pressionam todas as igrejas em todos os anos —, Collin Hansen e Jonathan
Leeman escreveram Igreja é essencial com a esperança de que cristãos cansados e desconectados prioriza-
riam o pertencimento ao povo reunido de Deus. As verdades contidas em seu livro são extraídas da fonte
definitiva da verdade, a Palavra de Deus, e o livro foi escrito para que pastores, membros e visitantes casuais
redescobrissem a importância do corpo de Cristo, como diz o subtítulo.
Este guia de estudo tem o objetivo de ajudá-lo a considerar o lugar importante que a igreja deve ocu-
par em sua vida. As citações no início de cada seção (indicadas com IE) são das páginas de Igreja é essencial e
convidam você a pensar mais profundamente sobre declarações importantes do livro de Hansen e Leeman.
Geralmente, essas citações são seguidas por textos bíblicos relacionados e perguntas destinadas a ajudar
você a observar, interpretar e aplicar a Palavra de Deus à sua própria vida como parte da igreja de Cristo.
Você pode usar este guia sozinho, é claro, mas ele será mais útil se você o usar com outras pessoas.
Quando amigos, grupos de discipulado, classes de escola dominical e até mesmo congregações inteiras se
reúnem para discutir o valor do corpo de Cristo, a obra de redescoberta da igreja já começou. Quando o Es-
pírito nos convence, a Palavra nos impele, e outros cristãos nos acompanham, encontramos de novo nossa
necessidade da igreja — e renovamos nosso louvor pelo Salvador que nos encontra nela.

Megan Hill
Agosto de 2021
Capítulo 1

O que é uma igreja?

Para começar: “Você pode ter muitos motivos para não ir à igreja.”1 O que já impediu você de ir à igreja no
passado? O que fez você relutante em comparecer no último ano?

1. Pregação e Pessoas

Se você tivesse me perguntado naquela época: “O que é uma igreja?”, eu não lhe daria uma resposta bem formula-
da. Mas duas ideias, a saber, pregação e pessoas — a palavra do evangelho e a sociedade do evangelho —, estavam
crescendo em proeminência em minha mente. Uma igreja, eu sabia, tem algo que ver com um grupo de pessoas
reunidas para serem moldadas pela Palavra de Deus.2

Como o Espírito Santo usou a pregação ao longo de sua vida? Como ele usou seu povo? Por que tanto a
pregação quanto as pessoas são essenciais para o que a igreja é?

1 Collin Hansen & Jonathan Leeman, Igreja é essencial: redescobrindo a importância do corpo de Cristo (São José dos Campos, SP: Fiel, 2021), p. 21.
2 Ibidem, p. 33.
2. Uma comunidade do Evangelho

Mais do que qualquer outra coisa, seus amigos não cristãos precisam não apenas de suas palavras do evangelho,
mas também de uma comunidade do evangelho que testifique a veracidade dessas palavras do evangelho. Você
quer que eles observem a vida de sua igreja e digam: “Deus realmente muda as pessoas. E ele realmente está cons-
truindo uma cidade justa e correta — aqui na igreja”.3

Você considera a vida comum da igreja local como inerentemente evangelística? Sim ou não? Por quê? De
que forma a comunidade do evangelho é atraente para os não cristãos?

Por amor de Sião, me não calarei e, por amor de Jerusalém, não me aquietarei, até que saia a sua justiça como um
resplendor, e a sua salvação, como uma tocha acesa. As nações verão a tua justiça, e todos os reis, a tua glória; e
serás chamada por um nome novo, que a boca do Senhor designará. […] Chamar-vos-ão Povo Santo, Remidos-
-Do-Senhor; e tu, Sião, serás chamada Procurada, Cidade-Não-Deserta. (Is 62.1–2, 12)

O que Isaías diz que será perceptível no povo de Deus reunido?

3 Ibidem, p. 35.

6
Quem verá e buscará a cidade?

Como esses versículos estão sendo cumpridos na igreja hoje? De que maneiras específicas as pessoas em sua
comunidade veem a justiça e a salvação exibidas em sua igreja?

3. O Céu Tocando a Terra

De modo surpreendente, notável e incrível, sua igreja, aquela que queremos que você redescubra, é o lugar onde
a Bíblia diz que o céu começou a descer à terra […] O céu desce ao planeta Terra por meio de nossas igrejas reu-
nidas. E, quando isso acontece, você oferece aos cidadãos de sua nação a esperança de uma nação melhor e, aos
residentes de sua cidade, a esperança de uma cidade melhor e mais duradoura.4

Assim como uma embaixada ou colônia é uma pequena parte de um reino estabelecido em outro lugar,
nossas igrejas locais são um território celestial na terra. De que forma a cultura ao redor é diferente da vida
dentro da igreja? Descreva uma época em que você experimentou realidades celestiais em sua igreja local.

4 Ibidem, 35–36

7
Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos,
e à universal assembleia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos
justos aperfeiçoados, e a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao
que fala o próprio Abel. (Hb 12.22–24)

Nesses versículos, o escritor da carta aos Hebreus descreve a adoração da igreja reunida. Qual é a sua im-
pressão sobre a adoração depois de ler esse texto?

O puritano Matthew Henry divide esses versículos em “lugares celestiais” e “sociedade celestial”.5 Quais
palavras descrevem o local de adoração? Quais palavras descrevem a sociedade na qual adoramos?

Como sua experiência do domingo mudaria se você lembrasse que está adorando na “Jerusalém celestial”?
Como sua experiência mudaria se você lembrasse que está adorando juntamente com todas as hostes celes-
tiais? Como sua experiência mudaria se você lembrasse que está adorando na companhia do próprio Jesus?

5 Matthew Henry, Matthew Henry’s Commentary. Vol. 6: Acts to Revelation. Peabody, MA: Hendrickson, 1991(1710), p. 772 (em português: Comen-
tário bíblico Matthew Henry [6 vols.]. Rio de Janeiro: CPAD, 2010)

8
Você está ansioso para convidar seus amigos e vizinhos não cristãos para sua igreja? Sim ou não? Por quê?
Você ficaria mais ansioso se cresse que está convidando-os para participar da adoração celestial?

4. O que é uma igreja?


Examine o gráfico na página seguinte. Que partes desta definição de igreja são declarações que você espera-
va? Que partes são novas ou surpreendentes para você?

Que partes da definição levantam questões ou objeções em sua mente? Faça uma lista de suas perguntas e
procure as respostas ao estudar os capítulos seguintes.

9
A igreja é um grupo de cristãos (capítulo 2)

que se reúne como uma embaixada terrena do reino celestial de Cristo (capítulo 3)

para proclamar as boas-novas e os mandamentos de Cristo, o Rei (capítulo 4);

para afirmar uns aos outros como seus cidadãos


por meio das ordenanças (capítulo 5);

e para evidenciar o amor e a santidade de Deus (capítulo 6)

por meio de um povo unificado


e diverso (capítulo 7)

em todo o mundo (capítulo 8),

seguindo o ensino e o exemplo dos presbíteros (capítulo 9).6

5. Amados e amando uns aos outros

O que é uma igreja? É um grupo de pessoas que sabem que foram amadas por Cristo e começaram a amar umas
às outras dessa maneira.7

De quais maneiras você experimentou o amor cristão na igreja? De quais maneiras você procura mostrar
amor cristão aos outros?

6 Collin Hansen & Jonathan Leeman, Igreja é essencial, p. 39.


7 Ibidem, p. 40.

10
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho
como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar
uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor
é, em nós, aperfeiçoado. (1Jo 4.10–12)

Como Deus demonstrou seu amor por nós?

Qual é a base do nosso amor pelos outros cristãos? Esse amor é opcional? Que palavras João usa para en-
fatizar a importância de amar uns aos outros na igreja?

Às vezes é difícil amar outros cristãos na igreja; eles podem ser estranhos, duros ou até mesmo ofensivos.
Que encorajamento esses versículos nos oferecem?

11
Capítulo 2

Quem pode pertencer a uma igreja?

Para começar: Em poucas palavras, conte a história de como você chegou à fé em Cristo.

