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DIVISÃO DE ENGENHARIA

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA DE MINAS

3º. ANO/ LABORAL

TURMA “B”

GESTÃO DE RECURSOS MINERAIS

TEMA:

ESTIMATIVA DE PREÇO DOS MINERAIS

TETE, OUTUBRO DE 2022


Absalão Tembe

Beauty Camilo

David Bacaimane

Meiguy de Cecília Virgílio ChaphataGumbi

Shaquil Ruben IzidroChivale

Estimativa de preço dos minerais

Trabalho de caracter avaliativo da disciplina


de Gestão de Recursos Minerais, a ser
apresentado à divisão de Engenharia, do curso
de Licenciatura em Engenharia de Minas 3º.
Ano/ Laboral, dado como recomendação e
orientadopélo docente:

MSc. Lucas Jordão Simoco

Tete, Outubro de 2022


ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO......................................................................................................................1

II. ESTABELECIMENTO DO MERCADO PARA O PRODUTO.......................................3

1. Principais Conceitos de Mercado..........................................................................................3

Classificação...............................................................................................................................3

2. Estrutura do mercado e formação do preço.....................................................................4

2.1. Estrutura de mercado da indústria mineral.............................................................5

2.2. Concorrência perfeita.................................................................................................6

2.2.1. Características do mercado de concorrência perfeita......................................6

2.2.2. Condições de equilíbrio no mercado de concorrência perfeita........................6

2.2.3. Equilíbrio de curto prazo....................................................................................8

2.3. Monopólio.....................................................................................................................9

2.3.1. Características do monopólio..............................................................................9

2.3.2. Concorrência monopolistas................................Erro! Indicador não definido.

2.3.3. Características do mercado de concorrência monopolista.............................10

2.3.4. Estratégias competitivas no modelo de concorrência monopolista...............11

2.4. Oligopólio...................................................................................................................12

2.4.1. Tipos de oligopólio.............................................................................................13

2.4.2. Características de um mercado oligopolista....................................................13

2.4.3. Equilíbrio no oligopólio.....................................................................................14

2.4.4. Tamanho do oligopólio e os ganhos de mercado.............................................14

2.4.5. Concorrência nos mercados de oligopólio.......................................................14

2.4.6. Teoria dos jogos e as estratégias de cooperação em oligopólio......................15

2.4.7. Formação de preços em oligopólio...................................................................16


2.5. Formação de preços para os minerais.....................................................................17

2.5.1. Estimativa de preços..........................................................................................17

2.5.1.1. Estima de preço com base na tendência do passado...................................18

2.5.1.2. Estima do preço por análise de regressão....................................................18

2.5.2. Factores que controlam a estabilidade dos preços..........................................18

2.5.3. Influência das bolsas de valores........................................................................19

2.6. Recursos minerais e escassez....................................................................................19

III. CONCLUSÃO......................................................................................................................20

IV. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................21


ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Lista de gráficos

Gráfico 1: Representação da oferta e demanda em equilíbrio de mercado.....................................4


Gráfico 2: Equilíbrio no período de mercado..................................................................................7
Gráfico 3: Concorrência perfeita: maximização do lucro pela abordagem receita total - custo total
.........................................................................................................................................................9
Gráfico 4: Curva de Demanda esperada em um mercado de concorrência monopolista..............12

Lista de tabelas

Tabela 1: Receita, custo e lucro de uma companhia mineradora hipotética (em US$ mil).............8
Tabela 2. Caso hipotético demonstrando a decisão de formação do preço de petroleio nas duas
grandes potências produtoras deste combustível fóssil.................................................................15
I. INTRODUÇÃO

O presente documento, este que é um trabalho de “Gestão de Recursos Minerais”, tendo como
tema para desenvolver“Estimativa de preço dos minerais”, o documento contem conteúdos de
como a economia estabelece conhecimentos para o mercado, tanto como para o produto.
Estabelecer o mercado para o produto, podemos também destacar como o equilíbrio do mercado
para o produto, tendo assim mais enfoque em como é a atmosfera das empresas quanto a
formulação do preço para o produto.

Para a maioria dos minerais metálicos, o que se verifica, com frequência, é a instabilidade de
seus preços, o que faz com que a previsão dos mesmos se torne muito difícil. Os minerais não
metálicos apresentam, em geral, preços mais estáveis, mesmo assim sujeitos a flutuações
bruscas, principalmente para aqueles que são comercializados em nível internacional. Portanto,
face ao grande significado do preço do bem mineral na análise econômica do projeto, essa
variável deve ser objeto de um estudo específico, bastante profundo, sob pena de se obter
resultados na análise econômica não compatíveis com a realidade.

Qualquer desvio no preço esperado pode mudar consideravelmente o resultado da análise. Um


preço superestimado pode indicar uma taxa de retorno favorável para um projeto que, na
verdade, é duvidoso; de forma semelhante, um preço subestimado pode provocar a rejeição de
um projeto que, a rigor, é um bom investimento e, portanto, está se perdendo uma oportunidade
lucrativa.

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1
Objectivos
Geral
Dar a perceber a partirdos principais conceitos envolvidos no estabelecimento dos preços
dos minerais.

