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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Economia e Gestão

Licenciatura em Economia e Gestão

Efeitos do crescimento populacional na economia moçambicana (2010-2020)

Bruce Carlos Chombe

Beira, Novembro 2023


Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO .......................................................................................................4

1. Contextualização ..........................................................................................................................4

1.1.Justificativa ................................................................................................................................5

1.2. Objetivos do Estudo ..................................................................................................................6

1.2.1. Objetivo Geral ........................................................................................................................6

1.2.2. Objetivos específicos .............................................................................................................6

1.2.3. Definição de Problema ...........................................................................................................6

1.3. Hipóteses ...................................................................................................................................7

1.4. Delimitação do Estudo ..............................................................................................................7

1.5. Limitações do Estudo ................................................................................................................7

1.6. Resultados Esperados ................................................................................................................7

CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA ..............................................................................8

2.1. Introdução ............................................................................................................................. 8

2.2. Revisão da Literatura Teórica ...................................................................................................8

2.2.1. Conceito de Crescimento Populacional .................................................................................8

2.2.1.1. Teorias do Crescimento Populacional:................................................................................8

2.2.2. Teoria Malthusiana.................................................................................................................9

2.2.2.1. Crícticas ao Modelo de Malthus .........................................................................................9

2.2.3. Produto Interno Bruto ..........................................................................................................10

2.2.4. Migração ..............................................................................................................................11

2.2.4.1. Teorias de Migração ..........................................................................................................11

2.2.4.2. Fatores que Influenciam a Migração: ................................................................................12

2.3. Revisão da Literatura Empírica ...............................................................................................12

2.3.1. Efeitos do crescimento da população no crescimento económico na Etiópia usando uma


abordagem de modelo de Log Distributiva Autorregressiva (ARDL) ...........................................12
2.3.2. Impacto do crescimento populacional no crescimento económico na Nigéria ....................13

2.3.3. Uma análise empírica do crescimento da população no desenvolvimento económico: o


estudo de caso do Bangladesh ........................................................................................................14

2.3.4. O crescimento da população num modelo de crescimento económico com acumulação de


capital humano ...............................................................................................................................14

2.4. Revisão da Literatura Focalizada 2.4.1.O impacto da dinâmica demográfica no


desenvolvimento económico, pobreza e desigualdade em Moçambique ......................................15

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA ....................................................................15

3.1. Introdução ........................................................................................................................... 15

3.2. Desenho da Pesquisa ...............................................................................................................16

3.3. Coleta de Dados ......................................................................................................................16

3.4. Critério de Seleção de Desfasagem .........................................................................................16

3.5. Teste de Estacionaridade .........................................................................................................17

3.5.1. Teste de análise visual ..........................................................................................................17

3.5.2. Teste de Dickey-Fuller Aumentado (ADF)..........................................................................17

3.5.3. Teste de Cointegração ..........................................................................................................17

3.5.4. Mecanismo de Correção de Erro (MCE) .............................................................................18

3.6. Regras de validação do modelo...............................................................................................18

3.6.1. Teste de Multicolineariedade ...............................................................................................18

3.6.2. Teste de Normalidade ..........................................................................................................19

3.6.3. Teste de Heterocedasticidade ...............................................................................................19

3.6.4. Teste de Autocorrelação .......................................................................................................20

3.7. Descrição das Variáveis ..........................................................................................................20

3.7.1. Variável Dependente ............................................................................................................20

3.7.2. Variáveis Independentes ......................................................................................................20

3.8. Especificação do Modelo ........................................................................................................21


3.8.1. Especificação do Modelo Matemático .................................................................................21

3.8.2. Especificação do Modelo Econométrico ..............................................................................21

Cronograma e Orçamento ..............................................................................................................23

Bibliografia ....................................................................................................................................24
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1. Contextualização
O crescimento populacional em Moçambique entre 2010 á 2020 teve impactos multifacetados na
economia do país.

O aumento da população levou a uma maior demanda por recursos básicos, como água,
eletricidade e moradia que a posterior isso veio a gerar uma pressão sobre as infraestruturas já
existentes, necessitando de maiores investimentos públicos.” O rápido crescimento populacional
em países em desenvolvimento, como Moçambique, tende a aumentar a demanda por recursos
básicos, aumentando os desafios de infraestruturas” (Banco Mundial, 2018).

Um crescimento populacional significativo pode levar a um aumento na força de trabalho. No


entanto, se o crescimento econômico não acompanha esse crescimento demográfico, pode resultar
em taxas mais altas de desemprego e subemprego. “A Juventude de Moçambique, que representa
uma proporção significativa da população, enfrenta desafios substanciais em termos de emprego e
oportunidades econômicas” (UNDP,2019).

Com uma população crescente, sobretudo jovem, houve a necessidade de expandir os serviços de
educação. Isso pode se traduzir em desafios no que diz respeito à qualidade de ensino e ao acesso
à educação. “A expansão do sistema educacional em Moçambique é imperativa para atender às
necessidades da crescente população jovem e garantir um futuro econômico estável”
(UNESCO,2020).

