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2024-2025-2026
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adquiriram o kit e estudam em escola que à edição anterior.
oferece a disciplina.
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REVISÃO DE TEXTO
Departamento Editorial
PROJETO GRÁFICO
Arte Totalle Edições Ltda.
9o ano
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Ensino Fundamental Allegro Digital
Impresso no Brasil.
ISBN aluno: 978-65-87971-20-9
ISBN professor: 978-65-87971-27-8
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos, das ilustrações
e dos textos contidos neste livro.
A editora pede desculpas se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em incluir
quaisquer créditos faltantes.
Syda Productions/Adobestock.com
perspectiva de que a prática artística não
deve ser entendida como mero resultado da
aquisição de técnicas, mas sim como uma
linguagem que possibilita a expressão do
ser humano, que, por sua vez, encontra-se
imerso em uma cultura e em um contexto
sócio-histórico específico.
Fruto da concepção de que a sala de
aula é um espaço de construção democrá-
tica dos conhecimentos, a presente coleção,
em acordo com a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), objetiva que, ao final, o
aluno seja capaz de:
III
Daisy Daisy/Adobestock.com
IV
Primeiramente, é a importância devida à por artistas) e o domínio de noções sobre a Esses autores podem ser tanto as pes-
função indispensável que a arte ocupa na vida arte derivativa da cultura universal. soas que se dedicam profissionalmente à
das pessoas e na sociedade desde os primór- Ao conhe ce r dife re nte s produçõe s produção de arte — os artistas —, como os
dios da civilização, o que a torna um dos fato- do campo artístico (artesanato, objetos, indivíduos que fazem trabalhos artísticos
res essenciais de humanização. É fundamen- design, audiovisual, etc.), feitas por pes- como atividade cultural e educativa — os
tal entender que a arte se constitui de modos soas de classes sociais, períodos históricos estudantes, por exemplo. Nesse caso, ao
específicos de manifestação da atividade cria- e locais distintos, o educando amplia a sua fazer trabalhos artísticos, o educando tam-
tiva dos seres humanos, ao interagirem com concepção de arte e aprende a dar sentido a bém desenvolve ações mobilizadas por suas
o mundo em que vivem, ao se conhecerem e ela. Desse convívio, decorrem conhecimen- ideias, percepções, sensações, sentimentos
ao conhecerem-no. Em outras palavras, o va- tos que desenvolvem o repertório cultural e emoções. Ao produzir seu próprio trabalho
lor da arte está em ser um meio pelo qual as do estudante e, acima de tudo, possibili- e acompanhar os de seus companheiros, ele
pessoas expressam, representam e comuni- tam-lhe a apropriação crítica da arte. As- tem condições de identificar, reconhecer e
cam conhecimentos e experiências. sim, o educando aprende a identificar, res- valorizar as diferenças entre as mais varia-
Os seres da natureza, bem como os obje- peitar e valorizar as produções artísticas e das produções culturais e artísticas.
tos culturalmente produzidos, despertam em compreende que existe uma poética indivi- A comunicação entre o autor e seu públi-
nós diversas emoções e sentimentos, agra- dual dos autores e diferentes modalidades co costuma acontecer em exposições, concer-
dáveis ou não. Logo ao nascer, passamos a de arte, tanto eruditas como populares. tos, apresentações, feiras, etc. No entanto, as
viver em um mundo com uma história social De modo geral, as obras artísticas são novas tecnologias têm permitido outros sis-
de produções culturais que contribuem para construções poéticas por meio das quais temas de veiculação das obras, os quais pro-
a estruturação de nosso senso estético. Des- os artistas expressam ideias, sentimentos porcionam novos intercâmbios entre o real e
de a infância, interagimos com as manifesta- e emoções. Resultam do pensar, do sentir e o virtual. É nessa abrangência, integrando a
ções culturais de nosso meio e aprendemos do fazer, que, por sua vez, são mobilizados relação entre artistas, obras, público, modos
a demonstrar nossos gostos pessoais. Gra- pela materialidade da obra, pelo domínio de comunicação e sociedade (no passado e no
dativamente, vamos dando forma à nossa de técnicas e pelos significados pessoais e presente), que a arte deve compor os conteú-
maneira de apreciar, gostar e julgar as dife- culturais. As produções artísticas são, por dos de estudos no currículo escolar e mobili-
rentes manifestações culturais com as quais isso mesmo, constituídas de um conjunto zar atividades que diversifiquem e ampliem a
entramos em contato — entre elas, as obras de procedimentos mentais, materiais e cul- formação artística e estética dos estudantes.
de arte. Assim, mesmo sem saber, educamo- turais e podem concretizar-se em imagens Essa postura pedagógica, por sua vez, impli-
-nos esteticamente no convívio com as pes- visuais, sonoras, verbais ou corporais, por ca na indissociabilidade entre as experiências
soas e com as situações da vida cotidiana. exemplo. de ensino e aprendizagem de Arte e a produ-
A escola é um dos locais onde os alunos Os artistas, com suas diferentes origens, ção artística, valorizando os processos afeti-
têm a oportunidade de estabelecer vínculos histórias e experiências pessoais, procuram vos, imaginativos e cognitivos nos momentos
entre os conhecimentos construídos e os co- imaginar e inventar “formas novas” para re- de criação e apreciação artísticas.
nhecimentos sociais e culturais. Por isso, é presentar e expressar o mundo interior e sua Para ajudar o entendimento das concep-
também o lugar em que pode se verificar e relação com a natureza e o cotidiano cultu- ções que integram o fazer e o refletir sobre
estudar os modos de produção e difusão da ral. Ao fazê-lo, os autores de trabalhos artís- a arte, apresentamos, no quadro a seguir,
arte na própria comunidade, região ou país. ticos também agem e reagem diante das pes- uma síntese dos componentes que se in-
Desse modo, o aprendizado da arte vai inci- soas e do próprio mundo social. Com isso, ter-relacionam no processo artístico e que,
dir sobre a elaboração de formas de expres- criam novas realidades — é a realidade de portanto, não devem ser esquecidos ao lon-
são e comunicação artística (pelos alunos e cada obra, que é revelada no ato criador. go dos estudos escolares.
FERRAZ, Maria; FUSARI, Maria. Metodologia do ensino de arte: fundamentos e proposições. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2001. p. 17-23. Adaptado.
VI
peopleimages.com/Adobestock.com
VII
ALVAREZ MÉNDEZ, J.M. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 36-37.
Monkey Business/Adobestock.com
VIII
tigercat_lpg/Adobestock.com
ção da experiência formadora é a que dificul-
ta ou inibe a curiosidade do educando e, em
consequência, a do educador. É que o educa-
dor, entregue a procedimentos autoritários
ou paternalistas os quais impedem ou difi-
cultam o exercício da curiosidade do educan-
do, termina por igualmente tolher sua pró-
pria curiosidade. Nenhuma curiosidade se
sustenta eticamente no exercício da nega-
ção da outra curiosidade. A curiosidade dos
pais que só se experimenta no sentido de sa-
ber como e onde anda a curiosidade dos fi-
lhos se burocratiza e fenece. A curiosidade
que silencia a outra nega-se a si mesma tam-
bém. O bom clima pedagógico-democrático
é aquele em que o educando vai aprendendo
à custa de sua própria prática, que sua curio-
sidade como sua liberdade deve estar sujei-
ta a limites, mas em permanente exercício.
Limites eticamente assumidos por ele. Mi-
nha curiosidade não tem o direito de invadir
a privacidade do outro e expô-la aos demais.
Como professor, devo saber que, sem a
curiosidade que me move, que me inquieta,
que me insere na busca, não aprendo nem
ensino. Exercer a minha curiosidade de for-
ma correta é um direito que tenho como discursivas do professor, espécies de res- a intimidade do movimento de seu pen-
gente e que corresponde ao dever de lutar postas a perguntas que não foram feitas. Isso samento. Sua aula é, assim, um desafio, e
por ele, o direito à curiosidade. Com a curio- não significa realmente que devamos reduzir não uma cantiga de ninar. Seus olhos can-
sidade domesticada, posso alcançar a me- a atividade docente em nome da defesa da sam, não dormem. Cansam porque acom-
morização mecânica do perfil deste ou da- curiosidade necessária a puro vaivém de per- panham as idas e vindas de seu pensamen-
quele objeto, mas não o aprendizado real ou guntas e respostas, que burocraticamente se to, surpreendem suas pausas, suas dúvidas,
o conhecimento cabal dele. A construção ou esterilizam. A dialogicidade não nega a vali- suas incertezas.
a produção do conhecimento do objeto im- dade de momentos explicativos, narrativos, Antes de qualquer tentativa de discus-
plica o exercício da curiosidade, sua capa- em que o professor expõe ou fala do objeto. são de técnicas, de materiais, de métodos
cidade crítica de tomar distância do objeto, O fundamental é que professor e alunos sai- para uma aula dinâmica, é preciso, indis-
de observá-lo, delimitá-lo, cindi-lo, cercá-lo bam que a postura deles é dialógica, aberta, pensável mesmo, que o professor se ache
ou fazer sua aproximação metódica, sua ca- curiosa, indagadora, e não apassivada, en- “repousado” no saber de que a pedra fun-
pacidade de comparar, de perguntar. quanto fala ou enquanto ouve. O que impor- damental é a curiosidade do ser humano. É
Estimular a pergunta, a reflexão crítica ta é que professor e alunos se assumam epis- ela que me faz perguntar, conhecer, atuar,
sobre a própria pergunta, o que se preten- temologicamente curiosos. perguntar mais, reconhecer.
de com esta ou com aquela pergunta em Nesse sentido, o bom professor é o que
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Ter-
lugar da passividade, face às explicações consegue, enquanto fala, trazer o aluno até ra, 2006. p. 84-86. Adaptado.