Específicos

No final deste trabalho, o leitor/estudante deve ser capaz de:

Entender como é feita a formação dos preços para o bem mineral;


Perceber como é composta a estrutura do mercado da industrial.
Entender como a bolsa de valores pode influenciar no mercado mineral;
Conhecer os métodos envolvidos no estabelecimento dos preços dos minerais.

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II. ESTIMATIVA DO PREÇO DOS MINERAIS

1. Principais Conceitos de Mercado

Comercialização
A Comercialização compreende “o conjunto de atividades na transferência de bens e serviços
desde o ponto de produção inicial até que eles atinjam o consumidor final”, a comercialização
envolve uma serie de atividades ou funções através das quais bens e serviços são transferidos dos
produtores e prestadores de serviços aos consumidores.

Mercado
O mercado deve ser entendido como “local” em que operam as forças da oferta e demanda,
através de vendedores e compradores, de tal forma que ocorra a transferência de propriedade da
mercadoria através de operações de compra e venda.

Padronização
É um processo sistemático para estabelecer e utilizar padrões. Criação ou estabelecimento ou
adoção de um padrãopara algo que se faz. A padronização serve para garantir qualidade.

Classificação
Classificação é a selecção do produto em lotes homogéneos, por cor da casca e da polpa,
tamanho e qualidade. Utilizar a classificação é unificar a linguagem do mercado e de toda a
cadeia de produção.produtores, atacadistas, industriais, varejistas 1, consumidores, todos devem
usar os mesmos padrões de caracterização do produto. Somente assim se obtém transparência na
comercialização, melhores preços para produtores e consumidores, menores perdas e melhor
qualidade.

Concorrência
É uma disputa entre produtorese prestadores de serviços de um mesmo bem ou serviço com
vistas a conquistar a maior parcela de mercado possível. As principais variáveis que orientam o
jogo mercadológico da concorrência são o preço, a qualidade do produto, a disponibilidade nos
pontos de venda e a imagem de que o produto goza junto aos consumidores.

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2. Estrutura do mercado e formação do preço
O que normalmente considera-se “mercado” é o espaço de convergência de duas forças
opostas:os compradores desejosos em adquirir maiores quantidades a menores preços e os
vendedores que só desejem oferecer maiores quantidades se houver preços compensadores. Essas
duas forças opostas estão balanceadas no ponto “E”, que é um ponto de equilíbrio onde tanto os
compradores quanto os vendedores estão satisfeitos. Assim, a noção de “equilíbrio” de mercado
é entendida como o balanceamento das forças de oferta e da demanda., como podemos confirmar
no gráfico a seguir (1).

Gráfico 1: Representação da oferta e demanda em equilíbrio de mercado

DD’ é a curva de demanda (ou procura, ou ainda consumo). Ela tem inclinação negativa que
indica que consumidores estão dispostos a comprar mais quando os preços caem e vice-versa.

SS’ é a curva da oferta (ou produção). Ela tem inclinação positiva que indica que as empresas
estão dispostas a ofertar mais quando os preços sobem e vice-versa.

Ponto “E” como o preço “0P” e a quantidade “0Q” é o ponto onde as duas forças opostas
estão balanceadas, pois em qualquer opreço, excepto “0P”, existirão forças que empurrarão o
preço em direcção a um ponto.

Assim:

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 Se o preço estiver em 0P1, acima do ponto de equilíbrio. Neste ponto os vendedores
desejam vender 0QS1, mas a esse preço os compradores querem comprar somente 0Qd1.
Disso resulta que os vendedores acumulam estoques e tem prejuízos. Logo, os
vendedores têm um claro incentivo para reduzir o preço a fim de liquidarem os estoques
indesejados;
 Se opreço estiver em 0P2, abaixo do ponto de equilíbrio. Neste ponto os compradores
querem comprar 0Qd2, mas a esse preço os vendedores desejam vender apenas 0Qss.
Disso resulta que todos que desejam comprar ao preço0P2 não poderão faze-lo. Assim,
alguns compradores, insatisfeitos, oferecem um pouco mais, na esperança em obter a
mercadoria em lugar de outros. Esse comportamento faz com que os preços subam até
atingir 0P.

É a partir desse raciocínio simples, baseado no equilíbrio estático de mercado, e que pode
parecer pouco realista, que serão apresentadasas diferentes estruturas e estratégias de mercado.

Os modelos de mercado que serão apresentados nesta sessão são casos “puros” ou extremos,
dificilmente encontrados no mundo real. No entanto, a teoria requer abstrações e generalizações.
Assim, a discussão teórica desses modelos serve como “atalhos” para a melhor compreensão da
realidade.

Alem de apresentar as características desses mercados, o objetivo desta secção é discutir as


condições teóricas de eficiência de elaboraçãode recursos nesses mercados, bem como o
princípio da maximização de lucro, que é base da teoria geral da firma2.

2.1. Estrutura de mercado da indústria mineral


Estruturas de mercado são modelos que refletem a forma de organização desses mercados. Cada
estrutura de mercado destaca aspectos essenciais da interacção entre oferta e a demanda,
baseando-se em características observadas em mercados existentes. Em todas as estruturas
clássicas os agentes são maximizadores de lucro.

