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Luanda/2020
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Universidade Independente de Angola
Ficha de Avaliação Contínua 2020
Nome do Aluno: ………………………………………………………………………................................................
Primeira inscrição na cadeira: Sim Não idade ……Trabalhador estudante: Sim Não
Março Abril Maio Junho Julho Agosto Set. Out. Nov. Dez.
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Obs:…………………………………………......................................................................
Bibliografia .......................................................................................................................... 15
Capítulo II – Modelo do mercado competitivo
De acordo com (NABAIS e FERREIRA, 2010), a Microeconomia aborda o funcionamento
detalhado do mecanismo do mercado, nomeadamente na resolução de questões que se
colocam a qualquer economia: o que produzir, em que quantidades, como produzir, para
quem produzir e a que preços. Ainda segundo ao mesmo autor, as respostas a estas questões
passam pela análise do funcionamento do modelo de oferta e da procura de um mercado
competitivo. Já para (VARIAN, 2006, p. 1), «a economia avança com base no
desenvolvimento de modelos de fenómenos sociais». Ainda para o mesmo autor, por modelo
entende-se uma representação simplificada da realidade. O mesmo é válido para um modelo
económico que tente descrever todos aspectos da realidade.
Muitos são os escritos em que autores citam Adam Smith defendendo que o mercado é
designado como um mecanismo de preços a funcionar num ambiente automático e impessoal
– a mão invisível – que responde as questões, “o que produzir”, “como produzir” ou “como
repartir o rendimento”. É o mercado liberal ou concorrencial (concorrência perfeita) que teve
o seu apogeu no século XVIII e princípios de XIX.
Importa lembrar que qualquer economia comporta, entre outros os seguintes mercados: o
mercado de bens e serviços, o mercado de matérias-primas, mercado de trabalho, o mercado
monetário e o mercado de títulos.
Assim, para cada preço de mercado há uma quantidade definida de Kg de peixe que os
consumidores pretendem comprar, se o preço do bem, por exemplo baixa de 6 para 4
Por outro lado a expressão analítica da função procura é decorrente da análise Ceteris
Paribus, pois a nomenclatura da curva do bem X equivale matematicamente a seguinte
expressão analítica:
Também se usa a expressão curva da procura como sinónimo da lei da procura: a quantidade
procurada de um bem aumenta quando o preço desce, e desce quando o preço aumenta. Curva
da procura dirige-se para a direita e para baixo e está de acordo com a lei da procura
decrescente. Segundo esta lei, quando o preço de um bem aumenta, mantendo-se os outros
factores constantes, a quantidade procurada desse bem diminui. A justificação passa por
entender que para preços altos apenas famílias com rendimentos altos podem adquirir os bens
ou serviços em causa e as famílias com rendimentos baixos/pobres adquirem pouca
quantidade ou passam a adquirir bens sucedâneos.
Modelo Competitivo/2020. Professor: Janota Página 3
Graficamente:
P
0 Qx
- Bens de Giffen (em homenagem a Robert Giffen) – produtos alimentares básicos,
como o pão (e outros) para as famílias pobres. Para estas famílias, se o preço do pão sobe elas
tendem a procura-los ainda em maior quantidade por não existir em outros bens tão baratos
capazes de os substituir. A curva da procura, é também neste caso, ascendente.
- Bens sem substitutos – a quantidade procurada não sofre alterações com variações
no preço do bem. A curva da procura é vertical.
Px
0 Qx
Px
0 Qx
De acordo com (PINHO, 2012), a oferta de um (bem X) (Qsx) por parte de uma empresa
depende de inúmeras determinantes, entre elas: (i) o preço do próprio bem (Px); (ii) preço dos
factores produtivos (Pfp); (iii) preço das matérias-primas (Pmp); (iv) tecnologia (T); (v)
políticas regulamentares (Pr); (vi) factores exógenos não controláveis (Fex) e ainda outros.
Estas relações podem ser traduzidas matematicamente como:
Aplicando a semelhança do que foi feito para a procura, o conceito ceteris paribus, passa-se a
ter a seguinte relação entre quantidade oferecida de um bem e o seu preço:
De acordo com (NABAIS e FERREIRA, 2010), também se usa a expressão curva da oferta
como sinónimo da lei da oferta: a quantidade oferecida de um bem aumenta quando o preço
sobe e diminui quando o preço desce. Com efeito, ao contrário da curva da procura
descendente, a curva da oferta, no caso do peixe acima referenciado, tem normalmente, um
andamento de baixo para cima e da esquerda para a direita. A quantidade oferecida aumenta
quando o preço aumenta.
Nota: a principal preocupação das empresas que intervém no mercado competitivo é tentar
reduzir os custos de produção através da introdução de novas tecnologias e da boa utilização
dos factores produtivos. De modos a que a curva da oferta se desloque para a direita e para
baixo.