Um grande mercado interno, impulsionado por uma população em crescimento, pode ser benéfico
para a economia, incentivando a produção e o consumo interno. Entretanto, é crucial que haja
políticas econômicas adequadas para capitalizar esse potencial. “Uma população em crescimento
pode ser uma bênção demográfica se as políticas corretas estiverem em vigor, mas também pode
representar desafios substanciais se não forem bem geridas” (Arican Economic Outlook, 2017).

O crescimento populacional também levanta preocupações sobre a sustentabilidade dos recursos


naturais e o impacto ambiental. “As pressões crescentes sobre os recursos naturais devido ao
aumento da população podem levar a desafios ambientais e de sustentabilidade em países em
desenvolvimento” (FAO,2021).

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1.1. Justificativa
O Período de 2010 a 2020 representou uma fase crucial na demografia de Moçambique, com a
população do país passando por um crescimento significativo. Esta expansão populacional pode
ter implicações multifacetadas para a economia do país, logo, é imperativo analisar o impacto
desse crescimento em diversos setores econômicos assim como sociais.

Sendo Moçambique um dos países com a população mais jovens do mundo, é necessário
compreender as implicações econômicas desse crescimento populacional para moldar ou formular
políticas públicas eficazes que abordem questões como emprego, educação e saúde para este
segmento demográfico vital.

A análise das consequências do crescimento populacional é fundamental para o desenvolvimento


de estratégias de planeamentos econômico. E essas estratégias podem ajudar a maximizar os
benefícios e a abordar os desafios associados a uma população crescente, garantindo um
crescimento econômico sustentável.

Com o aumento da população, surgem demandas crescentes por infraestruturas adequadas,


incluindo habitação, transportes, serviços de saúde e educação. Uma avaliação detalhada dos
efeitos do crescimento populacional pode orientar os investimentos em infraestrutura.

Sendo Moçambique um país rico em recursos naturais, entender o impacto do crescimento


populacional na exploração e sustentabilidade desses recursos é crucial para a gestão ambiental e
conservação a longo prazo.

Moçambique, como muitos países em desenvolvimento, depende significativamente de ajuda


externa e investimentos. Compreender os desafios e oportunidades criados pelo crescimento
populacional pode ajudar a moldar parcerias internacionais e a atrair investimentos estratégicos.

A análise deste período específico (2010-2020) pode fornecer compreensões valiosas para
antecipar e preparar-se para as tendências futuras, garantindo que Moçambique não só responda
aos desafios atuais, mas também se antecipe aos desafios emergentes.

Em suma, um estudo detalhado sobre os efeitos do crescimento populacional na economia


moçambicana entre 2010 a 2020 é de suma importância para informar as políticas públicas,
direcionar investimentos e garantir um desenvolvimento equitativo e sustentável para o país.

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1.2. Objetivos do Estudo
1.2.1. Objetivo Geral
 Analisar os impactos e implicações do crescimento populacional na economia moçambicana
no período entre 2010-2020.

1.2.2. Objetivos específicos


 Estudar a migração interna;
 Avaliar a relação entre crescimento populacional e produtividade económica; 
Avaliar o impacto do crescimento populacional no desemprego.

1.2.3. Definição de Problema


Desde 2010, Moçambique tem testemunhado uma taxa significativa de crescimento populacional.
Enquanto um aumento na população pode ser visto como uma “bênção demográfica” ao criar um
mercado interno maior e uma força de trabalho mais jovem, também pode trazer consigo diversos
desafios, principalmente se não for adequadamente gerenciada ou se o crescimento econômico não
for sincronizado com o crescimento demográfico.

Para Moçambique, um país com um contexto econômico e político específico, entender os efeitos
concretos desse crescimento populacional na economia entre 2010-2020 é fundamental. Essa
compreensão permitirá que o país formule políticas eficazes e tome decisões estratégicas para o
futuro.

O problema central, no entanto, é:

“Quais foram os efeitos tangíveis do crescimento populacional na economia moçambicana entre


2010-2020?”

Tendo em conta estas constatações, o trabalho será realizado com vista a responder o problema
central.

6
1.3. Hipóteses
Após identificado o problema de estudo, o trabalho será realizado com vista a testar as seguintes
hipóteses:

H0: O crescimento populacional não teve um efeito significativo no PIB de Moçambique entre
2010-2020;

H1: O crescimento populacional teve um efeito significativo no PIB de Moçambique entre


20102020.

1.4. Delimitação do Estudo


O estudo se concentra exclusivamente em Moçambique, delimitando-se às tendências de
crescimento populacional, produtividade económica, migração interna e desemprego dentro das
fronteiras do país. O período de análise abrangerá os anos de 2010-2020, com dados disponíveis e
relevantes durante esse período. O estudo se concentrará nas variáveis de crescimento
populacional, produtividade económica, migração interna e desemprego, como mencionado nos
objetivos específicos. Os dados serão coletados a partir de fontes oficiais, como o Instituto
Nacional de Estatística de Moçambique, organizações governamentais e internacionais, bem como
estudos académicos publicados relacionados às variáveis de interesse. Será utilizado um modelo
econométrico, para avaliar a relação entre as variáveis e cumprir os objetivos do estudo.

