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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
CENTRAL DE EMPRESAS JUNIORES

WORKSHOP

Aspectos Legais (normativos) das Empresas Juniores

[Lei Ordinária Federal n.º 10.406/2002]


[Lei Ordinária Federal n.º 13.267/2016]
[Resolução n.º 006/2022-CONSEPE]

Marconi Neves Macedo, Prof. Dr.


Departamento de Administração Pública e Gestão Social
Centro de Ciências Sociais Aplicadas

Contato: marconi.macedo@ufrn.br

05/12/2023 | Marconi Neves Macedo, Prof. Dr.


O propósito essencialmente formativo das Empresas Juniores.
A atividade acadêmica de extensão como recurso para a dimensão prática da
formação profissional.

Estruturação e funcionamento da EJs: situação da UFRN e situação geral.


Primeira EJ criada em 1991 no Curso de Bacharelado em Administração.

O funcionamento das Empresas Juniores nas Instituições Públicas de Educação


Superior.
Relação fundamental de coordenação, com atenção à adequação da natureza privada da
institucionalização das EJs em face do ambiente público que as acolhe.

Histórico de trabalho junto às iniciativas estudantis do CCSA no período de 2009


a 2011.
Resolução n.º 007/2018-CES/CNE
Art. 7º. São consideradas atividades de extensão as intervenções que envolvam
diretamente as comunidades externas às instituições de ensino superior e que estejam
vinculadas à formação do estudante, nos termos desta Resolução, e conforme normas
institucionais próprias.

05/12/2023 | Marconi Neves Macedo, Prof. Dr.


Lei n.º 10.406/2002
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não
econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:


I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação dada pela Lei nº
11.127, de 2005)
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído pela Lei nº
11.127, de 2005)

[...]

Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
I – destituir os administradores; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido
deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no
estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de
2005)

Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um
quinto) dos associados o direito de promovê-la. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

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Lei n.º 13.267/2016
Art. 1º Esta Lei disciplina a criação e a organização das associações denominadas
empresas juniores, com funcionamento perante instituições de ensino superior.

Art. 2º Considera-se empresa júnior a entidade organizada nos termos desta Lei, sob a
forma de associação civil gerida por estudantes matriculados em cursos de graduação de
instituições de ensino superior, com o propósito de realizar projetos e serviços que
contribuam para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos associados,
capacitando-os para o mercado de trabalho.
(...)
§ 2º A empresa júnior vincular-se-á a instituição de ensino superior e desenvolverá
atividades relacionadas ao campo de abrangência de pelo menos um curso de graduação
indicado no estatuto da empresa júnior, nos termos do estatuto ou do regimento interno
da instituição de ensino superior, vedada qualquer forma de ligação partidária.

Art. 3º (...).
(...)
§ 2º Os estudantes matriculados em curso de graduação e associados à respectiva
empresa júnior exercem trabalho voluntário, nos termos da Lei nº 9.608, de 18 de
fevereiro de 1998.

Art. 4º A empresa júnior somente poderá desenvolver atividades que atendam a pelo
menos uma das seguintes condições:

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I - relacionem-se aos conteúdos programáticos do curso de graduação ou dos cursos de
graduação a que se vinculem;
II - constituam atribuição da categoria profissional correspondente à formação
superior dos estudantes associados à entidade.
§ 1º As atividades desenvolvidas pela empresa júnior deverão ser orientadas e
supervisionadas por professores e profissionais especializados, e a empresa, desde que
devidamente reconhecida nos termos do art. 9º, terá gestão autônoma em relação à
direção da faculdade, ao centro acadêmico e a qualquer outra entidade acadêmica.
§ 2º A empresa júnior poderá cobrar pela elaboração de produtos e pela prestação de
serviços independentemente de autorização do conselho profissional regulamentador de
sua área de atuação profissional (...), desde que essas atividades sejam acompanhadas
por professores orientadores da instituição de ensino superior ou supervisionadas por
profissionais habilitados.

Art. 5º A empresa júnior, cujos fins são educacionais e não lucrativos (...)