As estruturas de mercado clássicas mais conhecidas na teoria económica são a concorrência


perfeita e o monopólio, alem dessas há outras estruturas híbridascomo a economia monopolista e

2
De acordo com Ferguson (1985, p.275), “se a maximização do lucro constitui uma hipótese razoável, é umaquestão
há muito debatida na economia e onde muitas críticas importantes foram feitas”.
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o oligopólio. Na indústria mineral podemos perceber nuances de quase todas essas estruturas,
com o predomínio do oligopólio.

2.2. Concorrência perfeita


O mercado de concorrência perfeita é definido comoinerrante pessoalinteiramenteimpessoal, em
que não há rivalidade entre vendedores e os compradores não reconhecem vis-à-vis a sua
competitividade. A estrutura da concorrência perfeita tem por objetivo descrever o
funcionamento equilibrado, ou ideal, servindo com base para o estudo de outras estruturas.
Embora teórico, o estudo da concorrência perfeita é importante pelassequências derivadas de
suas hipóteses que acabam por condicionar o comportamento dos agentes económicos em
diferentes mercados.

2.2.1. Características do mercado de concorrência perfeita


Quatro condições determinam a concorrência perfeita

1. Grande número de pequenas empresas- cada produtor é tao pequeno que não afetao
preço de mercado por variações na sua produção.
2. Produto homogéneo- o produto de qualquer outro vendedor deve ser idêntico, o que
significa que os compradores são indiferentes quanto à empresa da qual eles adquiriram
os produtos.
3. Livre mobilidade dos recursos- cada recurso pode imediatamente entrara e sair do
mercado como resposta dos incentivos monetários ou a quaisquer outros incentivos,
incluindo livre e fácil entrada e saída das empresas.
4. Perfeito conhecimento- os consumidores, os produtos e os proprietários de recursos tem
perfeito conhecimento. Se os consumidores não estão plenamente conscientes dos preços,
eles podem comprar a preços altos quando outros menos estão disponíveis, pois nem
sempre existira um preço uniforme no mercado. Os produtores devem conhecer muito
bem os seus custos e seus preços, a fim de atingir a sua taxa máxima de lucros.

2.2.2. Condições de equilíbrio no mercado de concorrência perfeita


Para a determinação da condição de equilíbrio é preciso considerar o tempo económico de curto
prazo e de longo prazo. No curto prazo vimos qua alguns insumos são fixos. Isso acontece
porque decisões de ampliar o tamanho de uma fábricae/ou de modernizar e ampliar
equipamentos requer um maior período de planeamento. Assim, no curto prazo, a variação da
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quantidade só pode ser feita por intermédio da alteração dos insumos variáveis. Já no longo
prazo, o volume de produção pode ser alterado por variações nas quantidades de quaisquer
insumos. Todavia, há casos, em um curto período de tempo, em que a oferta é totalmente fixa
(safra agrícola, escala mínima de produção de minerais etc.), este é chamado de “período de
mercado”.

No período de mercado por definição, a produção não pode variar. Portanto, cada empresa tem
uma oferta fixa qua é vendida ao preço do equilíbrio de marcado. O gráfico a seguir, ilustra o
equilíbrio no “período de mercado”.

Gráfico 2: Equilíbrio no período de mercado

A oferta de cada empresa fixa; ela é ilustrada pelar eta vertical Sq que mostra que a oferta é a
mesma para quaisquer níveis de preços. Dessa forma, dada a quantidade fixa disponível para a
venda 0q, o equilíbrio é atingido ao preço do livre mercado que é determinada pela variação da
demanda. Ou seja, serão os consumidores, variação na demanda (D) que definirão qual o preço
que equilibrara o mercado e não os produtores, assim se:

 D sobe para Du, o preço também sobe de p para Pu;


 D desce para De, o preço também desce de p para Pe.

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Esse resultado, todavia, difere dos correspondentes curto e longo prazos, nos quais a demanda e
oferta conjuntamente determinam ambas, preços e quantidade de equilíbrio.

2.2.3. Equilíbrio de curto prazo


No curto prazo, o nível de produção pode ser aumentado ou diminuído, aumentando ou
diminuindo o uso dos insumos variáveis (uma vez que os custos fixos são constantes). A empresa
individual pode ajustar seu nível de produção num amplo domínio sujeito somente às limitações
impostas por seus insumos fixos, geralmente instalações e equipamentos. Assim, a condição de
equilíbrio se dará em um ponto onde é máxima a diferença entre a receita e o custo de produção.
A tabela a seguir,ilustra esse caso.
Tabela 1: Receita, custo e lucro de uma companhia mineradora hipotética (em US$ mil)
Preço de Nível de Renda Custo fixo Custo Custo Lucro
mercado produção total variável total (prejuízo)
e de
vendas
5.00 1.00 5.00 15.00 2.00 17.00 (12.00)
5.00 2.00 10.00 15.00 3.50 18.50 (8.50)
5.00 3.00 15.00 15.00 4.50 19.50 (4.50)
5.00 4.00 20.00 15.00 5.75 20.75 (0.75)
5.00 5.00 25.00 15.00 7.25 22.25 2.75
5.00 6.00 30.00 15.00 9.25 24.25 5.75
5.00 7.00 35.00 15.00 12.50 27.50 7.50
5.00 8.00 40.00 15.00 17.50 32.50 7.50
5.00 9.00 45.00 15.00 25.50 40.50 4.50
5.00 10.00 50.00 15.00 37.50 52.50 (2.50)

Observemos, que para as quatro primeiras unidades vendidas o lucro é negativo, pois para esse
nível de produção os custos superam a receita. A partir da quinta unidade vendida o empresário
começa a ter lucro, ate alcançar o lucro máximo que corresponde a sete ou oito unidades de
produção. O lucro unitário é máximo para sete unidades, mas isso não é muito relevante, já que,
o ponto de vista do empresário, o que importa é o lucro total. A partir da décima unidade, a
empresa começa a ter prejuízo novamente. Isso ocorre por causa da hipótese de custo crescente.