1.5. Limitações do Estudo

1.6. Resultados Esperados


Com base nas descobertas, a formulação de recomendações para abordar os desafios e aproveitar
as oportunidades associadas ao crescimento populacional em Moçambique.

Espera-se que, ao final do projeto, haja uma compreensão clara e abrangente de como o
crescimento populacional influenciou a economia moçambicana entre 2010-2020, bem como
compreensões para políticas e estratégias futuras.

7
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Introdução
O presente capítulo tem como objetivo procurar explorar os efeitos do crescimento populacional
na economia moçambicana entre 2010-2020, mergulhando nas várias publicações, estudos e
relatórios existentes para compreender as diferenças e interações entre demografia e
desenvolvimento econômico.

2.2. Revisão da Literatura Teórica


2.2.1. Conceito de Crescimento Populacional
O crescimento populacional é um fenômeno crucial na demografia, que se refere ao aumento do
número de indivíduos em uma determinada área geográfica durante um período de tempo. Este
conceito é fundamental para a compreensão das dinâmicas sociais e econômicas das sociedades.
Várias teorias e fatores influenciam o crescimento populacional, e a literatura teórica oferece
insights valiosos para entender esse processo.

2.2.1.1. Teorias do Crescimento Populacional:


Uma teoria central é o Malthusianismo, proposto por Thomas Malthus em "An Essay on the
Principle of Population" (1798). Malthus argumentou que o crescimento populacional tende a ser
exponencial, enquanto a produção de alimentos cresce linearmente, levando a crises de
superpopulação.

Outra teoria importante é a da Transição Demográfica, formulada por Warren S. Thompson, que
descreve as mudanças nas taxas de natalidade e mortalidade ao longo do desenvolvimento de uma
sociedade. Essa teoria destaca a transição de altas taxas de natalidade e mortalidade para taxas
mais baixas, resultando em um crescimento populacional controlado.

Fatores que Influenciam o Crescimento Populacional:

Diversos fatores têm impacto no crescimento populacional. Economistas como Simon Kuznets
("Economic Growth and Income Inequality," 1955) e demógrafos como Kingsley Davis ("The
Population of India and Pakistan," 1951) investigaram a relação entre crescimento populacional e
desenvolvimento econômico. Eles argumentam que o crescimento populacional pode ser afetado
por variáveis econômicas, como renda per capita e acesso a empregos.

8
Além disso, fatores culturais, políticos e sociais desempenham um papel significativo. Juliet
RhysWilliams ("Family Limitation," 1938) discutiu a influência das normas culturais e políticas
na tomada de decisões reprodutivas das famílias.

2.2.2. Teoria Malthusiana


Malthus argumentava que, enquanto a população cresce em progressão geométrica, os meios de
subsistência, como a produção de alimentos, crescem apenas em progressão aritmética. Devido a
essa discrepância, ele previu que a população inevitavelmente ultrapassaria a capacidade de
produção de alimentos, levando a períodos de fome, doenças e outros desastres naturais, que
atuariam como mecanismos de controle populacional.

“A população, quando não controlada, aumenta em proporção geométrica. Os subsídios


aumentam apenas em proporção aritmética”(Malthus, 1789).

2.2.2.1. Crícticas ao Modelo de Malthus


Em contraste com Malthus, Boserup argumentou que o aumento da população pode levar a
inovações tecnológicas e agrícolas, o que, por sua vez, pode aumentar a produção de alimentos e
sustentar uma população maior.

Para Boserup o crescimento populacional pode ser um impulso para o progresso tecnológico.

Tecnologia e Inovação: Malthus não previu os avanços tecnológicos que permitiriam uma
produção de alimentos muito mais eficiente, com a Revolução Verde no século XX.

“A necessidade é a mãe da invenção”(Boserup, 1981).

Adaptabilidade Humana: A capacidade dos seres humanos se adaptar e mudar seu


comportamento em resposta aos desafios foi subestimada por Malthus. As pessoas não só
melhoraram a agricultura, como também desenvolveram sistemas de controle de natalidade.
(Simon, 1981).

9
Pobreza e Desigualdade: Muitos Argumentam que a pobreza e a fome não são resultados da
superpopulação, mas sim de sistemas econômicos e políticos que perpetuam a desigualdade.
(Sen,1981).

Estatística e Crescimento populacional: O crescimento populacional não seguiu a trajetória


exponencial prevista por Malthus em todos os lugares ou em todos os momentos. Em muitas
nações desenvolvidas, as taxas de natalidade diminuíram substancialmente. (Livi-Bacci,2001).

Recursos Naturais: Julian Simon argumentou que os recursos naturais não são finitos no sentido
malthusiano, pós a inovação humana pode criar substitutos ou melhorar a eficiência de utilização.
(Simon,1984).

2.2.3. Produto Interno Bruto


Para Mankiw, o PIB é a medida do rendimento total e do gasto total da economia. Ele destaca que
o PIB pode ser visto tanto como o total de produção quanto como o total de renda, já que cada
dólar gasto por um comprador se torna renda para um vendedor.

