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NOSSA HISTÓRIA
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Sumário
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 42
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A trajetória histórica dos cursos de pós-graduação lato
sensu
PARECER SUCUPIRA – PARECER CFE Nº 977/1965 –, APROVADO EM 3 DE
DEZEMBRO DE 1965. Ø Define, pelo Conselho Federal de Educação, os cursos de
pós-graduação na vigência da Lei nº 4.024, de 1961, que fixava as diretrizes e bases
da educação nacional (a primeira LDB).
TRANSCRITO:
“Art. 69. Nos estabelecimentos de ensino superior podem ser ministrados os seguintes
cursos:
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O PARECER CFE Nº 977/1965
FOI EMITIDO PARA ATENDER À SOLICITAÇÃO DO ENTÃO MINISTRO DA
primeira LDB).
de pós-graduação.
graduação.
pósgraduação.
(sensu lato).
A pós-graduação, conforme o próprio nome indica, designa todo e qualquer curso que
se segue à graduação.
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Os cursos de especialização e aperfeiçoamento tem objetivo técnico profissional
profissional ou cientifico.
complexo universitário.
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Conceito de pós-graduação sensu stricto:
O ciclo de cursos regulares em segmento à graduação, sistematicamente
A Lei nº 5.540, de 1968, foi revogada pela Lei nº 9.394, de 1996, a atual LDB, com
exceção dos artigos 6º, 7º, 8º e 9º da Lei nº 4.024, alterados pela Lei nº 9.131, de
1995, que foi recepcionada pela citada Lei nº 9.394. ü O chamado “Parecer Sucupira”
ainda é usado pela Capes e pelo CNE na análise dos programas de mestrado e
resolução.
destinavam-se: § a graduados;
elas.
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§ com uma carga horária mínima de 360 horas de atividades, não computado o tempo
§ Pelo menos 4/5 da carga horária mínima deveriam ser dedicados ao conteúdo
específico dos cursos, podendo o restante ser ocupado com matérias complementares
e formação didático-pedagógica.
emitidos para os alunos que frequentarem pelo menos 85% de todas as atividades
aproveitamento
horas, desde que pelo menos 240 horas tenham sido dedicadas à área de
das universidades para a oferta dos cursos lato sensu, “cuja fiscalização será feita na
A Resolução CFE nº 14/1977 foi revogada pela Resolução CFE nº 12, de 6 de outubro
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de Cursos de aperfeiçoamento e especialização para o Magistério Superior, no
sistema federal”.
nela estabelecida”.
De acordo com o § 2º do art. 2º, os cursos lato sensu “fora de sede somente serão
Educação”.
individual ou em grupo sem assistência docente”, das quais, pelo menos, 60h
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o restante ser dedicado ao conteúdo específico do curso, incluindo a iniciação à
pesquisa”.
condição:
curso credenciado”.
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A Resolução CNE/CES nº 3/1991, regulamentou somente a oferta dos cursos de pós-
ingressar nos cursos de pós-graduação lato sensu (definidos como de nível superior
968/1998).
oferecer os cursos de pós graduação lato sensu, a critério do CNE. Nessa resolução
pedagógicas”.
“Pela primeira vez, as normas para a oferta da pós-graduação lato sensu, em nível
federal de ensino.
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Stricto sensu poderão solicitar, a critério de cada IES a validação dos estudos
Essa avaliação jamais foi realizada. A Capes não aceitou essa atribuição.
sensu.
especialização.
Carga horária mínima de 360 horas (não computado o tempo de estudo individual ou
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Permite a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu a distância para IES
credenciadas.
I - relação das disciplinas, carga horária, nota ou conceito obtido pelo aluno e
II - período e local em que o curso foi realizado e a sua duração total, em horas
obtido;
presente Resolução; e
ministrados a distância.
de administração.
Os cursos devem ter duração mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas, nestas
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A Resolução CNE/CES nº 1/2001 foi revogada pela
Resolução CNE/CES nº 1/2007, com fundamento no Parecer
CNE/CES n° 263/2006.
A Resolução CNE/CES nº 1/2007 A Resolução CNE/CES nº 1/2007
para as IES integrantes do sistema federal de ensino; prevê, além dos cursos de
outros”, previstos no inciso III do art. 44 da LDB; permite o acesso dos “diplomados
sujeição dos cursos “à avaliação dos órgãos competentes a ser efetuada por ocasião
referentes a esses cursos, “sempre que solicitadas pelo órgão coordenador do Censo
do Ensino Superior, nos prazos e demais condições estabelecidos” (Art. 3°); o Inep,
órgão do MEC responsável pela avaliação in loco das IES nos processos de
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recredenciamento, não assumiu essa função; mantém a carga horária mínima em
1/2001; revoga os arts. 6°, 7°, 8°, 9°, 10, 11 e 12 da Resolução CNE/CES n° 1/2001
orientador para a audiência pública realizada pelo CNE denomina “marco regulatório
termo próprio do atual governo federal, que deseja marco regulatório para todas as
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I - Instituições de Educação Superior (IES) devidamente credenciadas para a
reconhecido(s);
III - Escola de Governo (EG) criada e mantida por instituição pública, na forma do
fevereiro de 2006, credenciada pelo CNE, por meio de instrução processual do MEC
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processual do MEC para oferta de cursos de especialização na(s) área(s) de sua
atuação.