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O gráfico a seguir, ilustra as curvas do custo total e de recritatotal e os pontos de lucro e de
prejuízo.

Gráfico 3: Concorrência perfeita: maximização do lucro pela abordagem receita total -custo
total

2.3. Monopólio
Da mesma forma que o modelo de concorrência perfeita, o modelo do monopólio puro raramente
existira no mundo real. Todavia, ele oferece uma ferramenta analítica muito útil para analisar
situações concretas.

2.3.1. Características do monopólio


Um monopólio existe se houver apenas um produtor em um mercado bem definido. Não existem
concorrentes ou rivais diretos. Ou seja, a entrada nesse mercado é praticamente impossível, pois
a firma produz um produto para o qual não existe substituto próximo. Alem disso, há ostensiva
presença de barreiras à entrada de novas firmas, ou seja, obstáculos para manter os concorrentes
em potenciais afastados. Estes obstáculos podem ser administrados pelo monopolista por
intermédio de:

a) Controle sobre o fornecimento da matéria-prima;

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b) Barreiras legais como registros de patentes;
c) Licenças e concessões governamentais e outros.

2.3.2. Concorrências monopolistas


Os exemplos de mercados anteriores são casos “puros” e, portanto, limitados para a análise dos
factos da realidade. A constatação disso é que há muito poucos monopolistas, porque há poucos
bens inteiramente homogéneos entre os produtores. Em lugar disso, há uma serie de bens, alguns
dos quais possuem poucos substitutos e outros, muitos substitutos, porem não perfeitos. Assim,
na tentativa de aprimorar esses modelos outros foram desenvolvidos, como o da concorrência
monopolista que apresentamos a seguir.

2.3.3. Característicasdo mercado de concorrência monopolista


A principal característica do mercado de concorrência monopolista é a diferenciação do produto.
Os produtos são mais heterogéneos que homogéneos e levemente diferenciados, cada um deles é
um substituto para o outro, daí haver a concorrência, sendo, porém, pessoal entre rivais que estão
bem informados mutuamente.
Assim, cada produtor tenta diferenciar o seu produto de maneira a torná-lo único. Todavia, para
estar no mercado, seu produto particular deve estar proximamente relacionado ao produto geral
em questão. Importante ressaltar que há muitos meios de diferenciar produtos, alguns reais e
outros muito ilegítimos.

No caso da diferenciação real do produto, pode-se usualmente catalogar as diferenças em termos


de composição química, de serviços oferecidos por vendedores, do custo dos insumos etc. Em
outros casos, considerados ilegítimosa diferenciação do produto é assentada em despesas de
propaganda, diferenças de embalagem do material do desenho, nome da marca e outros. Por
exemplo, a Novelis e a Alcoa produzem chapas de alumínio, mas cada uma agrega sua marca e
algum diferencial qualitativo ao produto. Em todo o caso, quando os produtos são diferenciados,
cada produto é único e seu produtor tem certo “poder de monopólio” que ele pode explorar.

Porém, normalmente, é muito pouco porque outros produtores podem vender um substituto
próximo. Assim, não é casual que os preços de venda desses produtos estejam muito próximos.

Condições de equilíbrio do mercado de concorrência monopolista

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A teoria da concorrência monopolista é essencialmente de longo prazo. No curto prazo não há,
virtualmente, diferença entre a análise do monopólio e da concorrência monopolista. Cada
produtor de um produto diferenciado se comporta de maneira a maximizar o lucro.

No curto prazo há muito pouca competição. Todavia, no longo prazo entrarão outros produtores
no mercado da concorrência monopolista, já que a entrada não é fechada. Se uma ou algumas
firmas gozarem de uma situação altamente próspera, outras firmas iniciarão a produção de um
produto proximamente relacionado. Isso estimulará a vinda de outras firmas que produzirão o
produto levemente diferenciado e continuarão a entrar no mercado até que se elimine o lucro
puro ou se atinja a solução da concorrência.

2.3.4. Estratégias competitivas no modelo de concorrência monopolista


Para analise da concorrência perfeita duas curvas de demanda podem ser utilizadas.
1) Cerva de demanda negativamente inclinada e;
2) Curva de demanda horizontal referente a cada vendedor que tem esse formato porque
cada produtor do produto homogéneo deve aceitar o preço corrente ou nada vender, se ele
aumentar seu preço, perdera todas as vendas e se baixar, pode perder alguma receita,
inutilmente.

