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Memorex PRF - Rodada 02

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Memorex PRF - Rodada 02

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RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

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uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO .................................................................. 12
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 14
FÍSICA ..................................................................................................................................... 17
ÉTICA E CIDADANIA ....................................................................................................... 19
GEOPOLÍTICA ..................................................................................................................... 21
LÍNGUA INGLESA .............................................................................................................. 22
LÍNGUA ESPANHOLA ...................................................................................................... 24
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ........................................................................................ 27
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 39
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 46
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 59
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 64
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 70

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
VAMOS ENTENDER OS CONCEITOS...
⇨ Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição.

⇨ Sentido do texto/Semântica: Significado das palavras.

⇨ Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como


substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral,
conjunção, interjeição.

⇨ Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração, período.
Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento nominal.
DICA 02

DICIONÁRIO DAS PALAVRAS-CHAVE NO ENUNCIADO (COMANDO) DAS QUESTÕES


DE LÍNGUA PORTUGUESA

ASSOCIAR (relacionar)  Estabelecer uma correspondência


(ligação entre os elementos). UNIR IDEIAS QUE APRESENTEM
TRAÇOS COMUNS.
CARACTERIZAR  Distinguir aspectos, assinalar traços, pôr em
evidência os elementos de destaque.
COMENTAR (discutir)  Expressar opiniões, posicionar-se com
argumentação, desenvolver um assunto com desenvoltura.
CONTRAPOR (confrontar)  Expressar as diferenças, mostrar
traços diferenciados , pontos adversos.
DETERMINAR  Afirmar com clareza, distinguir com exatidão os
elementos.
ESTABELECER PARALELO  Organizar elementos (ideias) com
base em diferenças ou semelhanças, conforme a natureza do
assunto abordado.
EXEMPLIFICAR  Citar, mencionar com exemplos, interpretar
com palavras de quem escreve, basear-se no texto.
EXPLICAR  Expor com clareza as intenções, motivos, razões
(porquês), objetivos e até causas acerca de um assunto.

DICA 03

ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS – COMO ELIMINÁ-LAS?


- Extrapolam o texto, ACRÉSCIMO de informações alheias ao texto.
-Limitam o texto, CARÊNCIA de informações essenciais.
- NÃO ABORDAM o texto!
- CONTRADIZEM o texto.
- Emitem JUÍZO DE VALOR DIVERSO do autor → parcialidade!

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DICA 04

*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES FALSAS quando:


1. Generaliza;
2. Extrapola;
3. Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela.
*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES VERDADEIRAS quando:
1. Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos;
2. Literalidade, usando sinônimos;
3. Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo.
DICA 05
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:


* Comece sempre pelo COMANDO DA QUESTÃO.
* NUNCA LEIA O TEXTO SEM ANTES VER O QUE A QUESTÃO PEDE.
* Na leitura atente-se no que foi pedido e tente extrair o máximo da parte do texto que
foi pedido na questão.
DICA 06
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:


* Volte ao texto sempre que necessário, NUNCA DEDUZA SEM TER A INFORMAÇÃO NO
TEXTO, evite opiniões pessoais, se atente apenas nas informações que o texto passa.
Porém sempre com uma leitura dirigida.
* Tente ver nas RESPOSTAS DE OUTRAS QUESTÕES que dizem a mesma coisa (com
palavras diferentes). Veja SE BATE COM O QUE VOCÊ ACHA COMO CORRETO.
DICA 07
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
IDENTIFICAR CONFORME A LEITURA: uma relação de esclarecimento, se existe uma
IDEIA DE RESUMO, EXPLICAÇÃO, EXEMPLIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO, ENUMERAÇÃO,
OPOSIÇÃO OU CONCLUSÃO.
Se a questão pedir o TEMA OU IDEIA CENTRAL (principal): deve-se EXAMINAR COM
ATENÇÃO A INTRODUÇÃO E/OU CONCLUSÃO, pois nesses que contará a informação.
DICA 08
DIFERENCIAÇÃO ENTRE:
COMPREENSÃO: Significado de Algo. Modo concreto. Está no texto de modo explícito.
INTERPRETAÇÃO: Algo subentendido de modo lógico. De forma implícita.

