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1. Contextualização ..........................................................................................................................4
1.1.Justificativa ................................................................................................................................5
Bibliografia ....................................................................................................................................24
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1. Contextualização
O crescimento populacional em Moçambique entre 2010 á 2020 teve impactos multifacetados na
economia do país.
O aumento da população levou a uma maior demanda por recursos básicos, como água,
eletricidade e moradia que a posterior isso veio a gerar uma pressão sobre as infraestruturas já
existentes, necessitando de maiores investimentos públicos.” O rápido crescimento populacional
em países em desenvolvimento, como Moçambique, tende a aumentar a demanda por recursos
básicos, aumentando os desafios de infraestruturas” (Banco Mundial, 2018).
Com uma população crescente, sobretudo jovem, houve a necessidade de expandir os serviços de
educação. Isso pode se traduzir em desafios no que diz respeito à qualidade de ensino e ao acesso
à educação. “A expansão do sistema educacional em Moçambique é imperativa para atender às
necessidades da crescente população jovem e garantir um futuro econômico estável”
(UNESCO,2020).
Um grande mercado interno, impulsionado por uma população em crescimento, pode ser benéfico
para a economia, incentivando a produção e o consumo interno. Entretanto, é crucial que haja
políticas econômicas adequadas para capitalizar esse potencial. “Uma população em crescimento
pode ser uma bênção demográfica se as políticas corretas estiverem em vigor, mas também pode
representar desafios substanciais se não forem bem geridas” (Arican Economic Outlook, 2017).
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1.1. Justificativa
O Período de 2010 a 2020 representou uma fase crucial na demografia de Moçambique, com a
população do país passando por um crescimento significativo. Esta expansão populacional pode
ter implicações multifacetadas para a economia do país, logo, é imperativo analisar o impacto
desse crescimento em diversos setores econômicos assim como sociais.
Sendo Moçambique um dos países com a população mais jovens do mundo, é necessário
compreender as implicações econômicas desse crescimento populacional para moldar ou formular
políticas públicas eficazes que abordem questões como emprego, educação e saúde para este
segmento demográfico vital.
A análise deste período específico (2010-2020) pode fornecer compreensões valiosas para
antecipar e preparar-se para as tendências futuras, garantindo que Moçambique não só responda
aos desafios atuais, mas também se antecipe aos desafios emergentes.
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1.2. Objetivos do Estudo
1.2.1. Objetivo Geral
Analisar os impactos e implicações do crescimento populacional na economia moçambicana
no período entre 2010-2020.
Para Moçambique, um país com um contexto econômico e político específico, entender os efeitos
concretos desse crescimento populacional na economia entre 2010-2020 é fundamental. Essa
compreensão permitirá que o país formule políticas eficazes e tome decisões estratégicas para o
futuro.
Tendo em conta estas constatações, o trabalho será realizado com vista a responder o problema
central.
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1.3. Hipóteses
Após identificado o problema de estudo, o trabalho será realizado com vista a testar as seguintes
hipóteses:
H0: O crescimento populacional não teve um efeito significativo no PIB de Moçambique entre
2010-2020;
Espera-se que, ao final do projeto, haja uma compreensão clara e abrangente de como o
crescimento populacional influenciou a economia moçambicana entre 2010-2020, bem como
compreensões para políticas e estratégias futuras.
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CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Introdução
O presente capítulo tem como objetivo procurar explorar os efeitos do crescimento populacional
na economia moçambicana entre 2010-2020, mergulhando nas várias publicações, estudos e
relatórios existentes para compreender as diferenças e interações entre demografia e
desenvolvimento econômico.
Outra teoria importante é a da Transição Demográfica, formulada por Warren S. Thompson, que
descreve as mudanças nas taxas de natalidade e mortalidade ao longo do desenvolvimento de uma
sociedade. Essa teoria destaca a transição de altas taxas de natalidade e mortalidade para taxas
mais baixas, resultando em um crescimento populacional controlado.