1. Por nascimento ou adoção

Anteriormente, comparamos a igreja a uma família espiritual. O que isso significa? Para se tornar parte de uma
família, você precisa ter nascido nela ou ser adotado. E a Bíblia realmente usa ambos os conceitos para descrever
o que é chamado de conversão, que é como você se torna parte dessa família espiritual da igreja. Assim como você
não escolhe nascer ou ser adotado, também não escolhe a conversão.8

Você não escolheu seus pais ou irmãos; tampouco escolheu fazer parte da família de Deus. Como essa
verdade lhe traz humildade?

8 Collin Hansen & Jonathan Leeman, Igreja é essencial, p. 46–47.


Vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas,
agora, alcançastes misericórdia. (1Pe 2.10).

Antes de nossa conversão, quais eram as duas verdades a nosso respeito? O que mudou desde a nossa
conversão?

O que esse versículo nos ensina sobre a natureza comunitária da salvação?

O que os filhos adotivos recebem de seus pais adotivos? De que forma a conversão é semelhante à adoção?

2. Nascido da água e do Espírito

Quem pode visitar o prédio de uma igreja para um culto de adoração? A resposta é: qualquer um! Mas quem
pode pertencer à família espiritual chamada igreja? Somente aqueles que entraram no reino de Deus. Apenas
aqueles que nasceram da água e do Espírito, de acordo com Jesus; isto é, apenas aqueles que nasceram de novo e
foram batizados.9

Muitos edifícios de igrejas exibem uma placa que diz: “Todos são bem-vindos”. De que forma essa afirma-
ção é verdadeira? De que forma ela pode trazer confusão?

9 Ibidem.

13
A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos. (Rm 1.7a)

À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os
que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. (1Co 1.2).

Aos santos que vivem em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus. (Ef 1.1b)

Aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos. (Cl 1.2a)

Cada um desses versículos é a saudação de Paulo a uma igreja particular do primeiro século. Que palavras
ele usa para descrever as pessoas dessas congregações?

Como as pessoas nessas congregações eram diferentes do restante das pessoas que viviam em Roma, Co-
rinto, Éfeso e Colossos?

Se Paulo estivesse escrevendo à sua igreja local, como ele descreveria os membros?

14
3. Reunidos para adorar

Redescobrir a igreja é perceber ou lembrar por que, antes de mais nada, nos reunimos. Nós nos reunimos para
adorar a Deus — Pai, Filho e Espírito Santo —, que nos salvou do pecado e da morte. É isso que cantamos. É
isso que ensinamos. É isso que observamos no batismo e na ceia do Senhor.
Sem conversão, sem nascer de novo, não há igreja para redescobrir. Se Jesus não morreu por nossos pecados nem
ressuscitou no terceiro dia, não há mais esperança a ser encontrada dentro da igreja do que fora dela.10

Qual é a atividade essencial da igreja reunida? Qual é o conteúdo essencial dessa atividade? Que esperança
essencial a igreja professa?

O que os autores querem dizer quando dizem que “sem conversão, sem nascer de novo, não há igreja para
redescobrir”?

Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso
deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da
carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico
em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu

10 Ibidem, p. 37.

15
vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar
nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em
bondade para conosco, em Cristo Jesus. (Ef 2.1–7).

Esses versículos dividem a vida do crente em duas partes: primeiro, estamos mortos em pecado, depois; vi-
vos com Cristo. Que palavras descrevem as pessoas antes da conversão? Que palavras descrevem os crentes
após a conversão? Quem é o agente de mudança na vida de cada crente (ver v. 4)?

Não é agradável considerar nossas vidas antes da conversão, mas Paulo não desvia o foco. Por que você acha
que é importante que os crentes reconheçam o que já fomos? Por que você acha que é importante afirmar
que todos nós na igreja já fomos “filhos da ira”?

Como sua conversão mudou você?

16
4. Pessoal e comunitário

A conversão pode acontecer dentro ou fora da igreja. Pode ser uma experiência solitária ou compartilhada com
amigos e colegas. Mas sempre deve resultar em fazer parte de uma igreja.11

Em que sentido a conversão é uma experiência pessoal? Em que sentido ela tem implicações comunitárias?

Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores,
irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. (Rt 1.16)

O Senhor trabalhou no coração de Rute por meio do testemunho de sua sogra Noemi, que era crente.
Como a lealdade de Rute mudou por consequência de sua conversão?

Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pes-
soas. […] Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. (At 2.41, 47b)

O Senhor trabalhou no coração de muitos cidadãos da Jerusalém do primeiro século por meio da pregação
dos apóstolos e do testemunho da igreja. O que Lucas quer dizer quando afirma que esses novos converti-
dos foram “acrescentados”?

11 Ibidem, p. 50.

17
Pense nas histórias de alguns santos do Antigo e do Novo Testamento. Algum deles viveu a vida da fé na
solidão? Como você poderia usar esses exemplos para encorajar alguém que está relutante em fazer parte
de uma igreja?

5. Separados

Se você nasceu de novo, isto é, arrependeu-se de seus pecados e crê em Jesus, você pode pertencer à igreja.12

O que é necessário para fazer parte da igreja? O que as pessoas às vezes pensam que é necessário, mas não é?

Qual é o processo para se tornar membro da sua igreja local?

Como as verdades deste capítulo incentivam você a se (re)comprometer com Cristo e sua igreja?

12 Ibidem, p. 54.

18
Capítulo 3

Precisamos realmente nos reunir?

Para começar: Reflita sobre um tempo em que você não pôde se reunir com a igreja e teve que participar
virtualmente através de transmissões ao vivo. Do que você sentiu falta?

1. O poder do ajuntamento

O que torna os ajuntamentos tão poderosos? O fato de você estar fisicamente presente. Você vê; você ouve; você sente.
Diferente de assistir a algo em uma tela, na qual você está fisicamente distante do que está assistindo, uma reunião ou
um ajuntamento literalmente o cerca. Isso define toda a sua realidade. […] Em um ajuntamento, experimentamos o
que outras pessoas amam, odeiam, temem e acreditam, e nosso senso de o que é normal e o que é certo pode mudar
relativamente rápido. Os amores, os ódios, os medos ou as crenças da multidão tornam-se nossos.13

Pense em um ajuntamento a que você compareceu e que o impressionou. Talvez tenha sido um concerto,
uma manifestação ou até mesmo um jantar na casa de alguém. Como as outras pessoas no ajuntamento
influenciaram você? Por que sua experiência teria sido diferente se você tivesse assistido ao evento de casa
em uma tela?

13 Collin Hansen & Jonathan Leeman, Igreja é essencial, p. 58.

19
De que forma você foi moldado pelas pessoas em sua igreja? Como o impacto delas teria sido reduzido se
você nunca tivesse passado tempo com elas pessoalmente?

2. Igrejas se reúnem e são reuniões

Às vezes, as pessoas gostam de dizer que “uma igreja é um povo, não um lugar”. É um pouco mais exato dizer
que uma igreja é um povo reunido em um lugar. Reunir-se ou ajuntar-se regularmente faz uma igreja ser uma
igreja. Isso não significa que uma igreja deixe de ser igreja quando as pessoas não estão reunidas, assim como
um “time” de futebol não deixa de ser um time quando os membros não estão jogando. O ponto é que reunir-se
regularmente é necessário para que uma igreja seja uma igreja, assim como um time tem que se reunir para jogar
para ser um time.14

Que objeções você ouviu (ou tinha) à afirmação de que uma igreja deve se reunir para ser uma igreja? Como
a analogia com o time acima ajuda a responder a essas objeções?

As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áquila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na
casa deles. (1Co 16.19)
Saudai os irmãos de Laodiceia, e Ninfa, e à igreja que ela hospeda em sua casa. (Cl 4.15)

Que palavras nesses versículos destacam o fato de que a igreja é um povo? Que palavras destacam o fato de
que a igreja sempre se reúne em um lugar?

14 Ibidem, p. 60–61.

20
Como os detalhes nesses versículos nos encorajam a pensar na igreja em termos concretos e locais (em vez
de ser simplesmente uma ideia abstrata)?

Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de
congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se
aproxima. (Hb 10.24–25)

O que o escritor da carta aos Hebreus adverte que não deve ser deixado de lado?

De acordo com esses versículos, que benefícios oferecemos e recebemos quando nos reunimos?