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DICA 09
DISCURSO DIRETO
- NÃO HÁ NARRADOR.
- É introduzido por VERBOS QUE ANUNCIAM A FALA DO PERSONAGEM (verbos de
dizer). Ex.: disse, falou, murmurou.
- Geralmente, antes da fala do personagem apresenta-se TRAVESSÃO OU DOIS PONTOS.
- PRONOMES, PALAVRAS DEPENDENTES DE SITUAÇÃO E TEMPOS VERBAIS SÃO
DETERMINADOS PELO CONTEXTO, BEM COMO USADOS LITERALMENTES.
DICA 10

DISCURSO INDIRETO
- Aquele em que o NARRADOR enuncia a fala.
- É introduzido por VERBO DE DIZER (dizer, responder, falar, afirmar, retrucar).
- Vem separado da fala do narrador por uma PARTÍCULA INTRODUTÓRIA, geralmente
as conjunções “se” ou “que”.
- PRONOMES, PALAVRAS DEPENDENTES DE SITUAÇÃO E TEMPOS VERBAIS SÃO
DETERMINADOS PELO CONTEXTO DO NARRADOR E O VERBO OCORRE NA 3ª
PLURAL.
DICA 11

DISCURSO INDIRETO LIVRE


- NÃO SE CONSEGUE OBSERVER os limites entre a fala do narrador e a do personagem.
- EXCLUI os verbos de dizer e a partícula introdutória.
DICA 12

DISCURSO DIRETO X DISCURSO INDIRETO X DISCURSO INDIRETO LIVRE


- DISCURSO DIRETO → CRIAÇÃO DE UM EFEITO DE VERDADE – IMPRESSÃO DE
PRESERVAÇÃO DA INTEGRIDADE DO DISCURSO.
- DISCURSO INDIRETO → ELIMANAÇÃO DE ELEMENTOS EMOCIONAIS OU
AFETIVOS – DEPREENDE-SE APENAS O QUE O PERSONAGEM DIZ E NÃO “COMO DIZ”
(OBJETIVIDADE ANALÍTICA)
- DISCURSO INDIRETO LIVRE → MESCLA A FALA DO NARRADOR COM A DO
PERSONAGEM (subjetividade e objetividade). *PONTO DE VISTA GRAMATICAL: o
discurso é do narrador. *PONTO DE VISTA DO SIGNIFICADO: o discurso é do
personagem.

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DICA 13
DITONGO (esclarecimento necessário ao tópico de acentuação gráfica. Ideia: otimizar o
tempo do candidato)

→ Conceito: Encontro de uma vogal


e uma semivogal (ou vice-versa)
numa mesma sílaba. Encontro de
duas vogais “juntas” na mesma
sílaba.
DITONGO
→ Ditongo crescente: hipótese na
qual a semivogal (“i” e “u”) vem
antes da vogal.

Ex.: His-tó-ria, sé-rie, qua-se.

→ Ditongo decrescente: Quando a


vogal vem antes da semivogal.
Ex.: cai-xa, pai, per-deu.

DICA 14
* São ACENTUADOS:
→ monossílabos tônicos terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) +
terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s), ói (s)

Ex.: já, pés, nós, céu, méis, dói.

→ oxítonas (palavras que apresentam a sílaba tônica na ÚLTIMA sílaba) terminados em:
a, e, o (seguidos ou não de “s”) + terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s),
ói (s) + terminadas em: em e ens.

ATENÇÃO! Alguns verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, criam formas


oxítonas ou monossilábicas que, portanto, devem ser acentuadas, pois acabam por assumir
terminações contidas nas aludidas regras acima.

Habitar + a = habitá-la
Jogar + o = jogá-lo
Escrever + la = escrevê-la

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: BNB Prova: CESPE - 2018 - BNB - Analista
Bancário)

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... “Os vocábulos “trás”, “é” e “nós” recebem acento gráfico em obediência à mesma regra
de acentuação.”
... CERTO OU ERRADO? CERTOOOO! O QUE FOI DITO ACIMA? Os monossílabos tônicos
terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) SÃO ACENTUADOS!
DICA 15
* São ACENTUADAS:
→ paroxítonas (palavras cuja sílaba tônica é a PENÚLTIMA) terminadas em: L, I, R, N,
UM, US, X, Ã (s), ÃO (s), PS, ON (s), ditongo (Crescente, decrescente)

Ex.: amável, pólen, cadáver, tríceps, órfão, ímã, vírus, táxi, próton, bônus,
fórum, Itália (ditongo), etc.

