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Formação Livre em Ciência de Dados

Aula 7 | Módulo Básico III


João Pedro Passos Pereira

Material por: João Pedro Passos Pereira


Roteiro Aula 7

1. Parte 1:
a. Funções Matemáticas na Ciência de Dados;
b. Introdução às Funções de Probabilidade;
2. Parte 2:
a. Programação II.

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Parte 1

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(1) Funções Matemáticas
na Ciência de Dados

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Revisão - Funções
● Estudadas principalmente pela Álgebra;
● Buscam modelar fenômenos do mundo real;
● Representam a relação entre dois ou mais conjuntos: Ex F: A -> B;
● Não é nosso objetivo nesta etapa estudar funções de forma minuciosa, mas
relembrar o que é prático e fundamental neste momento,

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Revisão - Funções - Funções elementares
● São as funções construídas a partir de operações simples como adição, multiplicação,
divisão exponenciação, logaritmos e etc;
● Funções Algébricas: funções que podem ser expressadas como a solução de uma
equação polinomial de coeficientes inteiros:
○ Polinômios: Uso de adição e multiplicação;
○ Racionais: Formadas pela razão de dois polinômios;
○ Exponenciais: x^(m/n).
● Funções Transcendentais Elementares: são funções não algébricas:
○ Função exponencial;
○ Função hiperbólica;
○ Função logarítmica;
○ Função periódica;
○ Funções trigonométricas.

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Algébricas - Polinômios

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Funções Algébricas - Polinômios
● Ex: função de grau 0 (n=0) temos:
○ f(x) = a0*x⁰
○ ou f(x) = a0*1 em que a0 é uma constante (todo número elevado a 0 é 1) ->> f(x) = a0
● Ex 2: função de grau 1 (n=1) temos:
○ f(x) = a1*x¹ + a0*x⁰
○ ou f(x) = a1*x + a0 em que a1 e a0 são constantes
● Ex 3: função de grau 2 (n-2) temos:
○ f(x) = a2*x² + a1*x¹ + a0*x⁰
○ ou f(x) = a2*x² + a1*x¹ + a0 em que a2, a1 e a0 são constantes;
● Em assim por diante…

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Função grau 0 (n=0) -> função constante
● Agora sabemos que se n=0 temos que:
○ f(x) = a0*x⁰
○ f(x) = a0 ou f(x) = k
● Em que a0 ou k é uma constante qualquer
● A isso damos o nome de função constante
● No exemplo do gráfico o k está representando nosso a0

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Exemplo FUNÇÃO CONSTANTE - DS
● Imagine o conjunto de dados: X = {1,2,3,4,5}
● Agora imagine que definimos a seguinte função f(x) = 1; x < 3 | f(x) = x; x >= 3
● Se antes nós tínhamos um conjunto com X = {1,2,3,4,5}
● X’={1,1,3,4,5}
● A média de X é 3
● A média de X’ é 2.8

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Exemplo FUNÇÃO CONSTANTE - DS
● X = {1,2,3,4,5}
● X’={1,1,3,4,5}
● Muitas vezes nós convertemos dados na Ciência de Dados. Por exemplo, nós aplicamos
a função constante muitas vezes para uniformizar um conjunto de dados;
● Um exemplo disso é quando substituímos valores discrepantes (outliers) por valores
máximos esperados, previamente calculados ou definidos;
● Mas quando fazemos isso, estamos transformando matematicamente nossos dados e
isso gera um impacto;
● Entender, matematicamente, o que estamos fazendo, evita problemas.

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Função grau 1 (n=1) -> função afim
● Agora sabemos que se n=1 temos que:
○ f(x) = a1*x¹ + a0*x⁰
○ f(x) = a1*x + a0
● Em que a1 e a0 são constantes quaisquer
● A isso damos o nome de função afim
○ Ex prático: f(x) = 3x+2 em que 3 é a constante, junto com o 2

● Uma função afim é essencialmente uma reta com inclinação


● a0 é o ponto em que toca no eixo Y
● A inclinação é dada pelos pontos que tocam no eixo X e no eixo Y (este último a0)
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Função grau 1 (n=1) -> função afim

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Para n=1 -> versão bivariada

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Para n=2 -> função quadrática
● Agora sabemos que se n=2 temos que:
○ f(x) = a2*x² + a1*x¹ + a0
○ Forma univariada |(uma variável)
○ Estudos envolvendo mais variáveis serão realizados posteriormente em módulos mais avançados
● E as raízes para y = 0 são calculadas usando a famosa fórmula de bhaskara

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Para n=2 (função quadrática)...