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Projeto pedagógico do curso
I - Matriz curricular, com a carga mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas,
avaliação e bibliografia;
Resolução;
III - elenco do corpo docente que efetivamente ministrou o curso, com sua
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registrados por ambas, com referência ao instrumento por elas celebrado. Os
validade nacional.
certificados de especialidade.
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fundamento na Resolução CNE/CES nº 1, de 2007, ou na Resolução CNE/CES
respectivas turmas, nos termos de seu PPC. Esta Resolução não contempla: q
São considerados irregulares, os cursos de pós graduação lato sensu que não
estiverem inscritos no Cadastro Nacional.
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região. Podem acessar o portal que oferece informações sobre as instituições de
http://emec.mec.gov.br.
concluintes.
VIII - projeto de acervo acadêmico em meio digital, com a utilização de método que
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convertidos para o meio digital.
Art. 27. As faculdades com CI máximo nas duas últimas avaliações, que ofertem pelo
a legislação educacional;
Art. 103. Dados atualizados no e-MEC e Censo da Educação Superior , nos termos
Art. 104. Os documentos que compõem o acervo acadêmico das IES na data de
publicação deste Decreto serão convertidos para o meio digital (...) Prazo e condições
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de conversão para o meio digital e de guarda e de manutenção dos acervos físicos
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cursos superiores, bem como seus aditamentos, nas modalidades presencial e a
de pós-graduação lato sensu. Esse processo foi facilitado a partir de 1995 pela
orientação foi apoiada pelo então Ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, o
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tridimensional de coordenador, professor-pesquisador e gestor. Essa atuação
fundamental para a qualidade dos cursos, na medida em que prepara o indivíduo para
cursos requer, pois, por parte da instituição que os oferece, observar o rigor
gestão institucional para a qualidade dos cursos lato sensu. Em seu estudo de
profissionais, das empresas e das instituições. Embora o objetivo central dos cursos
pois, que os gestores de cursos lato sensu contam com graus de liberdade para fazer
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escolhas no sentido de suplantar a limitação pragmática de cursos profissionalizantes.
Costa (2010) analisou cursos de pósgraduação lato sensu oferecidos pelo Centro de
pesquisa articulados aos cursos, forte apoio à gestão e preparo do corpo docente. Um
dos fatores positivos foi o processo de acompanhamento dos egressos, que apontou
texto tem como finalidade acrescentar algumas reflexões à literatura conexa, partindo
a educação continuada, o que pode ser evidenciado pela crescente procura por vagas.
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processo de produção e consumo do conhecimento tem ocupado lugar de destaque
papel do conhecimento na dinâmica social, que tiveram lugar a partir do final do século
XX. Entre essas, destaca- -se a vertente pragmática, que confere lugar de destaque
um processo de produção organizada do saber, que vem adquirindo cada vez mais
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Aparelho do Estado (BRASIL/MARE, 1995). A administração pública adotou um
superior pública sofreu uma contração significativa, o que gerou oportunidade para o
O estudo de Moraes (2010) argumenta que esse fato, aliado à política de redução do
receitas adicionais, tanto nas instituições privadas como na esfera pública. Essa
circunstância contribuiu para que a oferta de cursos por instituições privadas suprisse
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ramo de executivos e de negócios (MBAs). No setor público, existem as chamadas
Rio de Janeiro, é uma entidade civil sem fins lucrativos, mantida pela Associação do
Gestão, foi criada em 1986 (BRASIL/MPOG, 2002). Nos anos 1990, dedicou-se a
executivas) à :
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conhecimento disseminado por meio dos seus cursos não poderia servir a outro
façam parte do sistema de pós-graduação. Pretende também que esse sistema seja
expandido, com a devida capacitação do corpo docente, tanto para os cursos stricto
campo.
