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recentes; sobre uma folha branca, esquecida no volume, se liam uns versos

ingleses manuscritos, cujos carateres tão pouco se aparentavam com a escritura

um pouco fantástica do meu hóspede, que me custou bastante a conhecê-la.

Não sei se era teu seio ilha encantada...

Paraíso de canto,

De perfume, d’amor e formosura...

Se um templo à beira-mar... um templo santo.

De luz e aroma cheio...

Não sei... pois sabe alguém sua ventura?

Mas dormia embalada no teu seio

Minh‘ alma, sossegada.

II

Um suspiro... uma prece...

Leva-os o vento pela noite escura!

Sonho! um sonho que esquece!

Mas não se esquece o sonho da Ventura!

Que fantasma nos brada avante avante,

Esquecer! esquecer?

O coração não quer!

Não quer... não pode... luta vacilante!

Onde teve seu ninho e seu amor,

Aí há de ficar, sombrio, incerto...

Há de ficar, pairar no céu deserto,

Ave eterna de dor!


III

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