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CONTRIBUIÇÃO DA LIVRARIA MARTINS
EDITORA ÀS COMEMORAÇÕES DO IV CEN-
TENÁRIO DA FUNDAÇÃO DE SÃO PAULO
Viagem às Províncias
do
Rio de Janeiro e S. Paulo
Deste volume, o quinto da Biblioteca Histórica
Paulista, comemorativa do IV Centenário da
Fundação de São Paulo, fizeram-se à parte
em papel "vergé", 50 exemplares numerados
de 1 a 50.
03
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BIBLIOTECA HISTÓRICA PAULISTA
DIREÇÃO DE AFONSO DE E. TAUNAY
J. J. VON TSCHUDI
Viagem às Províncias do
Rio de Janeiro e S. Paulo
Introdução de AFONSO DE E. TAUNAY
Tradução de EDUARDO DE LIMA CASTRO
AFFONSO DE E. TAUNAY
ESCRAVOS DESCANSANDO
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"PANELA MÃE"
VIAGEM ÀS PROVÍNCIAS DO RIO DE JANEIRO E S. PAULO 51
450 mil réis para 140 contos e 338 mil réis, os lucros varia-
ram de 2 contos 964 mil réis (1849) a 40 contos e 507 mil réis
(1854). A porcentagem oscilou, pois, entre 3,34% e 27,91%,
depois de deduzir-se o acréscimo do valor, devido à elevação
de preço que os escravos representavam. Esta fazenda era
magistralmente administrada, consoante os mais modernos pre-
ceitos técnicos.
Grandes propriedades, com elevado número de escravos,
rendem mais do que as menores. O tratamento dos escravos
é, segundo testemunho de pessoas competentes, muito bom no
distrito de Cantagalo, tendo ainda apreciàvelmente melhorado
nesses últimos 15 ou 20 anos. As vantagens pecuniárias im-
peliram os donos de escravos a cuidar do bem-estar dos mes-
mos, pois a capacidade de trabalho de cada um representava
um capital para o dono, e, assim, apresenta-se-nos o caso bas-
tante raro dos sentimentos de humanidade marcharem de
acordo com os interesses particulares e financeiros. Mas não
é apenas o interesse monetário que o fazendeiro tem no seu
escravo que o induz a tratá-lo bem, concorre a concepção adian-
tada e mais livre das gerações novas. Tanto nesse distrito
como em todo o Brasil, existem uns raros fazendeiros que
maltratam os escravos, deixando-os quase morrer de fome.
Desses, a maioria são portugueses. É fato conhecido que os
brasileiros são infinitamente mais humanos e bons para com
os seus escravos do que os portugueses, que os maltratam, sen-
do ainda os homens sempre mais cruéis do que as mulheres.
J á tive oportunidade de mencionar no primeiro volume as
condições dos escravos e quero apenas voltar ao assunto, para
descrever o tratamento dado aos escravos nas fazendas bem
administradas.
No páteo em que se encontra a casa grande, existem em
geral dois edifícios compridos, de construção primitiva, as cha-
madas senzalas ou habitações dos negros, onde os homens são
alojados separadamente das mulheres. Ao longo dessas cons-
truções estão as tarimbas, cerca de três pés acima do chão, e
no centro um corredor bastante largo e alguns fogões primi-
tivos, nos quais os negros preparam às vezes um ou outro prato
simples ao voltar do trabalho. Tais pratos suplementares que
os escravos preparam nos fogões, são peixe ou alguma caça do
mato, especialmente tatus, iguanas, pacas, capivaras, cotias ou
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(36) A igreja não foi construída. O serviço religioso, por muitos anos, foi
celebrado na sede da prefeitura. Há 14 anos atrás colocou-se enfim a pedra fun-
damental da igreja. Um comitê, de que faziam parte o Rarão de Nova Friburgo,
o religioso Joye e Cristóvão Vieira Freitas, encarregou-se da construção do templo.
92 J. J. VON TSCHUDI
(38) Revela o sr. Sinimbu que, desde a chegada dos colonos, em novembro^
de 1819, até março de 1821 16 meses —, morreram 123 pessoas. Esta cifra
é bastante mais baixa que a acima indicada por Fonseca e Silva, que revelai
mortalidade muito mais elevada.
96 J. J. VON TSCHUDI
(40) Não tive sob minha vista o original do contrato, mas sim uma tradu-
ção (portuguesa). Não me responsabilizo, portanto, pela exatidão dos números.
Lê-se na tradução: "Duzentas jugadas renanas, ou quatrocentas braças quadra-
das" e creio que ocorreu erro na tradução ou na impressão, pois — que faria
uma família com 400 braças quadradas de terra?