IX
Bibliografia complementar
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Editora Scipione, 2010.
AMARAL, A. (org.). Arte construtiva no Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 1998. (Coleção Adolpho Leirner).
BARBOSA, A. M. Arte e Educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1995. (Coleção Debates).
. Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Editora Cortez, 2002.
BUORO, A. Olhar em construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. São Paulo: Editora Cortez, 1996.
COLL, C.; TEBEROSKY, A. Aprendendo arte na escola. São Paulo: Ática, 1996.
FEIST, H. Pequena viagem pelo mundo da arte. São Paulo: Editora Moderna, 1996. (Coleção Desafio).
KONDELA, I. Jogos teatrais. São Paulo: Editora Perspectiva, 1992. (Coleção Debates).
LIMA, Edmilson. O baú de brinquedos. Recife: Editora Bagaço, 2004.
MORAES, Frederico. O Brasil na visão do artista: O País e sua Cultura. São Paulo: Editora Prêmio, 2004.
PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino da arte. Porto Alegre: Mediação, 1999.
XI
XII
XIII
1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos in-
dígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a
arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades.
2. Compreender as relações entre as linguagens da arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das
novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na
prática de cada linguagem e nas suas articulações.
3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais — especialmente aquelas manifestas na arte e nas culturas que
constituem a identidade brasileira —, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em arte.
4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no
âmbito da arte.
XIV
6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo, de forma crítica e problematizadora, modos de
produção e de circulação da arte na sociedade.
7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções,
intervenções e apresentações artísticas.
9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões
de mundo.
Anton_Ivanov/Shutterstock
XV
Contextos e práticas
Elementos da linguagem
Artes visuais
Materialidades
Processos de criação
Sistemas da linguagem
Contextos e práticas
Elementos da linguagem
Dança
Processos de criação
Contextos e práticas
Música
Elementos da linguagem
Materialidades
XVI
(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de
artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar
a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório imagético.
(EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.
(EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema,
animações, vídeos, etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos, etc.), cenográficas, coreográficas, musicais, etc.
(EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, direção, cor, tom, escala, dimensão,
espaço, movimento, etc.) na apreciação de diferentes produções artísticas.
(EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos,
dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance, etc.).
(EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual,
coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.
(EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas
produções visuais.
(EF69AR08) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo
relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.
(EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação da dança, reconhecendo e
apreciando composições de dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.
(EF69AR10) Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do movimento dançado, abordando, criticamente, o
desenvolvimento das formas da dança em sua história tradicional e contemporânea.
(EF69AR11) Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como elementos que,
combinados, geram as ações corporais e o movimento dançado.
(EF69AR12) Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do movimento como fonte para a construção
de vocabulários e repertórios próprios.
(EF69AR13) Investigar brincadeiras, jogos, danças coletivas e outras práticas de dança de diferentes matrizes estéticas e
culturais como referência para a criação e a composição de danças autorais, individualmente e em grupo.
(EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora, etc.) e espaços
(convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação coreográfica.
(EF69AR15) Discutir as experiências pessoais e coletivas em dança vivenciadas na escola e em outros contextos,
problematizando estereótipos e preconceitos.
(EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção
e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica,
estética e ética.
(EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos culturais de circulação da música e do
conhecimento musical.
(EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o
desenvolvimento de formas e gêneros musicais.
(EF69AR19) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar
a capacidade de apreciação da estética musical.
(EF69AR20) Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo, etc.), por meio
de recursos tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e
apreciação musicais.
(EF69AR21) Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de composição/criação, execução e apreciação musical,
reconhecendo timbres e características de instrumentos musicais diversos.
XVII
Música
Processos de criação
Contextos e práticas
Elementos da linguagem
Teatro
Processos de criação
Contextos e práticas
Processos de criação
Patrimônio cultural
Arte e tecnologia
XVIII
(EF69AR22) Explorar e identificar diferentes formas de registro musical (notação musical tradicional, partituras criativas e
procedimentos da música contemporânea), bem como procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual.
(EF69AR23) Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons
corporais e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais, expressando ideias musicais de maneira
individual, coletiva e colaborativa.
(EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os
modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em teatro.
(EF69AR25) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética teatral.
(EF69AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário,
iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.
(EF69AR27) Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro
contemporâneo.
(EF69AR28) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e
colaborativo.
(EF69AR29) Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de maneira imaginativa na improvisação teatral e no
jogo cênico.
(EF69AR30) Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros estímulos (música,
imagens, objetos, etc.), caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a
relação com o espectador.
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética
e ética.
(EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.
(EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as
diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design, etc.).
(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo
suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório
relativos às diferentes linguagens artísticas.
(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e
compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
XIX
Arte – 9o ano 5
:51:47
stock.adobe.com/Dariia
distintos: intercâmbio cultural e aculturação.
O que as outras
O processo de intercâmbio cultural tem pessoas pensam
a intenção de divulgar a cultura de um de- sobre
terminado local para outros, respeitando as
a. Pesquise quais as principais características de cada A Era Digital e a Arte:
realidades de cada sociedade e promoven- uma dessas linhas de publicação e, baseado nisso, cite
como a Internet afetou
um exemplo de trabalho que tenha sido importado para
do uma interação com base em uma valori- o Brasil, descrevendo os personagens principais e com- este mundo?
zação mútua. Os mangás e animes seguem partilhando detalhes do enredo.
Ao passo que os anos e a tecnologia foram se modifi-
cando, a arte também acompanhou todas essas mudan-
essa linha, e esse é um dos motivos pelo seu Shojo.
ças. Com o surgimento de todas as variações tecnológi-
sucesso em outros países. Resposta pessoal. cas, a Internet tornou-se extremamente crucial na rotina
de todos os indivíduos, desde a busca de conhecimento
O processo de aculturação, por outro até a disponibilidade de várias ferramentas relacionadas
lado, visa a impor uma cultura sobre a ou- com a programação e criação de softwares.
[...]
tra, suprimindo características da cultu- Com a rapidez dos avanços tecnológicos, cada um de
nós fomos acostumados a receber diariamente um mun-
ra que está sendo combatida. O processo Shonen.
do de informações, além da melhoria de tudo o que já ha-
de catequização dos povos indígenas é um Resposta pessoal. via sido construído antes. Por esse motivo, as expecta-
tivas estão cada vez mais altas, gerando uma busca in-
exemplo de tal prática. cessante por tecnologias melhores e mais inovadoras.
[...]
Podemos afirmar, inclusive, que a era digital aumen-
O que as outras pessoas tou o leque de ferramentas artísticas, inovando, assim,
Anotações Sugestão de
filme
Piper – Descobrindo o Mundo
Direção: Alan Barillaro
Piper é um filhote de ave que vive à beira-mar. Apesar do medo que sente do mar, sai em
busca de comida e então descobre um mundo novo. Esse curta-metragem de animação foi
realizado e escrito por Alan Barillaro e produzido pela equipe da Pixar Animation Studios.
A produção venceu o Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação de 2016.