● Pode também ser encontrada com o formato:


○ f(x) =ax² + bx + c sendo que a = a2, b = a1 e c = a0

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Outras funções polinomiais de outros graus

● Função cúbica (n=3) ● Função quártica (n=4) ● Função quíntica (n=5)

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Não algébricas -
Função Logística (inv-log)

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(2) Introdução às Funções
de Probabilidade

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As Funções de Probabilidade
● É a forma matemática de modelar um fenômeno probabilístico;
● Quando entendemos que existe um espaço amostral S (com todos os resultados
possíveis de um experimento) e que este espaço é um conjunto (da teoria dos
conjuntos), entendemos que podemos associar cada elemento de S à sua possibilidade
de ocorrência;
● Isso é chamado de Função de Probabilidade;
● É uma função definida dentro do espaço amostral S de um experimento, em que:
○ Está entre 0 e 1 ->> 0 <= p(ai) <= 1; p(ai) é a probabilidade de ocorrência do resultado ai;
○ A somatória (sigma) de p(ai) é igual a 1;
○ 1 corresponde a 100% de ṕrobabilidade enquanto 0 corresponde a 0% de probabilidade de ocorrência.

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A Probabilidade Clássica
● Ocorre quando dos resultados de um espaço amostral são equiprováveis, ou seja,
ocorrem com uma mesma regularidade;

● Em que P(ai) é a probabilidade de um evento ai ocorrer, n(ai) é o número de casos


favoráveis (ocorrências) de um evento ai e n é o número total de casos possíveis
● Ex: tirar números pares em dado com 6 (seis) lados não viciado:
○ S={1,2,3,4,5,6}
○ P(número pares) = 3/6 ou P(números pares)=½ ou p(números pares)=0,5 ou 50%

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A Probabilidade Frequentista
● Utilizada quando não se conhece a regularidade dos resultados, ou seja, quando não se
sabe se os resultados são equiprováveis (igualmente possíveis de ocorrer) ou não;

● Em que fi é a frequência relativa, que representa a probabilidade, dada pela razão entre
o número de ocorrências de um evento No e o número total de medições realizadas Nt
● Também chamada de probabilidade experimental ou probabilidade estatística ou
probabilidade empírica
● Baseada nas observações obtidas

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A Probabilidade Frequentista - exemplo

202/1200 = 16,83%

199/1200 = 16,58%

201/1200 = 16,75%

199/1200 = 16,58%

201/1200 = 16,75%

198/1200 = 16,5%

1200/1200 = 100%

*Em nenhum momento foi dito se há faces viciadas nos dados ou não
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A Probabilidade Personalista ou Subjetiva
● Probabilidades são definidas com base em crenças ou opiniões diferentes;
● Quando não é possível repetir um experimento e ao mesmo tempo os resultados não
ocorrem com a mesma regularidade;
● É personalista pois depende de um especialista avaliar.

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Axiomas das probabilidades

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Probabilidade do Complementar

● P(CA) = 1 - P(A);
● P(A) + P(CA) = 1.

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Probabilidade da União

● P(AUB) = P(A)+ P(B) - P(A ∩B);


● Caso não retiremos a interseção, teremos uma situação em que estaremos contando
duas vezes a mesma uma vez que está contida tanto em A quanto em B.

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Probabilidade Condicional
● A Probabilidade Condicional é dada pela notação P(A | B) -> lê-se probabilidade de A
dado B;
● Os eventos ocorrem no mesmo espaço amostral S;
● A probabilidade condicional é dada por:

● É a probabilidade de A dado que ocorreu o evento B.

