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INTRODUÇÃO
A TEORIA
ECONôMICA
MARCOS CINTRA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE
PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
ESCOLA DE ADMIN"ISTRAÇAO DE EMPRESAS
DE S. PAULO
FUNDAÇAO GETCLIO VARGAS
INTRODUÇAO
-
'
A TEORIA
1\
ECONOMICA
1973
Todos os direitos reservados
EDITORA McGRAW-HILL DO BRASIL, LTDA.
Rua Tabapuã, 1105 Av. Rio Branco, 156, s/2614 Rua Turmalina, 27
lTADl-BIBI, SÃO PAm.o RIO DE JANEIRO B:a.o HORIZONTE
SÃo PAULO Gl1.ANABABA MINAS Ga.us
Impresso no BrasU
Printed tn BT421l
Prefácio
PREFACIO VII
Finalmente, poderíamos salientar que o presente texto nasceu
de uma série de apostilas preparadas pelo autor na Escola de Admi-
nistração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas,
para utilização nos cursos de Administração Pública, em face da
.não existência de um texto de Teoria Econômica que fosse sufi-
cientemente acessível e, ao mesmo tempo, condensado, para ser
utilizado num curso introdutório.
Assim, o presente texto pode ser utilizado tanto em um currí-
culo onde conste somente um curso de Economia, como em um
curso de Introdução à Economia, numa Faculdade de Ciências
Econômicas.
M. C. C. A.
VIII PREFACIO
Sumário
Prefácio v
Capítulo 1 - INTRODUÇÃO ........................ 1
O Problema Econômico .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 2
Resumo .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 8
Questões para Discussão .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 8
Capítulo 2 - O MECANISMO DE TOMADA DE DECISõES 11
O Sistema de Preços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
A Procura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
A Oferta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
O Preço de Equilíbrio .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 23
O Sistema de Preços como Mecanismo Decisório . . . . 24
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Questões para Discussão .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 25
Capítulo 3 - AS REAÇõES DO MERCADO . . . . . . . . . . . . 30
Interdependências na Demanda e na Oferta . . . . . . . . 30
A Elasticidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Resumo .................. ·'................. 44
Questões para Discussão .... - .. .. .. .. .. .. .. .. .. 44
Capítulo 4 - A ESTRUTURA DO MERCADO I . • . . . . . . . . 48
Tipos de Mercado . _. _. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Situações Intermediárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
A Estrutura da Procura .......... _.......... - . . 52
Capítulo 5 - A ESTRUTURA DO MERCADO 11 ..... , . . . 62
A Estrutura da Oferta ............... - ........ - 62
A Oferta em Mercados Competitivos . . . . . . . . . . . . 66
Custos Fixos e Custos Variáveis ............... _ 68
Análise Marginal . _.......... _. _.. _.......... _ 73
A Oferta num Sistema Monopolístico . . . . . . . . . . . . 79
Algumas Considerações Quanto à Eficiência Econômica 84
Resumo . _....... _................. __ . . . . . . . . 8)
Questões para Discussão ........... _. . . . . . . . . . . 86
SUMARIO IX
Capítulo 6 - OS AGREGADOS ECONôMICOS E O SETOR
REAL ....................................... 88
O F1uxo Econômico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . 89
A Poupança e o Investimento .. . .. .. . .. .. .. .. .. 92
Alguns Conceitos .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 94
Os Vazamentos e as Injeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
A Determinação do Equilíbrio do F1uxo Econômico 97
Variações nos Investimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
O Governo e o Nível de Renda . . . . . . . . . . . . . . . . 103
A Inflação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
O Multiplicador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Resumo . . . . . . . . . . . . . .. .. . . .. . . . . . . . . .. . . .. . . 110
Questões para Discussão .... _......... . . .. • . . . . . 110
O PROBLEMA ECONôMICO
TABELA 1.1
10 3 1 100,00
20 - - 100,00
- I 5 2,5 100,00
1 3,5 3 100,00
~ ~
-~
>
•O ~
s
2 ~
<= M
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
B
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D
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> E
•O
j F
<" I '
I
I I.
' '
o G H l J A
RESUMO
O SISTEMA DE PREÇOS
Como mencionado acima, o sistema capitalista não é centra-
lizado e as decisões são tomadas pelos próprios indivíduos, por
intermédio de um sistema impessoal e que lida com o problema
da informação por um mecanismo codificado. Referimo-nos ao
conceito de mercado, que age através do Sistema de Preços. Agindo
em benefício próprio, os indivíduos, impessoalmente afetando e
sendo afetados pelo sistema de preços, tomam as decisões que
maximizarão a satisfação coletiva. ·
É importante notar que o sistema de preços impõe certos pré-
-requisitos que se permeabilizam intensamente numa cultura, atra-
vés de suas estruturas política, social e moral, como, por exemplo,
os direitos da liberdade de escolha e da propriedade privada, ~em
os quais as decisões individuais perderiam o sentido.
Vejamos agora, num exemplo concreto, como uma co,muni-
dade, cuja alocação de recursos já estava determinada por um
ponto em sua curva de transformação (1 ) , age através do mecanis-
mo de preços, para poder atingir um grau de satisfação maior.
Uma variação na procura de um bem quer dizer que o desejo
dos consumidores para adquirirem um bem mudou, como conse-
qüência de algo que não seja uma variação no seu preço. Por
exemplo, uma mudança na preferência dos consumidores. Isto quer
dizer que, ao mesmo preço que antes, vai-se desejar adquirir, hoje,
uma quantidade maior ou menor do mesmo bem.
Como o mercado reagiria a tal variação?·
Vamos supor que os fazendeiros cultivassem laranjas, maçãs e
peras e que, em decorrência de uma mudança na preferência dos
consumidores, a procura por laranjas houvesse aumentado. Logica-
mente, como o poder aquisitivo dos consumidores continua o mesmo,
um aumento na procura de laranjas terá de ser acompanhado por
um declínio na procura de maçãs e peras.
(1) No exemplo que segue, como a comunidade produz três bens, em reall~
dade teríamos uma super/fcie e não uma curva de transformação.
A PROCURA.
1 10 8
2 7 6
3 5 5
4 3,5 4,5
5 2,0 3
6 1,0 1
7 0,8 o
10 0,5 o
A tabela 2.2 indica-nos a procura pelo bem A para toda a
comunidade, que nada mais é do que a soma das tabelas individuais
de todos os membros dessa comunidade. Baseando-nos na tabela
2.2, podemos montar o gráfico 2.1, que representa as informações
contidas na tabela 2.2.
TABELA 2.2
1 100
2 90
3 80
4 70
5 60
6 50
7 40
8 30
9 20
10 10
INTRODUÇÃO A TEORIA ECONOMICA
16
GRÁFICO 2.1
o lO 20 30 40 50 60 'lO 80 ia 100
GRÁFICO 2.2
10
•
•
7
3 ' --
-------- - - - - - - --+--
'
'' D'
o 10 20 ao 40 so eo 10 ao 90 100 no 120
A OFERTA
TABELA 2.3
1 o o
2 o o
3 o 20
4 55 65
5 65 78
6 74 86
7 80 93
8
9
10 92 100
OFERTA DO BEM A
1 o
2 o
3 20
4 40
5 60
6 80
7 100
8 120
9 140
10" 160
GRÁFICO 2.3
10
.,
~ 7
.,
~
8
·a
"o
,. •'
~
oQ 3
~
~
2
""
10
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8
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• 6
~ 5
•
"o 4
"'o
~
3
• 2
""
o g
õ ~
~
o ~ ~ ~ ~ g ;g g õ ~ ~ g ~
~
O PREÇO DE EQUILlBRIO
No gráfico 2.5, curvas de oferta (00) e procura (DD) pelo
bem A estão superpostas. Podemos, agora, verificar que só há
um preço que iguala a quantidade ofertada à procurada.