6 Manual do Educador
redes sociais e Internet de um modo geral. Tais mudan- estimulante para os empregados, com grandes áreas
tema
ças possibilitaram que os artistas se tornassem os pró- abertas e locais disponíveis para troca de informações.
prios criadores de suas carreiras, excluindo a necessida- No estúdio, todos têm voz e sempre podem opinar dire- A Khan Academy é uma organização sem
de de representantes. tamente com toda a equipe de produção. fins lucrativos que visa a proporcionar uma
Disponível em: https://www.centrodeartesdesines.com.pt/a-era-digital-e-a- Um animador leva, em média, uma semana para pro-
-arte-como-a-internet-afetou-este-mundo/. Acesso em: 23/08/2021. Adaptado. duzir cerca de quatro segundos de animação, e o resul- educação gratuita e de qualidade para todos.
tado final deve ser aprovado por toda a equipe. Ainda
assim, sempre existem correções a serem feitas até que
A Pixar criou um conteúdo exclusivo
Diálogos com o se chegue ao trabalho final. Apesar de ser uma empresa
estadunidense, atualmente a Pixar assume um caráter
para a Khan com vários tópicos sobre de-
tema cada vez mais global e plural, recrutando profissionais terminadas abordagens e técnicas necessá-
vindos de diversas partes do mundo. Essa característi-
Pixar Animation ca, aliada ao fato de que todos os funcionários podem
rias para pessoas interessadas em aprender
Studios opinar e ter liberdade criativa, permite que os longas e como se produz uma animação.
curtas-metragens ali produzidos conquistem um amplo
A Pixar Animation Studios é uma empresa de ani- mercado, não se restringindo apenas ao perfil do consu- Dessa maneira, os estudantes podem
mação digital estadunidense sediada na cidade de midor norte-americano.
compreender pontos importantes, como
Emeryville, Califórnia. Fundada em 1979, a Pixar era es- Outra grande característica da Pixar é a ruptura com
pecializada na criação de efeitos especiais, principalmen- os esquemas de trabalho tradicionais, em que as pessoas utilização de parábolas e algoritmos. Isso
te para filmes de ficção científica. A partir da década de precisam cumprir horários específicos e se adaptar a uma
1990, os estúdios revolucionariam o mercado de anima- rotina que muitas vezes é entediante. Na empresa, os fun- facilita bastante também o aprendizado de
ções ao produzir o primeiro longa-metragem totalmente cionários fazem seus próprios horários, comprometendo- outras disciplinas, como a Matemática.
feito através de processo digital: Toy Story. O sucesso do -se apenas a cumprir a meta de produção semanal. Isso
empreendimento garantiu uma longa linha de produção lhes permite, por exemplo, fazer uma pausa para dar um O conteúdo está disponível no QR Code
de animações, que, em 2020, alcançou a marca de 23 fil- passeio, praticar algum esporte ou bater um papo. No en-
mes de longa-metragem. tanto, engana-se quem pensa que é uma rotina de traba-
a seguir.
Inicialmente, a empresa teve que enfrentar um pro- lho fácil: é bastante comum, por exemplo, que se adentre
blema típico de quem se dispõe a ser inovador: a falta os finais de semana produzindo quadros de animação. Os
de trabalhadores especializados. A grande maioria dos animadores também costumam se reunir em eventos, co-
animadores em atividade ainda trabalhava nos mol- mo jantares, para discutir novas ideias. Muitos temas para
des da animação tradicional. Além disso, muitos deles filmes nascem dessas reuniões informais.
moravam em Los Angeles, capital da Califórnia, e não Sempre em expansão e em busca de novos talentos, a
estavam muito dispostos a se mudar para a pequena Pixar segue uma linha de princípios que se baseia na pro-
Emeryville. Assim, a solução encontrada pela Pixar pa- dução de histórias que sejam inclusivas e representativas
ra conseguir novos funcionários foi contratar animado- à sua audiência. Não se contentando em aguardar que
res diretamente das universidades, oferecendo-lhes for- novos profissionais “batam em suas portas”, a empresa
mação extra para trabalhar com animação digital. Para realiza eventos em universidades e conferências e parti-
aqueles que já trabalhavam com animação tradicional, cipa de festivais voltados para animação e temas afins.
a empresa disponibilizou um programa de computador
que possibilitava um mínimo de treinamento antes de
se tornarem produtivos.
1| Do mesmo modo como ocorre com as demais expres-
sões artísticas, as animações também refletem os aspec-
Anotações
A primeira sede própria da Pixar foi instalada em uma tos sociais de um tempo. Assim, em trabalhos realiza-
antiga fábrica de segmento alimentício. Aproveitando dos nas primeiras décadas do século XX, era bastante co-
a estrutura, o lugar foi transformado em um ambiente mum encontrar situações que, hoje, não seriam bem re-
Arte – 9o ano 7
Arte – 9o ano 7
forma, você poderá trabalhar em alternati- •Miniaturas diversas (carros, animais, personagens, tas de produções artísticas de segmentos como a anima-
casas, etc.). ção, algumas tradições resistem às inovações. Uma das
vas para dar maior destaque eles. •Gravetos de vários formatos. áreas que pouco mudou ao longo do tempo foi o proces-
8 Manual do Educador
Arte – 9o ano 9
10 Manual do Educador
Resposta pessoal.
A contemporaneidade aparentava ser um momento
de grande protagonismo feminino. A realidade, no entan-
O que as outras pessoas
to, não correspondeu às expectativas. Segundo a histo-
riadora francesa Michelle Perrot, à mulher foi deixada a
pensam sobre
função de apenas seguir ordens, pois criar estaria além
de suas capacidades. Assim, uma mulher escrever, es-
culpir, compor músicas ou se dedicar a outras expres- Artistas mulheres representam cerca
sões artísticas era tarefa muito difícil. Criar uma imagem de 20% dos acervos do Masp e Pinacote-
ou compor uma música são formas de criação, e as mu-
lheres eram julgadas impróprias para isso. Sendo assim, ca: 'difícil apagar exclusão do passado', diz
às mulheres foram relegadas as tarefas de copiar, tradu-
zir e interpretar.
especialista
Arte – 9o ano 11
Reprodução.
da menor, cerca de 3%, e que, com o passar
dos anos, ambas as instituições passaram a
adquirir obras de mulheres para aumentar a
representatividade.
Simioni considera a atual proporção desi-
gual porque, entre outros fatores, não é equi-
parado ao atual número de artistas mulheres,
já que os cursos de artes plásticas, por exem-
plo, são majoritariamente femininos. Ape-
sar disso, ela afirma que não esse percentual
não é algo necessariamente ruim, e que nos- Versão em português de um dos mais famosos pôsteres das Guerrilla Girls feito para uma exposição ocorrida no Museu de Arte de São Paulo (Masp) em 2017.
Disponíve l e m: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noti-
cia/2022/03/31/artistas-mulheres-representam-cerca-de-
-20percent-dos-acervos-do-masp-e-pinacoteca-dificil-apa-
gar-exclusao-do-passado-diz-especialista.ghtml. Acesso em:
04/02/2023. Adaptado.
12 Manual do Educador
Reprodução.
ropeus como povos idealizados e vencedores.
Reprodução.
Arte – 9o ano 13
Arte – 9o ano 13
Reprodução.
ca na qual eles possam criar estratégias de tanto, mesmo com um número cada vez maior de mulheres
protagonizando filmes e séries, essa diferença se mantém.
divulgação para valorizar o trabalho dos ar-
tistas citados. a. Ao longo dos anos, as mulheres
Reprodução.
estão recebendo mais reconheci-
mento no meio cinematográfico.
Essa mudança de paradigma es-
Anotações tá fortemente relacionada à po-
pularização dos movimentos fe-
ministas. Em 2019, o filme Capi-
tã Marvel teve uma grande re-
percussão na mídia em razão
do protagonismo feminino da
heroína em meio a uma indústria
ocupada majoritariamente por homens. Com base nessas
informações, debata com seus colegas e professor a respei- A arte de Evelyn Queiróz é utilizada para a transmissão de críticas sociais re-
lacionadas a problemas como o machismo e o racismo.
to da representatividade feminina no cinema na atualidade.
O trabalho da Evelyn Queiróz quer chegar onde o fe-
b. Entre os últimos filmes ou séries que você assistiu, minismo, muitas vezes, não chega. Por meio de um lam-
enumere, em seu caderno, quantos e quais traziam ato- be-lambe ou um grafite chapado em um muro, as fra-
res ou atrizes no papel principal. Compare sua resposta ses ao lado de uma personagem provocam quem está
com a dos colegas e discuta quais as semelhanças e di- de passagem. “Estou de dieta, não engulo o preconcei-
ferenças nos resultados. to.” O trabalho de Panmela Castro, que está concentra-
do principalmente no grafite, também tem a intenção de
chamar a atenção para o feminismo e para questões de
+ Informações gênero. [...] Panmela fundou a NAMI, rede feminista que
utiliza arte urbana para incentivar o fomento aos direitos
sobre o tema das mulheres e combater a violência contra as mulheres.
[...]
As mulheres, a arte e a A educadora brasileira Ana Mae Barbosa, que estuda
invisibilidade arte e gênero, traz uma reflexão importante: a de que não
é possível conhecer um país sem compreender sua arte.
Quando Evelyn Queiróz contorna traços descone- Ao se debruçar sobre as questões de gênero, ela explica
xos e preenche as cores que dão vida aos corpos de suas que as mulheres artistas foram apagadas da História da
14 Arte – 9o ano
14 Manual do Educador
Arte – 9o ano 15
Arte – 9o ano 15
Material necessário:
•Papel.