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Probabilidade Condicional - Exemplo
● Suponha que uma estação de rádio tenha amostrado 100 pessoas, 20 das quais tinham
crianças. Eles observaram que 30 dessas pessoas usavam cinto de segurança, e que 15
daquelas pessoas tinham crianças. Os resultaddos são mostrados na Tabela:

1. A probabilidade de uma pessoa ter criança dado que usa cinto de segurança?
a. RESPOSTA: P(Ter criança | Usa cinto) = 15 / 30 = 0,5 ou 50%
2. A probabilidade de uma pessoa ter criança e usar cinto de segurança?
a. RESPOSTA: P(Ter criança e usa cinto) = 15 / 100 = 0,5 ou 15%
b. Olha-se para as pessoas que tem crianças e usam cinto e depois para todo o universo de pessoas,
independente de usarem ou não cinto
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Teorema da Probabilidade Total
● O espaço amostral S é dividido em N eventos (no exemplo 3):

Substituindo…

Conclusão lógica (generalizando para N eventos)

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Probabilidade Bayesiana (Teorema de Bayes)
● É a combinação dos teoremas da probabilidade condicional com o teorema da
probabilidade total:

● É a substituição;
● Gerando o teorema final:

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Parte 2

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(3) Programação II

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Estrutura Sequencial
● Conjunto de comandos a fim de executar determinada ação específica;
● Começaremos com pseudocódigo, que pode ser escrito da seguinte forma:

Início

<declaração de variáveis>

<operações ou comandos>

Fim

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Estrutura Sequencial - Exemplo 1
● Somar dois números:
Início
Real: x
Real: y
Leia(x)
Leia(y)
z=x+y
Escreva(z)
Fim Material por: João Pedro Passos Pereira
Estrutura Sequencial - Exemplo 1 - Outra forma
● Somar dois números:

Início

Real: x, y, z

Leia(x, y)

z=x+y

Escreva(z)

Fim

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Estrutura Sequencial - Exemplo 2
● Calcular a média da idade de três pessoas:

Início

Real: x, y, w, z

Leia(x, y, w)

z = (x + y + w)/3

Escreva(“A média da idade de três pessoas é:”, z)

Fim

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Estrutura Condicional
● Ações que serão executadas depois de uma análise, depois de uma revisão de percurso;
● Usa-se no geral o if, que significa “se”, e o else, que significa “senão” (ou seja, “caso não seja”):

Início

<declaração de variáveis>

<operações ou comandos anteriores à condição>

Se <alguma condição>:

<comandos dada condição satisfeita>

Senão:

<comandos dada condição não satisfeita>

FimSe

<comandos finais>

Fim
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Estrutura Condicional - Outra forma
Início
<declaração de variáveis>
<operações ou comandos anteriores à condição>
If <alguma condição>:
<comandos dada condição satisfeita>
Else:
<comandos dada condição não satisfeita>
<comandos finais>
Fim Material por: João Pedro Passos Pereira
Estrutura Condicional - Exemplo
Início
Real: temperatura
temperatura = 45 Qual será a saída?
If temperatura < 45:
Escreva(“Que ótimo!”)
Else:
Escreva(“Que horrível!”)
Escreva(“É sobre isso!”)
Fim
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Estrutura Condicional - Exemplo - Output (saída)
Output:

Que horrível!

É sobre isso!

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Estrutura Condicional - Encadeamento
● É quando há condições a serem avaliadas dentro de outras condições;

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Estrutura Repetitiva - While (enquanto)
● Quando há uma condição que ficará vigente enquanto estiver sendo satisfeita (for
verdade):

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Estrutura Repetitiva - For (para)
● Quando há uma situação em que queremos percorrer um caminho usamos o “para” para
“guiar” nosso código:

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Indentação
● É o espaçamento utilizado na programação para dar sentido ao código que está sendo
escrito, vai além de um caráter estético, serve para organização do código, o que está
mais “dentro” será mais “específico” do que é o que é mais externo:

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Funções
● Blocos de instruções que realizam ações pré-definidas e específicas;
● Variáveis dentro de funções são conhecidas como variáveis locais e só são utilizadas
enquanto for necessário à execução da função;
● Variáveis fora de funções são chamadas de variáveis globais;
● Em Python para definir uma função usamos def
● Em R para definir uma função usamos function

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Funções - Exemplo Python

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Funções - Exemplo R

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