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Algumas dessas instituições foram criadas em meados do século passado, mas a
graduação lato sensu não receberam o mesmo cuidado por parte da política
relevante para resguardar a qualidade dos cursos. Não se pretende aqui comparar o
lato sensu com o stricto sensu, visto que são dimensões diferenciadas. O objetivo é
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especialização tiveram um papel importante na formação de professores de nível
qualificou como pós-graduação stricto e lato sensu. A partir de então, estes últimos
pósgraduação lato sensu esteve sob a supervisão da Capes até 1991, quando lhe foi
critérios de qualidade tornaram-se mais flexíveis. Prova é que a atual Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996, art. 66) determina que os
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privadas. O Conselho Nacional de Educação, pela Resolução Câmara da Educação
docente para atuar em tais cursos. Segundo a citada Resolução, podem lecionar
de ensino superior. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 42, n. 1, p. 151-164, jan./mar. 2016.
graduação lato sensu fica mais flexível. Tal fato pode ser explicado, em parte, pela
pressão e expansão do campo privado, que guarda a maior oferta desses cursos, e
que tem um número menor de professores com titulação de mestres e doutores. Não
doutor. Sobre essa questão, Pilatti (2006) adverte sobre as distorções na oferta
desses cursos. O que chama a atenção na fala a seguir é o fato de que algumas
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seu município sede ou de sua unidade federada, segundo alguns, tem levado a
p. 22).
Resolução CES/ CNE n° 1, de 2001, referente aos cursos de pós- -graduação lato
qualidade em todo o país. Com ações como esta, queremos aprimorar a qualidade da
educação no Brasil. Por isso, não podemos aceitar anarquia no ensino da pós-
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graduação no Brasil. (BRASIL, 2004, p. 9). Como consequência da portaria do
127 instituições públicas e 716 instituições privadas ofereciam esses cursos. Em 2012,
pelos dados do mesmo Censo, o setor público já contava com 304 instituições e o
setor privado, com 2.112 para a oferta dos cursos. A partir daí, a Comissão foi
extinta, sendo que nem a SESU nem o INEP deram continuidade ao acompanhamento
dados sobre o número de cursos de pós-graduação lato sensu e nem sobre os alunos
no inciso IV, e ficou mais flexível ainda: [...] o corpo docente de cursos de pós-
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graduação lato sensu em nível de capacidade técnico-profissional, sendo que
cinquenta por cento destes, pelo menos, deverão apresentar titulação de mestre ou
Ministério da Educação. Fica evidente que a Resolução deixa uma lacuna referente à
coordenador do curso definir a titulação, o que permite inclusive que haja professores
apenas com graduação lecionando em cursos de pós-graduação lato sensu, sem ferir
Para a elaboração do novo PNPG 2011- 2020, a Capes instituiu a Comissão Especial
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associações, interdisciplinaridade e multidisciplinaridade. Pelo que se depreende do
relatório, os cursos lato sensu não foram incluídos no PNPG 2011-2020. Apesar das
Tal iniciativa do MEC tem o objetivo de aferir a dimensão e a qualidade dos cursos de
atesta a sua importância em virtude da expansão dos cursos lato sensu voltados para
fundamental e médio. Tal fato foi comprovado pela recente atuação das autoras do
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regulação mais rigorosa por parte do MEC/CNE/CES, especialmente no tocante aos
critérios de abertura e oferta dos cursos, particularmente no campo privado. Esta seria
alguns cursos e a garantir a qualidade dos mesmos. Por meio da Portaria Normativa
não só com bons mestres, mas também com profissionais reconhecidos pelo
Franco (2002) elaborou uma proposta para orientar a atuação dos coordenadores, a
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do projeto acadêmico e para a interlocução entre teoria e prática, entre conteúdos e
mercado potencial de trabalho. Para tanto, o autor recomenda que a função primeira
Nacional (LDB) e dos Planos Nacionais de Educação em vigência, bem como dos
cursos devem articular-se à vocação institucional, local e/ou regional das instituições
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que o coordenador: tenha formação de mestrado e/ou doutorado; seja do corpo
para fazer com que o curso seja efetivamente desenvolvido em toda a sua capacidade
do curso e que deve ser exercida juntamente com o corpo docente para permitir que,
cada vez mais, as atividades pedagógicas tenham de fato um sentido formativo. Para
tanto, a seleção docente deve considerar aspectos importantes, que dizem respeito
mesmo internacional que possui em sua área de conhecimento. Pode ser reconhecido
pelos artigos que haja publicado, pelas conferências para as quais seja convidado a
proferir, por sua ação no conselho profissional de sua categoria, enfim, pela projeção
interna e externa que faz do seu curso. Esta se dá de variadas formas, sendo que
algumas podem ocorrer por iniciativa do próprio coordenador. Outras são mais
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congressos, conferências, ciclos de debates, oficinas e cursos, dentro e fora da
Ainda que tais atividades tenham sua importância na esfera acadêmica, a qualidade
nos limites dos recursos disponíveis e cuidar para que ocorram realmente as
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Capes/MEC e os pareceres do Conselho Nacional de Educação, de modo a propor
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BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES, n. 07, de 2011: determina a
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 abr. 2001. Seção 1. Disponível em: . Acesso
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BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O desafio do planejamento
Estratégicos, 2002.
construção. Curitiba: Forgrad, 2004. Disponível em: . Acesso em: mar. 2007.
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