No caso do mercado de concorrência monopolista, parte-se da possibilidade de entrada de um


grande número de concorrentes que produzem bens proximamente relacionados e substituíveis.
Assim, se um empresário promove uma redução de preços na expectativa de obter uma expansão
substancial em suas vendas, primeiro as vendas para sua clientela existente aumentarão, segundo,
se outros empresários não reduzirem os seus preços ele capturará boa parte do mercado e do
lucro. Por outro lado, se ele aumentar seus preços terá perda grande, pois tanto as vendas para os
fregueses já existentes declinarão como muitos destes procurarão outros produtores que não
aumentaram seus preços. Consequentemente, admitindo um grande número de vendedores no
mercado, cada qual esperando que suas acções passem despercebidas dos rivais, todos os
empresários esperarão que sua curva de demanda seja muito elástica 3. A curva de demanda
esperada, ou antecipada pêlo empresário é a mais elástica dd’, conforme o Gráfico a seguir.

3
Uma pequena variação de preço provoca grande alteração na demanda.
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Gráfico 4: Curva de Demanda esperada em um mercado de concorrência monopolista

Todavia, todos os empresários têm incentivos para reduzir o preço, mas se todos fazem isso ao
mesmo tempo, cada empresário lucrará bem menos (venderão q1 ao invés de q2), o equivalente
apenas ao incremento de suas vendas devido à redução geral de preço. Portanto, a curva
demanda gerada por esse comportamento coletivo é bem menos elástica DD’, que mostra a
quantidade demandada a um vendedor a preços variados sob a hipótese de que os preços de seus
concorrentes sempre serão idênticos aos seus.

A curva dd’ mostra as vendas crescentes que um empresário pode esperar ter com a baixa dos
seus preços, estimulando todos os outros a manterem seu preço inicial. DD’, por outro lado,
mostra que as vendas reais a serem ganhas ou perdidas quando todas as firmas mudarem o preço
simultaneamente.

2.4. Oligopólio
Oligopólio se origina do grego oligos, poucos + polens, vender. Essa estrutura de mercado é uma
forma evoluída de monopólio, no qual um grupo de empresas promove o domínio de

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determinada oferta de produtos e/ou serviços. A mineração é um sector tipicamente
oligopolizado, em especial os ramos do petróleo, alumínio, aço, cimentos e outros.

Há oligopólio quando mais de um vendedor estiver no mercado, porém quando o número não for
tão grande a ponto de se poder negligenciar a contribuição de cada um. Se existir apenas dois
vendedores no mercado trata-se de um caso limite, o duopólio.

2.4.1. Tipos de oligopólio


Existem três formas básicas de oligopólio: cartel, truste e holding.

 O cartel é uma forma de oligopólio em que empresas legalmente independentes,


geralmente atuantes no mesmo sector, realizam acordos entre si para ter o domínio de
determinada oferta de produtos e/ou serviços.
 Truste é adaptação da expressão inglesa (trust). As empresas envolvidas abrem a mão da
sua independência legal para construir uma única organização, com o intuito de dominar
determinada oferta de produtos e/ou serviços.
 Holding é um nome inglês dado a uma sociedade gestora de participações sociais. É uma
forma de sociedade criada com o objetivo de administrar um grupo delas
(conglomerado). Na holding, a empresa administradora tem a maioria das ações ou
quotas das empresas componentes de determinado grupo. N

2.4.2. Características de um mercado oligopolista


 Poucos vendedores. Podem ter duas, três, doze ou mais formas, dependendo da natureza
do mercado. Entretanto, o número deve ser pequeno, de tal forma que as firmas levem em
consideração e reajam em suas decisões quanto ao preço e produção de outras.
 Empresas interdependentes. Isso significa que decisões sobre preço e produção de
equilíbrio se afetam mutuamente, porque a decisão de um vendedor influi no comportamento
económico dos outros vendedores e vice-versa.
 Produto homogéneo ou diferenciado. Quando o oligopólio oferece produtos homogéneos
(substitutos perfeitos entre si) ele é considerado “oligopólio puro” (industria do cimento, aço,
etc.), , caso contrario é “oligopólio diferenciado” (industria automobilística e de fumo).
 Consideráveis obstáculos à entrada de novas firmas (barreiras à entrada). Da mesma
forma que o monopólio há no oligopólio a presença de barreira à entrada é exercida com o
controle de matérias-primas, registo de patentes, etc.
ISPT. Gestão de Recursos Minerais: Estimativa de preço dos minerais
13
 Concorrência extra-preço. Tais como propaganda, diferenciação do produto, serviços
especiais e etc.
 Empresas atuando como monopolista e cobrando um preço acima do custo marginal. As
empresas podem sustentar preços mais altos usando seus excessos de capacidade produtiva para
dissuadir, umas às outras, da possibilidade de se desviarem de um preço acordado. O desvio de
uma empresa levaria as outras a retaliar com aumentos de produção.

2.4.3. Equilíbrio no oligopólio

Quando firmas em um oligopólio individualmente determinam a qualidade a ser produzida para


maximizar os seus lucros, eles produzem uma quantidade de produtos maior que a produzida por
monopolistas, mas menor que a produzida por intermédio da competição. Portanto, o preço do
oligopólio é menor que o preço do monopolista, porem maior que o preço competitivo (que é
igual ao custo marginal).