Art. 9º O reconhecimento de empresa júnior por instituição de ensino superior dar-se-á


conforme as normas internas dessa instituição e nos termos deste artigo.
§ 1º Competirá ao órgão colegiado da unidade de ensino da instituição de ensino
superior a aprovação do plano acadêmico da empresa júnior, cuja elaboração deverá
contar com a participação do professor orientador e dos estudantes envolvidos na
iniciativa júnior.

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Resolução n.º 006/2022-CONSEPE/UFRN
Art. 6º. Para os fins deste Regulamento, considera-se:

IV - empreendedorismo universitário: conjunto de atividades empreendedoras


desenvolvidas por Empresas Juniores, geridas por estudantes matriculados em cursos de
graduação das instituições com o propósito de realizar projetos e serviços que
contribuam para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos associados,
capacitando-os para o exercício profissional nos diversos campos de atuação;

Art. 60. O movimento empresa júnior deverá contribuir para a formação profissional dos
estudantes de graduação e na sua interação com o mundo do trabalho e com a sociedade,
por meio dos serviços prestados.

Art. 62. Para o funcionamento e credenciamento de Empresa Júnior, no âmbito da UFRN,


são necessários os seguintes requisitos: I - estatuto registrado no Cartório de
Títulos e Documentos; II - inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
III - inscrição municipal e apresentação de nota fiscal própria; IV - alvará de
funcionamento da prefeitura; V - possuir, no mínimo, um professor efetivo como
orientador/tutor; e VI - plano acadêmico articulado com o projeto pedagógico do curso
de vinculação da Empresa Júnior, aprovado pelo colegiado de curso e pelo
Departamento(s) ou Unidade(s) Acadêmica(s) Especializada(s) de lotação do(s)
orientador(es)/tutor(es), e cadastrado no SIGAA como projeto de extensão.

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Resolução n.º 006/2022-CONSEPE/UFRN
Art. 63. É vedado à Empresa Júnior: I - remunerar seus integrantes por intermédio da
realização de projetos ou de qualquer outra atividade; e II - propagar qualquer forma
de ideologia ou pensamento político-partidário.

Art. 64. A receita obtida com os projetos e serviços prestados pelas Empresas Juniores
deverá ser revertida, exclusivamente, para o desenvolvimento das atividades fins da
empresa e sua manutenção.

Art. 65. A Central de Empresas Juniores - CEMJ da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte é uma estrutura administrativa vinculada à Coordenadoria de Desenvolvimento e
Empreendedorismo da PROEX, que congrega tutores e estudantes das Empresas Juniores
(...)

Art. 66. Compete à Central de Empresas Juniores: I - credenciar, em regime de fluxo


contínuo, por meio da emissão de certidão na qual é identificada a área de atuação, a
Empresa Júnior legalmente constituída de acordo com o art. 62 deste regulamento; e II
- descredenciar a empresa júnior, que passará a não poder mais utilizar os recursos
materiais, humanos e financeiros disponibilizados pela Universidade, diretamente ou
por intermédio da Central de Empresas Juniores.

Art. 67. A Central das Empresas Juniores deve encaminhar, anualmente, à Coordenadoria
de Desenvolvimento e Empreendedorismo da PROEX, para avaliação, o relatório da Central
das Empresas Juniores, apresentando os resultados e o impacto do movimento empresa
júnior na UFRN.

05/12/2023 | Marconi Neves Macedo, Prof. Dr.


RESUMO

ESTRUTURAÇÃO

Associação civil sem fins lucrativos;

Discentes de graduação;

Docente tutor; e

Atividades previstas no Projeto Pedagógico do(s) Curso(s).

REGULARIDADE COMO CONDIÇÃO PARA A AUTONOMIA NO FUNCIONAMENTO

Atividade extensionista;

Propósito formativo;

Trabalho voluntário, podendo haver cobrança aos beneficiários;

Planejamento anual aprovado pelo Plenário do Departamento do Docente Tutor, com


atividades atinentes à área de formação profissional;

Apresentação de Relatório Anual à Central das EJs;

Autonomia de gestão, condicionada à regularidade.

05/12/2023 | Marconi Neves Macedo, Prof. Dr.

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