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VACINA DTP ACELULAR (DTPa)

1) COMPOSIÇÃO
Contém toxina pertussis, componente essencial, com adição variável de
outros componentes antigênicos da Bordetella pertussis como a hemaglutinina
filamentosa, a pertactina (uma proteína da parede celular), aglutinogênios
(proteínas das fimbrias). Esses antígenos são combinados com os toxoides
diftéricos e tetânicos. Essas vacinas utilizam como conservante o timerosal
(mercúrio) ou o fenoxietanol. São adsorvidas a sais de alumínio, como
adjuvante, tal como ocorre na vacina celular.

2) APRESENTAÇÃO
As vacinas são apresentadas em forma de suspensão, em seringa ou ampola
unidose. Recomenda-se sempre consultar a bula do produto, já que podem
surgir novas apresentações.

3) CONSERVAÇÃO E VALIDADE

• A vacina deve ser conservada entre +2°C e +8°C não pode atingir
temperatura de 0º C (não congelar).
• O prazo de validade e indicado pelo fabricante e deve ser rigorosamente
respeitado.

4) INDICAÇÃO:
Pode ser indicada a partir dos 2 meses de idade, sendo a idade máxima
6 anos, 11 meses e 29 dias, nos seguintes casos:

• Em substituição à vacina Penta, Tetra ou DTP na ocorrência de evento


adverso que justifique a indicação;

• Para crianças que apresentem risco aumentado de desenvolvimento de


eventos graves à vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) ou à
vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B e H. influenzae B
(Penta):
 Doença convulsiva crônica,
 Cardiopatias ou pneumopatias crônicas com risco de
descompensação em vigência de febre,
 Doenças neurológicas crônicas incapacitantes,
 Crianças com neoplasias e/ou que necessitem de quimio, rádio ou
corticoterapia,
 RN que permaneça internado na unidade neonatal por ocasião da
idade de vacinação,
 RN prematuro extremo (menor que 1.000 g ou 31 semanas).
Administrar a primeira dose, de preferência isoladamente, e
agendar posteriormente a realização HIB e HB. As demais doses
devem ser preferencialmente feitas com DTPa. (CRIE) –
AGUARDA AVALIAÇÃO DO CVE

• Preferencialmente, nas seguintes situações de imunodepressão em


crianças:
 Com neoplasia e/ou que necessitem de quimioterapia,
radioterapia ou corticoterapia,
 Com doenças imunomediadas que necessitem de quimioterapia,
corticoterapia ou imunoterapia,
 Transplantados de órgãos sólidos.
Nota1: Os candidatos a receber transplantes de órgãos sólidos devem ter seus
esquemas vacinais avaliados e atualizados.
Nota2: Os candidatos a doação de órgãos sólidos devem atualizar o esquema
vacinal conforme PNI, preferencialmente até 14 dias antes do transplante.

5) ESQUEMA, DOSE, VOLUME E VIA DE ADMINISTRAÇÃO:


A vacina DTPa deve ser administrada pela via intramuscular (IM)
profunda no vasto lateral da coxa em crianças menores de 2 anos; em crianças
acima de 2 anos pode ser utilizada a região do músculo deltoide.
O esquema básico da vacina é de 3 doses com 0,5 ml cada dose e
deverá ser aplicada da seguinte maneira:
- 1ª dose aos 2 meses de idade
- 2ª dose aos 4 meses de idade
- 3ª dose aos 6 meses de idade
Nota1: Intervalo recomendado entre as 3 doses básicas é de 60 dias e o
intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.
- 1º Reforço: 15 meses
- 2º Reforço: 4 anos de idade.

Observações:

• 1° reforço deverá ser aplicado na idade de 1 ano e 3 meses, com


intervalo mínimo de 6 meses após a 3ª dose do esquema básico
(PENTAVALENTE /DTP/DTPa).
• 2° reforço deverá ser agendado para 4 anos de idad e, podendo ser
aplicado entre 4 anos até 6 anos, 11 meses e 29 dias de idade (intervalo
mínimo de 6 meses do1º reforço para o 2º reforço).

