1.2.concorrência Monopolística

ECONOMIA NEOCLÁSSICA II
PERÍODO: 2020-1
TURNO: NOTURNO
ESTRUTURAS DE MERCADO:
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
PROF. JOÃO GONSALO DE MOURA
DECON – UFMA
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• CARACTERÍSTICAS DE UM MERCADO DE CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
a) Grande número de produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes)
b) Produto levemente diferenciado
c) Os agentes dispõem das informações relevantes
d) Livre entrada e saída de firmas (não existem barreiras à entrada de firmas no setor)
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a) Grande número de produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes)
 Significa que o preço referencial do produto é determinado pelo mercado
 Nenhum produtor é grande o bastante para influenciar de forma perceptível o preço referencial do
mercado
 Nenhum consumidor é grande o bastante para influenciar de forma perceptível o preço referencial do
mercado
3
b) Produto levemente diferenciado
 Embora produzam o mesmo bem, os produtores individuais tentam imprimir algum detalhe que
diferencie o seu produto em relação ao produto dos concorrentes
 A diferenciação pode envolver aspectos tais como: composição, tamanho, peso, cor, design, embalagem,
sabor, etc.
 A concorrência deve ser entendida no sentido direto, e não no sentido indireto da concorrência
perfeita. O produtor age reconhecendo a presença dos demais ofertantes no mercado.
4
c) Os agentes dispõem das informações relevantes
 Não é necessário que haja informação perfeita. Basta que os agentes possuam as informações
relevantes para tomar as decisões de produção e consumo
 Os produtores e os consumidores estão cientes de que existem substitutos próximos e suas ações
levam em consideração este aspecto
 Na concorrência monopolística faz sentido fazer propaganda, ao contrário da concorrência perfeita e

do monopólio. A propaganda visa informar o consumidor a respeito de algum aspecto que diferencie o
produto ofertado pela firma em relação aos produtos ofertados pelos concorrentes.
5
d) Livre entrada e saída de firmas em um setor de produção
 As firmas produzem bens que não exigem uma tecnologia de difícil acesso, ou não requerem alguma
espécie de concessão de exclusividade oriunda do poder público.
 O que motiva uma firma a entrar ou sair de um setor produtivo é o lucro econômico. Quando este é
positivo o setor atrai novas firmas; quando é negativo o setor expulsa algumas delas.
 Quando o lucro econômico é positivo, novas firmas ingressam no setor para produzir bens levemente
diferenciados. Este movimento das firmas é próprio do horizonte de logo prazo.
6
• DIFERENCIAÇÃO DE PRODUTO
Consequências da diferenciação de produto
 A empresa adquire poder de mercado. Ao imprimir algum diferencial no seu produto a firma pode
aumentar preço sem perder todos os seus clientes para a concorrência, tendo em vista que existe
alguma particularidade que motiva muitos consumidores a pagar um pouco mais para continuar
usufruindo do aspecto singular que o produto daquela firma oferece.
 Para a firma em concorrência monopolística o poder de mercado é sempre bastante limitado,

considerando que o consumidor dispõe de substitutos próximos
 Portanto, o produtor em concorrência monopolística adquire o poder de manipular o preço do seu

