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Aproximações entre o Sistema Laban e os Fundamentos da Dança de Helenita Sá

Earp

Lígia Tourinho, Doutora em Artes (Unicamp), CMA, Professora Associada I da


Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.

Maria Inês Galvão Souza, Doutora em Artes Cênicas (Unirio), Especialista nos
Fundamentos da Dança de Helenita Sá Earp, Professora Adjunta IV da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.

"Apresentado na Conferência Nacional LABAN Brasil 2018 em 02 de Agosto de 2018".

Resumo
Este trabalho tem por objetivo refletir sobre as aproximações entre o Sistema Laban e os
Fundamentos da Dança de Helenita Sá Earp, pioneira da Dança como docente de um
curso de graduação brasileiro, sendo a primeira a lecionar uma disciplina com
conteúdos de Dança na Escola Nacional de Educação Física e Desportos na
Universidade do Brasil. Os estudos de Earp dividem-se em parâmetros, sendo eles:
Movimento, Espaço, Forma, Dinâmica e Tempo. Sua teoria foi atravessada pelo diálogo
com a Anatomia, a Educação Somática, a Filosofia, a Matemática e pelos estudos de
Laban e Mary Wigman. Earp chegou a estudar com Wigman fora do Brasil. Este paper
destina-se a realizar uma análise comparativa entre os estudos de Earp e os de Laban, na
tentativa de localizar os pontos de aproximação e afastamento entre os parâmetros dos
Fundamentos da Dança de Helenita Sá Earp e as categorias de Análise de Movimento
de Rudolf Laban (CORPO, ESPAÇO, ESFORÇO e FORMA).
Rudolf Laban e Helenita Sá Earp

Figura 1: Rudolf Laban Figura 2: Helenita Sá Earp

Rudolf Laban nasceu na Bratislava, à época capital do antigo Império austro-


húngaro, no ano de 1879. Dançarino, coreógrafo, teatrólogo, musicólogo, considerado
como o maior teórico da dança do século XX e figura ímpar no desenvolvimento da arte
do movimento e de seu entendimento como linguagem. Preocupado em desenvolver
reflexões no campo da dança que relacionassem a Arte e a Ciência, Laban desenvolveu
todo um legado de pesquisa teórica e prática sobre o movimento, ancorado em quatro
grandes categorias: CORPO, ESPAÇO, ESFORÇO e FORMA. E articulado a partir de
grandes temas paradoxais como: Mobilidade/ Estabilidade, Ação/ Recuperação, Função/
Expressão e Interno/ Externo. Capaz de indagar questões paradigmáticas para seu
tempo, como por exemplo em suas parcerias com Mary Wigman - Há dança sem
música? - desenvolveu todo um campo de pensamento e prática com base na ideia de
pesquisar o movimento e desenvolver teorias sobre essas pesquisas. Morreu em 1958,
porém seus estudos continuam através de uma ampla comunidade que se dedica ao
desenvolvimento e ampliação de seu legado.

Helenita Sá Earp nasceu no Rio de Janeiro em 1919. Neste período Laban já era
considerado um dos grandes nomes da Dança na Europa e liderava os programas de
verão no Monte Veritá. Estava também em contato direto com as vanguardas artísticas,
especialmente com os Dadaístas. Laban e Earp eram de diferentes gerações e
possivelmente partes dos estudos de Laban influenciaram a pesquisa de Earp.
Helenita Sá Earp foi responsável pela introdução da Dança nas universidades
brasileiras, no ano de 1939, quando se torna catedrática da cadeira de Ginástica Rítmica
na Escola Nacional de Educação Física e Despostos da Universidade do Brasil (UFRJ).
Com a implantação do I Curso de Especialização em Dança e Coreografia da UFRJ, em
1943, criou também sua companhia de dança que se tornou um pólo de produção
artística em linguagens coreográficas. No ano de 1970, cria o Departamento de Arte
Corporal (DAC).

Helenita desenvolveu um trabalho pioneiro e desbravador para os estudos da


dança e da composição coreográfica no contexto brasileiro, intitulado Fundamentos da
Dança. Seus estudos continuam sendo desenvolvidos e ampliados. Em 2000 foi
nomeada Professora Emérita da UFRJ, o principal título que um pesquisador pode
receber em uma universidade pública brasileira. Foi a primeira e, por enquanto, é a
única Professora Emérita da Dança no Brasil. Morre em 2014.