Ao preço· de 3, por exemplo, a quantidade ofertada será de
20.000 unidades, ao passo que a quantidade demandada será de
80.000 unidades. Como a procura é maior do que a oferta, o preço
de mercado tenderá a subir, conforme virilos no exemplo inicial
do capítulo, e ele oscilará até que atinja o nível de 5 unidades mo-
netárias quando as quantidades ofertada e procurada igualarão a
60.000 unidades.
Ao preço de 5, tanto os produtores quanto os consumidores
poderão satisfazer a seus desejos no mercado e estabelecer-se-á o
equilíbrio.
GRÁFICO 2.5
"
9
~• •
•
~
·;:;
• •
"
o
~
o
li'
•
"'" 2
GRÁFICO 2.6
>00
~ '"·~
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~ >oo
"] 00
00
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~ 00
~ 00
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"
",.
RESUMO
1 14
3 7
6 4,5
9 3
12 2
14 1
l4
15
12
11
10
o
•
~
~
"' •'
4
Quantidade (dúzias)
P'
"'o
·~
~
0.. p
D
D'
Quantidade
Quantidades
o, o·,
o,
o· •
o·.
o,
o '· o· ::-
Quantldad~ Quantidade
DEMANDA COMPETITIVA
B~m M s ..m !'.'
c
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~
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•
•.• "·'
"'
o,
o - '· o· ' '
Quantidade Q~>antid.ad<>
OFERTA COMPLEMENTAR
(Leite e Carne)
Mercado de carne
<!)
o
o p, o P' 1
l p,
"
~
o L---------~~-------
~ ff
o· L---------~~~~---------
Quantidade Quantidade
AS REAÇõES DO MERCADO
33
Devemos notar que não houve um aumento na oferta de leite,
mas sim um aumento na quantidade ofertada do produto, em de-
corrência de um deslocamento na curva de procura para a direita.
Em decorrência da necessidade de um maior número de vacas
para que a produção de leite pudesse aumentar de Oq, para Oq2,
houve um aumento na oferta de carne bovina (gráfico 3.6) de
0,0, para 0',0',. Como resultado, o preço da carne caiu de
O'P' 1 para O'P'2 e, em decorrência da queda do preço, as quanti-
dades transacionadas aumentaram de O'q', para O'q'•·
A ELASTICIDADE
ELASTICIDADE T,
/
,. /
/
/
/
/
/
ok-~-~---------------------------------------
GRÁFICO 3.7
Se, no entanto, a curva da oferta fosse mais inclinada, diga-
mos, TT2, o novo ponto de equilíbrio seria o ponto E. Podemos
constatar que, no ponto E, o preço de equilíbrio é mais alto do
que em D e a quantidade transacionada é menor. Concluímos,
então, que, dado um deslocamento da curva da procura, quanto
mais inclinada for a curva da oferta, menor será o aumento na
quantidade transacionada e mais alto será o novo preço de equilí-
brio e vice-versa.
Tal caso ocorreria, por exemplo, se aumentasse a procura por
abacaxis e, dependendo da época deste deslocamento, a inclinação
da curva de oferta seria diferente. Durante a safra, os produtores
podem aumentar a oferta num dado mercado sem ser preciso um
aumento muito grande nos preços. Tal não seria o caso durante a
entressafra, quando, possivelmente, um aumento na quantidade ofer-
tada só seria possível importando-se abacaxis de outras áreas pro-
dutoras que estivessem no período de safra.
Poderíamos supor, agora, um aumento na oferta de T'T'2
para TT2, sendo a curva da procura a reta P'P' ,. O ponto de
equihôrio inicial era F e, depois do deslocamento da oferta, passou
a ser G. Notamos que o preço caiu e a quantidade transacionada
aumentou. No entanto, se a curva da procura fosse mais inclinada,
digamos, P'P',, o preço teria caído mais e a quantidade teria aumen-
tado menos, como podemos constatar comparando os pontos G e
H. Seria o caso se comparássemos os efeitos de um deslocamento
na oferta de roupas de lã, em virtude de um novo processo tecno-
lógico que reduziu seus custos de produção, primeiramente no in-
vemo e depois no verão. Durante o inverno, devemos esperar uma
maior sensibilidade dos consumidores a um aumento na oferta,
o que seria refletido numa curva de procura menos inclinada
(P'P',). Durante o verão, no entanto, quando roupas quentes não
são necessárias, a curva da procura se toma mais inclinada
(P'P'a) e, mesmo com uma queda de preço maior, a quantidade
adicional transacionada foi menor do que durante o inverno.
Deixaremos ao leitor a tarefa de prosseguir nesta linha de
raciocínio, formulando hipóteses quanto às possíveis curvas de oferta
e procura, até que fique patente a importância das inclinações das
curvas na maneira como o mercado reage às variações em seus
componentes. Desta importância nasceu a necessidade de medirmos
as inclinações das curvas de oferta e procura e tentarmos quantifi-
car a sensibilidade das mesmas a variações no preço. A isto cha-
mamos elasticidade-preço.
AS REAÇOES DO MERCADO
37
Definimos elasticidade-preço da procura(l) como
p variação percentual na quantidade procurada
Ep = variação percentual no preço
e elasticidade-preço da oferta como
o variação percentual na quantidade ofertada
Ep =
variação percentual no preço
Se o valor numérico da elasticidade (ignoramos o sinal) é
ignal a 1, dizemos que a elasticidade é unitária; se maior que 1,
dizemos que a curva é ~lástica e, se menor que 1, dizemos que é
inelástica.
No gráfico 3.8 temos duas curvas de procura e duas curvas de
oferta. A elasticidade da curva P'P', no intervalo de A a B, é ignal a
variação percentual na quantidade
variação percentual no preço
10
X 100
65 15,4%
= ---=-- = -0,77
-1 -20%
X 100
5
A curva P'P' é, portanto, inelástica no intervalo AB ..
A curva PP, no entanto, já é elástica no intervalo CD.
30
X 100
p 70 43,0%
E = - - - - "' = -7,3
p -0,5 -5,9%
X 100
8,5
sendo sua elasticidade igual a 7,3 aproximadamente.
(1) Tal de!inlção é tanto mais exata quanto menor for o intervalo con-
dQ/Q
&iderado. Se o intervalo tender para zero, teremos no limite Ep = dP/P
H
" '
13 -----------
" "
11 ___________ _!_
" o
~·
•
,.