Crianças com Esquema de Vacinação em atraso:


3 doses de Criança com mais de 7 Retorno após 10 anos da
Penta/Tetra/DTPa anos de idade última dose da vacina
Penta/Tetra/DTPa com
dT (exceção para casos
de acidentes).
Completar o esquema de
Hepatite B, se
necessário.
3 doses de Criança até 6 anos, 11 Aplicar uma dose de
Penta/Tetra/DTPa meses e 29 dias reforço com a vacina
DTPa e agendar o 2º
reforço com intervalo de 6
meses (atentar para a
idade máxima);
Agendar retorno com (dT)
após 10 anos da última
dose de DTPa.
Completar o esquema de
Hepatite B e Hib, se
necessário.
2 doses de Criança com 7 anos ou Aplicar uma dose de
Penta/Tetra/DTPa mais de idade vacina Dupla Adulto (dT),
com intervalo mínimo de
30 dias da última dose de
Penta/Tetra/DTPa;
Agendar retorno em 10
anos (dT);
Completar o esquema de
Hepatite B.
2 doses de Criança até 6 anos, 11 Aplicar a vacina DTPa (3ª
Penta/Tetra/DTPa meses e 29 dias. dose);
Retorno em 6 meses com
vacina DTPa – 1º reforço
(se menor de 7 anos);
Agendar o 2º reforço
após 6 meses do 1º
reforço (atentar para a
idade máxima).
Completar esquema de
Hepatite B e Hib, se
necessário.
1 dose de Criança com 7 anos ou Aplicar duas doses de
Penta/Tetra/DTPa mais de idade vacina Dupla Adulto (dT),
com intervalo mínimo de
30 dias (intervalo mínimo
de 30 dias da dose de
Penta/DTPa);
Agendar retorno em 10
anos (dT);
Completar o esquema de
Hepatite B.
1 dose de Criança até 6 anos, 11 Aplicar duas doses da
Penta/Tetra/DTPa meses e 29 dias. vacina DTPa (2ª e 3ª
dose);
Retorno em 6 meses com
vacina DTPa – 1º reforço
(se menor de 7 anos);
Agendar o 2º reforço
após 6 meses do 1º
reforço (atentar para a
idade máxima).
Completar esquema de
Hepatite B e Hib, se
necessário.

Nenhuma dose de Criança com 7 anos ou Aplicar três doses de


Penta/Tetra/DTPa mais de idade vacina Dupla Adulto (dT),
com intervalo mínimo de
30 dias;
Agendar retorno em 10
anos (dT);
Administrar o esquema
de Hepatite B.
Nenhuma dose de Criança até 6 anos, 11 Aplicar três doses da
Penta/Tetra/DTPa meses e 29 dias. vacina DTPa;
Retorno em 6 meses com
vacina DTPa – 1º reforço
(se menor de 7 anos);
Agendar o 2º reforço
após 6 meses do 1º
reforço (atentar para a
idade máxima).
Administrar esquema de
Hepatite B e Hib, se
necessário.

6) CONTRAINDICAÇÃO
• Choque anafilático provocado por aplicação da vacina Penta, Tetra ou
DTP ou da DTP Acelular.
• Encefalopatia instalada no período de 7 dias após a aplicação da vacina
Penta, Tetra, DTP, DTP acelular, devendo o esquema, nesses casos,
ser completado com vacinas DT ou dT.
• Idade maior ou igual a 7 anos.

Precaução:
Precauções devem ser tomadas na aplicação dessas vacinas, quando houver:
• História previa de síndrome Guillain-Barré até seis semanas após receber
vacina contendo toxoides tetânico.
• Progressiva doença neurológica, até estabilização do quadro clinico.
• Reação local intensa (reação de Arthus) após dose de vacina contendo
toxoides tetânico ou difterico.
• Doença aguda moderada ou grave.
• Crianças com riscos importantes de hemorragias (hemofilia,
trombocitopenia, uso de anticoagulantes) sugere-se utilizar via SC e, de
preferência, logo após a aplicação de fatores de coagulação indicados.

7) EVENTOS ADVERSOS
Locais: são os mesmos das vacinas celulares: dor, enduração, hiperemia,
porém com menor frequência e intensidade.
Sistêmicos: são os mesmos das vacinas celulares, porém menos frequentes.
Temperatura axilar ≥40°C, convulsões febris, choro com três horas ou ma is de
duração e tem sido observado eventualmente.
Manifestações graves: anafilaxia, episódios hipotônicos hiporresponsivos e
encefalopatias são extremamente raras.

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