•Canetas.
•Lápis.
•Borracha.
•Fotografias.
•Dispositivo eletrônico (celular, tablet, etc.).
Procedimento:
1. Para criação do projeto, você utilizará o papel para
preparar os esboços com o auxílio de lápis, borracha e
caneta. Registre a imagem do projeto concluído com o
auxílio do dispositivo eletrônico. FC_A
16 Arte – 9o ano
16 Manual do Educador
3
Habilidades trabalhadas no capítulo
A arte e a fé (EF69AR16) Analisar criticamente, por meio
da apreciação musical, usos e funções da
música em seus contextos de produção e
A conexão entre a música Em geral, as canções são cantadas em inglês, embora
haja muitos trechos cantados em hebraico. Além disso, o circulação, relacionando as práticas musi-
e a religião músico é vegano e membro do conselho da organização ve-
gana judaica. Com uma boa base de admiradores e carrei- cais às diferentes dimensões da vida social,
Nascido na Pensilvânia, Estados Unidos, Matthew
ra internacional, Matisyahu acredita que a grande maioria
Paul Miller frequentou uma escola hebraica e passou
das pessoas que respeitam seu trabalho está disposta a se-
cultural, política, histórica, econômica, es-
parte da infância aprendendo os princípios do judaísmo.
Na adolescência, no entanto, sentia vontade de se rebe-
guir os ideais que defende em suas músicas. Segundo ele, tética e ética.
“A música atinge um lugar muito profundo e fala conosco
lar contra a educação rígida que recebia e, nessa época,
de uma maneira que as palavras normais não conseguem”. (EF69AR17) Explorar e analisar, criticamen-
passou a se interessar por bandas de rock e artistas de
hip-hop. Posteriormente, retomou seus estudos e prá- te, diferentes meios e equipamentos cultu-
Símbolos de algumas religiões ao
ticas judaicas enquanto desenvolvia seu estilo musical
bastante influenciado pelo reggae e pelo hip-hop. Conhe- redor do mundo rais de circulação da música e do conheci-
cido pelo nome hebraico Matisyahu (Dom de Deus), lan- mento musical.
çou seu primeiro trabalho em 2004.
Matisyahu costuma afirmar que suas canções são in- Hinduísmo: Símbolo conhecido (EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel
fluenciadas e inspiradas nos ensinamentos que aprendeu como Om.
de músicos e grupos de música brasileiros e
ao longo da vida e que seu intuito é ser capaz de tocar
as pessoas e fazê-las refletir. Entre os temas tratados em estrangeiros que contribuíram para o desen-
suas canções, estão valores judaicos como o respeito à Cristianismo: Símbolo dos cristãos
diversidade, o amor como base fundamental da vida e a de diversas variantes. volvimento de formas e gêneros musicais.
autoafirmação da identidade judaica em uma tentativa
de derrubar estereótipos contra judeus ortodoxos que J u d a í s m o : A Estrela de Davi
foram construídos ao longo do tempo. (Hexagrama), representada por Expectativas de
aprendizagem
Reprodução.
Considerações
Anotações
iniciais
Vamos retratar a fé por meio da linguagem
artística da escultura. Ter fé significa acredi-
tar em algo, e isso nos permite construir sím-
bolos que irão representar nossas ideologias.
Não deixe que apenas uma corrente re-
ligiosa ou ideológica permeie as discussões.
Seja neutro, um verdadeiro mediador, e ajude
seus alunos a compreender a importância da
arte para as manifestações religiosas.
51:52
Arte – 9o ano 17
A partir das atividades da seção, sugira Registre suas samento do outro e, assim, pode auxiliar na nossa com-
preensão e proporcionar o respeito às diferenças.
que os alunos tragam exemplos de artistas
ideias A arte da escultura sempre foi utilizada para represen-
tar santos, deuses e histórias. Em alguns casos, qualquer
famosos cuja produção esteja relacionada a 1| Quais expressões artísticas que você conhece estão re- material pode ser utilizado; em outros, são necessários
lacionadas à religião? Responda em seu caderno. materiais específicos.
manifestações religiosas. Durante esse mo- Resposta pessoal.
mento, é importante ressaltar o respeito às 2| Povos indígenas brasileiros seguem tradições religiosas A seguir, você verá esculturas de vários locais do
distintas, embora muitas aldeias apresentem semelhan- mundo referentes a várias crenças. Observe-as e, em se-
diferentes formas de fé. ças em seus cultos. Em geral, os povos indígenas acredi- guida, faça o que se pede.
tam que a Terra é uma divindade e por isso deve ser ado-
rada e respeitada. Assim, o cotidiano desses povos gira 1| Faça uma pesquisa sobre cada uma das imagens abai-
em torno do respeito à natureza. Pesquise sobre a rela- xo e, em seguida, explique qual é a relação estabelecida
O que as outras pessoas ção entre a produção artística e as crenças religiosas na entre cultura, religião e relações sociais, de acordo com
18 Arte – 9o ano
Anotações
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18 Manual do Educador
stock.adobe.com/Hugo
recebeu esse apelido? Era mesmo deficien-
te? Sob que condições realizou sua obra?
Apoiou a Inconfidência Mineira? Foi ma-
çom? Casou-se? Deixou descendentes? Es-
se livro convida os leitores a descobrir as
respostas viajando pela história, pela arte
e pela cultura brasileira.
A Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Recife, representa o período Barroco vi- O interior das igrejas era revestido de ouro com o objetivo de mostrar o poder
venciado no Brasil durante o século XVIII. Muitas igrejas foram erguidas seguin- da Igreja e separar o que era sagrado e profano. Catedral Basílica Nossa Se-
do esse movimento, e é possível, ainda, admirar suas construções. nhora do Pilar, em São João del-Rei, Minas Gerais.
Anotações
Arte – 9o ano 19
Arte – 9o ano 19
20 Arte – 9o ano
20 Manual do Educador
Expectativas de
O teatro de Silvia Gomez quisa Teatral (CPT), onde pôde realizar experimentações,
aprendizagem
escrever, ler e discutir produções de outros autores. Per-
Silvia Gomez, mineira de Belo Horizonte, conheceu
a magia do teatro na infância graças à influência de sua
maneceu lá até o ano de 2011, dando aulas de dramatur- • Desenvolver a comunicação corporal, es-
gia para os jovens estudantes da instituição.
tia, a atriz e diretora Yara de Novaes. Criança introver-
A autora costuma trabalhar sozinha e sente maior pontaneidade, integração, concentração,
tida, chegou a cursar Teatro na capital mineira, porém
acreditava não ter talento para atuação. Mais à frente
facilidade com essa maneira de produzir. Silvia aborda entre outros.
temas incômodos que são bastante atuais e, frequente-
iria cursar Comunicação Social na Universidade Federal
mente, motivos de conflito social. Ela afirma que montar • Organizar e sintetizar ideias.
de Minas Gerais, onde iria realizar seu primeiro trabalho
uma peça não é uma tarefa fácil, pois, além de produzir
com dramaturgia, escrevendo o roteiro de uma cena in-
material, precisa buscar espaço junto aos teatros. É uma
• Estabelecer contato com personagens, lo-
titulada A cada dia a vida fica mais curta.
O curso de jornalismo a levou para São Paulo, onde,
tarefa que demanda grande esforço pessoal. cais, ações e conflitos dramáticos.
Silvia tem o desejo de um dia dirigir seus trabalhos,
ironicamente, iria se encontrar de vez com sua verdadei-
porém ainda não se sente plenamente preparada. Uma • Elaborar roteiros.
ra vocação: a dramaturgia. Ingressou no Centro de Pes-
produção teatral é fruto do trabalho de vários profis-
• Compreender a expressão corporal como
Reprodução.
Arte – 9o ano 21
stock.adobe.com/SpicyTruffel
Anotações
A maioria dos textos do teatro grego eram monólogos, no qual um ator, dian-
Estátua de Galileu Galilei, em Florença, Itália. te do público, narrava suas aventuras pessoais.
22 Arte – 9o ano
22 Manual do Educador
stock.adobe.com/naruchad
1| Os três textos trazem falas e pontos de vista que se
complementam, com o objetivo de definir o teatro. So-
Kensington, em Londres. É lá que ele co-
bre isso, destaque e explique dos três textos: nhece a família Davies, formada por Sylvia,
a. Uma semelhança. que enviuvou recentemente, e seus quatro
Sugestão de resposta: Nos três textos, é possível perce- filhos. Barrie logo se torna amigo da famí-
ber que é preciso a participação de mais de uma pes-
lia, ensinando às crianças alguns truques e
criando histórias fantásticas para elas, en-
soa para o teatro existir — personagens, plateia e atores.
volvendo castelos, reis, piratas, vaqueiros
e naufrágios. Inspirado por esta convivên-
No conto de fadas Chapeuzinho Vermelho, o antagonista é um lobo com aspec-
tos assustadores.
cia, Barrie cria seu trabalho de maior suces-
so: Peter Pan.