Samuelson e Nordhaus introduzem o PIB como uma ferramenta para medir a saúde econômica de
uma nação. Eles examinam o PIB a preços correntes quanto constantes (ajustados pela inflação)
para analisar o verdadeiro crescimento econômico.

O PIB pode ser medido de três maneiras: pela abordagem da produção, pela abordagem da renda
e pela abordagem da despesa.

 PIB na ótica da Produção:

Reflete o valor da produção total menos o valor dos bens e serviços intermediários usados na
produção.

 PIB na ótica da Despesa:

É a soma dos gastos dos diversos agentes econômicos, a abordagem da despesa é a mais
comumente referida e é expressa na equação:

10
PIB = C + I + G + (X – M)

Onde:

• C é o consumo privado;

• I é o investimento total realizado na economia;

• G é o gasto total do governo;

• X é a exportação total de bens e serviços;

• M é a importação total de bens e serviços.

 PIB na ótica da Renda:

Soma as rendas geradas na produção, incluindo salários, aluguéis, juros e lucros.

2.2.4. Migração
A migração é um fenômeno complexo e multifacetado que desempenha um papel significativo nas
dinâmicas sociais, econômicas e culturais em todo o mundo. A literatura acadêmica oferece uma
ampla gama de perspectivas e teorias para entender a migração e suas implicações.

2.2.4.1. Teorias de Migração


 Teoria Neoclássica: A teoria neoclássica, proposta por Ravenstein (1885) e posteriormente
desenvolvida, enfatiza a busca por melhores oportunidades econômicas como o principal
motivo para a migração. Segundo Ravenstein, as pessoas migram para maximizar
benefícios e minimizar custos.
 Teoria do Capital Humano: Gary Becker (1960) expandiu a compreensão da migração
ao introduzir o conceito de capital humano. Ele argumentou que a decisão de migrar é
influenciada pela busca por maiores retornos ao investimento em educação e habilidades.

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2.2.4.2. Fatores que Influenciam a Migração:
 Migração forçada: O trabalho seminal de Glick Schiller, Basch e Blanc-Szanton (1995)
destaca a migração forçada devido a conflitos, perseguições e desastres como uma forma
importante de migração global.
 Migração Climática: A migração relacionada às mudanças climáticas tem recebido
crescente atenção. Links recentes, como o trabalho de McLeman (2018), examinam como
as mudanças ambientais afetam os padrões de migração.

2.3. Revisão da Literatura Empírica

2.3.1. Efeitos do crescimento da população no crescimento económico na Etiópia usando


uma abordagem de modelo de Log Distributiva Autorregressiva (ARDL)
(Lemayehu Temesgen Befikadu & Berhanu Alemu Tafa, 2022), realizaram um estudo com o
objetivo de desenvolver uma investigação empírica dos efeitos do crescimento populacional no
crescimento económico na Etiópia no período de 1980 a 2020 usando uma abordagem de modelos
de Log Distributiva Autorregressiva (ARDL). O coeficiente de avaliação do crescimento
populacional (POP) e a implicação é positiva e significativa, de acordo com os achados deste
estudo. No entanto, em resposta à associação a longo prazo entre a expansão da população e o
crescimento económico na Etiópia, as variáveis macroeconómicas foram submetidas a um teste de
limite e um teste de causalidade mais amplo.

Embora o crescimento económico seja afetado por muitos fatores, a fim de abordar a questão
econométrica, a seguinte forma geral de modelos econométricos de regressão múltipla foi
desenhada para mostrar o efeito do crescimento populacional no crescimento económico e a
relação entre as variáveis dependentes e independentes. A seleção das variáveis foi incluída no
modelo com base no seu efeito em países em desenvolvimento como a Etiópia.

𝑌𝑡 = 𝛽0 + 𝑋1 + 𝛽2𝑋2 + 𝛽3𝑋3 … 𝛽𝑛 + 𝜀𝑡

Onde Yt representa uma variável dependente medida de cada vez t; β0 representa um termo
constante; β1, β2, β3, βn representar variáveis independentes; e ε representa o termo de erro.

O pesquisador desenvolveu uma simples função de produção de Cobb Douglass linear como uma
equação hipotética para atingir os objetivos deste estudo específico.

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A equação expressa da seguinte forma:

RGDP = f (POP, FDI, PREM, POPGR, RI, GCF)

𝑰𝒏𝑹𝑮𝑫𝑷𝒕 = 𝜷𝟎 + 𝜷𝟏𝑰𝒏𝑷𝑶𝑷 + 𝜷𝟐𝑭𝑫𝑰 + 𝜷𝟑𝑷𝑹𝑬𝑴 + 𝜷𝟒𝑰𝒏𝑷𝑶𝑷𝑮𝑹 + 𝜷𝟓𝑹𝑰 + 𝜷𝟔𝑰𝒏𝑮𝑪𝑭 + 𝜺𝒕

Onde β0, β6 são parâmetros de interesse, que devem ser estimados e o produto interno bruto real
do RGDP, população total do POP, entrada líquida de investimento estrangeiro direto do IED,
remessa pessoal PREM, taxa de crescimento da população POPGR, taxa de inflação de RI e
formação de capital bruto do GCF.