Por que o retorno de Cristo (“o Dia se aproxima”) deve nos impelir a nos reunirmos como igreja? De que
maneiras encorajamos uns aos outros na igreja à luz da volta de Cristo? Cite algumas.

21
3. A Igreja não pode ser “baixada”

Pense nisso. Talvez você tenha lutado com um ódio oculto por um irmão durante toda a semana. Mas então a presença
dele à mesa do Senhor leva você ao arrependimento e à confissão. Você lida com suspeitas em relação a uma irmã. Mas
então você a vê cantando as mesmas canções de louvor, e seu coração se aquece. Você sofre com a ansiedade sobre o que
está acontecendo politicamente em sua nação. Mas então o pregador declara a vinda de Cristo em vitória e vindicação,
você ouve gritos de “Amém!” ao seu redor e se lembra de que pertence a uma cidadania celestial unida em esperança.
Você está tentado a manter seus problemas no escuro. Mas então a pergunta carinhosa, mas incisiva do casal mais velho
durante o almoço — “Como vai você de verdade?” — atrai você para a luz.
Nada disso pode ser experimentado virtualmente. Deus nos fez criaturas físicas e relacionais. Definitivamente, a
vida cristã e da vida da igreja não podem ser baixadas. Deve-se observá-las, ouvi-las, adentrá-las e segui-las.15

Cite algumas das lutas ocultas que experimentamos na vida cristã. Como a presença de outros crentes na
igreja nos ajuda a lutar contra nosso pecado, reorientar nossa perspectiva e superar nossas dúvidas?

Pelo que, não podendo suportar mais o cuidado por vós, pareceu-nos bem ficar sozinhos em Atenas; e enviamos
nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo, para, em benefício da vossa fé, confirmar-vos
e exortar-vos, a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. […] Pois que ações de graças podemos
tributar a Deus no tocante a vós outros, por toda a alegria com que nos regozijamos por vossa causa, diante do
nosso Deus, orando noite e dia, com máximo empenho, para vos ver pessoalmente e reparar as deficiências da
vossa fé? (1Ts 3.1–3a, 9–10)

Como você descreveria os sentimentos de Paulo em relação à igreja de Tessalônica?

15 Ibidem, p. 64–65.

22
Quando Paulo ficou preocupado com as lutas espirituais dos tessalonicenses, o que ele fez (v. 1–3)? Pelo
que ele orava constantemente (v. 10)?

Por que você acha que Paulo não se contentou em simplesmente escrever aos tessalonicenses de longe?
Qual é a conexão entre amar alguém e querer estar fisicamente presente com essa pessoa? Qual é a conexão
entre ajudar alguém e tomar medidas para estar fisicamente presente com essa pessoa?

Como esses versículos encorajam você a se reunir com a igreja local?

4. Superando uma mentalidade autônoma

Oferecer ou encorajar a igreja virtual como uma opção permanente, mesmo com boas intenções, fere o discipula-
do cristão. Ela treina os cristãos a pensar em sua fé em termos autônomos. Ensina que podem seguir Jesus como
um membro da “família de Deus”, em algum sentido abstrato, sem ensiná-los o que significa ser parte de uma
família e fazer sacrifícios por uma família.16

16 Ibidem, p. 66.

23
É comum que as pessoas no Ocidente presumam que a fé pode florescer longe de outros crentes. Talvez
você mesmo presuma isso. Cite alguns exemplos desse tipo de pensamento.

Como “o impulso em direção à igreja virtual” é um “impulso para individualizar o cristianismo”?17

Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. (At 2.44)

De acordo com esse versículo, quais os três fatores que caracterizaram a igreja primitiva?

Como esse versículo contrasta com a visão contemporânea da fé como privada e individual?

17 Ibidem.

24
De que forma a reunião com a igreja o forçou a se apegar menos às suas próprias preferências, prioridades
e posses? Como isso tem desafiado você? Como tem sido uma bênção?

5. Uma embaixada do céu

O que é uma igreja reunida? É uma embaixada do céu. Entre na sua igreja ou na nossa, e o que você deve encon-
trar? Uma nação totalmente diferente: peregrinos, exilados, cidadãos do reino de Cristo. Dentro dessas igrejas,
você ouvirá as palavras do Rei dos céus serem declaradas. Você ouvirá a linguagem da fé, da esperança e do amor
do céu. Você terá uma degustação do banquete celestial do fim dos tempos por meio da ceia do Senhor. E você
será encarregado de seus negócios diplomáticos ao ser chamado para levar o evangelho à sua nação e a todas as
outras nações.18

Se a igreja é uma nação (ou uma embaixada de uma nação), quem é seu governante? Quais são suas leis?
Qual é a sua missão no mundo? Quem são seus cidadãos?

Que implicações a cidadania celestial tem para sua vida?

18 Ibidem, p. 67.

25
Capítulo 4

Por que a pregação e o ensino são centrais?

Para começar: Em uma semana típica, onde você ouve mensagens de sabedoria humana? O que atrai você
em seus podcasts, audiolivros, programas ou canais do YouTube favoritos?

1. Ouvindo o Rei Divino

Nós nos levantamos e nos reunimos com a igreja semanalmente porque é onde ouvimos o Rei divino — suas boas-novas e
seus conselhos para nossas vidas. Nós o ouvimos falar toda vez que abrimos nossas Bíblias, sim, mas o ouvimos juntos na
reunião semanal. Somos formados juntos como um povo ali. É por isso que a pregação e o ensino são fundamentais para as
reuniões de nossas igrejas. Centralizar nossas reuniões em torno da Palavra de Deus cultiva a cultura celestial que deve nos
caracterizar como um povo distinto, para que possamos, assim, ser sal e luz em nossas distintas cidades e nações.19

Collin Hansen escreve: “Quando redescobrimos a igreja, buscamos autoridade divina e não apenas sabe-
doria humana”.20 Em contraste com as muitas fontes de sabedoria humana que discutimos antes, qual é o
único lugar para encontrar a revelação confiável da verdade divina?

19 Collin Hansen & Jonathan Leeman, Igreja é essencial, p. 73.


20 Ibidem, p. 72.

26
Por que devemos priorizar a Palavra de Deus em nossas vidas? Por que precisamos ouvi-la juntos como
uma igreja?

[Disse Jesus:] Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adora-
dores o adorem em espírito e em verdade. ( Jo 4.23–24)

Quais são os dois elementos necessários para a adoração verdadeira?

Quem é o Espírito? Como o Espírito nos ajuda a adorar? Como recebemos a ajuda do Espírito?

Quem nos revela a verdade? Onde encontramos essa verdade? Por que a verdade é a base de nossa adoração?

27
A adoração em nossas igrejas locais geralmente não é atraente para alguém que não está cheio do Espírito
e ama a Palavra de Deus. Você consegue se lembrar de uma época em que a adoração centrada na Palavra
parecia entediante ou ofensiva para você? Como você pode crescer no amor pelo Espírito e pela verdade?

2. Mostrando a glória de Deus

Os melhores pregadores não fazem você se maravilhar com as habilidades deles. Eles lhe mostram a glória de
Deus como está em sua Palavra. E, quando vê Deus dessa maneira, você deseja tanto dele quanto puder receber.
Você cresce no anseio de ler e de aplicar a Palavra por si mesmo. Então você entra em um ciclo virtuoso. Quanto
mais os pregadores o ajudam a conhecer e a amar a Palavra, mais você desenvolve esse gosto por si mesmo, e uma
melhor preferência pela pregação substancial.21

Por que é tentador procurar um pregador que diga o que você deseja ouvir? Por que é tentador priorizar o
talento ou afinidade com um pregador em vez de seu compromisso com a Palavra de Deus? Como a dispo-
nibilidade de recursos on-line contribui para essa tentação?

Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm
pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas. (Mc 6.34)

Como Jesus se sentiu em relação à multidão?

21 Ibidem, p. 76.

28
Que analogia Marcos usa para descrever o problema das pessoas? O que Jesus fez em resposta?

Ovelhas são geralmente indefesas. Elas precisam de um pastor para dar-lhes comida, guiá-las para onde ir
e mantê-las protegidas do perigo. Por que isso é mais importante para as ovelhas do que ter um pastor que
entretém ou um pastor que simplesmente faz o que as ovelhas querem? Como um pregador fiel alimenta,
guia e protege a congregação quando prega a Palavra de Deus?