Arte – 9o ano 23
Vocês ainda não viram nada!
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Direção: Alain Resnais
Arte – 9o ano 23
stock.adobe.com/Anna Jurkovska
+ Informações
sobre o tema
Teatro contemporâneo:
performance
Se formos ao dicionário, a palavra performance tem
significado de desempenho, realização, atuação. O ator
(aquele que age) realiza uma performance a partir do mo-
mento em que está em cena. Porém, a partir da década
de 1970 e até meados da década de 1980, os movimen-
tos teatrais no Brasil estavam ampliando as questões de-
senvolvidas no Modernismo, entrando na chamada cena
contemporânea.
Atualmente, a arte performática está presente em grande parte dos espetá-
O teatro contemporâneo também é referido como pós-
culos teatrais. Entre os principais aspectos das performances que atraem o
-dramático. Nele, a cena é vista como um campo artísti- público, estão o experimentalismo e os improvisos que ocorrem durante as
co expandido que foge do textocentrismo (ideia de que o apresentações.
24 Arte – 9o ano
24 Manual do Educador
Anotações
Arte – 9o ano 25
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
4| Comente sobre a importância da relação entre a arte
e as tecnologias digitais.
Resposta pessoal.
FC_A
26 Arte – 9o ano
26 Manual do Educador
ideias
de 65 coreografias, contando com trabalhos de nomes da
dança internacional, como Édouard Lock, Richard Siegal
Registre suas Este é um espaço de criatividade. Dispo-
e Marco Goecke, e coreógrafos brasileiros, como Rodri-
go Pederneiras, Henrique Rodovalho e Jomar Mesquita. ideias nibilize diversos materiais, como revistas, jor-
A SPCD se apresentou em 17 países diferentes, consa-
grando-se como uma das mais importantes companhias
nais, papéis coloridos, etc., para que a ativi-
de dança da América Latina. As apresentações já foram 1| A São Paulo Companhia de Dança é uma entidade man- dade possa acontecer de forma dinâmica.
vistas por um público superior a 750 mil pessoas em paí- tida com investimento público, ou seja, financiada com
ses como Argentina, Áustria, Canadá, Chile, Colômbia, dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos paulistas.
França, Alemanha, Itália, Paraguai, Suíça, Estados Unidos Com isso, a SPCD pode desenvolver trabalhos para o pú-
Anotações
Arte – 9o ano 27
Arte – 9o ano 27
• Quais danças vocês conhecem? • No pátio da escola, estique vários barbantes até for- Como nos movemos
mar um grande emaranhado de fios.
• Quem já dançou na escola? Qual foi a dan- • Cada estudante deve eleger um par para atravessar Podemos entrar “de mansinho” no cinema depois de
esse emaranhado de fios, mantendo alguma intera- o filme ter começado. Nossos passos devem ser leves pa-
ça? Por quê? ção. O par pode manter essa relação interativa por ra não fazer barulho, lentos por causa do escuro e bem
meio do olhar ou com as mãos dadas, fica a critério
• Quem conhece alguma dança de outro lu- direcionados para não cairmos. Em outros casos, pisa-
de cada dupla. mos firme, rápido e sem direção certa.
gar? Qual? De onde é? • Ao atravessar os fios, cada dupla pode representar O mesmo pode acontecer com qualquer parte do nos-
um sentimento ou animais. O importante é não per- so corpo. Geralmente, quando estamos animados e con-
• Por que as pessoas dançam? der a relação de contato de um para com o outro. tamos uma história, nossas mãos se movem de maneira
• Onde a dança acontece (espaço)? • As duplas que aguardam a vez devem anotar as sen- leve; quando estamos bravos, costumamos fechar o pu-
sações que cada apresentação gerou em si, e, ao final, nho, bater na mesa de modo firme, rápido e direto. Essas
• O que é preciso para dançar? todos devem compartilhar suas impressões com o são algumas qualidades de movimento que realizamos
grande grupo.
• Como se aprende a dançar? diariamente e que também estão presentes na dança. Por
exemplo, quando apertamos o freio da bicicleta para não
bater em algo, é porque nossos movimentos estavam rá-
Sugestão de
O que as outras pidos e poderia acontecer algum acidente. Já quando em-
purramos um sofá bem pesado, geralmente fazemos um
pessoas pensam
abordagem sobre
movimento mais pesado e lento. Movimentos semelhan-
tes a esses podem ser produzidos enquanto dançamos.
Peça aos alunos que pesquisem sobre Os elementos que fazem a Onde nos movemos
manifestações corporais ao redor do mun- dança Quando dançamos, ocupamos espaço. Quando dize-
mos que estamos dançando, na verdade estamos explo-
do e analisem a carga histórica e a força cul- O movimento é o primeiro elemento da dança, mas não rando nosso espaço pessoal. Ele pode ser ocupado de vá-
é o suficiente para dizer que estamos dançando. Para ha- rias maneiras. Por exemplo, quando abaixamos para pas-
tural que essas manifestações exercem na ver dança, precisamos dançar em algum lugar: é o espa- sar no túnel formado na quadrilha junina, estamos usan-
construção da identidade de cada país. ço geral. Podemos dançar no palco, no gramado, no pá- do o nível médio do espaço. Os passistas das escolas de
tio da escola ou na sala de aula. Quem dança pode optar samba, quando vão até o chão com seu pandeiro, estão
por construir seus movimentos em silêncio, com música usando o nível baixo do espaço.
Anotações instrumental ou com música que tenha letra. O som ou o Como é ensaiar a quadrilha na sala de aula e depois ir
silêncio é outro elemento da dança. para o pátio? Como seria o desfile das escolas de samba
28 Arte – 9o ano
28 Manual do Educador
em um teatro fechado? E como é assistir a um ballet clás- nos vestirmos. Se estivermos de calça jeans, de saia ou
tema
sico em um palco montado no meio da praça? Muitas ve- com algo na cabeça, como nas escolas de samba, certa-
zes, por causa da mudança de espaço, sentimos e comu- mente dançaremos de modo diferente. Nas apresenta- Neste momento, solicite aos alunos que
nicamos coisas diferentes. Quando dançamos uma mes- ções de dança, sempre há preocupação com o figurino a compartilhem trechos da pesquisa a respei-
ma dança em vários lugares, como na rua, no palco, no ser utilizado. O figurino influi na maneira como uma dan-
pátio ou na sala de aula, dizemos que estamos exploran- ça é assistida ou dançada. to do frevo e debata com eles sobre a valo-
do o espaço geral. COLL, Cesar; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte: conteúdos essenciais para o
Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 2000. Adaptado. rização e a fama desse ritmo a nível mun-
Com o que ou com quem nos dial. Você poderá, por exemplo, exibir ví-
movemos? deos com apresentações de frevo realizadas
Quando dançamos com um objeto (por exemplo, a
Diálogos com o
bandeira da escola de samba ou um chapéu), seguran- tema em outros países e comentar sobre as rea-
do ou brincando com ele, explorando nossos movimen- ções da plateia diante dos passos de dança.
tos, criamos uma maneira de relacionar nosso corpo e o Particularidades da dança
objeto. Podemos também estabelecer relações entre as
partes do corpo ou ainda com as outras pessoas que es- 1| Com base no texto anterior, quais são os três principais
tão ocupando o mesmo espaço geral. Essas relações ge- elementos da dança? Anotações
ram sensações e experiências diferentes em quem está
dançando ou assistindo a uma dança. Movimento, espaço e som.
Crédito das imagens: stock.adobe.com/artjazz e Dmitry_Evs
os membros.
Fortemente influenciado pela cultu- O street dance surgiu da necessida- uma dança em espaços diferentes.
ra cigana, e com raízes na cultura ára- de de desconstruir os padrões con-
be, o flamenco surgiu a partir da fu- vencionalizados pela dança clássica.
são dessas culturas. 4| O frevo é um Patrimônio Cultural Imaterial da Humani-
dade. Sua origem é atribuída ao Estado de Pernambuco
As pessoas e o movimento desde o século XIX, onde é presente até hoje. Faça uma
breve pesquisa sobre esse ritmo e compartilhe os resulta-
Haveria diferença entre um adulto e uma criança ou dos com seus colegas e professor. Durante o estudo, lem-
entre um homem e uma mulher dançando? Nossas ca- bre-se de destacar tópicos como a origem do ritmo, os ti-
racterísticas físicas, emocionais, culturais e sociais mo- pos de movimentos utilizados nas coreografias, os espa-
dificam a maneira como cada um dança. Outro aspecto ços em que geralmente o frevo é dançado, entre outros
que interfere na maneira como dançamos é a forma de aspectos dessa dança.