Os Fundamentos da Dança foram a base para a criação dos três cursos de


Graduação em Dança da UFRJ: Bacharelado em Dança, Bacharelado em Teoria da
Dança e Licenciatura em Dança. Em 2019 a instituição dá início ao segundo Mestrado
em Dança do Brasil, com a implementação do Programa de Pós-graduação em Dança
(PPGDan). Hoje o Departamento de Arte Corporal conta com 46 professores, mais de
cinquenta projetos de pesquisa e extensão ativos e cinco grupos de Pesquisa cadastrados
no CNPQ.

Indiscutivelmente Laban e Helenita eram pessoas muito a frente de seus tempos,


capazes de liderar movimentos de profundo desenvolvimento e expansão da Dança.
Tiveram a liberdade como prática em suas propostas, era o diverso que os interessava.
Venceram muitas adversidades de suas épocas, guerras e regimes de governos
totalitários. Acreditavam na importância de suas indagações e amavam o que faziam.
Suas ações nos contaminaram nos ensinando a amar e saborear o conhecimento do
corpo em relação: o corpo no mundo com os outros. O mundo e o outro como extensão
do nosso corpo.

Laban viveu as duas grandes guerras mundiais. O ambiente universitário


acadêmico vivido por Helenita Sá Earp foi marcado pelas questões políticas
conjunturais da ditadura militar, dentro de uma estrutura universitária militar. Ambos
viveram em períodos nada propícios para a estruturação de saberes sobre o corpo
somático, sensível e relacional. O trabalho de Helenita vinha de uma vontade de
inovação e de desenvolvimento de um pensamento estruturado (não estrutural) sobre o
corpo. Podemos dizer o mesmo sobre Laban. Não temos fontes bibliográficas e nem
documentais que comprovem o contato direto de Helenita com Laban, mas encontramos
algumas evidências de uma aproximação entre suas pesquisas, quando lançamos um
olhar cuidadoso para suas produções teóricas e práticas. Certamente Helenita estudou e
foi apresentada a temas e conteúdos do campo labaniano. Sua teoria foi atravessada
pelo diálogo com a Anatomia, a Educação Somática, a Filosofia, a Matemática e pelo
seu contato com Mary Wigman. Earp chegou a estudar com Wigman fora do Brasil.

Podemos elencar alguns pontos de aproximação estrutural entre o Sistema Laban


e os Fundamentos da Dança. São eles:

Laban e Helenita eram artistas da Dança e sempre desenvolviam o pensamento


sobre o corpo e análise do movimento. Criaram um fazer-pensar-dança bastante
autônomo. Existe uma disposição comum aos dois pesquisadores de integrar Arte e
Ciência. A produção de conhecimento é um portal para possibilidades diversas de
descobertas. Seus pensamentos e conceitos desenvolvidos são princípios norteadores de
infinitas possiblidades de novos pensamentos e produções artísticas e didáticas. Mesmo
que suas teorias dialoguem intimamente com muitos outros campos do conhecimento, o
foco, o centro do pensamento, é o do corpo sendo entendido como linguagem e o da
linguagem do movimento e da dança. Suas propostas nos fazem pensar em um tipo de
pesquisa que pode ser infinitamente desdobrada e que é acessível, possível para
qualquer pessoa, qualquer singularidade corporal.

Ambos tinham uma forma de pensar sistêmica, que valorizava o entendimento


sobre como cada parte de seus estudos podem ser articulados em um jogo entre foco e
fundo. Por exemplo, mesmo que analisemos uma movimento em termos de Espaço, as
dinâmicas e variações temporais também podem estar presentes como componentes da
análise e da criação do movimento. Em se tratando de Análise de Movimento Laban,
indaga-se sobre qual a questão central naquele movimento. Nos Fundamentos da
Dança, indaga-se sobre o que é foco e o que é fundo como princípios da ação.

Sá Earp desenvolveu sua abordagem com base nos parâmetros de análise e


criação do corpo: Movimento, Espaço-forma, Dinâmica e Tempo. A análise de
Movimento de Laban pauta-se nas categorias CORPO, ESPAÇO, ESFORÇO e
FORMA.