Pense em uma ocasião em que você foi bem pastoreado por um pregador que lhe ensinou a Palavra de
Deus. Como o ministério dele fez com que você amasse mais a Palavra de Deus?

3. Quatro movimentos

Pense sobre a obra da Palavra em uma igreja por meio de pelo menos quatro movimentos: (1) o pregador traz a Palavra
para toda a igreja; (2) os membros da igreja respondem portando a Palavra de Deus em suas bocas e seus corações por
meio de cânticos e orações comunitárias; (3) todos os membros da igreja ensinam a Palavra a si mesmos; (4) e vários
membros da igreja ensinam a Palavra uns aos outros e à próxima geração. (RC, p. 76–77)

29
Em uma semana normal em sua igreja, onde e quando cada uma dessas coisas acontece? Quais delas são
partes regulares em sua vida? Em que áreas você precisa renovar seu compromisso de receber e/ou ensinar
a Palavra de Deus?

4. Um evento comunitário

Duas coisas acontecem com o ensino ao vivo e presencial que não podem ser reproduzidas em um podcast com
um pastor que você nunca conhecerá pessoalmente. Em primeiro lugar, a congregação e o pregador, juntos, ex-
perimentam a pregação como um evento comunitário no tempo e no espaço. […] O sermão oferece uma visão
da Palavra de Deus para um povo em particular em um lugar particular, segundo a aliança que fizeram para
obedecer a Deus e amar uns aos outros.22

E [Esdras] leu no livro, diante da praça, que está fronteira à Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante
homens e mulheres e os que podiam entender; e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao Livro da Lei. […] E os
levitas ensinavam o povo na Lei; e o povo estava no seu lugar. Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando ex-
plicações, de maneira que entendessem o que se lia. […] Então, todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar porções
e a regozijar-se grandemente, porque tinham entendido as palavras que lhes foram explicadas. (Ne 8.3, 7–8, 12)

O que Esdras leu em voz alta? Quem estava presente na reunião? O que os levitas fizeram? Como o povo
respondeu?

22 Ibidem, p. 81–82.

30
Como ler, ouvir, explicar, compreender, responder e se alegrar estão relacionados nesta passagem? De que
forma você vê essas conexões no culto de sua própria igreja?

Como essa história teria sido diferente se Esdras, os levitas e o povo não estivessem fisicamente presentes
uns com os outros? Como essa passagem o incentiva a estar presente quando a Palavra de Deus é pregada
e ensinada?

5. Ouvintes transformados

Em segundo lugar, o exemplo e a personalidade do pregador dão o tom para toda a congregação. […] O caráter e
a mensagem do pregador se fundem, e, pelo poder do Espírito, os ouvintes são transformados por essas palavras,
mesmo que nem sempre se lembrem delas. E isso é comum no ensino, não apenas na pregação. Normalmente
não nos lembramos de nossos melhores professores apenas por seu conhecimento. Nós nos lembramos de sua
sabedoria juntamente com seu dom para se comunicar e seu amor pessoal por nós.23

23 Ibidem, p. 82.

31
Pense em um professor que foi especialmente influente em sua infância. O que fazia essa pessoa ser um
professor tão eficaz?

Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no
amor, na fé, na pureza. Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino. (1Tm 4.12–13)

Nesses versículos, Paulo, o pastor experiente, dá instruções ao pastor mais jovem, Timóteo. Que instruções
dizem respeito ao caráter de Timóteo? Que instruções se referem ao ensino e pregação de Timóteo?

De que forma o caráter e os dons do pregador estão indissociavelmente ligados à sua tarefa de pregar a
Palavra de Deus?

O que isso indica a respeito do que devemos procurar em um pastor?

32
Capítulo 5

Fazer parte é realmente necessário?

Para começar: Liste as autoridades em sua vida. Sobre qual esfera (ou área) cada uma exerce autoridade?
De que maneiras você percebe as bênçãos de estar sob autoridade? Por que às vezes é difícil percebê-las?

1. Autoridade da igreja

A autoridade das chaves = o direito de declarar em nome de Jesus o que e quem do evangelho:
O que é uma confissão correta? Quem é um verdadeiro confessor?

Quais são as duas declarações da igreja? Em nome de quem ela faz essas declarações? De que forma o tra-
balho da igreja é semelhante ao de um juiz de tribunal?

33
2. As ordenanças: passaportes celestiais

Com frequência, os cristãos tratam as ordenanças de maneira individualista. Praticamos o batismo e a ceia em
casa, no acampamento ou em viagens ao exterior. Ficar em casa por causa da COVID-19, em especial, tentou
muitas pessoas a pensarem dessa maneira.
[…] Porém, a prática normal é celebrar essas duas ordenanças no ambiente da igreja reunida sob os cuidados
vigilantes da igreja, como quando três mil batizados “foram acrescentados” à igreja de Jerusalém (At 2.41). Da
mesma forma, Paulo nos alerta para participar da ceia apenas sob a condição de “discernimos o corpo”, ou seja, a
igreja (1Co 11.29). Em seguida, ele nos diz para esperarmos uns pelos outros antes de tomá-la (v. 33). Este é um
evento da igreja.24

Em que ocasião você viu (ou ouviu falar) do batismo ou da ceia do Senhor praticados fora da igreja local?

O que você diria a alguém que acredita que as ordenanças podem ser administradas entre indivíduos ou
grupos não eclesiásticos?

Quando, pois, vos reunis no mesmo lugar, não é a ceia do Senhor que comeis. Porque, ao comerdes, cada um
toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague.
Não tendes, porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que
nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto, certamente, não vos louvo. […] Assim, pois, irmãos meus, quan-
do vos reunis para comer, esperai uns pelos outros. Se alguém tem fome, coma em casa, a fim de não vos reunirdes
para juízo. (1Co 11.20–22, 33–34a)

24 Ibidem, p. 88–89.

34
O que os crentes de Corinto estavam fazendo de errado? Descreva como era sua refeição. O que Paulo diz
que sua refeição individualista e caótica não era?

Duas vezes Paulo diz: “quando vos reunis” (v. 20, 33). O que Paulo está presumindo sobre o contexto da
Ceia do Senhor? Que outras palavras nesta passagem localizam a prática correta da Ceia do Senhor no
contexto da reunião da igreja?

Na próxima vez que você participar da Ceia do Senhor, o que você pode fazer para se lembrar de que essa
é uma refeição em família?

3. O que é ser membro da igreja?

Ser membro da igreja é a forma como reconhecemos formalmente e nos comprometemos uns com os outros como crentes.
É o que criamos ao afirmamos uns aos outros por meio das ordenanças. Para oferecer uma definição, ser membro da
igreja é uma afirmação e supervisão da igreja acerca da profissão de fé e do discipulado de um cristão, combinada com
a submissão do cristão à igreja e à sua supervisão.25

25 Ibidem, p. 89–90.

35
O que Jonathan Leeman quer dizer com afirmação? O que ele quer dizer com supervisão? De que forma sua
igreja local faz cada uma dessas coisas?

O que ele quer dizer com submissão? De que forma os membros de sua igreja local se submetem à igreja?

Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo,
e ainda coparticipante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por
constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem
como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Su-
premo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória. Rogo igualmente aos jovens: sede submissos
aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus
resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça (1Pe 5.1–5)

De acordo com esses versículos, quem é a autoridade máxima na igreja? (Dica: não são os presbíteros.)

36
Quais são os três grupos que Pedro instrui? O que ele diz a cada grupo?

A quem os presbíteros se submetem? A quem os “jovens” se submetem? A quem todos devem se submeter
(ver Ef 5.21)?

Em que situação você viu uma supervisão graciosa sendo praticada em sua igreja?

Em que situação você viu uma submissão humilde sendo praticada em sua igreja?

37
4. Pertencer à igreja universal de Cristo é o suficiente?

Às vezes, as pessoas gostam de dizer: “Não preciso fazer parte de uma igreja. Já pertenço à igreja universal de
Cristo”.26

Em que sentido essa afirmação é verdadeira? Em que sentido ela é falsa? O que você diria a alguém que faz
essa afirmação?