GRÁFICO 3.8
AS REAÇOES DO MERCADO
39
ELASTICIDADE
p~--------------t------------------P,
Quantidade
GRAFICO 3.9
ELASTICIDADE-RENDA DA PROCURA
Quantidade
GRÁFICO 3.10
A ELASTICIDADE-PREÇO DA PROCURA E A
RECEITA TOTAL
'I
-~,F
~ curva da procura
o A E
Quantidade
TABELA 3.1
ELÁSTICIDADE-PREÇO E RECEITA
RESUMO
" "
~ •
t, •4
"
o, o,
10 :zo 30 oo so eo to eo ~ 1oouo 120 l30 IO:Z030tOSO«<7680 $0 100 llO 120 UO
Quantidade Qoantidade
AS REAÇõES DO MER.CADO
47
A Estrutura do Mercado
4
I
Vimos, nos capítulos anteriores, como o mercado reage a
variações na estrutura da oferta e da procura. Tais variações se
dão quando os agentes econômicos desejam alcançar algum obje-
tivo e, através do mecanismo de preços e de mercado, colocam toda
a engrenagem econômica em funcionamento, fazendo com que a
economia se ajuste aos novos desejos dos agentes. Estes, por sua
vez, também ajustam seu comportamento às novas condições decor-
rentes da movimentação da engrenagem econômica, até que, por
ajustes sucessivos, o mercado chega a um novo ponto de equilíbrio.
O problema econômico de uma comunidade é fazer com que
seus recursos escassos sejam totalmente aproveitados, maximizando,
conseqüentemente, o montante de bens e serviços disponíveis a seus
membros. Pelo mecanismo do mercado, os indivíduos, agindo con-
forme seus interesses pessoais, conseguem maximizar a produção
nacional, ou seja, atingir o ponto de pleno emprego dos fatores de
produção.
Tal mecanismo, dispensando a necessidade de um sistema cen-
tralizado de tomada de decisão, chamado por Adam Smith de a
mão invisível, atinge também outros objetivos importantes, ou seja,
fazer com que a utilização dos fatores de produção seja realizada de
maneira racional e também com que a produção total da comuni-
dade seja satisfatoriamente distribuída entre seus membros.
É com relação a esses objetivos que estudaremos a estrutura
do mercado e também a "racionalidade" da ação de seus compo-
nentes, consumidores e produtores e como esses fatores poderã<>
influenciar, direta ou indiretamente, a realização de tais objetivos.
INTRODUÇÃO A TEORIA ECONOMICA
48
TIPOS DE MERCADO
Um mercado é composto de vendedores e compradores de um
produto. Assim, a Bolsa de Valores, feiras livres e livrarias são
exemplos de mercados de ações, produtos alimentares e livros, res-
pectivamente.
Observemos, no entanto, que o relacionamento entre compra-
dores e vendedores poderá seguir padrões diferentes, dependendo
do mercado. O mercado de produtos alimentícios, por exemplo, é
caracterizado pela existência de grande número de vendedores e com-
pradores, sendo que o preço é determinado pelo jogo da procura
e da oferta dos mesmos; assim sendo, os preços são fixados por
todos, simultaneamente, numa tentativa de cada qual satisfazer a
seus interesses próprios.
Poderíamos contrastar tal situação com um mercado onde o
preço é fixado unilateralmente por um único vendedor, como seria
o caso de serviços telefônicos fornecidos somente pelo governo.
Aqui, o preço não é uma tentativa de escoar a produção, mas sim
uma determinação de agente que tem poder para tal.
Tendo em vista estas diferenças, classifica-se o mercado em
três tipos mais importantes:
SITUAÇõES INTERMEDIÁRIAS
A ESTRUTURA DA PROCURA
TABELA 4.1
TABELA DE INDIFERENÇA
Quantidade de A Quantidade de B
100 10
90 12
80 15
70 20
60 25,5
50 33
40 40
30 48
20 60
10 79
A ESTRUTURA DO MERCADO
53
CURVA DE INDIFERENÇA
100
\
90 \
80 \
70 \
Bem A 60
\
50
40 -,.-,----
I 1 M'p
---~
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30 I
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20
I I
10
1
I
I
I
I
1
I
1
r,
o 10 20 30 40
' 50 60 70 80 90 100
Bem B
GRÁFICO 4.1
r,
Bem B
GRÁFICO 4.2
CURVAS DE INDIFERENÇA
Bem B
.GRAFICO 4.3
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5 ''
'·
o 51015 20 25 30 3540 45 50
Bem B
GRÁFICO 4.4
60
55
50
45
-.: 40
~
(l:l
35
30
25
20
15
10
5 10 15 20 25 3_0 35 40 50 60 70 80
Bem B
GRÁFICO 4.5
1-UW
~
'
-----------T-
'
<>00 ___________ j _ _: __
,
- - - - - - - ---1--t--
"" :'
''
' '''
'
'.
'
GRÁFICO 4.6
14,80 35
20,00 25
25,00 17,5
A ESTRUTURA DO MERCADO
61
A Estrutura do Mercado
5
n
A ESTRUTURA DA OFERTA
-;;; 10
~
.5 9
~
O"
-~ 8
s 7
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o 6
><
~ s
s
-~
100 unidades de x
4
5
3
75 unidades de x
Oi
~
·s.
~
2 50 unidades de x
ü
o 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Mão-de-obra (homem/dia)
GRÁFICO 5.1
325
300
275
250
225
~ 200
"
~ 175
150
125
100
75
50
25
Mão-de-obra
GRÁFICO 5.2
Oferta.
Pr<l<:ura
Quantidade Quantidade
GRAFICO 5.3
A ESTRUTURA DO MERCADO 69
de serem necessanas taxas de salário mais altas para trabalhos
noturnos e devido à dificuldade crescente de se recrutarem trabalha-
dores para um 2. 0 turno, o que encarece, progressivamente, o custo
de salário.
O fenômeno oposto ocorre com o custo de energia, até o nível
de 120 unídades de produção, onde o custo da energia utilizada é
acrescido por quantidades decrescentes. A partir do nível de pro-
dução de 120 unídades, no entanto, toma-se necessário utilizar mais
energia do que a capacidade dos transformadores, forçando, por-
tanto, o consumo de eletricidade e encarecendo os custos.
O custo total agrega os custos variáveis com os custos fixos e,
dividido pelo número de unídades produzidas, dá-nos o custo médio
da produção, na coluna 7.
N atamos que o custo médio cai até o nível de 11 O uriidades e,
depois, começa a subir. A queda do custo médio é explicada por
dois fatores:
1 ) O componente do custo fixo do custo total vai sendo ra-
teado por uma quantidade crescente de unídades produzi-
das, de forma que o custo fixo unítário
Custo fixo
( ) cai progressivamente.
Unidades produzidas
2) O componente de custo de energia do custo variável aumen-
ta, até o nível de 120 unídades, menos que proporcional-
mente ao aumento na produção. Tal fenômeno ocorre em
patamares, como podemos observar analisando a coluna 4.
ANALISE MARGINAL
Custo Médio
p l-----',___---~....:.~-----L._---Preço de Mercado
P'
I ' I
I
I I
o q" q' q
Quantidade
GRÁFICO 5.4
p•
P"
'' '
o q"' q" q' q
Quantidade
GRAFICO 5.5
p --------------------
P'
P"
P'"i"------------~
D
Quantidade
GRÁFICO 5.6
A ESTRUTURA DO MERCADO
77
No gráfico 5.6 está representada a curva de oferta da firma a
curto prazo. Os pontos A, B, C e D são os mesmos do gráfico
5.5. A soma horizontal das curvas de oferta de todas as firmas
numa indústria seria a curva de oferta da indústria.
Constatamos o fato de que, acima do preço Op", a firma terá
lucros extras, em virmde do preço estar a um nível mais alto que
o custo médio. Poderíamos perguntar se, em regime de competição
perfeita, tal situação seria estável.