Criaram um vocabulário para falar sobre o movimento em termos de


movimento, que se faz entender a atuação do corpo em exercícios físicos, em produções
artísticas, em formas de pensamentos, processos didáticos... Entender o corpo saúde, o
corpo cotidiano, o corpo arte, o corpo linguagem, o corpo no mundo, o corpo relacional.

Abordagens Filosóficas

As perspectivas filosóficas do Sistema Laban podem ser estudadas dentro da


Coreosofia, um estudo filosófico a partir do movimento e suas potências. Em Sá Earp
identificamos a influência da obra do filósofo Huberto Rohden, sua obra propõe a
filosofia univérsica, por meio da qual defendia a harmonia cósmica e a conexão do ser
humano com a consciência coletiva do universo. Por conta desta influência, o primeiro
nome da teoria de Helenita foi Sistema Universal de Dança (nome inicial dos
Fundamentos da Dança), integrando o corpo a uma visão holística. A Coreosofia de
Laban também prioriza um entendimento holístico sobre o movimento e a condição
humana no mundo.
Laban inaugura a Coreosofia refletindo sobre a potência do movimento e a
arquitetura do Corpo no Espaço. Helenita inicia suas reflexões indagando-se sobre quais
seriam os princípios que geram possibilidades para o corpo e sua despadronização.

Categorias e Parâmetros: primeiras aproximações

A seguir apresentaremos alguns esquemas de aproximação entre conteúdos do


Sistema Laban e dos Fundamentos da Dança, presentes nas Categorias e Parâmetros das
respectivas abordagens.

Categoria CORPO e Parâmetro MOVIMENTO


Categorias ESPAÇO e FORMA e Parâmetro ESPAÇO-FORMA

Estudos sobre o Ritmo (em Motif e Labanotation) e o Parâmetro Tempo

• Pulso: marcação constante de um trecho rítmico.

• Compasso: medida dos tempos em música. Espaço que corresponde a


determinada sequência rítmica. Pode ser binário, ternário ou quaternário.
Simples ou composto.

• Andamento: desenvolvimento melódico. Diz respeito à velocidade (lento,


moderado, rápido).

• Ritmo: é a forma/organização de agrupamentos dos valores dos tempos


combinados por meio de acentos, retornos periódicos de tempos fortes e fracos.
Categoria ESFORÇO e Parâmetro DINÂMICA

Parâmetro DINÂMICA
Como se aplica a força ao movimento? Por onde e de que forma a energia conecta um
movimento ao outro?
1) Intensidade: diferentes graus da força aplicada (suave, moderado, forte, fortíssimo).
2) Noções de peso e leveza.
3) Passagem da força: transferência da força de uma parte para outra (próximas ou
distantes) que pode ser de forma contínua, sem interromper o movimento ou
descontínua, com interrupção do movimento.
4) Entrada de força: salientar a parte que inicia o movimento.
5) Acentos – são acelerações do movimento com uma pausa brusca.
6) Impulsos – pequenos e grandes impulsos realizados por pequenas ou grandes partes.
7) Modos de execução dos movimentos – diferentes maneiras de aplicar a força gerando
movimentos de qualidades semelhantes. Dividem-se em:
a) Conduzido – movimento caracterizado pela continuidade na contração da
musculatura, não sendo modificada abruptamente a força aplicada ao movimento. É
caracterizado também pelo controle total da condução.
b) Ondulante – é um movimento conduzido que produz uma sinuosa no corpo e nas
partes em ação, de tal maneira que coordena curvas ascendentes e descendentes com
uma ligação constante.
c) Percutido – é um movimento caracterizado pela força explosiva com uma parada
abrupta.
d) Lançado – é caracterizado por uma força explosiva (menos intensa que a do
movimento percutido). O movimento parte de um impulso inicial que vai levar a parte
lançada ao limite do seu alongamento muscular e articular.
e) Balanceado – é um movimento cujo impulso inicial (com força média) desloca a
parte do corpo e o retorno desse movimento é feito pela ação da gravidade, podendo
haver a recuperação do impulso por outra parte ou pelo corpo como um todo (existe um
aproveitamento da força de um movimento para o outro).
f) Vibratório – o movimento se realiza pela contração máxima da musculatura em
isometria. Quando a contração chega ao limite da força aplicada a musculatura,
consequentemente a parte, começa a vibrar.
g) Pendular – é um movimento conduzido com a mesma trajetória em sentidos opostos,
como um pêndulo, caracterizando um movimento simétrico.