Diversos fatores têm impacto no crescimento populacional. Economistas como Simon Kuznets
("Economic Growth and Income Inequality," 1955) e demógrafos como Kingsley Davis ("The
Population of India and Pakistan," 1951) investigaram a relação entre crescimento populacional e
desenvolvimento econômico. Eles argumentam que o crescimento populacional pode ser afetado
por variáveis econômicas, como renda per capita e acesso a empregos.
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Além disso, fatores culturais, políticos e sociais desempenham um papel significativo. Juliet
RhysWilliams ("Family Limitation," 1938) discutiu a influência das normas culturais e políticas
na tomada de decisões reprodutivas das famílias.
Para Boserup o crescimento populacional pode ser um impulso para o progresso tecnológico.
Tecnologia e Inovação: Malthus não previu os avanços tecnológicos que permitiriam uma
produção de alimentos muito mais eficiente, com a Revolução Verde no século XX.
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Pobreza e Desigualdade: Muitos Argumentam que a pobreza e a fome não são resultados da
superpopulação, mas sim de sistemas econômicos e políticos que perpetuam a desigualdade.
(Sen,1981).
Recursos Naturais: Julian Simon argumentou que os recursos naturais não são finitos no sentido
malthusiano, pós a inovação humana pode criar substitutos ou melhorar a eficiência de utilização.
(Simon,1984).
Samuelson e Nordhaus introduzem o PIB como uma ferramenta para medir a saúde econômica de
uma nação. Eles examinam o PIB a preços correntes quanto constantes (ajustados pela inflação)
para analisar o verdadeiro crescimento econômico.
O PIB pode ser medido de três maneiras: pela abordagem da produção, pela abordagem da renda
e pela abordagem da despesa.
Reflete o valor da produção total menos o valor dos bens e serviços intermediários usados na
produção.
É a soma dos gastos dos diversos agentes econômicos, a abordagem da despesa é a mais
comumente referida e é expressa na equação:
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PIB = C + I + G + (X – M)
Onde:
• C é o consumo privado;
2.2.4. Migração
A migração é um fenômeno complexo e multifacetado que desempenha um papel significativo nas
dinâmicas sociais, econômicas e culturais em todo o mundo. A literatura acadêmica oferece uma
ampla gama de perspectivas e teorias para entender a migração e suas implicações.
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2.2.4.2. Fatores que Influenciam a Migração:
Migração forçada: O trabalho seminal de Glick Schiller, Basch e Blanc-Szanton (1995)
destaca a migração forçada devido a conflitos, perseguições e desastres como uma forma
importante de migração global.
Migração Climática: A migração relacionada às mudanças climáticas tem recebido
crescente atenção. Links recentes, como o trabalho de McLeman (2018), examinam como
as mudanças ambientais afetam os padrões de migração.
Embora o crescimento económico seja afetado por muitos fatores, a fim de abordar a questão
econométrica, a seguinte forma geral de modelos econométricos de regressão múltipla foi
desenhada para mostrar o efeito do crescimento populacional no crescimento económico e a
relação entre as variáveis dependentes e independentes. A seleção das variáveis foi incluída no
modelo com base no seu efeito em países em desenvolvimento como a Etiópia.
𝑌𝑡 = 𝛽0 + 𝑋1 + 𝛽2𝑋2 + 𝛽3𝑋3 … 𝛽𝑛 + 𝜀𝑡
Onde Yt representa uma variável dependente medida de cada vez t; β0 representa um termo
constante; β1, β2, β3, βn representar variáveis independentes; e ε representa o termo de erro.
O pesquisador desenvolveu uma simples função de produção de Cobb Douglass linear como uma
equação hipotética para atingir os objetivos deste estudo específico.