Produto Interno Bruto Real (RGDP), população total, taxa de crescimento populacional e formação
de capital bruto têm sido usados como um logaritmo natural. Quatro deles estão estacionários
depois de os mudarem para a forma de logaritmo.

A partir da descoberta do teste de destino, uma vez que o valor dos F-statics é maior do que a linha
de fronteira superior, há relações de equilíbrio a longo prazo entre o RGDP, tamanho da população,
investimento estrangeiro direto, remessa pessoal, taxa de crescimento da população, taxa de
inflação e formação de capital bruto. De acordo com as conclusões do teste de causalidade do
Granger, o produto interno bruto real pode causar o tamanho da população etíope, mas o número
da população não pode causar um produto interno bruto real ao mesmo tempo.

A motivação para fazer esta pesquisa foi saber o sinal e os efeitos do crescimento da população no
crescimento económico. Finalmente, a fim de impulsionar o crescimento económico da Etiópia, o
governo deve implementar políticas que atraiam investidores estrangeiros. O governo também
deve estabelecer uma referência para garantir que a economia aumente mais rapidamente do que
a população.

2.3.2. Impacto do crescimento populacional no crescimento económico na Nigéria


(Tartiyus & Peter, 2015) realizaram um estudo um estudo sobre o impacto do crescimento da
população no crescimento económico na Nigéria de 1980 a 2010 usando o modelo de correção de
erros. O resultado do teste de cointegração mostra a existência de uma relação de equilíbrio a longo
prazo entre a população, o crescimento económico e outras variáveis. Os coeficientes de
população, fertilidade e exportação têm relações positivas com o crescimento do PIB.

13
O uso de análises de séries temporais para analisar uma relação a longo prazo entre o aumento da
população e o desenvolvimento económico não garante que todas as questões metodológicas
possam ser tratadas, como demonstraram os achados empíricos dos trabalhos de pesquisa
disponíveis sobre o tema. Para ser de outra forma, muitos estudiosos examinaram os movimentos
do crescimento populacional e dos níveis de rendimento usando o clássico teste de cointegração o
teste de cointegração Johansen. O problema é que enquanto o teste de cointegração Johansen requer
que todas as variáveis subjacentes sejam integradas para encomendar um, certas variáveis podem
não ser. Para análise de cointegração para resolver este problema metodológico (1999, 2001). O
uso da estratégia de testes para investigar a complexa relação entre o aumento da população e o
desenvolvimento económico é um avanço metodológico significativo. O objetivo deste trabalho é
aumentar o debate em curso entre as duas escolas de pensamento económico sobre o impacto do
crescimento da população no desenvolvimento económico, usando a Tailândia como estudo de
caso.

2.3.3. Uma análise empírica do crescimento da população no desenvolvimento económico: o


estudo de caso do Bangladesh
( Shahjahan Ali, Khandaker Jahangir Alam, Islão Shafiul & Hossain Morshed, 2015) analisaram a
relação empírica entre o crescimento populacional e o desenvolvimento económico do
Bangladesh. Os pesquisadores foram detetados correlação em série usando as estatísticas de
Durbin Watson d. A partir do resultado, o coeficiente de crescimento da população é negativo e
significativamente diferente de zero, o que significa que o crescimento da população afeta
negativamente o crescimento económico desenvolvido. Estes resultados demonstram que o rápido
crescimento populacional é um problema real em Bangladesh.

2.3.4. O crescimento da população num modelo de crescimento económico com acumulação


de capital humano
(Bucci,2008) investigou se há uma relação a longo prazo entre a população (tamanho e
crescimento) e a renda per capita com foco no capital humano e físico como inputs reprodutíveis.
O estudo descobriu que o crescimento populacional exerce um efeito negativo no crescimento
económico. O estudo também estende a análise de edições ao caso em que o capital físico e humano
pode interagir entre si na produção de um novo capital humano. Se as capitais físicas e humanas
forem substitutas umas para as outras, o aumento do tamanho da população, juntamente com a

14
redução do capital humano agregado, determina um declínio inequívoco do nível per capita. Por
outro lado, se as capitais físicas e humanas forem complementares umas para as outras, o aumento
do tamanho da população determina o efeito final no nível per capita de habilidades.

2.4. Revisão da Literatura Focalizada 2.4.1.O impacto da dinâmica demográfica no


desenvolvimento económico, pobreza e desigualdade em Moçambique
(Stephan Klasen & Silke Wolterman, 2005) neste artigo, analisaram se a atual dinâmica
demográfica em Moçambique é suscetível de reduzir o crescimento per capita e a redução da
pobreza. Os resultados sugerem que a população dinâmica não parece ser um grande
impulsionador das mudanças no crescimento dos rendimentos per capita, pobreza ou desigualdade.
No nível macro, isso pode ser visto nos efeitos compensatórios do crescimento populacional, por
um lado, e o potencial para colher os benefícios de uma dádiva demográfica e maior densidade
populacional, por outro. Ao nível micro, verificou-se que o tamanho do agregado familiar não
mudou drasticamente e o impacto negativo existente do tamanho do agregado familiar na pobreza
e a desigualdade parece ter diminuído nos últimos anos, especialmente nas zonas rurais. Por isso
a dinâmica demográfica ajudou a apoiar o aumento dos rendimentos per capita e a redução da
pobreza em vez de impedi-lo.