produto, mas, dentro de um espaço muito estreito.
7
• DIFERENCIAÇÃO DE PRODUTO
Consequências da diferenciação de produto
 Se a firma pode aumentar o preço sem perder toda a sua clientela; podendo também reduzir o preço
sem conseguir atrair todos os clientes das firmas concorrentes, mas, apenas, uma pequena parte deles.
Em linguagem mais formal, isto quer dizer que a curva de demanda pelo produto diferenciado de uma
firma individual é negativamente inclinada
 A diferenciação do produto faz com que o produtor deixe de ser um tomador de preço
 Portanto, a busca por diferenciação pode ser entendida como uma busca por poder de mercado, em
razão do fato de que o produto da firma ganha algum aspecto de singularidade e, consequentemente, a
mesma passa a operar com alguma fração do poder que é característico do monopólio puro.
8
• CURVA DE DEMANDA PELO PRODUTO DE UMA FIRMA INDIVIDUAL:
P P
Concorrência perfeita Concorrência monopolística
(firma tomadora de preço) (firma com algum poder de mercado)
Pm d = Rmg
d
Q Rmg Q
9
• CURVA DE DEMANDA PELO PRODUTO DE UMA FIRMA INDIVIDUAL
 Como consequência da curva de demanda negativamente inclinada, ocorre a separação entre a linha de preço
(demanda = d) e a curva de receita marginal (Rmg)
 A curva de receita marginal se coloca abaixo da curva de demanda (Rmg < P)
 Portanto, a configuração da demanda pelo produto do concorrente monopolístico fica bastante parecida com
a configuração da demanda pelo produto de um monopolista
 A diferença é que o concorrente monopolístico conta com apenas uma fração dos consumidores (existem bens
substitutos próximos e muitas firmas concorrentes no mercado), enquanto o monopolista conta com todos os
consumidores do bem que produz (não existem bens que sejam substitutos próximos e nem firmas
concorrentes no mercado)
10
• NÍVEL ÓTIMO DE PRODUÇÃO DE UMA FIRMA INDIVIDUAL NO CURTO PRAZO
 Objetivo da firma: maximizar lucro
 Vimos que: 𝜋=𝑅−𝐶 ⇒ 𝜋 𝑄 = 𝑓 𝑄 − 𝑔(𝑄)
 Lucro máximo: 𝑓′ 𝑄 − 𝑔′(𝑄) = 0 ⇒ 𝑓′ 𝑄 = 𝑔′(𝑄) ⇒ 𝑹𝒎𝒈 = 𝑪𝒎𝒈
 Se Rmg > Cmg → o lucro será acrescido se a firma aumentar a produção.
 Se Rmg < Cmg → o lucro será acrescido se a firma reduzir a produção.
11
• EQUILÍBRIO DE CURTO PRAZO DE UMA FIRMA INDIVIDUAL:
P P
Cmg Cmg
Cme Cme
P P
⦁ d = Rmg
Cme Cme
Rmg = Cmg ⦁ d
QE Q QE Q
Rmg
12
(curto prazo) (curto prazo)
• Rmg = Cmg • Rmg = Cmg
• P = Cmg • P > Cmg
• P > Cme ou Rme > Cme • P > Cme ou Rme > Cme
• Q ⇒ Cme > Cmemín • Q ⇒ Cme > Cmemín
• π>0 • π>0
13
• NÍVEL ÓTIMO DE PRODUÇÃO DE UMA FIRMA INDIVIDUAL NO LONGO PRAZO
 Quando as firmas que atuam em determinado setor apresentam lucro econômico positivo, haverá um
movimento de entrada de novas firmas neste setor produtivo.
 Quando as firmas que atuam em determinado setor apresentam lucro econômico negativo (prejuízo
econômico), haverá um movimento de saída de firmas deste setor produtivo.
 O movimento de entrada e saída de firmas pode ser retratado através do movimento da curva de
demanda pelo produto de uma firma individual que permanece no setor, independentemente da
situação (retratado no próximo slide).
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• EQUILÍBRIO DE LONGO PRAZO DE UMA FIRMA INDIVIDUAL:
P P
Cme Cme
P1 d1
P2 d2
P3 d3
d3 d2 d1
Q Q
15
 A curva de demanda pelo produto de uma firma individual se desloca para baixo quando novas firmas
estão entrando no setor.
 A curva de demanda pelo produto de uma firma individual se desloca para cima quando algumas firmas
estão abandonando o setor.
 O incentivo para entrada ou saída de firmas será exaurido somente quando o lucro econômico se igualar
a zero (lucro contábil normal do mercado).
 O lucro econômico se iguala a zero quando P = Cme.
16
 Ao longo da curva de demanda d1 (slide 15) existem alguns pontos para os quais P > Cme. Esta parte da
curva de demanda indica que as firmas podem operar com lucro econômico positivo. Sendo assim, o
setor atrai novas firmas e a demanda pelo produto de cada uma delas se desloca para baixo (d2, d3, ...).
 Ao longo da curva de demanda d3 (slide 15) todos os pontos indicam que P < Cme. Tal Esta
particularidade indica que as firmas só podem operar com lucro econômico negativo. Sendo assim, o
setor expulsará algumas firmas e a demanda pelo produto de cada uma delas se desloca para cima (d2,
d1, ...).
 Ao longo da curva de demanda d2 (slide 15) haverá apenas um ponto para o qual a firma não terá
prejuízo econômico, que é onde o lucro econômico se iguala a zero (P = Cme). Somente nesta situação
cessará o estímulo à entrada ou saída de firmas do setor. Aqui a firma atingirá o seu equilíbrio de longo
prazo, tendo em vista que o lucro contábil corresponde ao lucro normal do mercado.
17
• EQUILÍBRIO DE LONGO PRAZO DE UMA FIRMA EM CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA:
O gráfico ao lado retrata a solução de

equilíbrio de longo prazo de uma firma em
Cmg concorrência monopolística.
Cme
P = Cme ⦁A
B
⦁
Rmg = Cmg ⦁ d
Q Rmg Q
18
• EQUILÍBRIO DE LONGO PRAZO DE UMA FIRMA EM CONCORRÊNCIA PERFEITA:
O gráfico ao lado retrata a solução de