Arte – 9o ano 29
Arte – 9o ano 29
stock.adobe.com/danillaophoto
mentos do seu cotidiano ou aproveita para explorar novos?
Ao falar sobre a capoeira, questione os
Resposta pessoal.
alunos sobre outras contribuições dos povos
africanos para a cultura brasileira. Somado a
isso, você pode levar vídeos com apresenta- 6| Você concorda que nossas características físicas, emo-
ções de capoeira e promover uma reflexão a cionais, culturais e sociais modificam a maneira como ca-
da um dança? Justifique.
respeito das suas primeiras impressões.
Resposta pessoal.
Anotações
+ Informações
sobre o tema Origens da capoeira
Não existem fontes históricas confiáveis para estabe-
A capoeira lecer qual é a verdadeira origem da capoeira, porém es-
tima-se que, a partir do século XVI, Portugal passou a en-
Uma expressão cultural genuinamente brasileira, que viar para o Brasil vários povos escravizados provenientes
mistura arte marcial, dança e música, a capoeira foi cria- das regiões onde hoje estão o Congo e a Angola. Nessa
da por africanos escravizados em fins do século XVI, no última região, povos pastores costumavam realizar uma
Quilombo dos Palmares, situado, na época, em territó- cerimônia bastante animada chamada n’golo, na qual os
rio pertencente a Pernambuco. A capoeira é caracteriza- jovens competiam para ver quem conseguia encostar o
da por movimentos ágeis e precisos, assumindo grande pé na cabeça do adversário. Essa cerimônia celebrava o
complexidade à medida que os praticantes vão se aper- início da vida adulta e o jovem vencedor da competição
feiçoando nessa modalidade de luta que utiliza primaria- tinha direito de escolher uma entre as mulheres, tam-
mente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas bém iniciando sua vida adulta, para que pudesse se ca-
e cotoveladas. Os golpes, por vezes, são realizados por sar sem precisar pagar o dote. Com a chegada de mui-
meio de acrobacias no solo ou aéreas, o que muitas vezes tas dessas pessoas ao Brasil, acredita-se que a capoeira
confere grande velocidade e dificuldade de realização. teria sido introduzida.
A musicalidade é uma característica bastante distin- Com o passar dos anos, muitos escravizados conse-
ta da capoeira, o que a difere de outras artes marciais. É guiam fugir e se juntar em quilombos, assentamentos es-
bastante comum, por exemplo, que, em uma exibição en- tabelecidos em áreas remotas da colônia, onde podiam
tre capoeiristas, não haja contatos físicos contundentes, viver em liberdade e reavivar muitos de seus costumes
assumindo um caráter típico de dança. Geralmente, os que eram proibidos pelos portugueses. Assim, nesse am-
praticantes, além de aprenderem a lutar e realizar movi- biente onde as pessoas permaneciam sempre em estado
mentos acrobáticos, também passam a tocar os instru- de tensão, a capoeira se tornou uma grande arte marcial,
mentos e a cantar. utilizada em confrontos diretos com as tropas coloniais.
30 Arte – 9o ano
30 Manual do Educador
Arte – 9o ano 31
Arte – 9o ano 31
mavoimages/AdobeStock.com
Trigueirinho, em Nazaré Paulista, no Estado de São Pau-
lo. Para auxiliar esse trabalho em Nazaré, Sarah trouxe
uma ou duas fitas cassete com as danças de Findhorn.
stock.adobe.com/sforzza
Em 1990, Christina Dora (Sabira) vai à Suíça e conhece 1| Em sala, ao som de uma ciranda, escolha uma dupla.
Maria Gabriele Wosien, filha de Bernhard, e traz as danças A partir desse momento, comece a se mover de forma li-
para Nova Friburgo, no Rio Janeiro. Nessa ocasião, vre, sentindo o ritmo da música. À medida que os passos
Patrícia Azarian conhece as Danças Circulares, e se inicia são realizados, você e seu par devem ir se harmonizando.
um trabalho de expansão no Rio de Janeiro. Quando vocês atingirem uma sincronia, chame outra du-
A partir desse momento, pessoas de Findhorn vieram pla e assim sucessivamente, até que todos da sala estejam
ao Brasil, brasileiros foram até lá, e o movimento come- em um único e harmonioso círculo de dança. Após a dinâ-
çou a expandir. mica, descreva detalhes da experiência em seu caderno.
32 Arte – 9o ano
32 Manual do Educador
6 A contracultura Expectativas de
aprendizagem
As raízes do Manguebeat como o cinema, a moda e as artes visuais. A iniciativa re-
sultou em grande sucesso, e várias bandas se formaram,
• Compreender sobre o quanto a música é
Reprodução.
Arte – 9o ano 33
5. Priorize as orientações acerca da edição • Façam a edição dos vídeos. A Internet oferece várias ricano. Foi exatamente esse cenário que a juventude ame-
possibilidades de adicionar diversos vídeos, criar uma ricana observou e criticou por meio do movimento hippie.
das imagens, já que esse é o processo fi- transição entre eles e, ao final, converter tudo para Esse movimento foi considerado de contracultura, ou seja,
um único vídeo. A plataforma YouTube, por exemplo, opôs-se à cultura tradicional ocidental, que era marcada pe-
nal, que garante grande parte do suces- oferece esse serviço. lo conservadorismo, pelo capitalismo, pela imposição reli-
so de uma produção. • Compartilhem o resultado final com o professor, com giosa e pelo consumismo.
a turma e com parentes e amigos. Sua origem se deu inicialmente na cidade de São Fran-
cisco, principalmente para criticar a Guerra do Vietnã, a qual
O que as outras pessoas O que as outras tinha os americanos como principais financiadores. A princi-
pal forma de divulgação do movimento era através de pro-
pessoas pensam
pensam sobre
testos pacíficos pelas ruas do país, nos quais eram citados
sobre lemas como “Paz e amor” e “Faça amor, não faça guerra”.
O movimento hippie foi influenciado diretamente por
Na década de 1960, a cultura jovem teve Movimento hippie : você outros movimentos históricos que aconteceram e que esta-
vam acontecendo na sociedade americana. É possível des-
grande repercussão por meio de diferentes sabe como surgiu? tacar, por exemplo, os Beatniks (geração anterior aos hippies
que, após a Segunda Guerra Mundial, criticava o materialis-
Durante os anos de 1960, nos Estados Unidos, muitos
manifestações políticas e artísticas. A popu- mo e a violência) e os movimentos negros nos Estados Uni-
jovens estavam descontentes com diversos fatos políti-
dos (principalmente o liderado por Martin Luther King, que
larização desses valores acabou atingindo o cos e sociais que estavam ocorrendo não somente dentro
defendia a ideia de que brancos e negros poderiam viver em
do território estadunidense, como também ao redor do
Brasil e, em pouco tempo, jovens e artistas mundo. Esses acontecimentos passavam por conflitos ex-
harmonia na sociedade).
Por meio de influências como essas, os hippies construí-
foram se tornando cada vez mais engajados ternos, como a Guerra do Vietnã e a Guerra Fria. Em meio
ram a base de princípios que caracterizaram o movimento:
a esse cenário, através de protestos pacíficos baseados
a crítica ao sistema capitalista e à sociedade de consumo; a
dentro desse movimento. Diante disso, pro- nas críticas ao sistema governamental vigente, à violên-
defesa da vida comunitária baseada em igualdade e paz en-
cia e ao capitalismo, esses jovens deram início a um mo-
mova um debate sobre os reflexos da cultu- vimento que ficou conhecido como movimento hippie.
tre as pessoas; e a oposição a guerras e à violência. O movi-
mento era constituído por jovens de diversas classes sociais
ra hippie no Brasil. que nasceram no contexto pós-guerra e se identificavam,
stock.adobe.com/h368k742
34 Arte – 9o ano
34 Manual do Educador
Certamente, esse festival foi o marco para o início da cul- • Antirracismo: lutavam pelos direitos civis da popula-
tema
tura hippie, a qual influenciou milhares de jovens não so- ção negra americana.
mente nos Estados Unidos, mas no mundo todo. • Estética: os hippies eram caracterizados, muitas Durante o compartilhamento das obras,
Ademais, o Festival de Woodstock contou com a apre- vezes, pelo uso de cabelos longos e roupas largas questione os alunos a respeito dos aspectos
sentação de diversos artistas que foram importantes para o e coloridas.
movimento hippie. Tais artistas — assim como todos os que Disponível em: https://www.politize.com.br/movimento-hippie/. Acesso em:
da cultura hippie que foram utilizados como
se identificavam com as ideologias do movimento — eram 13/10/2021. Adaptado.
a favor de uma sociedade pacífica, contra a violência, e pro-
referência para a produção de cada mate-
testavam em oposição ao sistema vigente através da pro- rial. Se oportuno, promova um debate so-
dução musical. Os maiores nomes que participaram do fes- Diálogos com o
tival de 1969 foram: Jimi Hendrix, Janis Joplin, Creedence tema bre as contribuições e a influência do mo-
Clearwater Revival, The Who e Joe Cocker.
vimento hippie na sociedade.