2.4.4. Tamanho do oligopólio e os ganhos de mercado


O aumento do número de empresas em um oligopólio afecta a determinação dos preços e das
quantidades do produto em questão, por intermédio de dois importantes efeitos:

i. Efeito-quantidade: uma vez que o preço é maior que o custo marginal, vender uma
unidade adicional do produto sempre aumenta o lucro.
ii. Efeito-preço: o aumento da produção aumentara o total das vendas, o que reduzira o
preço e o lucro das vendas.

Assim, o resultado final para o oligopolista dependerá do balanço entre esses dois efeitos.
Interessante observar que, na medida em que aumenta o número de empresas em um oligopólio,
mais ele se parecerá com um mercado competitivo.
Nesse sentido, o preço tende a se aproximar do custo marginal e a quantidade produzida do nível
socialmente eficiente. Todavia, os mercados oligopolistas sempre têm sistemas de proteção que
impedem a entrada de novos concorrentes, as famosas barreiras à entrada, conforme já foi
apresentado.

2.4.5. Concorrência nos mercados de oligopólio


A concorrência preço- ativa é raramente observada nos mercados oligopolisticos, embora as
guerras de preços aconteçam ocasionalmente. No entanto, uma guerra de preços indica apenas
ISPT. Gestão de Recursos Minerais: Estimativa de preço dos minerais
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que os canais de comunicação (provavelmente implícitos) entre as firmas no mercado estão
temporariamente obstruídos. No curso normal dos acontecimentos, a situação anterior à guerra
de preços é rapidamente instaurada. Nesse sentido, as principais estratégias usadas para
competição entre as firmas oligopolistas são extra-preço tais como a propaganda, os diferenciais
de qualidade e de desenho, além de outros já apresentados.

2.4.6. Teoria dos jogos e as estratégias de cooperação em oligopólio


A teoria dos jogos estuda como os indivíduos se comportam em situações estratégicas. Decisões
estratégicas para uma empresa são aquelas que, precisando tomar uma decisão, ela tem que
considerar como as outras empresas irão reagir à sua acção. Como em um oligopólio o número
de vendedores é relativamente pequeno, cada firma deve agir estrategicamente. Assim, cada
firma sabe que o seu lucro depende não apenas de quanto ele produz, mas de quanto todas as
outras firmas produzem.

A teoria dos jogos e, em especial, o “dilema do prisioneiro” é uma ferramenta muito útil para
entender a racionalidade que dá suporte às acções empresariais em uma estrutura de mercado
oligopólica.

O dilema do prisioneiro

O dilema do prisioneiro revela como é difícil manter a cooperação, ainda que isso deixasse as
empresas em uma situação melhor do que se elas adotassem uma apenas uma ação individual. É
difícil de manter a cooperação porque ela não é percebida como o melhor interesse para o
jogador individual. Assim, a melhor estratégia que se apresenta para as firmas é seguir a
estratégia dominante. O caso hipotético, a seguir ilustra, esse dilema.

Tabela 2. Caso hipotético demonstrando a decisão de formação do preço de petroleio nas duas
grandes potências produtoras deste combustível fóssil.

CASO-Irã e Iraque tomam Descrição do Iraque


decisões quanto ao aumento Alta produção Baixa produção
na produção de petróleo
Descrição do Alta Iraque ganha $ 40 bilhões Iraque ganha $ 30 bilhões
Irã produção Irã ganha $ 40 bilhões Irã ganha $ 80 bilhões
Baixa Iraque ganha $60 bilhões Iraque ganha $50 bilhões
ISPT. Gestão de Recursos Minerais: Estimativa de preço dos minerais
15
produção Irã ganha $30 bilhões
Irã ganha $50 bilhões

Se tanto o Irã quanto o Iraque optassem por baixar a produção de petróleo, ambos ganhariam $50
bilhões. Todavia, se o Irã baixasse as suas cotas e o Iraque aumentasse, o Iraque ganharia $60 e o
Irã apenas $30, e vice-versa. Porém, o interesse próprio faz com que seja difícil para um
oligopólio manter a cooperação. No caso em questão, uma produção baixa, com preços altos e
lucros monopolistas.

Atuando individualmente, ambos resolvem elevar as suas cotas o que dá um ganho de $40
bilhões para os dois, que é menor do que se eles optassem por cooperar.

Dessa forma, se oligopolistas tomarem decisões individualizadas, o resultado será uma produção
maior e um preço menor que o efectuado por um monopólio. O dilema do prisioneiro mostra que
agindo por interesse próprio, os indivíduos não percebem as vantagens da cooperação, ainda que
essa cooperação seja do interesse de cada um. A lógica do dilema do prisioneiro aplica-se em
muitas situações, incluindo oligopólios. É por saber disso que os governos adoptam leis
antitrustes4, visando prevenir que oligopólios tomem atitudes que reduzam a competição entre as
firmas oligopolistas.

Considerando a grande dificuldade de cooperar, podemos indagar por que pessoas e empresas
cooperam algumas vezes? A teoria dos jogos diz que em jogos seguidos e repetidos, as firmas
que se importam com lucro futuro vão cooperar, ao invés de “roubar” e lucrar apenas uma vez.