Outra pergunta que as pessoas fazem é se a membresia da igreja está mesmo na Bíblia. Talvez você mesmo tenha
se perguntado isso.27

Em que sentido a resposta a essa pergunta é não? Em que sentido a resposta é sim? O que você diria a al-
guém que fizesse essa pergunta?

26 Ibidem, p. 91.
27 Ibidem, p. 93.

38
Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua própria
cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios; saudai igualmente a
igreja que se reúne na casa deles. Saudai meu querido Epêneto, primícias da Ásia para Cristo. Saudai Maria,
que muito trabalhou por vós. Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são
notáveis entre os apóstolos e estavam em Cristo antes de mim. Saudai Amplíato, meu dileto amigo no Senhor.
Saudai Urbano, que é nosso cooperador em Cristo, e também meu amado Estáquis. Saudai Apeles, aprovado em
Cristo. Saudai os da casa de Aristóbulo. Saudai meu parente Herodião. Saudai os da casa de Narciso, que estão
no Senhor. Saudai Trifena e Trifosa, as quais trabalhavam no Senhor. Saudai a estimada Pérside, que também
muito trabalhou no Senhor. Saudai Rufo, eleito no Senhor, e igualmente a sua mãe, que também tem sido mãe
para mim. Saudai Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e os irmãos que se reúnem com eles. Saudai
Filólogo, Júlia, Nereu e sua irmã, Olimpas e todos os santos que se reúnem com eles. Saudai-vos uns aos outros
com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam. (Rm 16.3–16)

Sobre o que trata essa passagem?

Escolha um dos nomes dessa passagem. O que podemos presumir sobre essa pessoa simplesmente por sua
inclusão nesses versículos? Que detalhes únicos Paulo menciona sobre essa pessoa?

Por que você acha que Paulo escolheu citar os nomes dos membros da igreja em vez de simplesmente fazer
uma saudação geral? Por que você acha que o Senhor incluiu essa lista de nomes específicos na Sagrada
Escritura?

39
Como uma passagem como essa nos ajuda a entender se a membresia em uma igreja local é bíblica? Como
isso nos ajuda a entender se ser membro de uma igreja local é importante?

5. Ser membro é um trabalho

A grande lição para você agora é que ser membro de uma igreja não é algo passivo. Não é apenas um status. Não
é como ser membro de um clube social privado, de um clube de compras ou de um programa de recompensas.
É um ofício no qual você tem que trabalhar. Você precisa ser treinado para o trabalho. Precisa dedicar-se com
sua mente e coração. Precisa pensar em como causar um impacto. O que você produzirá esta semana? Você está
ajudando toda a equipe a carregar o peso ou está sendo relapso?28

De quais organizações comunitárias você participa? Quais são as diferenças entre pertencer a um clube e
ser empregado em seu local de trabalho?

28 Ibidem, p. 98.

40
Se pertencer à igreja é um trabalho, quem é seu chefe? Quem são seus colegas de trabalho? Quais são suas
responsabilidades? Quais são seus horários? Como você recebe treinamento para o trabalho? Qual deve ser
a sua atitude no trabalho?

Examine novamente Romanos 16.3–16. Cite algumas das contribuições para a igreja que Paulo descreve.

Observe a variedade de pessoas listadas. Você consegue encontrar um homem? Uma mulher? Uma pessoa
mais velha? Uma família? O que isso diz a você sobre a natureza da igreja?

Se Paulo tivesse incluído você em sua lista de saudações, que palavras ele teria usado para descrever sua
contribuição para a igreja? Nas semanas e anos vindouros, o que você gostaria que estivesse incluído em
seu legado na igreja?

41
Capítulo 6

A disciplina da igreja é realmente amorosa?

Para começar: Pense em uma ocasião em que alguém — um professor, treinador ou chefe, por exemplo
— corrigiu você quando estava cometendo um erro. Em que sentido essa experiência foi desconfortável?
Como isso foi útil?

1. Corrigindo o pecado

Da mesma forma, fazer discípulos cristãos envolve ensino e correção, e as pessoas usam o termo “disciplina ecle-
siástica” para se referir à segunda parte: corrigir o pecado. O processo de disciplina começa com advertências
particulares […] O processo termina quando a pessoa se arrepende ou, se necessário, quando a igreja remove a
pessoa não arrependida da membresia da igreja e da participação na ceia do Senhor.29

Você pensa a disciplina da igreja como algo negativo ou positivo? Por quê?

29 Collin Hansen & Jonathan Leeman, Igreja é essencial, p. 103–104.

42
Você pensa nela como um processo ou uma ação única? Por quê?

Por que é importante que o discipulado (e a disciplina) aconteçam no contexto de relacionamentos


contínuos?

Qual é o processo de disciplina em sua igreja local?

2. Um processo bíblico

Primeiro, a disciplina eclesiástica está realmente na Bíblia? Sim.30

Quem está no comando absoluto da igreja?

30 Ibidem, p. 108.

43
Por que é vital que as igrejas perguntem e respondam a pergunta de Jonathan Leeman no trecho citado?

Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não
te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda
palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o
como gentio e publicano. (Mt 18.15–17)

Qual é o problema que inicia o processo de disciplina da igreja (v. 15)? Que tipo de coisas não são razões
para disciplina na igreja? Que tipos de coisas são razões?

Liste as etapas do processo que Jesus descreve. O que faz com que o processo passe de uma etapa para a
próxima?

44
O que Jesus quer dizer quando diz à igreja para considerar uma pessoa impenitente como “gentio e publi-
cano”? Qual era a condição espiritual dos gentios e publicanos (coletores de impostos)? Como seria para os
ouvintes de Jesus tratar alguém como um gentio ou um coletor de impostos?

Como devemos nos relacionar com uma pessoa que persiste no pecado depois de ser disciplinada pela
igreja?

Já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e
o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o
espírito seja salvo no Dia do Senhor [ Jesus]. Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento
leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento.
Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. (1Co 5.4-7)

Que problema exigiu que a igreja de Corinto praticasse a disciplina (veja 1Co 5.1–2)?

45
O que Paulo instruiu os coríntios a fazerem (v. 4–5; cf. v. 2)?

Quais são os objetivos da disciplina da igreja (v. 5, 7)?

Talvez você conheça alguém que pensa que a disciplina da igreja parece arrogante (“Quem sou eu para
julgar outra pessoa?”). Mas, curiosamente, Paulo descreve a falha em erradicar o pecado como “jactância” (v.
6). O que você diria a alguém que considera a disciplina na igreja como arrogância?

Como esta passagem ajuda você a entender a necessidade do difícil e desconfortável processo de disciplina
para o bem de toda a igreja?

46
3. Disciplina por amor

Fundamentalmente, então, as igrejas devem praticar a disciplina eclesiástica por amor:


• amor pelo pecador, para que chegue ao arrependimento;
• amor pelos outros membros da igreja, para que não sejam desviados;
• amor pelo próximo não cristão, para que não veja mais mundanismo na igreja;
• amor por Cristo, para que possamos representar seu nome corretamente.31

Pense em uma ocasião em que alguém na igreja (um pastor, um mentor, um amigo) corrigiu você por um
pecado. Em que sentido essa experiência foi difícil? Por fim, como isso foi bom para sua alma?

Você já corrigiu alguém que estava em pecado? Em que sentido isso foi difícil? O que você aprendeu com
essa experiência?

Como pensar na disciplina na igreja como um ato de amor afeta a maneira como recebemos as repreensões
de nossos irmãos na fé? Como isso afeta a maneira como abordamos um irmão ou irmã que está em pecado?

31 Ibidem, p. 112.

47
Infelizmente, às vezes a disciplina da igreja não tem efeito no coração do pecador. Nessas situações, como
você é encorajado por lembrar que a disciplina tem propósitos amorosos para além daquela pessoa?

4. O amor santo de Deus

Há algo específico sobre o amor de Deus que a disciplina da igreja nos ensina, e muitas vezes não consta nas
definições: o amor de Deus é santo. Você não pode ter o amor de Deus de forma independente de sua santidade.
Seu amor serve a seus propósitos santos, e seus propósitos santos são amorosos. Às vezes, as pessoas contrapõem
as chamadas “igrejas santas” às “igrejas amorosas”. Isso é impossível. A igreja deve ser as duas coisas ou não será
nenhuma delas.32

Você tende a valorizar mais o amor ou a santidade? Por quê?