Categoria ESFORÇO

Effort Phrasing (Fraseado de Esforço) - Constante, Crescente, Decrescente, Impulsivo,


Enfático, Resiliente, Vibratório.
As aproximações entre o Parâmetro DINÂMICA e a Categoria ESFORÇO são bastante
significativas nas abordagens relacionadas aos modos de execução de Helenita. As
características de emprego da força na execução do movimento se aproximam e muitas
vezes se equivalem conceitualmente.

Indagações: considerações finais

Este estudo é o resultado de um aprofundamento de questões surgidas durante


nossas trajetórias acadêmicas no Departamento de Arte Corporal da UFRJ, atuando com
a formação em Dança. Esses primeiros esquemas entre o Sistema Laban e os
Fundamentos da Dança aproximam e ampliam as perspectivas desses dois grandes
artistas da Dança, Laban e Helenita, que sempre tiveram o ímpeto e o desejo de
transformar a dança em uma linguagem artística democrática, pela certeza que
expressaram em suas práticas de liberdade ser a dança uma linguagem de todos os
corpos.

A partir de suas teorias podemos estar aqui hoje, corpos com trajetos tão
diversos colocando em prática a nossa liberdade nas nossas danças e nos nossos
discursos: Ligia Tourinho, com formação em Dança, Teatro e no Sistema Laban. Inês
Galvão, com formação em Dança, Teatro e nos Fundamentos da Dança. Este artigo é
mais um resultado de nossa parceria consistente de trabalho e de nossa admiração por
nossos mestres e consciência da importância de seus trabalhos.

Desde 2014 desenvolvemos o Projeto Preparação Corporal para Atores,


investigando princípios para o domínio de um corpo expressivo. Neste projeto nosso
objetivo é o de orientar os graduandos em dança a preparar o corpo dos atores das
montagens do curso de direção de teatral. Desde o surgimento do projeto, 64 montagens
da Direção Teatral receberam preparadores corporais dos cursos de Dança. Os estudos
de Laban e Helenita são os pilares deste projeto e a partir dele estabelecemos a
metodologia de estruturação deste projeto, publicada sob forma de artigo na revista Art
Research Journal (ARJ), no dossiê específico sobre a Dança 1. Depois da publicação
deste trabalho, que já lançava um olhar de tangências entre as duas abordagens de
dança, de Laban e Helenita, resolvemos lançar um olhar mais aprofundado e cauteloso
sobre essas similaridades, que muitas vezes têm apenas nomenclaturas diferentes, mas
tem conceitos similares ou muito próximos.

A organização desses esquemas de aproximação nos leva a novas indagações.


Como cada um que passa por essas pesquisas recebe, filtra e agrega questões? São
realmente campos em expansão? Como filosofias tão inovadoras para seus tempos se
atualizam nos tempos de hoje? Como o Sistema Laban e os Fundamentos da Dança se
apresentam hoje nos Projetos de Pesquisa e Extensão do Departamento de Arte
Corporal? O corpo como potência é infinito quando compreendemos e praticamos a
liberdade a partir de princípios/fundamentos/categorias? O campo labaniano estimula o
olhar da análise e os fundamentos da dança propiciam a despadronização dos modelos
de movimento? Ou ambos potencializam os dois caminhos? São propostas realmente
possíveis para todos os corpos? Como torná-las acessíveis as diversas realidades da
Dança no Brasil? Suas teorias podem ser consideradas abordagens pedagógicas que
desenvolvem a alfabetização corporal? Podemos adquirir um vocabulário que dê conta e
amplie suas próprias falas/ movimentos?

Mais do que responder as nossas próprias questões, este artigo tem o objetivo de
manter vivo o espírito curioso e criativo de artistas do corpo que se interessam pela
linguagem do movimento como necessidade vital e que fazem de sua dança uma arma
sensível para o desenvolvimento de uma sociedade mais humana e justa.