2.4.7. Formação de preços em oligopólio


Conforme já foi apresentado, a diferenciação é o principal meio de competição em uma estrutura
de mercado oligopolizada. Ela tanto pode ser via produto, quanto por intermédio de propaganda
maciça.

A competição de preço normalmente não faz parte da estratégia de mercado de uma empresa
oligopolística. Isso ocorre porque a firma pode não estar segura da localização ou do nível da sua
curva de demanda e, dessa forma, não ter certeza da intensidade da reação das firmas

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competitivas a uma mudança de preços. Se uma firma estava produzindo a quantidade X, a qual
vinha sendo vendida ao preço Y durante algum tempo.

2.5. Formação de preços para os minerais


O preço de uma mercadoria pode desempenhar vários papéis. Ele pode ser um indicador para os
produtores expandirem ou contraírem sua produção. Ele pode refletir o “valor marginal social”
da mercadoria e, sobretudo, ser um “mecanismo de racionamento”, ou seja, um indicador para
restringir a oferta ou a demanda.

No caso do “período do mercado”, isto é, no curtíssimo prazo quando a oferta é totalmente fixa,
o preço é um fenómeno exclusivo de demanda, não refletindo o custo de produção. Quado o
preço de equilíbrio de mercado é estabelecido, restringe-se a oferta fixa de bens entre aqueles
indivíduos que desejam e estejam aptos a pagar.

Os preços dos bens minerais são de natureza cíclica por excelência, ou seja, passam por períodos
de crescimento, auge e declínio de forma sequenciada ao longo do tempo.

2.5.1. Estimativa de preços


O preço é, sem dúvida, o dado mais relevante em uma avaliação econômica. É, ao mesmo tempo,
a variável mais complexa de ser estimada, salvo raras exceções, como nos casos em que a oferta
é atomizada, o bem mineral é abundante e o preço praticado no mercado já alcançou uma relativa
estabilidade.

Para a maioria dos minerais metálicos, o que se verifica, com frequência, é a instabilidade de
seus preços, o que faz com que a previsão dos mesmos se torne muito difícil. Os minerais não
metálicos apresentam, em geral, preços mais estáveis, mesmo assim sujeitos a flutuações
bruscas, principalmente para aqueles que são comercializados em nível internacional. Portanto,
face ao grande significado do preço do bem mineral na análise econômica do projeto, essa
variável deve ser objeto de um estudo específico, bastante profundo, sob pena de se obter
resultados na análise econômica não compatíveis com a realidade.

Qualquer desvio no preço esperado pode mudar consideravelmente o resultado da análise. Um


preço superestimado pode indicar uma taxa de retorno favorável para um projeto que, na
verdade, é duvidoso; de forma semelhante, um preço subestimado pode provocar a rejeição de

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um projeto que, a rigor, é um bom investimento e, portanto, está se perdendo uma oportunidade
lucrativa.

2.5.1.1. Estima de preço com base na tendência do passado


Nos casos em que a produção prevista para um projecto seja pequena e, com certeza, não deverá
provocar desequilíbrio da oferta versus demanda no mercado, a estimativa de preço pode ser
projetada com base na tendência de preços do passado. Essa projecção é baseada na expectativa
de que as condições do passado persistirão no futuro e, desta forma, estão sendo ignoradas
possíveis mudanças em tecnologia, gosto, nível de renda e outras variáveis exógenas. Se faz
necessário, portanto, atenção especial a esses fatores, quando da elaboração da estimativa de
preços futuros.

2.5.1.2. Estima do preço por análise de regressão


A aplicação de análise de regressão é, onde são considerados os fatores que influenciam a oferta
e a demanda dos bens minerais. A identificação do volume de reservas e dos correspondentes
custos de produção observados em outras empresas, associada à projeção de demanda, ajuda a
projetar o preço mínimo que poderá ocorrer a um determinado bem mineral. Esses métodos são
complexos e requerem a participação de profissionais especializados.

O detalhamento de suas metodologias é amplo e está fora do âmbito deste trabalho.

Deve ser reafirmado, portanto, que a estimativa de preço é um problema de solução complexa.
Muitas empresas possuem especialistas exclusivamente dedicados a esta questão e ainda
contratam consultores externos para que possam ser obtidas as estimativas menos tendenciosas
possíveis. É comum trabalhar com uma faixa de preços, ao invés de um preço fixo.

2.5.2. Fatores que controlam a estabilidade dos preços


a. Fundamentos económicos da indústria mineral – reflete, de um lado, os custos de
produção, e, de outro, o balaço entre oferta e demanda. Na atual conjuntura, esses fundamentos
sinalizam para um claro embalanço entre oferta e demanda, o que se reflete nos níveis dos preços
das principais commoditiesminerais.Pelo lado da demanda- o dinamismo doa países asiáticos,
em especial, China e India, é a onda expansiva de crescimento do PIB da economia global como
um todo pressionam por maiores quantidades no mercado. Como isso não pode ocorrer, de

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imediato, a tolerância no curto e médio prazo é de alta dos preços, mas no longo prazo esses
preços certamente voltado a cair.
b. Pelo lado da oferta- não esta ocorrendo um aumento na produção no ritmo desejável pelo
consumo. As empresas mais fortes estão realizando fusões e aquisições de mercado. Há gargalos
em termos de disponibilidade energética, de mão-de-obra, entre outros.