Movimento hippie
Heinrich e Friedl Winter/Wikimedia Commons
Arte – 9o ano 35
Anotações
Arte – 9o ano 35
36 Arte – 9o ano
36 Manual do Educador
Reprodução.
ou a um conjunto delas —
Tropicália a conotação de marginal
guir, um debate no qual Heloisa Buarque
A contracultura teve grande importância também no pode apontar para alguns de Hollanda fala sobre literatura marginal
contexto brasileiro, quando músicos influenciados por caminhos distintos, desde
correntes artísticas nacionais e internacionais criaram a associação dos autores pela TV Brasil.
a Tropicália, um movimento cultural brasileiro que assim denominados ao mito
misturava ritmos regionais com músicas como o rock. do “escritor maldito”, que
Assim como ocorreu no resto do mundo, a Tropicália tinha geralmente tem sua obra
entre suas características a crítica contra padrões morais deixada de lado pela maior
e o autoritarismo promovido pelo governo da época. O parte do público e da crítica,
movimento se manifestou principalmente na música, até uma literatura feita por
tendo à frente nomes como Caetano Veloso, Gal Costa, indivíduos que integram A antologia 26 poetas hoje, organiza-
da por Heloisa Buarque de Hollanda,
Gilberto Gil, Torquato Neto, Tom Zé e o grupo Os Mutantes. grupos socialmente tidos
é um importante registro a respeito da
como minorias. Entre as poesia marginal e reúne poetas brasi-
Reprodução.
Arte – 9o ano 37
24:47
Arte – 9o ano 37
bloomicon/AdobeStock.com
as artes da época visavam a atingir.
Mais imediata e difusa do que obras que se encon-
travam no cânone naquele momento, e ainda estão até
hoje, da idealização de Gonçalves Dias à inquietação de FC_A
38 Arte – 9o ano
38 Manual do Educador
Arte – 9o ano 39
O senso comum criou a imagem do ar-
tista como uma pessoa que apenas produz
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obras com intuito puramente estético. No
cultivar a percepção, o imaginário, a capaci- entanto, sabemos que o processo de produ-
BNCC dade de simbolizar e o repertório imagético. ção artística é bastante complexo e deman-
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísti- da diversos conhecimentos práticos e teóri-
Habilidades trabalhadas no capítulo
cas às diferentes dimensões da vida social, cos, o que significa dizer que o aspecto esté-
(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar cultural, política, histórica, econômica, es- tico de um trabalho artístico é apenas uma
formas distintas das artes visuais tradicionais tética e ética. de suas muitas características.
e contemporâneas, em obras de artistas bra- (EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos Neste capítulo, vamos analisar algumas
sileiros e estrangeiros de diferentes épocas e temáticos, as relações processuais entre di- áreas de trabalho que encantam por conta do
em diferentes matrizes estéticas e culturais, versas linguagens artísticas. seu aspecto artístico, mas que também são
de modo a ampliar a experiência com dife- (EF69AR33) Analisar aspectos históricos, de uma complexidade tão grande que che-
rentes contextos e práticas artístico-visuais e sociais e políticos da produção artística, ga a intrigar pesquisadores e especialistas.
24:47
Arte – 9o ano 39
Professor, o termo gótico é relativo aos Registre suas talhes sobre isso?
godos, povos de origem germânica que in- ideias • Em grupo, realize um passeio, virtual ou físico, na sua
cidade e procure, de preferência, os locais históricos.
vadiram terras do antigo Império Romano 1| Neogótico (também chamado de revivalismo gó-
• Preste atenção em todos os detalhes e busque super-
fícies que tragam mosaicos em seus acabamentos.
e se instalaram em áreas onde hoje ficam
tico) é um estilo de arquitetura que busca reavivar as
formas das igrejas construídas no final da Idade Mé-
• Além dos mosaicos portugueses em calçadas e ruas,
preste atenção nas paredes e interiores de prédios pú-
França, Espanha e Portugal. O termo gótico dia. As edificações construídas seguindo esse estilo
blicos antigos, pois há grande chance de encontrar de-
possuem como características os tetos bastante altos;
corações feitas com azulejos ou outros tipos de mosaico.
passou a ser associado à ausência de luz, grandes janelas, que geralmente são ocupadas por vi-
• Registre tudo em fotografias, prints e filmagens.
escuridão e trevas. O termo Idade das Tre- trais; boa iluminação interior; e a utilização de está-
tuas realistas no exterior das construções, particular-
• Faça uma compilação de todo o material e publique
na Internet.
vas deriva do fato de haver um hiato de cer- mente sobre os portais, para ilustrar histórias bíbli-
cas. No Brasil, existem várias edificações construídas
ca de mil anos entre o período greco-roma- seguindo esse estilo. Pesquise na Internet sobre algu- O que as outras
no e a renascença, quando, teoricamente, ma dessas construções e descreva a seguir suas prin-
cipais características arquitetônicas.
pessoas pensam
a Europa reencontrou o gosto pelos precei- Resposta pessoal.
sobre
tos da Antiguidade e deixou para trás o con-
Oscar Niemeyer
trole exercido durante a Idade Média. Pos-
Arquiteto brasileiro com enorme reconhecimento in-
teriormente, o termo gótico influenciaria a ternacional, Oscar Niemeyer é uma grande referência da
arquitetura moderna, sendo considerado um dos maio-
literatura, a moda, as artes visuais, o tea- res colaboradores para o desenvolvimento do estilo. Nas-
tro e a música. cido na cidade do Rio de Janeiro no ano 1907, formou-se
em arquitetura pela Escola de Belas Artes em 1934. Con-
Sugira uma pesquisa entre os estudan- siderando que sua formação não lhe deu preparação su-
ficiente, procurou o arquiteto e urbanista Lúcio Costa pa-
tes para que eles possam descobrir artistas ra, com ele, realizar um estágio e assimilar maiores infor-
renomados que criaram grandes obras ins- mações acerca da arquitetura moderna. Nesse período,
passou a apresentar grande interesse pelas construções
pirados no período gótico. coloniais luso-brasileiras. Esse momento de experiência
marcou profundamente o jovem Niemeyer, que conside-
2| Os trencadís são uma forma de criar um mosaico, rava Costa seu principal mestre e também afirmava ter
ou seja, trata-se de uma arte decorativa que consiste sido aquele que o guiou em sua orientação arquitetôni-
O que as outras pessoas em criar figuras naturalistas, geométricas ou abstratas ca e a tomar gosto pelas técnicas e tradições brasileiras.
apesar de a história creditar esse grande ar- to, após vencer um concurso que contou com os famosos cobogós, blocos vazados feitos
quiteto celebrado no mundo inteiro, Brasí- a participação de diversos profissionais. São de cimentos que são colocados lado a lado
lia foi desenhada por várias mãos. Há vá- dele dois elementos fundamentais do proje- criando um efeito estético e proporcionando
rios nomes, alguns conhecidos e outros to: a Torre de TV e a Rodoviária do Plano Pilo- a circulação de ar. O cobogó é uma invenção
nem tanto, que deram suas contribuições to, marco zero da nova capital. A rodoviária, pernambucana que acabou por seduzir não
para erguer a cidade que posteriormen- por sinal, possui um mercado, um shopping apenas Niemeyer, mas uma grande leva de
te viria a se tornar Patrimônio Cultural da e determina o traçado do Plano Piloto, o que grandes arquitetos. O nome cobogó surgiu
Humanidade. lhe confere fundamental importância para o como forma de homenagear seus criadores,
Lúcio Costa não projetou nenhum prédio desenho da cidade. e ntão donos de uma fábrica de tijolos:
residencial, porém elaborou vários projetos Niemeyer também projetou os primeiros Amadeu Oliveira Coimbra (co), Ernest August
urbanísticos de várias quadras do Plano Pilo- prédios residenciais da capital e neles utilizou Boeckmann (bo) e Antônio Góis (gó). Para
40 Manual do Educador
Antoni Gaudí
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Direção: Hiroshi Teshigahara
Arte – 9o ano 41
Brasília, a utilização do cobogó foi ideal, visto se conheceram em 1949, quando o primeiro
que a cidade não apresenta clima quente ou venceu um concurso interno de projetos na
frio demais. universidade e foi contratado por Niemeyer,
Nauro Esteves, que era chefe de gabine- que fazia parte do júri.
te do Departamento de Arquitetura e Urba- A maioria dos brasilienses desconhece
nismo da Novacap (Companhia Urbaniza- o nome do arquite to que proje tou se u
dora da Nova Capital), atuou como assessor prédio, muito pelo fato de Niemeyer ter se
imediato de Niemeyer e projetor de prédios tornado referência máxima e unânime para
icônicos da cidade, como o Conjunto Nacio- a cidade. Entretanto, os prédios da cidade
nal, o Hotel Nacional, o Palácio do Buriti e a proporcionam grande qualidade de vida
sede da Polícia Militar. Esteves e Niemeyer para seus moradores e foram projetados por
Arte – 9o ano 41
stock.adobe.com/Casa.da.Photo
Reprodução.