Por que amor e santidade às vezes parecem incompatíveis? Que fatores da nossa cultura reforçam essa
percepção?

32 Ibidem, p. 113.

48
Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo
contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso pro-
cedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. (1Pe 1.14–16)

De que Pedro chama os crentes? Por que você acha que ele usa essa linguagem de família?

Qual é a motivação dos crentes para abandonar o pecado e buscar a justiça?

Como a santidade e o julgamento justo de Deus são um conforto para alguém que está sendo maltratado?

Como a insistência na santidade na igreja reflete o caráter de Deus na família de Deus? Como ele protege
os vulneráveis contra o abuso e a exploração?

49
Por que não seria amoroso encorajar alguém a fazer parte de uma igreja onde pessoas abusivas e ímpias
nunca são disciplinadas?

5. Conhecer e ser conhecido

Qual é a lição de tudo isso para você? Certifique-se de que está construindo relacionamentos com outros mem-
bros da igreja para que se conheçam mutuamente. A confiança cresce em um ambiente de humildade e honesti-
dade conversacionais. Trabalhe para ser o tipo de pessoa fácil de corrigir.33

Você é fácil de corrigir? Justifique.

Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. Com efeito, antes
de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim,
veio a apartar-se, temendo os da circuncisão. E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o pró-
prio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. Quando, porém, vi que não procediam corretamente
segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não
como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? (Gl 2.11–14)

O que Pedro (Cefas) estava fazendo? Por quê?

33 Ibidem, p. 116.

50
Que impacto isso teve sobre os outros crentes?

Como Paulo respondeu? Com base nos detalhes que ele dá nessa passagem, o que você acha que o motivou
a falar?

Como essa situação poderia ser diferente se Paulo e Pedro não tivessem anteriormente estabelecido amor
e respeito mútuos?

Em que áreas você precisa ser mais parecido(a) com Paulo: disposto(a) a se manifestar pelo bem dos outros
quando o evangelho está em jogo?

51
Em que áreas você precisa ser mais parecido(a) com Pedro: disposto(a) a ouvir e receber as repreensões de
outros crentes?

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum

caminho mau e guia-me pelo caminho eterno. (Sl 139.23–24)

Qual é o desejo do salmista? Esse é o seu desejo também?

De que forma o Senhor usa sua igreja como instrumento para sondar, provar, conhecer e guiar você?

52
Capítulo 7

Como amar membros que são diferentes?

Para começar: Pense em um relacionamento que você tem na igreja com alguém que é diferente de você.
Pode ser alguém de idade diferente, de formação educacional diferente ou de cor de pele diferente. De que
forma esse relacionamento foi uma bênção para você?

1. O conforto do familiar

Esse exercício lhe dá um vislumbre de como muitos líderes de igreja pensam hoje. Começamos com a meta declarada de
crescimento numérico. Mas você percebeu o pressuposto por trás de todas essas estratégias? As pessoas gostam de estar
perto de pessoas parecidas consigo mesmas. Elas se sentem confortáveis em padrões familiares e previsíveis. Elas que-
rem estar com pessoas que gostam do mesmo estilo de ensino, têm as mesmas preferências musicais e fazem as mesmas
perguntas sobre casamento, paternidade ou namoro — e, muitas vezes, que têm a mesma cor de pele. A maneira mais
rápida e eficiente de construir uma grande igreja é identificar um segmento da população que compartilha um conjunto
de interesses e atendê-lo na forma que você ensina, canta e promove amizades. Essa não é uma tendência nova, e sim
algo simplesmente presumido em grande parte da história da igreja.34

Por que gostamos de estar com pessoas que compartilham nossos traços de personalidade ou interesses?
Por que nos sentimos confortáveis em ambientes familiares? O que há de bom nesse tipo de relacionamen-
to ou lugar?

34 Collin Hansen & Jonathan Leeman, Igreja é essencial, p. 120-121.

53
Por que pessoas tendem a escolher uma igreja que corresponde a seu grupo demográfico específico? O que
elas perdem quando escolhem assim?

2. Igreja é para pecadores

Muitos hoje, tanto dentro quanto fora da igreja, partilham da confusão dos fariseus. A igreja não é para pessoas
com a visão política certa? A igreja não é para pessoas bem-sucedidas? A igreja não é para pessoas que se parecem,
pensam e falam como eu?
Para um visitante que não está familiarizado com a igreja, todos os outros podem parecer muito felizes, bem-
-sucedidos, unidos. E às vezes essa é exatamente a impressão que a igreja quer passar.
Mas não é o que Jesus pretendia.35

Nas manhãs de domingo, para honrar o Senhor, muitas vezes vestimos nossas melhores roupas e nos esfor-
çamos para ter o melhor comportamento. Mas o que um visitante pela primeira vez na igreja pode presumir
erroneamente?

O que essa pessoa pode aprender se continuar comparecendo?

35 Ibidem, p. 122–123.

54
Ele, porém, respondeu: Certo homem deu uma grande ceia e convidou muitos. À hora da ceia, enviou o seu servo
para avisar aos convidados: Vinde, porque tudo já está preparado. Não obstante, todos, à uma, começaram a
escusar-se. Disse o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me tenhas por escusado. Outro
disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me tenhas por escusado. E outro disse:
Casei-me e, por isso, não posso ir. Voltando o servo, tudo contou ao seu senhor. Então, irado, o dono da casa disse
ao seu servo: Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os
coxos. Depois, lhe disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. Respondeu-lhe o senhor: Sai
pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa. (Lc 14.16–23)

Quem oferece o banquete nessa história? Quem envia os convites?

Que desculpas as pessoas deram para não comparecer ao banquete? Quais eram suas prioridades
subjacentes?

Quem o senhor convidou em lugar delas? Por que você acha que essas pessoas não deram desculpas?

Como você se sente encorajado por saber que o Senhor tem prazer em convidar defeituosos e rejeitados
para seu banquete celestial?

55
3. Mais do que diversidade

A razão pela qual precisamos redescobrir a igreja como uma comunidade de diferentes é porque caímos muito
facilmente nas ideias do mundo sobre comunidade. O mundo nos dá duas opções. Uma perspectiva nos pede
para celebrar a diversidade priorizando as diferenças de etnia, nacionalidade, gênero e, cada vez mais, orientação
sexual. Essa perspectiva nos treina para nos sentirmos bem e confortáveis quando essas várias identidades são
incluídas em nossa comunidade. Uma sala cheia de rostos da mesma cor parece algo errado, até mesmo imoral.36

Onde você já viu essa perspectiva sendo expressa?

O que há de atraente nessa perspectiva de celebrar a diversidade? Em que aspectos isso é bom? De que
forma isso é problemático?

Collin Hansen escreve: “Ambas as perspectivas criam comunidade por meio da exclusão”.37 Em que sentido
essa perspectiva exclui desnecessariamente certas pessoas?

36 Ibidem, p. 123–124.
37 Ibidem, p. 124.

56
4. Além da uniformidade

Uma segunda perspectiva nos pede para celebrar a uniformidade. Em grande parte do mundo, você não pode —
ou pelo menos não deve — misturar diferentes etnias. Você pode viver em um território remoto com apenas uma
classe econômica ou etnia. Ou em um país que pratica um sistema de castas, que separa as pessoas antes de nas-
cerem, sem possibilidade de mudança de posição. Ou em um sistema político que exige obediência ao Estado em
todas as coisas, inclusive na religião. A uniformidade é considerada o valor mais alto. Uma sala em que as pessoas
discordam umas das outras sobre política ou sobre sua visão de mundo parece algo errado, até mesmo imoral.38

Onde você já viu essa perspectiva sendo expressa?

O que há de atraente nessa perspectiva de celebrar a uniformidade? Em que aspectos isso é bom? De que
forma isso é problemático?

Collin Hansen escreve: “Ambas as perspectivas criam comunidade por meio da exclusão”.39 Em que sentido
essa perspectiva exclui desnecessariamente certas pessoas?