Custos de produção: é importante observar esgotamento dos depósitos em países


tradicionalmente produtores; a migração da atividade mineradora para áreas remotas e as
incertezas crescentes quanto à obtenção das licenças sociais e ambientais, além das próprias
restrições ambientais resultantes, por exemplo, dos acordos para redução de gases que provocam
aquecimento global, entre outros.

c. Papel da tecnologia: os preços dos bens minerais também resultam do confronto de duas
forças: escassez18 (que força alta de preço) e progresso tecnológico (que reduz o custo e cria
backstops19). Na medida em que cria alternativas mais baratas, o progresso tecnológico gera
muitas possibilidades em termos de custos de produção e de preços. Pode contribuir para a
redução do custo de produção e consequentemente causar o aumento da extração dos minérios ou
para o uso mais comedido (conservação dos estoques) e para a redução dos preços, em favor do
maior consumo de produtos substitutos. Daí conclui-se que a trajetória dos preços dos bens
minerais é incerta. Todavia, a dinâmica do mercado fará com que os preços tendam para um
ponto de equilíbrio, na medida em que a própria elevação dos preços acionar as forças que fazem
mover a tecnologia.

2.5.3. Influência das bolsas de valores


Nos últimos anos, como consequência da grande liquidez nos mercados globais, observa-se uma
crescente participação de investidores atuando no mercado de commodities minerais. Essa
presença é normalmente de natureza e especulativa, visando à obtenção de ganhos de curto
prazo, por intermédio da compra e venda de ações. Assim, os preços nem sempre refletem os
fundamentos da indústria mineral, mas isso promove bruscas oscilações nas cotações das ações
das empresas.

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2.6. Recursos minerais e escassez
A relação entre o tempo que os processos naturais concentram os minerais em jazidas
comercializáveis e o tempo em que estes são extraídos (explorados) é que leva a considerá-los
como recursos exauríveis, ou não-renováveis. Parece contraditório, no entanto, que, pelo menos
em uma fração minúscula, todos os metais estão presentes em qualquer rocha.

III. CONCLUSÃO

Após, a elaboração deste trabalho pudemos entender o mercado como sendo o local no qual esta
destinado a operação de forças da oferta tanto como a força da demanda, cujo estas andam em
paralelo através de vendedores e compradores, de tal maneira que que seja gerado neste
ambiente, a transferência de propriedades da mercadoria disponível através de operações ou
transações de compra e venda, isto é, o transpasse de bens e serviços em que em que haja pelo
menos um comprador e um vendedor.

Finda a elaboração do documento com o tema “estabelecimento do mercado para o produto”.


Podemos então auferir que desde há muito tempo houve uma necessidade de se estudar e se
estabelecer o mercado para um certo produto em comercialização. Assim sendo, teve como
destaque de como é exigido que o bem mineral posteriormente extraído, seja estudado a sua
estabilidade no mercado, isto porque é do nosso conhecimento de que o bem mineral deve ter o
seu devido valor económico para que este seja comercializado e, consequentemente que no
processo de comercialização, este estará envolvido em um mercado específico no qual o mesmo
mercado exige que este bem mineral tenha um devido preço.

Para que se possa estabelecer um certo produto no mercado, levamos em consideração vários
aspetos estes que podem definir como este mesmo produto se pode relacionar a demanda e a
procura do mesmo. Tanto que temos a concorrência dentro do mercado que devemos levar em
conta como uma das barreiras de entrada, até porque para que haja uma boa relação com a
concorrência, é necessário que se estabeleça um bom preço, de modo que não hajam conflitos no
processo de venda do produto.

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Auferimos então, quanto a importância deste documento, que existe uma grande necessidade de
se estabelecer o preço para o produto, embora seja uma tarefa não tão facilitada, podendo
considerar este processo como uma tentativa de equilibrar o preço no mercado, sendo a nossa
área de atuação o sector extrativo mineiro, destacamos que há sim a necessidade de se
equilibrar/estabelecer o preço no mercado.

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IV. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PILLET, Gonzague. “Economia Ecológica – introdução à Economia do Ambiente e Recursos


Naturais”. Lisboa: Instituto Piaget, 1993.
PINDYCK, R. e RUBINFELD, D. Microeconomia.Makron Books, 2000.
RADETZKI, Marian,.Economic Development and the Timing of Mineral Explotation. In
TILTON, John (edit) Mineral Wealth and Economic Development. Washington (DC), 1992 .
pp.39 – 55
RUDAWSKY, Oded.,Mineral Economics. Amsterdam, Elsevier, 1986.
SUSLICK, Saul B., MACHADO, Iran F. e FERREIRA, Doneivan F. “Recursos Minerais e
Sustentabilidade.Campinas (SP): Komedi, 2005
VARIAN, H. Microeconomia.Editora Campus. 1994.
VOGELY, W. A., Economics of the Mineral Industries. New York, AIME, 1985
FERREIRA, G & ANDRADE, J. (2010). Elaboração e avaliação econômica de projetos de
mineração. Rio de Janeiro: CETEM.

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