equilíbrio de longo prazo de uma firma em
Cmg
concorrência perfeita.
Cme
Pcp = Cmg ⦁ d
Q Q
19
(longo prazo) (longo prazo)
• Rmg = Cmg • Rmg = Cmg
• P = Cmg • P > Cmg
• P = Cme ou Rme = Cme • P = Cme ou Rme = Cme
• Q ⇒ Cme = Cmemín • Q ⇒ Cme > Cmemín
• π=0 • π=0
20
• CONSIDERÃÇÕES SOBRE O EQUILÍBRIO DE LONGO PRAZO
 Embora o firma conserve algum poder de mercado no logo prazo (P > Cmg) , isto não é suficiente para
impedir que o lucro econômico seja igual a zero (P = Cme).
 O lucro zero é consequência da livre entrada e saída de firmas no setor.
 A concorrência monopolística se assemelha ao monopólio quando conserva poder de mercado;

enquanto se assemelha à firma perfeitamente competitiva na obtenção de lucro econômico igual a zero.
21
• NÍVEL DE EFICIÊNCIA DA FIRMA
 No slide 18 é possível observar que a firma em concorrência monopolística não produz no ponto equivalente
ao mínimo da curva de custo médio, que seria alcançado somente no ponto B.
 Como a firma produz no ponto A, os economistas concluem que no nível ótimo de produção da firma em
concorrência monopolística existe um excesso de capacidade. Tal excesso é mensurado pela diferença entre os
pontos A e B.
 Como não produz em B, significa que o custo médio de produção não é tão baixo quanto poderia ser, e isto
representaria um custo adicional para a sociedade. Seria o custo inerente à diferenciação de produto.
 No entanto, se a diferenciação de produto representar algo desejado pelo consumidor, disposto a pagar algo
mais para ter a possibilidade de escolher, então esse custo social adicional seria justificável.
22
Obrigado!
Toda e qualquer iniciativa humana demanda a

Para que nenhuma das nossas iniciativas venha a
presença das quatro virtudes centrais:
ser abandonada pelo meio do caminho
a) Prudência
precisamos acrescentar uma quinta virtude às
b) Temperança
quatro anteriores:
c) Fortaleza
Perseverança
d) Justiça
23

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a) Grande número de produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes)

b) Produto levemente diferenciado

c) Os agentes dispõem das informações relevantes

a) Grande número de produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes)

 Significa que o preço referencial do produto é determinado pelo mercado

b) Produto levemente diferenciado

c) Os agentes dispõem das informações relevantes

 Na concorrência monopolística faz sentido fazer propaganda, ao contrário da concorrência perfeita e

d) Livre entrada e saída de firmas em um setor de produção

Consequências da diferenciação de produto

 Para a firma em concorrência monopolística o poder de mercado é sempre bastante limitado,

 Portanto, o produtor em concorrência monopolística adquire o poder de manipular o preço do seu

Consequências da diferenciação de produto

 A curva de receita marginal se coloca abaixo da curva de demanda (Rmg < P)

 Objetivo da firma: maximizar lucro

 Vimos que: 𝜋=𝑅−𝐶 ⇒ 𝜋 𝑄 = 𝑓 𝑄 − 𝑔(𝑄)

 Lucro máximo: 𝑓′ 𝑄 − 𝑔′(𝑄) = 0 ⇒ 𝑓′ 𝑄 = 𝑔′(𝑄) ⇒ 𝑹𝒎𝒈 = 𝑪𝒎𝒈

 Se Rmg > Cmg → o lucro será acrescido se a firma aumentar a produção.

 Se Rmg < Cmg → o lucro será acrescido se a firma reduzir a produção.

• Rmg = Cmg • Rmg = Cmg

• P = Cmg • P > Cmg

• Q ⇒ Cme > Cmemín • Q ⇒ Cme > Cmemín

 O lucro econômico se iguala a zero quando P = Cme.

O gráfico ao lado retrata a solução de

O gráfico ao lado retrata a solução de

• Rmg = Cmg • Rmg = Cmg

• P = Cmg • P > Cmg

• P = Cme ou Rme = Cme • P = Cme ou Rme = Cme

• Q ⇒ Cme = Cmemín • Q ⇒ Cme > Cmemín

 O lucro zero é consequência da livre entrada e saída de firmas no setor.

 A concorrência monopolística se assemelha ao monopólio quando conserva poder de mercado;

Toda e qualquer iniciativa humana demanda a

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