Px
C
0 Qx
Por outro lado (PINHO, 2012), defende que o equilíbrio de um mercado pressupõe o encontro
entre a procura e a oferta:
Px
Pe E
0 Qde Qx
Algumas análises devem ser feitas no que tange ao equilíbrio de mercado. assim (PINHO,
2012), apresenta as seguintes combinações:
- Para PPe QsQdExcesso de oferta ou escassez de procuraos produtores não
conseguem vender toda a quantidade que planearam produziracumulaçao involuntária de
stocksconcorrência selectiva entre produtoresP até Pe;
2. Único preço de mercado para o qual a quantidade que os consumidores desejam comprar
iguala a quantidade que os produtores desejam vender articulação ou harmonização dos
planos de consumidores e produtores;
Em conclusão:
Justifica-se que a curva da procura muda de posição como referido no parágrafo anterior, por
conta dos factores determinantes da procura, excepto o preço do bem, muda constantemente:
rendimento, preço do bem sucedâneo, preço do bem complementar, gosto e outros.
P
D1 D2
0 Q1 Q2 Q
Modelo Competitivo/2020. Professor: Janota Página 8
D1 D2
Kz D3
Na deslocação de D1 para D3, a
quantidade procurada do bem é
menor, para todos os preços
possíveis.
De D1 para D2 é menor.
0 Q
Segundo (NABAIS e FERREIRA, 2010), em conclusão esta deslocação para esquerda é o
resultado:
Na deslocação de D1 para D2, a quantidade procurada do bem é maior, para todos os preços
possíveis. Esta deslocação para direita é o resultado:
R
Bens inferiores Bens normais
Q
Modelo Competitivo/2020. Professor: Janota Página 9
Em nota importa realçar que os bens inferiores são aqueles cuja quantidade procurada varia
inversamente, em relação ao rendimento, depois de este ultrapassar determinado nível. Os
bens normais são aqueles cuja quantidade procurada varia directamente com o rendimento. O
desvio da procura de um bem depende das variações do preço de outro tipo de bens.
Em conclusão:
P
S2
S1
Q
De acordo com (PINHO, 2012), se apenas variar o preço do bem, ceteris paribus, então dá-se
um movimento ao longo da curva da oferta: para cima (se o preço aumenta) ou para baixo (se
o preço diminui) Variação da quantidade oferecida.
P1
P2
0 Q1 Q2 Qsx
Ainda segundo (PINHO, 2012), se variar qualquer determinante da oferta que não o preço do
próprio bem (por exemplo, o preço dos factores produtivos), ocorre uma violação da condição
ceteris paribus e como tal dá-se uma deslocação (paralela ou não) de toda a curva da oferta
para a direita ou para baixo (aumenta) ou esquerda ou para cima (diminui) Variação da
oferta.
0 Qsx
Assim, o autor também fala em relação as razões para aumento da oferta:
0 Qs Qs´ Q
Razões para diminuição da oferta:
0 Qs´ Qs Q
Ainda no que concerne a análise sobre o desvio da curva da oferta, importa enfatizar o
posicionamento de (NABAIS e FERREIRA, 2010), que explica o aumento e diminuição da
quantidade oferecida em um único gráfico como abaixo representamos:
O autor citado no parágrafo anterior, trás um exemplo interessante e o mesmo começa com a
seguinte questão: o que acontece quando há um desvio da curva da procura? E o mesmo passa
a explicar o seguinte: o vinho e a cerveja são bens sucedâneos têm influencia na procura do
outro bem. Se o preço da cerveja aumenta (ou diminui), a procura do vinho aumentará (ou
diminuirá). Como é que o preço da cerveja, o rendimento dos consumidores ou o gosto
afectará o mercado do vinho?
Aumento da
D2 Em conclusão: quando a
P S procura de um bem aumenta, a
curva da procura desvia-se para
D2
Neste caso, devido, por D1 a direita, aumentado a
E2
exemplo, a um aumento do P´ quantidade e o preço de
rendimento, a curva da procura E1 equilíbrio.
P
desvia-se para a direita.
Aumento do preço
de equilíbrio
0 Qs Qs´ Q
Diminuição do preço de
P D S1 equilíbrio.
E1 S2
Com o desvio da curva da
oferta, neste caso para a direita, P Em conclusão quando a oferta de
E2
a situação de equilíbrio altera- P´ um bem aumenta, o preço de
se. equilíbrio do bem diminui e a
quantidade de equilíbrio aumenta.
0 Qs Qs´ Q
Modelo Competitivo/2020. Professor: Janota Página 13
Diminuição da
S1 oferta
D2
S2
P
E2
P´
D1
E1
P
Grande aumento
da procura
0 Qs Qs´ Q
Um desvio simultâneo das duas curvas vai alterar igualmente a situação de equilíbrio.
Podendo surgir duas situações:
Grande Diminuição
S2 da oferta
P D2 E2 S1
D1
P´
E1
P
Aumento da
procura
0 Qs Qs´ Q
Nesta ultima situação: a diminuição da oferta é relativamente maior que o aumento da
procura, o que originará o aumento do preço de equilíbrio e a diminuição da quantidade de
equilíbrio.