100 J. J. VON TSCHUDI
1.596
1.432
1.782
Total: 4.810
30
146 J. J- VON TSCHUDI
(69) Algumas famílias cuidavam apenas de 500 a 700 cafèeiros. Quando lhes
perguntei porque não cultivavam maior quantidade, responderam-me que estavam
tão sobrecarregados de dívidas que não lhes importava trabalhar no cafèzal. A
roça lhes dava o suficiente para viverem e não viam necessidade de se matarem
a trabalhar. Enfim, as mesmas concepções errôneas de alhures.
184 J. J. VON TSCHUDI
O BARÃO TSCHUDI 9
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Se não bastasse este primeiro empreendimento que é a reedição dos
"Apontamentos Históricos" de Azevedo Marques, a leitura apenas dos
títulos iniciais desta BIBLIOTECA HISTÓRICA PAULISTA, daria
para firmar um altíssimo crédito cultural à Editora que se aventurou a
publicá-la. Vejamos: a "Nobiliarquia Paulistana", de Pedro Taques; a
"História da Capitania de São Vicente" de Frei Gaspar da Madre de
Deus; a "Peregrinação" de Von Tschudi e a de Emílio Zaluar; a "Se-
gunda Viagem" e o "Quadro Histórico de Saint-Hilaire" só isso em
qualquer país onde o livro fosse compreendido bastaria para conferir o
título de benemérito ao editor. No Brasil talvez o chamem de louco.
PAULO DUARTE
ti
Não podia ter sido mais feliz a Livraria Martins Editora ao reedi-
tar a obra raríssima e útil de Azevedo Marques. Inicia muito bem essa
casa editora, com o primeiro volume da BIBLIOTECA HISTÓRICA
PAULISTA, comemorativa do IV Centenário da Fundação de São
Paulo. Outros virão enriquecer essa prestigiosa coleção de historiadores
paulistas. E assim como eles contribuíram para tornar conhecidos os
feitos de nossos maiores desbravadores e construtores da nossa Pátria,
também o editor da BIBLIOTECA HISTÓRICA PAULISTA atende a
procura da valiosa obra de Azevedo Marques, pondo-a ao alcance da
terra e da gente bandeirante.
TITO. LÍVIO FERREIRA
ti
A contribuição da paulística para a brasiliana é de tal alcance, que
à iniciativa da Editora Martins cabe o mais sincero elogio. Com a reim-
pressão da obra rara de Azevedo Marques inicia-se essa coleção desti-
nada a tornar-se, ela também, preciosa.
SÉRGIO MILLIET
ti
A Livraria Martins Editora que já tantos e tão assinalados serviços
tem prestado à cultura nacional, acaba de entregar ao público uma nova
edição dos "Apontamentos Históricos" de Azevedo Marques. A mono-
grafia, privilégio de poucas e afortunadas estantes, uma vez que dela
se fizera uma única edição — a original. Ao editá-la agora, portanto,
encabeçando a série da BIBLIOTECA HISTÓRICA PAULISTA, como
contribuição espontânea às comemorações do IV Centenário da Funda-
ção de São Paulo, a Livraria Martins Editora não poderia ter sido mais
oportuna no gesto, nem mais feliz na escolha da obra.
" ..mas dessa nova publisação ressalta ainda outro relevante as-
pecto, digno de maiores aplausos: é a nitidez, e a correção com que foi
impressa; é a arte com que se embelezaram suas páginas; é a primorosa
feitura das gravuras que a ilustram. Se outros títulos já não tivesse a
Livraria Martins Editora para recomendar-se acs brasileiros e aos pau-
listas — só este notável livro bastaria para lhes demonstrar a inteligên-
cia, o patriotismo e a proficiência do seu ilustre e operoso chefe"
ALTINO ARANTES
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"Considero os "Apontamentos" de Azevedo Marques uma das obras
fundamentais para o estudo da história de São Paulo. Suas páginas
abrigam tal soma de informes, que constituem, por assim dizer, Um
roteiro quase perfeito aos que tentarem compreender o sentido e a gran-
deza da civilização construída no planalto bandeirante. Os retratos que
Azevedo Marques traça dos velhos bandeirantes são esplêndidos. São
esboços que instigam o estudioso; pequenas manchas que incitam a um
estudo mais demorado sobre tais figuras. A iniciativa do editor Mar-
tins é digna de todos os louvores.
EDGARD CAVALHEIRO
ti
A "Biblioteca Histórica Brasileira" é uma coleção de tão alto nível,
que só podemos esperar os melhores resultados desta BIBLIOTECA
HISTÓRICA PAULISTA , iniciada agora tão bem com a obra utilís-
sima de Azevedo Marques. Como a sua irmã mais velha, se caracteri-
zará certamente pela boa escolha do texto, o apuro em seu preparo e a
orientação segura das notas e prefácios. Não poderíamos imaginar con-
tribuição melhor para as comemorações do IV Centenário do que esta
bela iniciativa de José de Barros Martins.
ANTÔNIO CÂNDIDO
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