A curto prazo, a firma poderia continuar auferindo lucros
acima do lucro normal. No entanto, a longo prazo, tal situação ten-
deria a desaparecer.
Como já vimos anteriormente, num sistema de · competição
perfeita, haveria perfeita mobilidade de fatores, bem como conhe-
cimento perfeito. Empresários em outras atividades, que não esti-
vessem auferindo lucros extras, sentir-se-iam motivados a ingressar
no ramo explorado pela firma acima mencionada, com o intuito de
partilhar dos altos lucros recebidos naquele setor. Como um número
significativo de empresários efetuaria tal mudança, a curva de oferta
total (soma das curvas de oferta individuais) deslocar-se-ia para
a direita, causando uma queda no preço de mercado.
Se, no gráfico 5.5, o preço de mercado fosse Op', tal situação
tenderia a fazer esse preço de mercado cair.
A firma X, representada no gráfico 5.5, continuaria operando
até que o preço de mercado caísse ao nível Op"'.
Se, no entanto, as outras firmas tivessem uma estrutura de
custos tal que, mesmo ao preço abaixo de Op'", seus custos totais
pudessem ser cobertos, o preço de mercado se estabilizaria em tal
nível e a firma X seria obrigada ou a encerrar suas atividades ou,
então, reduzir seus custos de produção, equiparando sua tecnologia
à das outras firmas, cujos custos são mais baixos.
A longo prazo, teríamos, em competição perfeita, uma situação
onde todas as firmas estariam operando com uma tecnologia que
reduzisse ao máximo a estrutura de custos e, devido à competição
pelo lucro, nenhuma estaria auferindo lucros acima dos lucros nor-
mais. O gráfico 5.7 representa uma firma em tal situação.
Custo Marginal
1 p
o q
Quantidade
GRÁFICO 5.7
A ESTRUTURA DO MERCADO
81
TABELA 5.3
Çusto Marginal
Custo Médio
Procura
\
'
Receita marginal
I
o
Quantidade
GRÁFICO 5.8
A ESTRUTURA DO MERCADO
83
A produção que maximizará os lucros do monopolista é a quan-
tidade Oq., determinada na interseção A. Para que a quantidade
Oq. seja vendida, o monopolista pode cobrar Op., o que é indicado
pelo ponto C na curva da procura. A diferença ÃC entre o preço
e o custo médio representa lucros extras, acima do lucro normal,.
que o monopolista teria assegurado para si.
RESUMO
A ESTRUTURA DO MERCADO
87
Os Agregados Econômicos
e o Setor Real 6
Até este ponto, descrevemos o funcionamento de unidades
individuais dentro de um sistema econômico, ou seja, a racionali-
dade do consumidor, da forma e de como as unidades individuais
se relacionam com o mercado. Em outras palavras, estudamos a
Teoria Microeconômica.
Passamos, agora, à Teoria Macroeconômica. O ponto focal de
interesse se deslocará para os agregados econômicos. As questões a
que nos proporemos não mais se relacionam com o nível de produ-
ção da empresa X, Y ou Z, mas sim com o nível total da pro-
dução, agregando a produção de todas as unidades produtivas; não
nos interessará mais saber o que o indivíduo M deseja consumir,
em função dos preços e de sua preferência, mas sim a que nível
de consumo global estará a economia e assim por diante.
·Robert Heilbroner( 1) assim descreve a Macroeconomia:
"Tal esforço (para aprender alguma coisa sobre Macro-
economia) e a disposição de abandonar nosso ponto de vista
familiar da vida econômica, substituindo-o por outro novo,
são, por vezes, desconcertantes. É nossa capacidade de deixar
para trás o conhecimento do cenário econômico como parti-
cipantes individuais e adotar uma nova visão, da qual possa-
mos perceber todas as atividades econômicas, simultânea e
coletivamente - visão que abarca não os atos de uma única
pessoa ou firma ou cidade, mas que abrange toda a sociedade.
De todas as exigências intelectuais feitas pela Teoria Econô-
mica, esta adoção do ponto de vista do economista talvez seja
a mais difícil. Mas é também a mais necessária, pois somente
depois de termos ocupado este ponto de observação, situado
(1) Hellbroner. R. Elementos de Macroeconomi4. Zahar EditOres. Rio de Ja~
nelro, 1966, pá.g, 16.
O FLUXO ECONOMICO
Observando-se a economia como um todo, notamos uma série
de fluxos.
Em primeiro lugar, há um fluxo real de bens e de serviços.
Firmas contratam mão-de-obra, compram matérias-primas ·e bens de
investimento e produzem bens, que são, posteriormente, vendidos a
outras firmas as quais tran~formam o produto ainda mais, até que
o produto final seja vendido ao consumidor. Durante todas essas ope-
rações, há uma constante transferência de bens e de serviços, entre
os agentes econômicos. A isto chamamos fluxo real.
Em segundo lugar, existe a contrapartida monetária dos fluxos
reais, a que chamamos fluxos monetários. Toda vez que um bem ou
um serviço é transferido de um agente para outro, são efetuados
pagamentos em troca deles. O fluxo monetário, conseqüentemente,
gira em direção contrária do fluxo real.
A interação desses dois fluxos, o real e o monetário, cria, como
conseqüência, o fluxo de renda.
Quando um trabalhador é contratado por uma firma, ele lhe
transfere os seus serviços (fluxo real) e recebe em troca dinheiro
(fluxo monetário). Em decorrência dessa operação, ele recebeu
um certo poder aquisitivo, que poderá gastar (fluxo de renda),
comprando o produto da firma.
Da mesma forma, uma firma que vende matéria-prima a outros
também está criando fluxos.
Produto Pagamento
Serviços
Vamos, agora, definir renda. Todo pagamento a fatores de pro-
dução chama-se renda e inclui salários, lucros, juros e aluguéis,
sendo estes, respectivamente, pagamentos feitos aos fatores traba-
lho, empresário, capital e recursos naturais ou bens imóveis.
Chama-se produto o valor dos bens e serviços finais, produ-
zidos num determinado período. O produto inclui bens de consumo
duráveis e não duráveis e também bens de investimento, com a con-
dição de que tenham sido produzidos durante o período determi-
nado.
O valor final do produto é igual à soma dos valores adicionados ·
durante o processo produtivo.
Assim, o valor dos bens intermediários não está incluído no
valor do produto final; seria contar duplamente o valor do bem
intermediário se, por exemplo, somássemos ao produto de uma
economia tanto o valor do tabaco quanto o valor do cigarro, pois
o preço do tabaco já está incluído no preço final do cigarro.
No esquema abaixo, acha-se exemplificado tudo a que nos
referimos até o momento.
FLUXOS ECONOMICOS
Fatores de
Produçfi.o
Refinaria
A POUPANÇA E O INVESTIMENTO
(YR renda)
(C = consumo)
(P = poupança)
ALGUNS CONCEITOS
OS VAZAMENTOS E AS INJEÇõES
Bens
Ci'$ 100,00
Serviços
Firmas
CrS 80,00
CrS 100.00
Servicos
Bens
Investimento
I
'---F-i<_rn_"_ ___,,...f------""'--- CrS 20,00
Nesta situação, a renda dos fatores foi de Cr$ 100,00, mas eles
só desejaram consumir Cr$ 80,00. As firmas prodUZiram Cr$
100,00, mas desejaram vender somente Cr$ 80,00 e reservar os
Cr$ 20,00 restantes para investir. Assim, quando P = I0 , a eco-
nomia está em equilíbrio (Ip = investimento planejado).