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A equação expressa da seguinte forma:
Onde β0, β6 são parâmetros de interesse, que devem ser estimados e o produto interno bruto real
do RGDP, população total do POP, entrada líquida de investimento estrangeiro direto do IED,
remessa pessoal PREM, taxa de crescimento da população POPGR, taxa de inflação de RI e
formação de capital bruto do GCF.
Produto Interno Bruto Real (RGDP), população total, taxa de crescimento populacional e formação
de capital bruto têm sido usados como um logaritmo natural. Quatro deles estão estacionários
depois de os mudarem para a forma de logaritmo.
A partir da descoberta do teste de destino, uma vez que o valor dos F-statics é maior do que a linha
de fronteira superior, há relações de equilíbrio a longo prazo entre o RGDP, tamanho da população,
investimento estrangeiro direto, remessa pessoal, taxa de crescimento da população, taxa de
inflação e formação de capital bruto. De acordo com as conclusões do teste de causalidade do
Granger, o produto interno bruto real pode causar o tamanho da população etíope, mas o número
da população não pode causar um produto interno bruto real ao mesmo tempo.
A motivação para fazer esta pesquisa foi saber o sinal e os efeitos do crescimento da população no
crescimento económico. Finalmente, a fim de impulsionar o crescimento económico da Etiópia, o
governo deve implementar políticas que atraiam investidores estrangeiros. O governo também
deve estabelecer uma referência para garantir que a economia aumente mais rapidamente do que
a população.
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O uso de análises de séries temporais para analisar uma relação a longo prazo entre o aumento da
população e o desenvolvimento económico não garante que todas as questões metodológicas
possam ser tratadas, como demonstraram os achados empíricos dos trabalhos de pesquisa
disponíveis sobre o tema. Para ser de outra forma, muitos estudiosos examinaram os movimentos
do crescimento populacional e dos níveis de rendimento usando o clássico teste de cointegração o
teste de cointegração Johansen. O problema é que enquanto o teste de cointegração Johansen requer
que todas as variáveis subjacentes sejam integradas para encomendar um, certas variáveis podem
não ser. Para análise de cointegração para resolver este problema metodológico (1999, 2001). O
uso da estratégia de testes para investigar a complexa relação entre o aumento da população e o
desenvolvimento económico é um avanço metodológico significativo. O objetivo deste trabalho é
aumentar o debate em curso entre as duas escolas de pensamento económico sobre o impacto do
crescimento da população no desenvolvimento económico, usando a Tailândia como estudo de
caso.
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redução do capital humano agregado, determina um declínio inequívoco do nível per capita. Por
outro lado, se as capitais físicas e humanas forem complementares umas para as outras, o aumento
do tamanho da população determina o efeito final no nível per capita de habilidades.
O Método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) é uma técnica estatística amplamente
utilizada em econometria para estimar os parâmetros de um modelo linear. Este método
proporciona estimativas não enviesadas, eficientes e consistentes dos parâmetros, sob certos
pressupostos. No contexto deste estudo, o MQO será empregado para analisar a relação entre o
crescimento populacional e diversas variáveis econômicas, permitindo uma interpretação clara e
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quantitativa dos efeitos. Serão discutidas as variáveis selecionadas. A especificação do modelo
econométrico, as fontes de dados e os possíveis desafios e soluções metodológicas.
Este é um estudo de natureza quantitativa. Para atingir os objetivos pretendidos do estudo, serão
feitos vários testes econométricos como testes de Estacionaridade, Cointegração, Mecanismo de
Correção de Erro e para a validação do modelo serão feitos testes de Normalidade de JaqueBerra,
Heterocedasticidade de White, Ánalise visual e Teste de Dickey Fuller Aumentado,
Autocorrelação de Durbin Watson e o teste de Causalidade de Granger, com recurso ao software
Eviews 12.