38 Ibidem.
39 Ibidem.

57
Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Se, por-
tanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também
algum pobre andrajoso, e tratardes com deferência o que tem os trajos de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui
em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés, não
fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos? Ouvi, meus
amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino
que ele prometeu aos que o amam? (Tg 2.1–5)

O que Tiago diz que a igreja não deve fazer?

Como as pessoas da igreja no exemplo de Tiago identificam o homem rico? Como elas identificam o pobre?

Como elas tratam o homem rico? Como tratam o pobre?

58
Que marcadores externos costumamos usar para fazer suposições sobre os outros e orientar a maneira
como os tratamos? O que isso revela sobre nossas prioridades (ver 1Sm 16.7)?

Que características valorizamos mais na igreja hoje? Como o fato de Deus ter escolhido os herdeiros do
reino (v. 5) nos força a reavaliar nossas preferências?

Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos
e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e
clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.
(Ap 7.9–10)

O que há de diverso nos adoradores celestiais? O que eles têm em comum?

Como essa unidade e diversidade celestiais se refletem no ajuntamento terreno da igreja local?

59
5. Uma comunidade de diferentes

Esse tipo de comunidade, essa comunhão de diferentes unidos somente por Cristo, é o que precisamos redesco-
brir na igreja. E é o tipo de comunidade que é notada pelo mundo. É o tipo de comunidade que ameaça o status
quo do mundo. Essa comunidade é construída sobre o amor mútuo e a crença em Jesus Cristo.40

Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns
aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. ( Jo 13.34–35)

O que Jesus ordena a seus discípulos? Qual é o modelo para o seu amor? Qual é o efeito do amor mútuo
na igreja?

Em que sentido amar outros membros da igreja é um ato de evangelização? Que características do amor de
Deus mostramos ao mundo quando amamos uns aos outros na igreja?

Como as verdades neste capítulo encorajaram você a amar os diferentes membros de sua igreja?

40 Ibidem, p. 127.

60
Capítulo 8

Como amamos os de fora?

Para começar: Collin Hansen pergunta: “Para que serve uma igreja?”41 Que respostas você já ouviu para
essa pergunta?

1. A Grande Comissão

Começamos com as palavras finais de Jesus aos seus discípulos antes de subir ao céu, após a sua ressurreição:
Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, bati-
zando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que
vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mt 28.18-20).42

Na passagem citada aqui, com quem Jesus estava falando? Quem são os discípulos de Jesus hoje?

Que ordem abrangente Jesus dá aos seus discípulos? Quais são as duas tarefas que ele diz serem essenciais
para essa missão? Que promessa Jesus dá àqueles que assumem sua comissão no mundo?

41 Collin Hansen & Jonathan Leeman, Igreja é essencial, p. 103.


42 Ibidem, p. 135.

61
Como a igreja cumpre a Grande Comissão hoje? De que forma a obra é diferente daquela dos primeiros
discípulos de Jesus? De que forma ela é essencialmente igual?

2. Transformar pessoas de fora em pessoas de dentro

O que podemos concluir, então, a partir da Grande Comissão, para que a igreja existe? Como os de dentro e os
de fora se relacionam? Podemos ver que Jesus pediu aos primeiros líderes da igreja, os principais de dentro, que
se encarregassem de transformar pessoas de fora em pessoas de dentro por meio da conversão. Esse processo
poderia começar em suas próprias casas, com seus filhos e parentes, mas acabaria se estendendo a estranhos ao
redor do mundo. A igreja nunca deve perder de vista esse chamado evangelístico. Qualquer outra atividade que
a igreja venha a fazer, primordialmente, ela deve ensinar e, então, demonstrar como se tornar um discípulo de
Jesus Cristo.43

Quando se trata da igreja, quem são os “de dentro”? Qual é a condição espiritual deles?

Quem são os “de fora”? Qual é a condição espiritual deles?

43 Ibidem, p. 137–138.

62
Por que pode ser impopular declarar que certas pessoas são “de fora” enquanto outras são “de dentro”?

Por que é importante, não obstante, que a igreja reconheça que existem pessoas “de fora”? Qual é a nossa
grande esperança para os de fora?

[ Jesus disse:] Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. (At 1.8)

O que Jesus chama seus discípulos a serem? O que uma testemunha faz?

O que os discípulos testemunharam? O que testemunhamos?

63
Onde Jesus disse que os discípulos testemunhariam sobre ele? Por que você acha que Jesus começa mencio-
nando Jerusalém e depois se estende para além?

Como os discípulos cumpriram esse mandamento? Como continuamos a cumpri-lo hoje?

Quem Jesus prometeu enviar para ajudar os discípulos? Como você é incentivado a fazer discípulos ao
saber que o Espírito é o seu auxiliador?

Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão
dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e
para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar. (At 2.38–39)

Pouco depois de Jesus comissionar seus discípulos e subir ao céu, Pedro pregou às multidões no Pentecostes.
Liste as semelhanças entre as palavras de Pedro e as diretrizes da Grande Comissão (Mt 28.18–20). Liste as
semelhanças entre as palavras de Pedro e a ordem de Jesus em sua ascensão (At 1.8).

64
Como você percebe que o Espírito usa as promessas do evangelho para mudar sua vida? Para mudar a vida
de seus filhos ou das pessoas mais próximas a você? Para mudar a vida das pessoas em todo o mundo?

Como saber que é o Senhor quem chama as pessoas para si e encoraja você no processo de fazer discípulos?

3. Relacionamentos de profundidade e perseverança

Podemos ver que uma igreja deve construir relacionamentos de profundidade e perseverança. É impossível en-
sinar tudo o que Jesus ordenou a pessoas que você mal conhece e mal vê. Além disso, em comparação com os
séculos anteriores, a difícil tarefa de ensinar tudo o que Jesus ordenou leva ainda mais tempo hoje, uma vez que,
pelo menos no Ocidente, voltamos a um estado de confusão religiosa próximo daquele que os discípulos teriam
encontrado.44

Por que é importante desenvolver relacionamentos profundos e duradouros com nossos vizinhos descren-
tes? Cite algumas maneiras de fazermos isso. De que forma devemos proteger nosso coração ao passarmos
tempo com os descrentes?

44 Ibidem, p. 138.

65
Quais são as verdades fundamentais do evangelho? Quais delas você acha que seus vizinhos ou colegas de
trabalho não cristãos entendem (se houver alguma)?

De que forma a tarefa de fazer discípulos em sua comunidade é diferente do que era há dez, cinquenta ou
cem anos? De que forma é igual?

4. Ensinando tudo o que Jesus ordenou

Sim, a conversão transforma pessoas de fora em pessoas de dentro. Mas os novos iniciados devem aprender a
“guardar” o ensino de Jesus.45

Quando essas pessoas de fora se tornam parte da igreja, os de dentro, paciente e diligentemente, os ensinam a
obedecer a tudo o que Jesus ordenou.46

Em sua igreja, que oportunidades um novo convertido tem de aprender sobre a vida da fé?

45 Ibidem, p. 137.
46 Ibidem, p. 140.

66
Como você está ajudando outras pessoas a aprender a obedecer aos mandamentos de Jesus?

5. Uma cidade edificada sobre um monte

É isso que acontece quando uma igreja obedece conjuntamente aos mandamentos de Jesus. Os mandamentos de
abandonar a raiva; de rejeitar a lascívia; de amar os inimigos; de doar aos necessitados; de não ficar ansioso com
coisa alguma. Quando os cristãos de dentro agem assim uns com os outros e com os de fora, o mundo vê suas
boas obras como uma cidade situada em um monte e iluminada com as luzes cintilantes do Natal. Sua luz brilha
de tal forma que os de fora querem entrar e dar glória ao Pai do céu.47

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia
para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe
também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está
nos céus. (Mt 5.14–16)

Quando Jesus diz: “Vós sois a luz do mundo”, com quem ele está falando (ver v. 1–2)? A quem essa descri-
ção se aplica hoje?

47 Ibidem, p. 142.

67
Por que um monte é um bom lugar para uma cidade, e um velador um bom lugar para uma lâmpada (can-
deia)? Em que sentido a igreja é como uma cidade e uma lâmpada? Quais são as nossas boas obras que são
visíveis ao mundo?