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA


3.1. Introdução
A análise dos efeitos do crescimento populacional na economia é um tema amplamente estudado
na literatura econômica. No contexto de Moçambique, entender estas relações é crucial dada a sua
dinâmica demográfica e os desafios e oportunidades que isso apresenta para o desenvolvimento
econômico. O crescimento populacional pode afetar a economia de diversas maneiras,
influenciando o mercado de trabalho, a demanda por serviços públicos, as taxas de investimento,
entre outros fatores.

O Método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) é uma técnica estatística amplamente
utilizada em econometria para estimar os parâmetros de um modelo linear. Este método
proporciona estimativas não enviesadas, eficientes e consistentes dos parâmetros, sob certos
pressupostos. No contexto deste estudo, o MQO será empregado para analisar a relação entre o
crescimento populacional e diversas variáveis econômicas, permitindo uma interpretação clara e

15
quantitativa dos efeitos. Serão discutidas as variáveis selecionadas. A especificação do modelo
econométrico, as fontes de dados e os possíveis desafios e soluções metodológicas.

3.2. Desenho da Pesquisa


O desenho da pesquisa apresenta todos os procedimentos para poder se alcançar os objetivos e
hipótese do estudo. O objetivo geral é analisar os impactos e implicações do crescimento
populacional na economia moçambicana entre 2010-2020, buscando compreender as relações
entre demografia e desenvolvimento econômico, a fim de propor recomendações para políticas
públicas que maximizem os desafios associados a esse crescimento.

Este é um estudo de natureza quantitativa. Para atingir os objetivos pretendidos do estudo, serão
feitos vários testes econométricos como testes de Estacionaridade, Cointegração, Mecanismo de
Correção de Erro e para a validação do modelo serão feitos testes de Normalidade de JaqueBerra,
Heterocedasticidade de White, Ánalise visual e Teste de Dickey Fuller Aumentado,
Autocorrelação de Durbin Watson e o teste de Causalidade de Granger, com recurso ao software
Eviews 12.

3.3. Coleta de Dados


A coleta de dados é um processo que visa reunir os dados para o uso secundário por meio de
técnicas específicas de pesquisa. Para a recolha dos dados secundários o autor usou pesquisas
bibliográficas, recolha de informação por meio de revisão de documentação existente no INE,
Country Economy, BM e outras instituições que lidam com o crescimento econômico. Os dados
das variáveis inclusas na pesquisa serão coletadas dos relatórios e da base de dados do BM, INE e
Country Economy.
3.4. Critério de Seleção de Desfasagem
Para que se faça o teste de raiz unitária de ADF, é necessário estimar o número de desfasagens das
variáveis do modelo, isto é, o período de tempo que uma variável leva a responder ao efeito ou
alteração da outra variável. A escolha do número ótimo de desfasagens é selecionada com base em
alguns critérios que são: Critério de Informação de Akaike (CIA); Critério de Informação de
Schwarz (CSC); Critério de Informação de Hannan Quinn (CIHQ) e Erro de Predição final (EPF).
A tabela com o número óptimo de desfasagens será calculado no programa estatístico Eviews 12.

16
3.5. Teste de Estacionaridade
Para Gujarati (2006), o trabalho empírico baseado em séries temporais pressupõe que as séries
temporais subjacentes sejam estacionárias, ou seja, tenham raízes unitárias. Visto que séries
temporais não estacionárias não permitem que se estude o seu comportamento a longo prazo o que
faz com elas tenham pouco valor no âmbito das previsões. Este teste é feito de modo a encontrar
o nível de integração das variáveis. Para a verificação da estacionaridade foram feitos os seguintes
testes: análise visual e teste de raiz unitária.

3.5.1. Teste de análise visual


É a representação gráfica dos dados das séries temporais que estão em análise, estes dão um encalço
inicial sobre a natureza provável da série temporal, no que concerne a sua estacionaridade. Se os
gráficos das séries temporais em análise, apresentarem uma tendência crescente ou decrescente,
sugerem que a média e as variâncias das series temporais tenham alterado, ou seja, não são
constantes. O que indicará que as séries temporais sejam não estacionárias no seu nível. Essa
perceção intuitiva é o ponto de partida de testes de estacionaridade mais formais (Gujarati, 2006).