Existem outros vazamentos, como importações e impostos, e
outras injeções, como exportações e gastos governamentais.
FUNÇÃO CONSUMO
Função Consumo
C = Cc + b(Y)
,.
,.
,.
y
,.
GRÁFICO 6.1
Y=C
/
/
c. p
/ Fundio Consumo
m -----------------
/
<00
___________ L __
~ /
,(.
Consumo
<00
GRÁFICO 6.2
ly = (C. + I) -1-1
1-b
"'
y
GRÁFICO 6.3
1
= (100 + 50) =
1-0,5
1
150 . =
0,5
= 150.2 = 300
Y=C +I+G
C= Co+ b(Y)
Y = c. + b(Y) +I+G
Y - b(Y) = Co +I+ G
Y(l - b) = C. +I + G
IY = {Co + I + G) ~I
OS AGREGADOS ECONOMICOS E O SETOR REAL
Hl3
Desta forma, mesmo que os empresários não desejassem aumen-
tar os investimentos para 50, o governo poderia iniciar gastos (de
consumo, pagamentos de renda ou mesmo investimentos) de tal
forma que G fosse igual a 20, elevando-se, assim, o nível de renda
da economia.
1
Y = (Co+ I+ G)
1-b
1
y = (100 + 30 + 20)
1-0,5
1
y = 150 .
0,5
y = 150.2
A INFLAÇÃO
GRÁFICO 6.4
1
da procura multiplicado por . Assim, a renda é determinada
1- b
por
1
Y = (Co+ I+ G) - - - ,
1- b
e a variação na renda por
1
!J. Y = (!J. c. + !J. I + !J. G) (!J. = variação)
1-b
Supondo-se que só o investimento varie, !J. Co e !J. G serão
iguais a zero. Então,
1
!J. y = !J. I - - -
1-b
se somente os gastos do governo variassem,
1
!l.Y=!J.G ;
1- b
1 1
b = 0,75 ( - - = = 4). Isto nos diz que o mul-
1- b 1 - 0,75
tiplicador é igual a 4.
A causa do efeito multiplicador é a seguinte: quando o governo,
por exemplo, aumenta os seus gastos em 1O (sem o correspondente
aumento em T), alguém receberá estes 1O como pagamento por um
serviço ou um bem vendido ao governo. Isto quer dizer que a renda
já aumentou em 1O, pois, sem o governo, este gasto não teria sido
efetuado. Esta pessoa, se a propensão marginal a consumir for de
0,5, consumirá 5 e poupará 5. No ato de consumir, a pessoa teve
que efetuar um pagamento a alguém, cuja renda foi, assim, incre-
mentada em 5. Esta segunda pessoa gastará 2,5 e poupará o resto.
Dessa forma, 2,5 foram recebidos por uma 3. a pessoa e assim por
diante. Os incrementos na renda foram:
1.a pessoa ~ 10
2.a pessoa ~ 5
3.a pessoa 2,5
4.a pessoa ~ 1,25, e assim por diante.
1 1
--= 2*
1- b 1 0,5
(I- r)n
* A soma de uma progressão geométrica é igual a a c - - -
1-r
onde r é a razão e a é o termo inicial. Como (1- r)n se aproxima de
zero, ao passo que n aumenta, ignoramos o tenno e a soma pode ser
I
expressa por a - - .
I - r
OS AGREGADOS ECONOMICOS E O SETOR REAL
109
Assim, um aumento na procura agregada causará um aumento
na renda igual ao aumento inicial ampliado pelo multiplicador, o
qual mede a magnitude da variação da renda.
E interessante notar que, quanto maior a propensão marginal
a consumir, mais alto será o valor do multiplicador. No entanto,
quanto maior a propensão marginal a consumir, mais baixa será
a parcela poupada de um dado aumento da renda. Um multipli-
cador alto aumenta a renda nUlÍla proporção alta, dado um aumento
em investimento, por exemplo, mas dificulta o próprio ato de in-
vestir.
RESUMO
Investigamos, neste capítulo, como os agregados, ou seja, a
soma das atividades individuais, criam fluxos econômicos, os quais
determinam o uivei de atividade da economia como um todo.
Definimos alguns desses fluxos, que são essenciais para se
avaliar a atividade econômica, e constatamos que eles são dinâmi-
cos por natureza, de tal forma que a economia pode ou não estar
em equih'brio.
Através da análise keynesiana, foram introduzidos outros prin-
cípios, que mostram que o equih'brio de pleno emprego nem sempre
pode ser atingido sem a intervenção no sistema de mercado e que
certas variáveis podem e devem ser manipuladas, para incrementar
ou reduzir o nível de atividade econômica global.
245,00 245,00
INTRODUÇAO A TÉORIA ECONOMICA
110
2) Exemplifique como o processo de formação de capital
fixo seria efetuado, numa economia onde existissem vários
bens produzidos (inclusive bens de capital).
3) Mostre como a poupança é, necessariamente, igual ao
investimento realizado, tanto quando a poupança é maior
que o investimento planejado, quanto quando o investi-
mento planejado é maior que a poupança.
4) Cite algum pais onde o produto nacional é maior que o
produto interno. E vice-versa também.
5) Discuta as razões por que impostos e importações são
vazamentos e por que gastos governamentais e exporta-
ções são injeções no fluxo econômico.
6) Por que a oferta total é igual à procura agregada, quando
os vazamentos são iguais às injeções?
7) Você poderia pensar em alguma outra influência na de-
terminação do consumo, além do nível da renda?
8) De quanto seria o consumo, se a função consumo fosse
igual a C = 40 + D0,60(Y), a níveis de renda iguais a
1) 100
2) 150
3) 570
A que nível de renda a poupança será zero? De quanto
é a poupança, aos níveis de renda acima?
9) Determine a renda de equilíbrio, algébrica e graficamente,
quando C = 70 + 0,75 (Y) e I = 25. Por que não
haveria equilíbrio com uma renda de 300?
1O) Ilustre graficamente o que ocorre com a renda, quando
os investimentos aumentam de 30 para 50 e C = 100
+ 0,5 (Y)?
11) Por que os salários são inflexíveis para baixo?
12) Determine algébrica e graficamente o ponto de equilíbrio,
com G = 20, I = 30 e C = 100 + 0,5(Y).
13) Volte à questão 12) e determine o nível da renda, se
G = 10.
OS AGREGADOS ECONOMICOS E O SETOR REAL
111
14) Qual o efeito no nível da renda com:
a) um superavit orçamentário do governo;
b) um deficit orçamentário do governo;
c) uma diminuição em T, somente;
d) um aumento em T, somente?
Explique por quê.
15) Mencione alguns outros fatores estruturais que você acha
que poderiam causar inflação.
16) Demonstre algébrica e graficamente em quanto a procura
agregada teria de diminuir, se C = 100 + 0,5 (Y),
I = 30, G = 20 e o nível de pleno emprego fosse 280.
17) O que ocorreria com a magnitude do multiplicador, se
os seguintes fatores ocorressem:
1) -um aumento na parcela de qualquer acréscimo da
renda que a população consome;
2) um aumento nos gastos governamentais;
3) um subsídio fixo per capita, doado pelo governo ·às
camadas mais pobres da população;
4) uma relação na percentagem que as firmas distribuem
como dividendos para financiar novos investimentos?