O propósito da vida, tal como concebo, é o cultivo da essência humana em


oposição à robotização, é um chamado para salvar a humanidade de uma
confusão terrível. As imagens de um festival do futuro, um conglomerado de
vida em que todos os celebrantes estejam em comunhão de pensamento,
sentimento e ação, é o de alcançar uma meta comum bem definida: a de
enriquecer sua própria luz interior. Poderá tudo isso ser expresso por meio da
dança? Unicamente se os participantes acreditarem que a dança é uma ética
de vida, e somente quando forem capazes de permitir que esta experiência se

1
TOURINHO, Lígia Losada; SOUZA, Maria Inês Galvão. A Preparação Corporal para a Cena como
Evocação de Potências para o Processo de Criação. In ARJ, V.3, n.2, p. 178 a 193. Natal: UFRN,
2016.
infiltre em sua forma de vida, em seus impulsos até chegar a seus
movimentos2 (LABAN, 2001, p.120).

Técnica, arte, sensibilidade nas formas. A expressão do homem inteiro na


Dança. A técnica, por mais rigorosa que seja, não deve nunca deixar de
expressar a arte 3 (Helenita Sá Earp).

Bibliografia:

BARTENIEFF, Irmgard. Body Movement: coping with the environment. New York:
Routledge, 2002.
BRADLEY, Karen. Rudolf Laban. London and New York: Routledge, 2009.
EARP, Helenita Sá. As Atividades Rítmicas Educacionais segundo nossa orientação
na ENEFD. Rio de Janeiro: Papel Virtual, 2000.
GUALTER, Katya; PEREIRA, Patrícia. Apostila da Disciplina Fundamentos da
Dança. Rio de Janeiro: DAC/ EEFD/ UFRJ, 2000.
LABAN, Rudolf. Una Vida para la Danza. México: Ríos y raíces, 2001
_____________. Dança Educativa Moderna. São Paulo: Ícone Editora LTDA, 1990.
_____________. A V ision of Dynamic Space. London and Philadelphia: The Falmer Press,
1984.
_____________. A Life for Dance; Reminiscences. London: MacDonald and Evans, 1975.
____________. O Domínio do Movimento. São Paulo: Summus Editorial, 1978.
____________. Choreutics. London: MacDonald and Evans, 1966.
LIMA, André Meyer. A Poética da Deformação na Dança Contemporânea. Rio de
Janeiro: Editora Monteiro Diniz, 2004.
MIRANDA, Regina. Corpo-Espaço: Aspectos de uma Geofilosofia do Movimento.
Rio de Janeiro: 7 Letras, 2008.
MOORE, Caroline. Meaning in Motion: Introducing Laban Movement Analysis.
Colorado: MoveScape Center, 2014.

2
Livre tradução do trecho: “El propósito da vida, tal como lo concibo, es el cultivo de la esencia humana
em oposición a la del robot, es um llamado para salvar a la humanidad de parecer em medio de uma
espantosa confusión. La imagens de um festival de futuro, um conglomerado de vida em el que todos los
celebrantes em comunión de pensamiento, sentimiento y acción tratan de alcanzar uma meta bien
definida: la de enriquecer su própria luz interior. ? Podrá todo esto ser expresado por médio de la danza?
Unicamente si lós participantes creen saber que la danza posee uma vida ética, y solo cuando sean
capazes de permitir que esta experiencia se infiltre em su forma de vida y em sus impulsos hacia el
movimento”.
3
Frase de Helenita Sá Earp que abria a coreografia “Técnica em Arte” , obra remontada em 1988 por Ana
Célia de Sá Earp.
MOTTA, Maria Alice. Teoria Fundamentos da Dança – Uma Abordagem
Epistemológica à Luz da Teoria das Estranhezas. Dissertação de Mestrado, Ciência
da Arte, Instituto de Arte e Comunicação, Universidade Federal Fluminense, 2006.
PRESTON-DUNLOP, Valerie. Rudolf Laban: An Extraordinary Life. Hampshire:
Dance Books Ltda, 2008.
TOURINHO, Lígia Losada; SOUZA, Maria Inês Galvão. A Preparação Corporal
para a Cena como Evocação de Potências para o Processo de Criação. In ARJ, V.3,
n.2, p. 178 a 193. Natal: UFRN, 2016.

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