* TODAS as paroxítonas são acentuadas, EXCETO as terminadas em – a, -e, -o,


(s), éu, éi, ói, em, ens:

Logo, não são acentuadas: polens, item, voo, creem, ideia, assembleia, etc.

ATENÇÃO! NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS PAROXÍTONAS QUE CONTENHAM


DITONGO ABERTO! Ex.: ideia, estreia, assembleia, heroico, paranoico. (NOVO ACORDO
ORTOGRÁFICO)
ATENÇÃO2! NÃO SE EMPREGA MAIS O ACENTO NAS PAROXÍTONAS
TERMINANADAS EM “OO”. Ex.: voo, abençoo, enjoo.

DICA 16
TODAS as PROPAROXÍTONAS (Palavras cuja sílaba tônica é a ANTEPENÚLTIMA) são
ACENTUADAS!

Ex.: médico, ínterim, ímprobo, física, matemática, lúdico, ártico, etc.

DICA 17
* No caso de HIATO (encontro de vogais em sílabas diferentes, portanto pronunciados
separadamente), acentuam-se o “I” e “U”, quando representam a sua segunda vogal
tônica, DESDE DE QUE ESTEJAM SOZINHOS OU ACOMPANHADOS DE “S”, além de
DESACOMPANHADOS DE “R”, “M”, “NH” e “Z”.

Ex.: sa-í-da, ba-la-ús-tre, sa-ú-de, etc.

→ JU – IZ (seguido de Z, não se acentua!) x JU – Í - ZES

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DICA 18
ACENTOS DIFERENCIAIS
*pôr (verbo)

*pôde (passado)

*têm (plural)

*vêm (plural)

*fôrma (facultativo)

DICA 19

PALAVRAS QUE NÃO SÃO MAIS ASSINALADAS COM O ACENTO GRÁFICO:

PARA (VERBO) PARA (PREPOSIÇÃO)

PELA (VERBO E SUSTANTIVO) PELA (a união da preposição com o


artigo)

PELO (VERBO) PELO (SUBSTANTIVO)

POLO (EXTREMIDADE) POLO (FILHOTE DE GAVIÃO ou a


união antiga e popular de “por” e
“lo”)

PERA (SUBSTANTIVO) PERA (PREPOSIÇÃO ARCAICA que


significa “para”)

ENFIM, PARA FACILITAR: SÓ LEMBRAR QUE NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS


CONFORME O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO!

DICA 20
*Derivados de TER/VIR → recebem acento agudo no singular e circunflexo no plural:

Ele detém Ele obtém Ele intervém


Eles detêm Eles obtêm Eles intervêm

*crer, dar, ler, ver e derivados perderam o acento gráfico no plural:

Ele crê Ele vê


Eles creem Eles veem

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DICA 21

ALGUNS CASOS - USO DO HÍFEN

1. Prefixo + vogal idêntica → COM HÍFEN. Ex.: anti-inflamatório, micro-ondas.

2. Prefixo + vogal distinta → JUNTO. Ex.: autoestima, antiaéreo.

3. CO/RE + vogal idêntica ou distinta → JUNTO. Ex.: coexistência, coordenar, reavaliar,


reescrever.

4. SUPER
HIPER H/R → COM HÍFEN. Ex.: Inter-racial, Super-Homem.
INTER

5. CONTRA H/A → COM HÍFEN. Ex.: Contra-ataque.

6. SUB/SOB + H/B/R → COM HÍFEN. Ex.: sob-roda, sub-reino.

7. RECÉM
AQUÉM SEMPRE COM HÍFEN! Ex.: recém-casado, além-mar.
ALÉM
BEM

8. PREFIXO + RADICAL INICIADO POR R → DUPLICA-SE O R! Ex.: corréu,


contrarrazões.

9. PREFIXO + RADICAL INICIADO POR S → DUPLICA-SE O S! Ex.: ultrassom,


minissaia.

10. CIRCUM/PAN + VOGAL, M ou N → COM HÍFEN! Ex.: pan-americano, circum-


navegação.

11. Dias da semana e espécies de animais e plantas MANTIVERAM O HÍFEN. Ex.:


bem-me-quer, bem-te-vi, segunda-feira.