O SETOR MONii:I'AruO
117
A DETERMINAÇÃO DA TAXA DE JUROS
m
,,
Taxa Je Juros I
I
-------~-----
'.'
' Dinheiro
o '------'. b
c+ d(i)
GRÁFICO 7.1
A FUNÇÃO INVESTIMENTO
No capítulo anterior, afirmamos que o nível de investimentos
era exogenamente determinado.
Vamos, agora, tomar o modelo mais realista, fazendo com que
o investimento varie em função da taxa de juros. Na realidade,
INTRODUÇAO A TEORIA ECONOMICA
118
quanto mais baixa for a taxa de juros, menor será o preço que os
empresários terão de pagar para efetuar investimentos e vice-versa;
ligamos, assim, o setor monetário ao setor real.
Uma variação na taxa de juros acarretará variações na taxa de
investimento, o que, conseqüentemente, fará variar a procura agre-
gada e a renda de equilíbrio.
A curva que relaciona a taxa de juros e o nível de investi-
mento chama-se Eficiência Marginal do Investimento, que poc;e-
mos ver no gráfico 7 .2, à direita.
A Eficiência Marginal do Investimento, ou seja, a rentabili~
dade da última unidade investida, representa a expectativa dos
empresários com relação à lucratividade e às oportunídades de
investimento.
Obviamente, os empresários investirão seu capital naquelas
oportunidades que lhe darão a rentabilidade mais alta. Ao passo
que tais investimentos são feitos, a lucratividade de investimentos
adicionais vai decrescendo. · ·
Com um investimento efetuado de Cr$ 5.000.000,00, a :taxa
de lucro esperada ·pode ser de 15%; com Cr$ 25.000.000,0Q in-
vestidos, a taxa de lucro será menor, digamos, de 5% e assim· por
diante.
Os empresários efetuarão investimentos até onde a taxa de
lucro for igual à taxa de juros, ou seja, até onde a remuneJ:iiÇão
do investimento ao empresário for igual ao custo de capital para
o mesmo.
A LIGAÇÃO ENTRE O MERCADO REAL
E O MERCADO MONETARIO
y, m, m,
I I Taxa de
,,
Tuo juros
juros I
I
,,•
Tuo
lucro
·I
I
r
Eficiência marginal
I I do ihwstimento
'• f--t--~- +- -
,, f---1---:--~
I i
I, I~ Investimento
Quantidade d?
Dinheiro
GRÁFICO 7.2
Na situação acima, por exemplo, dadas a procura por dinheiro
(com YE - y,) e a oferta monetária Mt, a taxa de juros será h,
a qual determinará no gráfico, que relaciona a taxa de juros e os
investimentos, o nível I, de investimentos.
Com este investimento, teremos o nível de renda de equilibrio
igual a y,, onde I, no gráfico 7.2 é igual a I, no gráfico 7.3.
A RENDA DE EQUILIBRIO
C.l.P.G.
-- -- c+G
c
____ 12
~--~---------r--r-----11
Nivel de renda
GRÁFICO 7.3
A OFERTA DE DINHEIRO
Ativo Passivo
1100 1100
Caixa
- - - = 0,25
Depósito
Chamamos de reservas o dinheiro que os bancos mantêm em
caixa para efetuarem pagamentos contra apresentação de cheques
Já havíamos visto como os antigos "goldsmiths" só mantinham
uma parte do lastro-ouro para garantirem os empréstimos. Da
mesma forma, os bancos comerciais mantêm uma percentagem
dos depósitos em forma de dinheiro líquido e o restante é empres-
tado a juros pelos bancos. Vemos, então, que o banco, no exemplo,
mantém em caixa 25% de seus depósitos.
Vamos supor que o governo regule o montante de caixa em
relação aos depósitos, que chamaremos de reserva compulsória, e
O SETOR MONETARIO
121
que ela seja de 25% . Os bancos podem mariter reservas acima
deste limite mínimo de 25% se eles assim o desejarem. Vamos
supor, aqu~ que os bancos julguem a reserva de 25% perfeitamente
segura e não queiram manter reservas extras.
Se houvesse um depósito de 100, efetuado, a situação do
banco seria a seguinte:
Ativo Passivo
1200 1200
Caixa
= 0,32
Depósitos
Como o intuito do banco é ter lucro através de pagamentos
de juros sobre empréstimos e como ele acha que 25% de reservas
oferecem segurança, o banco irá aumentar seus empréstimos. Vamos
supor, agora, que não haja vazamentos; em outras palavras, que
o banco, ao emprestar o dinheiro, faça-o via abertura de uma conta
em nome do tomador do empréstimo. Assim, seus depósitos tam-
bém aumentarão com um aumento nos empréstimos. Os bancos
notarão que, emprestando mais 300, os depósitos aumentarão para
1400 e que o caixa, sendo 350, a reserva será de 25%, que é o
desejado.
Ativo Passivo
RESUMO
O SETOR MONETAR!O
125
O Setor Externo
8
CO~RCIO INTERNACIONAL
Vamos, agora, estudar os problemas relacionados com o fato
de as nações comerciarem entre si.
O comércio internacional é efetuado por compradores e ven-
dedores residentes em países diferentes e que usam, internamente,
moedas distintas para efetuarem suas transações. Por exemplo, o
vendedor de café brasileiro receberá pagamento em dólar de. com-
prador americano. Como o vendedor necessita de cruzeiros para
efetuar suas transações no Brasil, é necessário que dólar possa
Ser convertido em cruzeiro. O preço de uma moeda em termos de
uma outra chama-se taxa de conversão ou taxa de câmbio. Por ela,
o ven.dedor brasileiro poderá trocar seus dólares por cruzeiros e,
caso deseje importar algo, será a essa taxa que comprará os dóla-
res, para efetuar o pagamento ao vendedor americano.
0,70
0,60 oferta
Preço d~
cruzeiros
em o,so
dólares
0.40
0,30
0,20
Quantidade de cruzeiros
GRÁFICO 8.1
O SETOR EXTERNO
127
A taxa de câmbio será determinada no ponto em que a oferta
for igual à procura por cruzeiros, neste caso, US$ 0.30 por cru-
zeiro.
E importante notar que a oferta por cruzeiros representa a
procura por bens importados transformada em termos de dólares.
O que ela nos diz é que, quanto mais alto for o preço ou valor do
cruzeiro, mais importações desejaremos efetuar, visto que o custo
da importação será mas baixo. A curva de procura representa
quanto podemos obter em cruzeiros, através de nossas exportações
efetuadas em dólares. A curva, realmente, reflete a procura de
importadores estrangeiros pelos nossos bens de exportação.
Se houvesse um aumento na oferta por cruzeiros, ou seja,
um aumento em nossa procura por bens importados (isto representa
um deslocamento da curva e não um movimento sobre a curva),
a taxa de câmbio de equihôrio se alteraria, como vemos no grá-
fico 8.2.