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3.5. Teste de Estacionaridade
Para Gujarati (2006), o trabalho empírico baseado em séries temporais pressupõe que as séries
temporais subjacentes sejam estacionárias, ou seja, tenham raízes unitárias. Visto que séries
temporais não estacionárias não permitem que se estude o seu comportamento a longo prazo o que
faz com elas tenham pouco valor no âmbito das previsões. Este teste é feito de modo a encontrar
o nível de integração das variáveis. Para a verificação da estacionaridade foram feitos os seguintes
testes: análise visual e teste de raiz unitária.
Este teste serve para verificar se as variáveis do modelo são cointegradas ou não. Do ponto de vista
económico diz-se que duas ou mais variáveis são cointegradas se tiverem entre elas uma relação
de longo prazo ou de equilíbrio. Para verificar o pressuposto de cointegração é necessário que as
variáveis tenham a mesma ordem de integração e os resíduos estejam em uma ordem anterior.
Para (Gujarati, 2006) quando duas variáveis Y e X são cointegradas, a relação entre elas pode ser
expressa como um mecanismo de correção de Erro. Para verificar se há equilíbrio no curto prazo
basta que o valor da estatística t seja maior que 2, o valor da probabilidade seja menor que 5% e o
valor do termo de erro seja negativo.
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3.6.2. Teste de Normalidade
Segundo Gujarati (2006), o teste de normalidade de JB é um teste assintótico ou de amostra grande.
O teste de normalidade usou-se para verificar se os resíduos encontram-se normalmente
distribuídos e a possibilidade de rejeitar a hipótese alternativa de que os resíduos não estão
normalmente distribuídos a um nível de significância de 5%. O teste de JB de normalidade é um
teste no qual, espera-se que o valor da estatística JB seja menor que 5 ou que a probabilidade seja
maior que 5%. É um teste feito sujeito a hipótese nula de que os resíduos estão normalmente
distribuídos e a hipótese alternativa de que os resíduos não seguem distribuição normal.
Se o valor p calculado para a estatística JB em uma aplicação for demasiado pequeno, o que
acontece se o valor for estatisticamente muito diferente de 0, podemos rejeitar a hipótese nula de
que a distribuição dos resíduos é normal e concluir pela não normalidade dos resíduos (Gujarati,
2006). Tendo as seguintes hipóteses:
Como forma de detetar se a variância é constante ou não, usa-se o método gráfico e o teste de
White no programa estatístico Eviews 12. Segundo a regra de decisão, rejeita-se a hipótese nula
de que a variância seja constante se a probabilidade do F estatístico for menor que o nível de
significância de 5%, concluindo assim que a suposição da homoscedasticidade não foi satisfeita.
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3.6.4. Teste de Autocorrelação
Para Maia (2017), autocorrelação significa a associação entre os valores de uma mesma variável,
por exemplo. É comum quando os valores podem ser ordenados no tempo (com dados de series
temporais) ou no espaço (com dados espaciais).
Se o valor de Durbin-Watson calculado, for menor que o valor de Durbin-Watson crítico 𝑑𝑙 rejeita-
se a hipótese nula de ausência de autocorrelação e se aceita a hipótese alternativa de existência de
autocorrelação.
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• Taxa de migração;
• Taxa de desemprego.
Estes modelos são recomendados pois, medem a elasticidade da variável dependente em relação
às variáveis independentes, ou seja, a variação percentual da variável dependente dada a variação
percentual na variável independente.
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Onde:
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Cronograma e Orçamento
Pesquisa
do
tema
Pesquisa
da
Bibliográfia
Coleta de
Dados
Apresentação
e Discução de
Dados
Elaboração do
trabalho
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Bibliografia
ALI, S., ALAM JAHANGIR, K., ISLAM, S., & HOSSAIN, M. (2015). AN EMPIRICAL ANALYSIS OF
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MANKIW, N. G. (2018). PRINCÍPIOS DE ECONOMIA. CENGAGE LEARNING.
TARTIYUS, H., DAUDA, I., & PETER. A. (2015). IMPACTO F POPULATION GROWTH ON ECONOMIC
GROWTH IN NIGERIA.
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