Quando a comunidade da igreja vive o evangelho, que resultado Jesus diz que podemos esperar (v. 16)?

Como esses versículos incentivam você a buscar a santidade?

68
Capítulo 9

Quem lidera?

Para começar: Pense em um pastor ou presbítero que ajudou você a crescer espiritualmente. Que ações ou
palavras dele causaram impacto em você?

1. Um momento de treinamento profissional

A descrição resumida do trabalho de um pastor é que ele deve prepará-lo para que você faça o seu trabalho. […]
A reunião semanal da igreja, então, é um momento de treinamento profissional. Ela permite que aqueles no ofício
pastoral preparem aqueles no ofício de membro para conhecerem o evangelho, viverem pelo evangelho, protege-
rem o testemunho do evangelho da igreja e estenderem o alcance do evangelho às vidas uns dos outros e entre
os de fora. Se Jesus incumbe os membros de afirmarem e edificarem uns aos outros no evangelho, ele incumbe
os pastores de treiná-los para fazerem isso. Se os pastores não fazem bem o seu trabalho, tampouco os membros
farão o deles.48

De que maneiras específicas seus pastores preparam você e os outros membros de sua igreja “para conhece-
rem o evangelho, viverem pelo evangelho, protegerem o testemunho do evangelho da igreja e estenderem o
alcance do evangelho”?

48 Collin Hansen & Jonathan Leeman, Igreja é essencial, p. 146-147

69
2. Preparar pelo ensino

O ministério de preparação de um pastor ou presbítero se concentra em seu ensino e em sua vida.49

Sociedades comumente valorizam pessoas por sua beleza, habilidade atlética, carisma, conexões ou rique-
za. Qual a diferença dos requisitos para ser um presbítero na igreja de Cristo?

O que esses requisitos dados por Deus nos ensinam sobre as prioridades do reino de Deus?

E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo. (At 5.42)

Quando os apóstolos ensinavam e pregavam? Onde eles ensinavam e pregavam? O que eles ensinavam e
pregavam?

49 Ibidem, p. 148.

70
De que forma a conduta dos apóstolos nesses versículos fornece um modelo para pastores e presbíteros hoje?

Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja
irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado
ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa,
criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como
cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do
diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no
laço do diabo. (1Tm 3.1–7)

Faça uma lista das características que um bispo (ou presbítero) deve ter.

Faça uma lista das características que um bispo (ou presbítero) não deve ter.

71
Quais dessas características são esperadas de todos os cristãos? Quais são particulares ao ofício de presbítero?

Como é o processo de seleção de presbíteros em sua igreja local? Como esses versículos orientam esse processo?

3. Vantagens da pluralidade

A pluralidade de presbíteros tem uma série de benefícios:


• Equilibra as fraquezas pastorais. Nenhum pastor tem todos os dons. Outros homens piedosos terão dons,
paixões e percepções complementares.
• Acrescenta sabedoria pastoral. Nenhum de nós é onisciente.
• Desarma uma mentalidade de “nós contra ele” que às vezes pode surgir entre uma igreja e o pastor.
• “Indigeniza” a liderança na congregação, para que, mesmo que um pastor remunerado vá embora, a congre-
gação ainda possui uma sólida estrutura de liderança.
• Cria uma trajetória de discipulado clara para os homens na igreja. Nem todo homem será chamado por
Deus para servir como presbítero. Mas todo homem deve se perguntar: Por que não servir e fazer o que
for necessário para me tornar o tipo de homem que serve ao corpo dessa maneira? É algo bom pelo que
almejar, diz Paulo (1Tm 3.1).
• Também é um exemplo de discipulado para mulheres. Mulheres mais velhas na fé devem se dedicar a
discipular as mulheres mais jovens, assim como fazem os presbíteros por toda a congregação (Tt 2.3, 4).50

Como você tem visto esses benefícios em sua igreja local? Existem outros benefícios que você adicionaria?

50 Ibidem, p. 154.

72
No dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã
até ao pôr do sol. Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto que fazes ao povo?
Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até ao pôr do sol? Respondeu Moisés
a seu sogro: É porque o povo me vem a mim para consultar a Deus; quando tem alguma questão, vem a mim, para
que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis. O sogro de Moisés, porém, lhe
disse: Não é bom o que fazes. Sem dúvida, desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é pesa-
do demais para ti; tu só não o podes fazer. [...] Escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os constituiu
por cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez. Estes julgaram o povo
em todo tempo; a causa grave trouxeram a Moisés e toda causa simples julgaram eles. (Êx 18.13–18, 25–26).

O que Moisés estava fazendo?

Que problema seu sogro identificou? Quais são as duas partes que sofreriam se as coisas continuassem da
mesma maneira?

Que solução eles implementaram?

O que essa história pode nos ensinar sobre a necessidade de uma pluralidade de pastores e presbíteros na
igreja?

73
4. E os diáconos?

Além de pastores/presbíteros e membros, o Novo Testamento reconhece um outro ofício: o diaconato. Os di-
áconos não são um segundo corpo decisório, como uma espécie de legislatura bicameral com a Câmara dos
Deputados contrabalanceando o Senado. Antes, Deus dá os diáconos para fazerem três coisas: (1) identificar e
servir às necessidades tangíveis; (2) proteger e promover a unidade da igreja; e (3) servir e apoiar o ministério
dos presbíteros.51

Em que situações pessoas com responsabilidades diferentes trabalham lado a lado por um objetivo comum?

Nessas situações, por que é importante delinear as responsabilidades exclusivas de cada parte? O que geral-
mente acontece se não estiver claro o que cada parte deve fazer?

Por que é importante para a igreja distinguir entre as responsabilidades dos presbíteros e dos diáconos?

51 Ibidem, p. 158.

74
Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os he-
breus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a co-
munidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às me-
sas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais
encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. (At 6.1–4)

Qual era o problema na igreja? Que solução os apóstolos propuseram? Por que eles não se ofereceram para
fazerem eles mesmos o trabalho?

Como esses primeiros diáconos atenderam às necessidades palpáveis? Como eles promoveram a unidade?
Como eles apoiaram os presbíteros?

De que maneiras específicas os diáconos em sua igreja cumprem os deveres de seu ofício?

75
Como é o processo de seleção de diáconos em sua igreja local? Como esses versículos orientam esse processo?

5. Os dons dos líderes da igreja

Louve a Deus pelos dons dos presbíteros e dos diáconos. Conforme você redescobre a igreja, esperamos que esta
palavra fique gravada em sua mente: dádivas. Deus ama você e lhe deu estas dádivas: presbíteros e diáconos. Você
os vê como dádivas de Deus? Você agradece a Deus por eles como dádivas? Você pode fazer isso. Eles fazem o
que fazem para o seu bem e para o avanço do evangelho.52

Faça a si mesmo as perguntas da passagem acima. O que suas respostas revelam sobre onde você precisa
buscar a ajuda do Espírito?

Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar
contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros. (Hb 13.17)

Nesse versículo, o que o Senhor nos ordena a fazer?

52 Ibidem, p. 160.

76
Qual é a responsabilidade dos líderes de nossa igreja? A quem eles terão que “prestar contas”?

Por que é bom que os líderes aprendam a se submeter uns aos outros? Se um homem não se submete aos
seus companheiros de liderança ou às questões e correções piedosas de um membro da igreja, por que ele
não é adequado para liderar?

Como nossa obediência é boa para nossos líderes? Como ela é boa para nós?

Que verdades neste capítulo o encorajam a redescobrir o dom dos líderes de sua igreja?

77
Conclusão

Não a igreja que você deseja, mas algo melhor

Perguntas para reflexão pessoal


1. Como você descreveria a igreja que deseja? Como você descreveria a igreja de que precisa? O que você
pode aprender com as diferenças entre suas respostas?

2. O que há de formativo na igreja? Como as verdades deste livro ajudaram você a redescobrir o valor de ser
moldado pela igreja, mesmo quando isso é desconfortável?

78
3. O que há de belo na igreja? Como as verdades deste livro ajudaram você a redescobrir a beleza da igreja?

4. Por que a igreja é essencial? Como as verdades deste livro ajudaram você a redescobrir a importância de
aparecer e ajudar?

79
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