TAXA DE CAMBIO
0,70
Preço de
cruzeiros
•m
dólares "''
'·"
MO
'·"'
0,20
0,10
Quantidade de cruzeiros
GRÁFICO 8.2
0.70
...,
oferta 2
Preço em
,,
dólares
cruuiros . ..,
0,40
0,30
0.20
0,10
procura
Quantidade de cruzeiros
GRÁFICO 8.3
O BALANÇO DE PAGAMENTOS
+20 +25
Seria, pois, vantajoso, havendo vantagem absoluta ou simples-
mente comparativa, que países produzisesm bens nos quais tivessem
uma produtividade maior com relação a outros bens e importassem
aquilo para cuja produção outros países tivessem vantagem absoluta
ou comparativa. Assim, seria possível que países se especializassem
INTRODUÇAO A TEORIA ECONOMICA
132
em certos setores de produção e usufruíssem, como conseqüência,
de uma quantidade maior de ambos os bens, através do comércio
internacional.
y
40 20 + 10-20 +
62,5
0,8
/ Y = C +I+ G +(X·M)
C,I,P,G(X•M)
C+l+G.+(X·M)
--------/_-;1t:=
===-----:;;/-r~tt=-=
C+ I+ G
2
.~-;;==;;;~/==-====~r===- =~-Co-
C+ I+ G + (X·M)
c + b(Y)
+ t
:~--
0
---.--L------r ---·--------
- ------=-+-~=-~.I. =--=:-.:_<_X_-~(.:..--
-G
JL1"'"7.--o---_,1-J-,:-~'-f<l,.,-~-...,..-----
0
1
Nlve! de ~nda
20 .40 ~ UI lOO U0 140 1110 180
- '~ --------------- (X-M)
•
GRÁFICO 8.4
RESUMO
Neste capítulo, dedicamo-nos aos problemas decorrentes da
existência de fluxos econônticos entre diferentes países.
As trocas de bens e de serviços criam o problema da taxa
de câmbio, já que, nos diferentes países, circulam moedas dife-
rentes. Em última análise, só haverá uma taxa de câmbio entre
duas moedas, quando haja intercâmbio real de mercadorias e ser-
viços entre dois ou mais países.
Justificamos o intercâmbio comercial baseados nas teorias de
comércio de Adam Sntith (Teoria da Vantagem Absoluta) e de
David Ricardo (Teoria da Vantagem Comparativa).
Finalmente, integramos o setor externo no modelo keynesiano
de determinação de renda e constatamos a importância dos fluxos
O SETOR EXTERNO
135
econômicos internacionais na determinação da renda interna de
um país.
O SETOR EXTERNO
137
Desenvolvimento
Econômico 9
CRESCIMENTO ECONôMICO
Observando o mundo atual, notamos um desnível cada vez
maior entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos. Este
desnível pode ser observado em todos os campos de atividade eco-
nômica, mas o que realmente nos impressiona não é a diferença
absoluta entre os ricos e os pobres, mas, sim, o fato de os ricos se
tomarem cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres,
em comparação com os ricos.
:f: a ·observação desse fato, mais os efeitos psicológicos de-
correntes dos modernos métodos de comunicação (efeito demons-
tração), que têm levado as autoridades de paí~es subdesenvolvidos
a tentarem acelerar as suas taxas de crescimento econômico.
O processo de crescimento econômico pode ser efetuado pela
utilização de recursos ociosos, por inovações tecnológicas, por um
esforço maior em seu processo produtivo, por um aumento em sua
capacidade produtiva, etc.
A curto prazo, poder-se-ia efetivar o crescimento econômico
pelo método keynesiano do aumento da procura agregada, através
de gastos governamentais, política fiscal ou por investimentos cres-
centes; a longo prazo, porém, é necessário que a economia aumente
sua capacidade produtiva, para que não encontre barreiras ao seu
desenvolvimento posterior.
O próprio ato de investir, .aumentando a curto prazo o nível
da Tenda via aumento na procura agregada, gerará no futuro um
aumento na oferta de bens e serviços. Aumentando o estoque de
capital, a capacidade produtiva do sistema também foi expandida.
O aumento da capacidade produtiva gerada por um dado
investimento é determinada pela relação técnica chamada relação
INTRODUÇÃO A TEORIA ECONôMICA
138
produto-capital marginal. Por exemplo, um investimento adicional
de Cr$ 10.000,00 gerará, dependendo das relações técnicas tais como
administração tecnológica, controle etc., um aumento no produto
anual de Cr$ 5.000,00. A relação produto capital marginal será,
5.000
portanto, - - - = 0,5.
10.000
Pmarg.
Devemos notar que a relação varia mnito de setor para.
Kmarg.
setor e mesmo de indústria para indústria. A relação ·que nos
interessa é a relação média para a economia.
Notamos, então, que o investimento eleva a capacidade pro-
dutiva pela relação produto-capital marginal e que o mesmo investi-
mento eleva a renda da economia pela relação do multiplicador.
Para que a economia cresça em equihôrio, é necessário que a capa-
cidade produtiva (!I oferta) cresça à mesma taxa que a renda e,
portanto, à mesma taxa que a demanda agregada. Caso contrário,
a economia pode parar de crescer, se a capacidade produtiva cresce
mais rapidamente que a demanda,· gerando a capacidade ociosa e
inibindo investimentos.
Chamemos a CP o acréscimo na capacidade produtiva, 1:. Y
Pmarg.
o acréscimo na renda, o:: a relação , I o investimento
Kmarg.
aI
líquido e - - a taxa de aumento dos investimentos e b a propensão
I
marginal a consumir.
Sabemos que a CP = o: I e sabemos também que
1 1
1:.Y = a I , onde é o valor multiplicador.
1-b 1-b
Para que haja crescimento equilibrado, é necessário que 1:.Y =
1
1:. CP, ou seja, aI = o: I; multiplicando ambos os termos
1-b
por 1 - b (que é a propensão marginal a poupar) e, em seguida,
1:. I
dividindo por I, teremos - - = o: (1 - b) .
I
DESENVOLVIMENTO ECONôMICO
139
Vemos, então, que a taxa de crescimento de investimento
AI.
(--) deve ser igual ao valor da relação produto-capital marginal
I .
multiplicada pela propensão marginal a poupar.
Vemos, então, que a taxa de crescimento do investimento não
deve ser inferior nem superior a o: (1 - b), sob pena de o cres-
cimento não ser equilibrado - a economia geraria capacidade
ociosa, retardando o crescimento, ou geraria urna procura supe-
rior à oferta, criando pressões inflacionárias.
Daí a necessidade de se manter a taxa de crescimento de inves-
timentos constantes.
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
TABELA 9.1
(ano O = 100)
Anos 1% 2% 3% 5% 7%
o 100 100 100 100 100
10 111 122 135 165 201
30 135 182 246 448 817·
50 165 272 448 1.218 3.312
70 201 406 817 3.312 13.429
100 272 739 2.009 14.841 109.660
(FoNTE: Lipsey, R. e Steiner, P. Economics. Ha.rper Int. Eclltion, pág. 745.)
TABELA 9.2
100 100
DESENVOL'VIMENTO ECONOMICO
141
Devemos perguntar, agora, até que ponto teorias "clássicas"
de acumulação de capital e, mais recentemente, o nascimento da
tecnologia como fonte dinâmica de um processo de crescimento
são fatores suficientes para desencadear o mecanismo de desenvol-
vimento econômico nos atuais países subdesenvolvidos, e não tão
somente crescimento do produto.
O PLANEJAMENTO ECONOMICO
RESUMO
Vimos, neste capítulo, como o processo de desenvolvimento
econômico pode ser encarado. Notamos a diferença entre desen-
volvimento econômico e crescimento econômico e quais as princi-
pais dificuldades que encontram os países subdesenvolvidos em se
erguerem sobre seu estado de pobreza de subdesenvolvimento.