DICA 22

ATENÇÃO! Se a palavra seguinte começar COM R OU S, terá que DOBRAR A LETRA e


NÃO COLOCAR HÍFEN!
Ex.: autorretrato, autossuficiente, antissocial...
DICA 23
HIPERÔNIMO

* Prefixo HIPER = GENERALIZAÇÃO.


* Consiste em uma palavra eu apresenta SIGNIFICADO/CONTEÚDO MAIS
ABRANGENTE.
Ex.: Fruta, legume, doença.

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DICA 24
HIPÔNIMO

* Prefixo HIPO = ESPECIFICAÇÃO.


* Consiste em uma palavra eu apresenta SIGNIFICADO/CONTEÚDO MAIS
ESPECÍFICO.
Ex.: Banana, chuchu, caxumba.
DICA 25
RELAÇÃO HIPERÔNIMO E HIPÔNIMO

→ Fruta (sentido mais geral) é hiperônimo de banana (sentido mais específico).


→ Legume (sentido mais geral) é hiperônimo de chuchu (sentido mais específico).
→ Doença (sentido mais geral) é hiperônimo de caxumba (sentido mais específico)

OBS.: Em textos – “Grupos de refugiados chegam diariamente do sertão castigado pela


seca. São pessoas famintas, maltrapilhas, destruídas. ” Conclui-se, então, que, a palavra
“pessoas” é um hiperônimo da palavra “refugiados”, já que “pessoas” apresenta um
significado mais abrangente que seu hipônimo “refugiados”.

 E... Já foi cobrado pela banca CESPE, não podemos deixar passar!

(Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-PI Prova: CESPE - 2016 - TRE-PI -
Analista Judiciário – Taquigrafia)

... A palavra “sigla” (l.24) é um hipônimo da palavra “reduções” (l.23) e um hiperônimo da


palavra “siglema” (l.25). GABARITO: CERTO! JUSTIFICATIVA: “SIGLAS” É MAIS
ESPECÍFICO do que “REDUÇÕES” (hipônimo). Por sua vez, “SIGLAS” é MAIS
ABRANGENTE do que “SIGLEMA” (hiperônimo). Siglema, como bem refere o texto
da questão, trata-se de uma sigla que possui caráter de palavra (p.ex.,
PETROBRAS).

Aqui vai uma observação, analisem sempre o texto relacionado.

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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

DICA 26

Conjunto: um agrupamento de indivíduos ou elementos que possuem uma característica


em comum.

Pertinência: relação entre um ELEMENTO e um CONJUNTO. Isto é, um elemento


PERTENCE ou NÃO PERTENCE a um conjunto. Símbolo: 

Inclusão: relação entre dois CONJUNTOS. Isto é, um conjunto CONTÉM/NÃO CONTÉM ou


ESTÁ CONTIDO / NÃO ESTÁ CONTIDO em outro conjunto. Símbolos ⊃ (contém) e ⊂ (está
contido). Lembre que a “boca” do C fica voltada para o conjunto maior, isto é, o conjunto
que contém o outro.

DICA 27

Interseção: é a região comum a dois ou mais conjuntos. Simbolizamos a interseção entre


os conjuntos A e B por A∩B.

União: é a região formada pela junção de dois ou mais conjuntos. Não devemos escrever
repetidamente os elementos comuns aos conjuntos, basta escrever cada um deles uma
única vez. Simbolizamos a união entre os conjuntos A e B por A U B.

Conjunto vazio: é o conjunto que não possui nenhum elemento. Simbolizamos por ∅.

Conjunto unitário: é um conjunto que possui somente um elemento.

Complementar: o conjunto AC é o complementar do conjunto A. Isto é, AC contém todos


os elementos do conjunto universo que não fazem parte do conjunto A. A união entre A e
AC é, portanto, o conjunto universo.

Conjuntos disjuntos: são conjuntos que não possuem nenhum elemento em comum.
Subtração entre conjuntos: A – B é o conjunto formado pelos elementos de A quando
retiramos deles os elementos que também fazem parte de B. Podemos simbolizar essa
operação de outra forma: A/B.

DICA 28

RESOLUÇÃO DE 2 CONJUNTOS COM DIAGRAMAS:

1 – Identificar os conjuntos necessários para representar a situação;

2 – Desenhar os conjuntos entrelaçados;

3 – Preencher de fora para dentro (começar pela informação sobre a interseção – se não
houver, colocar um X em seu lugar);

4 – Preencher as demais regiões do conjunto;

5 – Somar todas as regiões para obter o total de elementos.