Biblioteca Latinoamericana Victor Civita, projetada por Oscar Niemeyer e
A Residência Schröder foi construída em 1924. Está registrada desde 2000 co-
localizada na cidade de São Paulo.
mo Patrimônio Mundial da Humanidade na Unesco.
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Sugestão de resposta: Embora se trate de resposta pes-
Casa Batiló, edifício projetado por Gaudí que fica localizado em Barcelona,
Espanha.
Diálogos com o
Sugestão de resposta: Na obra de Niemeyer, não há a tema
presença de mosaicos no seu exterior, e as formas ten-
Design de interiores
dem a apresentar maior solidez; percebe-se que Gaudí
Nossa vida está sempre cercada por espaços fecha-
dos: nossa casa, a escola, o escritório, a fábrica... É nos
pouco explora as retas, criando um trabalho onde as
ambientes internos onde passamos grande parte de nos-
so tempo. Estes, no entanto, se não fornecerem uma es-
curvas predominam, fato que não ocorre na obra de
trutura agradável, podem nos afetar negativamente. Pla-
nejar um ambiente é uma tarefa que demanda grande
Niemeyer, que pondera entre as formas retas e curvas.
responsabilidade para um profissional. Designer de in-
teriores é uma pessoa que planeja, pesquisa, coordena
2| Contemporâneo de Gaudí e Niemeyer, o neerlandês Gerrit e gerencia esses projetos de aprimoramento do interior
Rietveld também teve grande importância para a arquitetu- das edificações, com a finalidade de promover um am-
ra moderna. Seu trabalho é inspirado no neoplasticismo, biente visualmente agradável e saudável para as pessoas
um movimento caracterizado pela redução dos elementos que o utilizarem diariamente.
às suas formas mais puras e básicas. Um dos trabalhos mar- É bastante comum, entretanto, que muitas pessoas
Diálogos com o cantes de Rietveld foi a Residência Schröder, um marco da
história do Modernismo. Analise a estrutura da construção e
acabem confundindo o design de interiores com deco-
ração. Embora o design também envolva a escolha da
tema as características que mais lhe despertam atenção. cor, dos acabamentos e revestimentos utilizados em
interiores brasileiros
Diariamente as pessoas se deparam com FC_Artes_9A_02.indd 42 14/01/2023 10:24:51
imagens bastante inspiradoras de ambientes Profissionais do ramo que atingem cer- O Brasil, apesar das crises econômicas re-
internos que são disponibilizadas em platafor- to nível de experiência são cientes que, centes, vive um bom momento com relação à
mas como o Instagram e o Pinterest. Por con- para deixar os interiores mais bonitos e utilização dos serviços dos designers. Muito por
ta disso, criou-se o hábito de analisar compo- funcionais, é preciso muita criatividade, influência da própria Internet, muitas pessoas
sições visuais e criar opiniões a respeito do as- senso crítico e olho clínico. Essas qualida- passaram a dar maior importância à escolha de
pecto visual de um ambiente. Nesse contexto, des fazem com que o designer de interio- móveis, objetos decorativos e dinamização dos
todos acabam adquirindo um senso crítico, o res tenha grande importância no merca- espaços interiores. De 2010 para cá, os escritó-
que é algo natural. No entanto, para criar um do mundial, visto que a maioria das pes- rios e profissionais autônomos já faturaram
ambiente harmônico, a tarefa vai muito mais soas deseja renovar suas empresas ou la- mais de 100 prêmios em diferentes categorias.
além da simples combinação de móveis com res, mas não tem habilidade, tempo e/ou Disponível em: https://www. vivadecora.com.br/pro/design-
-de-interiores/designers-de-interiores-brasileiros/. Acesso em:
cortinas, tapetes e almofadas. inspiração para isso. 09/02/2021. Adaptado.
FC
42 Manual do Educador
stock.adobe.com/borodatch
tar atento a todas as diferenças físicas e psicológicas apre-
sentadas pelas pessoas. Dessa forma, ele deve pensar em
um ambiente agradável para uma pessoa que não tenha
dificuldade de locomoção, assim como deve ficar atento
às pessoas com algum tipo de necessidade mais específi-
ca. Esse profissional, no entanto, nem sempre é valoriza-
0:24:51
do, e, em muitas situações, o resultado disso é que mui-
tos ambientes acabam se tornando verdadeiros obstácu-
los para pessoas que tenham algum tipo de deficiência, Em muitos países, como na Finlândia e no Canadá, as
por exemplo. escolas passaram a adotar formas diferentes de organi-
zar as salas de aula, adaptando o ambiente à perspectiva
a. Todos nós estamos sujeitos a desenvolver proble- dos estudantes. Junto aos seus colegas, pense em uma
mas de locomoção. Acontece quando quebramos uma maneira diferente de organizar a sala de aula. Ao final da
perna jogando futebol ou quando alguém idoso da sua experiência, relate ao professor as diferenças percebidas
família passa a necessitar de instrumentos para se lo- com as modificações.
Arte – 9o ano 43
Arte – 9o ano 43
te de suas edificações dinamitadas e seus Internet por teorias como essas e escreva, em seu cader-
no, o que você acha sobre o surgimento delas.
artefatos em ouro levados para a Europa. Resposta pessoal.
Hoje, graças à Arqueologia moderna,
existe todo um cuidado para que haja a de- Repensando
vida preservação do patrimônio que se pre- Muitos elementos arquitetônicos tinham função didá-
tenda estudar. Nesse contexto, as pirâmi- tica. Isso é facilmente percebido, por exemplo, nas igre-
jas cristãs construídas ao longo dos séculos. Levando em
des egípcias têm imensa importância por conta que grande parte da população era analfabeta e
não sabia ler os versos da Bíblia, as esculturas e pinturas
conta dos hieróglifos registrados em pa- encontradas dentro e fora dos templos poderiam forne-
redes, estátuas e minaretes, assim como cer essas informações por meio de registros visuais. Vá-
rios povos ao longo da história fizeram registros seme-
pelos artefatos presentes em seu interior. lhantes por motivos diferentes, e muitos desses materiais
podem ser consultados ao redor do mundo.
Escavações devem ser feitas com máxi-
ma cautela, algo que não ocorreu durante 1| Pesquise por imagens históricas de diversos povos, se-
lecione algumas delas e escreva sobre seus significados.
a descoberta do túmulo de Tutancâmon, Templo de Dendera, também conhecido como Templo de Hathor, localiza- Em seguida, apresente as imagens e sua pesquisa para
a turma.
por exemplo. do no Egito.
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Arte – 9o ano 45
pessoa que queira registrar e compartilhar Essa é a crença do Museu da Pessoa. Não
sua história de vida. Seu acervo reúne qua- por outra razão, elegeu como missão valo-
se vinte mil delas, sem contar as fotografias, rizar cada ser humano ao tornar sua his-
documentos e vídeos. tória de vida patrimônio da humanidade.
Se cada indivíduo compre e nde r que Para tanto, trabalha ativamente para ser
O que as outras pessoas todo ser humano importa e que a história reconhecido como um museu da humani-
pensam sobre de vida de cada um é tão relevante a pon- dade, que combate a intolerância ao conec-
to de ser patrimônio de um museu, teremos tar pessoas por meio de suas experiências
O Museu da Pessoa
uma sociedade conectada por experiências e sentimentos.
O Museu da Pessoa é um museu virtual e de vida, sentimentos e emoções em contra- O grande valor do Museu da Pessoa é a
colaborativo. Está aberto a toda e qualquer posição às diversas formas de intolerância. escuta, pois vem da escuta a possibilidade
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riências com os filmes, séries e documentá- -campo-conhecimento-para-alem-da-sala-de-aula/. Acesso em: 05/01/2021.
Adaptado.
stock.adobe.com/Pulsar Imagens
de povos que habitaram regiões do território nacional há
vários séculos. Ciente disso, responda:
Resposta pessoal.
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48 Manual do Educador
R$ 337,90
Ciências + Cidadania Moral e Ética + Arte + Inglês
Menor preço por página.
Responsabilidade social.
Proposta de trabalho sustentável.
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Disponível gratuitamente para os alunos que 64 páginas gratuitas a mais em relação
adquiriram o kit e estudam em escola que à edição anterior.
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