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Especialidade de Meteorologia

Item 6:
Descrever a simbologia empregada nas cartas meteorológicas
O que são cartas meteorológicas?
Cartas meteorológicas ou sinóticas são representações gráficas sobre áreas
geográficas usadas para análise dos meteorologistas como forma de melhor
compreender o comportamento da atmosfera num determinado instante e a
sua evolução.
Símbolos utilizados nas cartas sinóticas

Os números na carta representam a pressão atmosférica ao nível do mar,


medida em hectopascais (hPa). As linhas que passam pela pressão atmosférica
se chamam “linhas isóbaras” e mostram as áreas com mesma pressão. Essas
linhas quando muito próximas, indicam regiões de ventos muito fortes.

Exemplo de linhas isóbaras próximas de


uma tempestade.
Centros de alta pressão (anticiclones)

Neles, o ar se movimenta em sentido anti-horário (no hemisfério sul) e a pressão


fica mais alta em direção ao centro, de onde o ar escapa; o ar frio desce,
esquenta e impede a formação de nuvens. Por isto, os sistemas de alta
pressão são indício de tempo quente e seco no verão e de céu limpo no
inverno.

Representação gráfica do centro de alta pressão:

Centros de baixa pressão (ciclones)

Podem indicar chuvas e tempestades. Nessas áreas, a pressão diminui à


medida que nos aproximamos do centro; o ar circula no sentido horário (no
hemisfério sul), convergindo para o centro; o ar quente sobe, esfria ao atingir
altitudes elevadas e forma nuvens.

Representação gráfica do centro de baixa pressão:


Frente

É o nome que se dá à zona de contato ou separação entre duas massas de ar,


que se movem e empurram uma à outra, provocando mudanças no tempo. Toda
frente está associada a uma área de baixa pressão e gira no sentido horário.

• Frentes quentes (linha vermelha com semicírculos) – Aumentam a


umidade e podem trazer chuvas rápidas e intensas;
• Frentes frias (linha azul com triângulos) – Aumentam a umidade
e podem trazer chuvas rápidas e intensas;
• Frente estacionária (linhas azuis e vermelhas com círculos e triângulos
alternados) – Ocorrem quando as massas de ar não avançam uma sobre
a outra, mantendo o tempo fechado e chuvoso;
• Frente oclusa (linha lavanda com triângulos e semicírculos) – Ocorre
quando uma frente fria alcança uma frente quente. Costuma trazer chuva
rápida com períodos de sol.

Representação gráfica das frentes:

Cavado ou linhas de instabilidade

É uma região de ondulação do fluxo de ventos, com tendência a queda da


pressão atmosférica; também descrito como uma região alongada de relativa
baixa pressão atmosférica num plano horizontal, com linhas de pressão abertas
apresentando uma ondulação para o lado das altas pressões; pode causar
grande instabilidade do tempo, dependendo da temperatura e umidade.

Representação gráfica de Cavado:


Ciclone, furacão e tempestade tropical

Um ciclone tropical é uma grande perturbação na atmosfera terrestre. É um


sistema formado por grandes tempestades e é caracterizada por ser uma região
onde a pressão atmosférica é significativamente menor e a temperatura é
ligeiramente maior do que suas vizinhanças. É uma área de baixa pressão
atmosférica com uma circulação fechada de ventos e diferencia-se dos ciclones
extratropicais por ter um núcleo quente e um centro bastante definido em
sistemas mais intensos, conhecido como olho.

Essa perturbação ocasiona um fenômeno conhecido como maré de tempestade,


maré ciclônica ou mais popular “ressaca”. Trata-se de um fenômeno costeiro do
aumento da água comumente associado a sistemas climáticos de baixa pressão
(como ciclones tropicais e ciclones extratropicais fortes). A sua severidade é
afetada pela pista e orientação do corpo de água em relação ao caminho da
tempestade, bem como pelo tempo das marés. É uma medida do aumento da
água além do que seria esperado pelo movimento normal relacionado aos
extremos de maré de sizígia (maré astronômica).

Os dois principais fatores meteorológicos que contribuem para uma maré de


tempestade são os ventos de alta velocidade que transportam a água em direção
à costa (empilhamento) por um longo trecho (principal forçante) e uma cúpula de
água induzida por uma baixa pressão, arrastada e arrastando o centro da
tempestade (menos forçante) e consequente sobre-elevação do nível marinho.

Os nomes ciclone, furacão, tufão, tempestade tropical, entre outros, não é


classificado pela sua intensidade como a maioria imagina, mas sim pela região
que as tempestades ocorrem.

Representação gráfica da tempestade:

Zonas de convergência

Nos mapas de tempo, os símbolos que lembram escadas representam as zonas


de convergência, que são corredores de umidade, formados pela interação de
vários sistemas meteorológicos.

Representação gráfica das zonas de convergência:


No Brasil é mais comum a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que
pode trazer chuvas volumosas e prolongadas, durante mais de três dias.

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