3.5.2. Teste de Dickey-Fuller Aumentado (ADF)


Analisa se a variável em estudo tem raiz unitária ou não, e caso tenha, é muito provável que se tire
a primeira diferencial antes de incluir na análise. Neste teste considera-se como hipótese nula que
a série temporal contém raiz unitária e como hipótese alternativa que a serie não contem raiz
unitária. A regra de decisão neste teste consiste em comparar o valor do coeficiente do teste de
ADF calculado e o valor do ADF crítico a um nível de significância de 5%, onde rejeita-se a
hipótese nula quando o valor do ADF calculado for menor que o valor do ADF crítico e conclui –
se que a série não tem raiz unitária. Outro aspeto importante para que se aplique o teste de raiz
unitária de ADF para a estacionaridade é levar em conta o critério de “lag length critéria” isto é,
quando houver uma mudança numa das variáveis independentes, o seu resultado não afetará de
imediato a variável explicada, pois este processo irá levar algum tempo.

3.5.3. Teste de Cointegração


O teste de Cointegração é aplicado para evitar situações de regressão espúria. Considera-se
regressão espúria como sendo uma relação estatística existente entre duas variáveis, mas onde não
existe nenhuma relação causa-efeito entre elas. Essa relação estatística pode ocorrer por pura
coincidência ou por causa de uma terceira variável, que acontece quando se faz uma regressão
17
entre séries temporais não estacionárias e, como consequência observamos uma significância
estatística que, na verdade, não existe. Um dos indicativos que a regressão seja espúria é quando
o valor do 2 for maior em relação ao valor do Durbin Watson (Gujarati, 2006).

Este teste serve para verificar se as variáveis do modelo são cointegradas ou não. Do ponto de vista
económico diz-se que duas ou mais variáveis são cointegradas se tiverem entre elas uma relação
de longo prazo ou de equilíbrio. Para verificar o pressuposto de cointegração é necessário que as
variáveis tenham a mesma ordem de integração e os resíduos estejam em uma ordem anterior.

3.5.4. Mecanismo de Correção de Erro (MCE)


Como mencionado previamente, diz-se que duas ou mais séries temporais são cointegradas,
quando estas expressam uma relação de longo prazo, ou de equilíbrio entre elas. Porém, é possível
que no curto prazo haja um desequilíbrio.

Para (Gujarati, 2006) quando duas variáveis Y e X são cointegradas, a relação entre elas pode ser
expressa como um mecanismo de correção de Erro. Para verificar se há equilíbrio no curto prazo
basta que o valor da estatística t seja maior que 2, o valor da probabilidade seja menor que 5% e o
valor do termo de erro seja negativo.

3.6. Regras de validação do modelo


Toda regressão baseada no Método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), tem premissas ou
hipóteses fundamentais que não podem ser violadas. E para garantir a não violação das mesmas é
necessário seguir as regras de validação do modelo pois, estes garantem a partir dos testes, a
fiabilidade dos dados e consequentemente do modelo.

3.6.1. Teste de Multicolineariedade


(Gujarati, 2006) defende que se deve a Ragnar Frish o termo multicolinearidade que se designava
a existência de uma relação “perfeita” ou exata entre algumas ou todas as variáveis independentes
de um modelo de regressão. É importante ressaltar que conforme refere Gujarati, a
multicolinearidade é uma questão de grau e não do tipo, ou seja, não são realizados testes para a
multicolinearidade, mas é medido o grau de multicolinearidade em uma amostra específica. As
principais regras utilizadas para identificar a presença da multicolinearidade são: 2 alto (valores
acima de 0,8) e poucas razões t significativas e correlações acima de 0,8 entre as regressões.

18
3.6.2. Teste de Normalidade
Segundo Gujarati (2006), o teste de normalidade de JB é um teste assintótico ou de amostra grande.
O teste de normalidade usou-se para verificar se os resíduos encontram-se normalmente
distribuídos e a possibilidade de rejeitar a hipótese alternativa de que os resíduos não estão
normalmente distribuídos a um nível de significância de 5%. O teste de JB de normalidade é um
teste no qual, espera-se que o valor da estatística JB seja menor que 5 ou que a probabilidade seja
maior que 5%. É um teste feito sujeito a hipótese nula de que os resíduos estão normalmente
distribuídos e a hipótese alternativa de que os resíduos não seguem distribuição normal.

Se o valor p calculado para a estatística JB em uma aplicação for demasiado pequeno, o que
acontece se o valor for estatisticamente muito diferente de 0, podemos rejeitar a hipótese nula de
que a distribuição dos resíduos é normal e concluir pela não normalidade dos resíduos (Gujarati,
2006). Tendo as seguintes hipóteses:

𝐻0: Presença de normalidade nos resíduos

𝐻1: Ausência de normalidade nos resíduos

3.6.3. Teste de Heterocedasticidade


O teste de Heterocedasticidade serve para verificar e garantir que os termos de erro tenham
variâncias constantes, ou seja, variâncias iguais e para tal usa-se o teste de Heterocedasticidade de
White que segundo Gujarati (2003), este teste é mais dinamizado pois, possui menos problemas,
isso porque ele não necessita que o pressuposto de normalidade seja atendido e não possui
nenhuma restrição quanto aos resíduos de sua regressão auxiliar tiver algum problema de
heterocedasticidade.

Como forma de detetar se a variância é constante ou não, usa-se o método gráfico e o teste de
White no programa estatístico Eviews 12. Segundo a regra de decisão, rejeita-se a hipótese nula
de que a variância seja constante se a probabilidade do F estatístico for menor que o nível de
significância de 5%, concluindo assim que a suposição da homoscedasticidade não foi satisfeita.