Vimos, também, que, para a obtenção de objetivos como cres-
cimento e desenvolvimento, pleno emprego, equihôrio no balanço
de pagamentos e estabilidade de preços, é necessário um planeja-
mento rigoroso e consciente, sem o qual os atuais países subdec
senvolvidos dificihnente diminuirão o hiato entre eles e as naçõe•
desenvolvidas.
A capacidade produtiva
análise Keynesiana (vide tam~ expansão pelo investimento 138·
bém, Xeynes J. M.), 105, 135, -140
138 capital, definição, 9
atomização, 50, 67, 80, 84 balanço de, 130-131
custo de, 119-
B estrangeiro, 145
balanço de pagamentos formação de, 93
definição, 130 mercado de, 124
partes do - substituição por trabalho, 62-66
balanço de capital, 130-131 e as teorias clássicas de acumu-
balanço em conta corrente, lação, 138-140, 141, 142
130-131 cheques, 121, 123
bancos comerciais (vide também ciência econômica, definições, 1~2,
· depósitos bancários) 7-8
--e empréstimos, 122, 123, 124 círculo vicioso da pobreza
origem de, 114 e a exploração demográfica,
bens, definição, 2 142-143
comerciados internacionalmente e a poupança privada, 147
e a taxa de câmbio, 126-130 rompimento do, 142
competitivos, 32 eobweb, 47
complementares, 31 comércio internacional (vide tam-
de luxo, 145 bém, câmbio e balanço de pa-
gamentos)
e o fluxo econômico, 89-92 definição, 126
homogêneos, 50 e o níVel interno da renda, 1~3··
intermediários, 90, 92 -135
livres, definição, 9 razões para (vantagem compa-
substitutos, 32 rativa), 131-133
competição monopolistiea, 51-52
c competição perfeita
câmbio, taxa de curva de oferta da firma a cur-
definição, 126 to prazo, 77-78
de equilíbrio, 128 curva de oferta da firma à lon-
determinação da go prazo, 78-79
num mercado competitivo, características de, 49-51
127-129 comparada ao monopólio, 80
pelo governo, 129-130 determinação da produção em,
efeito nos preços de bens no 74
comércio exterior, 126-130 eficiência, 84-85
íNDICE REMISSIVO E DE ASSUNTO
151
preço de mercado em, 66w67 como obstáculo ao desenvolvi-
c<msumidor (vide também curvas mento, 145
de indiferença) correção através de ação go-
teoria do, 52 vernamenial, 134-135
princípio da insaciabilidade, 54, deflagração
55 e a teoria quantitativa da moe-
racionalidade do, 88 da, 115
consumo (vide também propensão demanda (vide também procura)
marginal a consumir) competitiva,. 32-33
definição, 2 complementar, 30-31
determinação do, 98 inflação de, 105
e poupança, 92 Denison, E. F., 141
função consumo depósitos bancários
característica da, 98w102 e a oferta de dinheiro, 114, 121,
conversão, taxa de (vide câmbio, 122-123,
taxa de) e o investimento, 119
crescimento (vide também desen- e o multiplicador bancário, 123,
volvimento) 124
a curto prazo e longo prazo, 148 e as reservas, 121-123
pelo método Keynesiano, 138-140 depreciação
definição, 94
e o papel do governo, 143 desemprego
a longo prazo eliminação através de política
e o elemento de mudança qua- econômica, 134-135
litativa, 141, 143 e o preço da mão de obra, 103
o papel do governo, 143 e a teoria quantitativa da moew
nos E.U.A., 141 da, 114-117
e investimento, 138-140 desenvolvimento econômico (vide
equilibrado, 139-140 depreciação)
e o círculo vicioso da pobreza, despesa
142-143 definição, 92
meios de efetuá-lo, 138 igualdade com produto, 92
obstáculos ao (vide países sub- desvalorização
desenvolvidos) como política cambial, 129-130,
cruzeiro 135
efeitos da desvalorização do, efeito nos preços de bens co-
127-130 merciados internacionalmente
oferta e procura, 127-130 127-130
custos dinheiro
fixo, 68-70, 73, %, 76 características, 113-114
margina.l, 71, 73, 74, 75, 77, 80, e o setor externo (vide taxa de
83, 84 câmbio)
médio, 68-71, 74, 75, 76, 78, 84 oferta de, 114-118
médio fixo, 75 componentes da, 114
médio variável, 75, 77 e os depósitos bancários, 121-
real, 51 -123
toial, 68-71, 78, 79 e o nível de preços, 114, 115.
·variável, 68-70, 73, 75, 76 116
e política monetária, 120-121,
D 123-124
déficit origem do, 114
no balanço de pagamentos 130- procura por
-131 curva de, 118
INTRODUÇAO A TEORIA ECONOMICA
152
equação da, 117 exportação
razões da, 117 como injeção no fluxo econô-
Dorfman, R., 25 mico, 97, 133-135
dualismo econômico, 145 e a taxa de câmbio, 126-180
e elasticidade preço, 130, 135
E e política cambial, 129-130
economias de escala, 84, 145
educação F
importância no processo de de- faixa de pleno emprego (vide ple-
senvolvimento, 141 no emprego)
necessidade de adaptação, 143, fluxos econômicos
144 de renda, definição, 89
eficiência marginal do investi- .e o setor externo, 133-135
mento (vide investimento) e o equilíbrio macroecc.nômico,
-efeito demonstração, 188 95-97
elasticidade preço da oferta e a monetário, definição, 89
inflação estrutural, 107 real, definição, 89
definição, 87-89 função consumo (vide consumo)
fatores que influenciam, 41
elasticidade preço da procura G
definição, 87-89 gastos compensatórios (vide inje-
e a receita total, 42--44 ções)
fatores que influenciam, 40-41 gastos governamentais
elasticidade preço no comércio ex- como injeções nos fluxos econô-
terno, 180, 185 micos, 97, 103
elasticidade renda da procura, e o aumento da procura, 104
41-42 e o crescimento econômico, 138
empréstimos bancários, 122, 128, e inflação de demanda. 106
124 e o multiplicador, 109
equilíbrio governo (vide também, gastos go-
definição, 95 vernamentais, impostos, política
equilíbrio da firma fiscal, política orçamentária,
em competição perfeita política monetária, reserva com-
a curto prazo, 73-78 pulsória, política cambial)
a longo prazo, 78-79 responsabilidade em pa!ses sub-
em monopólio, 79-84 desenvolvidos, 141, 143, 146-
macroeconômico, 95-97, 100 -148
e elasticidade, 85, 36-37
preço de H
definição, 23, 67 Heilbroner, R., 88
e a curva de possibilidade de
produção, 24-25
renda de, 100-102 importação
e a oferta monetária, 120-121 como vazamento no fluxo eco-
taxa de juros de, 118 nômico, 97, 133-135
escassez, 3, 7 de matérias primas e de bens.
escolha econômca, 3-4-67 de capital, 145
estoques e investimento, 93, 94 e elasticidade preço, 130, 135
exploração monopolística, 51 e a taxa de cambio, 126-130
explosão demográfica e política cambial, 129-130
e desenvolvimento, 146-147 imposto
e o círculo vicioso da pobreza, como vazamento do fluxo eco-
142 nômico, 97