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3.6.4. Teste de Autocorrelação
Para Maia (2017), autocorrelação significa a associação entre os valores de uma mesma variável,
por exemplo. É comum quando os valores podem ser ordenados no tempo (com dados de series
temporais) ou no espaço (com dados espaciais).

Para Gujarati (2006), é possível detetar a autocorrelação serial a partir da Estatística 𝑑 de


DurbinWatson, que envolve o cálculo de um teste estatístico baseado nos resíduos do método de
regressão de mínimos quadrados. Sejam û (t = 1, 2, 3..., n), os resíduos da ajustada por Mínimos
Quadrados, então se tem a razão entre a soma das diferentes, elevadas ao quadrado, entre resíduos
e a soma do quadrado dos resíduos (SQR).

Se o valor de Durbin-Watson calculado, for menor que o valor de Durbin-Watson crítico 𝑑𝑙 rejeita-
se a hipótese nula de ausência de autocorrelação e se aceita a hipótese alternativa de existência de
autocorrelação.

3.7. Descrição das Variáveis


O modelo econométrico será estimado usando 3 variáveis, sendo estas, o PIB, taxa de migração,
taxa de crescimento populacional e a taxa de desemprego. Sendo destas uma variável dependente
e três independentes.

3.7.1. Variável Dependente


Segundo Fortin (2006), variável dependente é aquela que sofre o efeito da variável independente.
No presente estudo, toma-se como variável dependente PIB.

3.7.2. Variáveis Independentes


Conforme Fortin (2006), variável independente é a que o investigador manipula no estudo e é
considerada como a causa do efeito produzido na variável dependente. Esta relação forma a base
da predição e exprime-se pela formulação de hipóteses. A escolha das variáveis independentes
deve-se ao facto de elas fazerem parte do modelo em estudo. No presente estudo, serão
consideradas as seguintes variáveis independentes:

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• Taxa de migração;

• Taxa de crescimento populacional;

• Taxa de desemprego.

3.8. Especificação do Modelo


Para a estimação do modelo do presente estudo irá se recorrer a econometria que segundo Gujarati
(2006), a econometria consiste em uma série de ferramentas estatísticas que visam obter relações
relevantes entre as variáveis económicas a partir da aplicação de modelos matemáticos.

3.8.1. Especificação do Modelo Matemático


Segundo Gujarati (2006) pode-se definir a econometria como um método de análise económica
que agrega a Estatística, a Matemática e a Teoria Económica com o intuito de traduzir o modelo
teórico para uma formulação empiricamente testável. O modelo foi estimado na base do MQO,
este método consiste em um estimador que busca minimizar a soma dos quadrados dos resíduos
da regressão de forma a maximizar o grau de ajuste dos dados ao modelo.

Estes modelos são recomendados pois, medem a elasticidade da variável dependente em relação
às variáveis independentes, ou seja, a variação percentual da variável dependente dada a variação
percentual na variável independente.

𝑌𝑡 = 𝛽0 + 𝛽1𝑀𝑖𝑔𝑟𝑎 + 𝛽2𝐶𝑟𝑒𝑠𝑐𝑃𝑜𝑝𝑙 + 𝛽3𝐷𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝

3.8.2. Especificação do Modelo Econométrico


Estimara-se um modelo Log-log por ser o mais adequado para o estudo, visto que segundo Gujarati
(2006), este modelo linear nos parâmetros e linear nos logaritmos das variáveis Y e X. Ele mede a
elasticidade da variável dependente em relação as variáveis independentes. Assim sendo, o modelo
estimado será dado por:

𝑌𝑡 = 𝛽0 + 𝛽1𝐿𝑛𝑀𝑖𝑔𝑟𝑎 + 𝛽2𝐶𝑟𝑒𝑠𝑐𝑃𝑜𝑝𝑙 + 𝛽3𝐷𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝 + 𝜇𝑡

21
Onde:

𝑌𝑡- é o PIB no período t;

𝑀𝑖𝑔𝑟𝑎 – Taxa de Migração;

CrescPopl – Taxa de crescimento Populacional;

Desemp – Taxa de desemprego;

𝜇𝑡 − é 𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑡.

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Cronograma e Orçamento

Actividade Setembro Outubro Novembro Dezembro

Pesquisa
do
tema
Pesquisa
da
Bibliográfia
Coleta de
Dados

Apresentação
e Discução de
Dados

Elaboração do
trabalho

Material Custo unitário Quantidade Custo Total

Computador 32000 1 32000

Resma 280 1 280

Impressão e 2.5 100 250


cópias

Internet 8200 1 mes 8200

40730

23
Bibliografia

ALI, S., ALAM JAHANGIR, K., ISLAM, S., & HOSSAIN, M. (2015). AN EMPIRICAL ANALYSIS OF

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PORQUÊ E PARA QUÊ? REVISTA CIENTÍFICA DA UEM: SÉRIE LETRAS E CIÊNCIAS


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