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DICA 29

Além do ângulo reto (90o), os ângulos podem ser classificados em:

- Ângulos agudos: são aqueles ângulos inferiores à 90o. Ex.: 30o, 45o, 60o.

- Ângulos obtusos: são aqueles ângulos superiores à 90o. Ex.: 100o, 120o, 140o.
* os ângulos de 0 e 180o são denominados de ângulos rasos.

DICA 30

- Ângulos congruentes: 2 ângulos são congruentes se possuem a mesma medida

- Ângulos complementares: 2 ângulos são complementares se a sua soma é 90o

- Ângulos suplementares: 2 ângulos são suplementares se a sua soma é 180o

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INFORMÁTICA

DICA 31

A barra de navegação ou de endereços é o principal componente de um navegador,


pois é através dela que o usuário pode visualizar ou acessar uma determinada URL.
Nos navegadores modernos, a barra de navegação também permite realizar a busca
através de um motor de busca que pode ser o Google, Bing, Yahoo ou outro.

Com essa funcionalidade, o usuário não precisa necessariamente saber a URL da página
que quer acessar, mas pode utilizar os mecanismos de busca para encontrar a página
que deseja.

DICA 32

Bloqueador de Pop-ups

Alguns sites quando abertos abrem uma janela auxiliar chamada popup.

Normalmente trazem propagandas ou alguma informação extra. Como muitas vezes


esses pop-ups podem trazer conteúdo malicioso e muitos usuários consideram muito
os pop-ups muito incômodos, foram desenvolvidas ferramentas bloqueadoras de
pop-ups nos navegadores. Essas ferramentas impedem que os sites consigam
abrir os pop-ups e avisam ao usuário que ele foi bloqueado.

DICA 33

O gerenciador de downloads permite que arquivos de download sejam abertos


automaticamente, ou salvos diretamente no disco. É possível pausar um download
e continuar em outro momento, escolher uma pasta padrão para que os arquivos sejam
gravados. O atalho CTRL + J pode ser utilizado para abrir o gerenciador de downloads.

DICA 34

O recurso de navegação privativa permite que o usuário acesse conteúdos na Internet


sem que sejam salvos dados pessoais, histórico de navegação, cookies, pesquisas, lista
de downloads e arquivos temporários.

DICA 35

Um Cookie é um arquivo de texto, com informações sobre os acessos do usuário


a um dado site. A maioria dos sites armazenam informações básicas, como
endereços IP e preferências sobre idiomas, cores etc. Este pequeno arquivo ficará
armazenado em seu computador até que perca sua validade.

Enquanto o cookie estiver salvo em seu PC, toda vez que você digitar o endereço do
site, o seu navegador irá enviar este arquivo para o site que você está conectado. Desta
maneira, as suas configurações serão aplicadas de maneira automática.

DICA 36

Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre uma guia do programa de navegação
Google Chrome opção “Fixar Guia”, ao ser escolhida, coloca a guia no canto superior

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esquerdo da janela. Essa função serve para manter a guia aberta sempre que você
abrir o Chrome (acesso direto). Essa é uma boa função para e-mail e outros sites
importantes que necessitam de uma checagem contínua.

Essa opção pode ser acessada clicando-se com o botão direito na guia desejada.

DICA 37

Na linha de endereço do Chrome podemos digitar diretamente alguns caminhos para


acessar alguns recursos como em:

▪ chrome://history/ acessa o histórico de navegação


▪ chrome://downloads/ acessa o gerenciador de downloads.
▪ chrome://settings/ acessa as configurações do navegador.
▪ chrome://bookmarks/ acessa os favoritos.
▪ chrome://extensions/ acessa as extensões.

DICA 38

Pocket: permite que salve páginas e vídeos no Pocket com apenas um clique. O Pocket
remove conteúdo desnecessário e salva as páginas de uma forma limpa, com
visualização livre de distrações e lhe permite acessá-los de qualquer lugar através do
aplicativo do Pocket.

DICA 39

Firefox Sync

O Sync conecta todos os dispositivos de um usuário que utiliza o Firefox. Por


exemplo: O usuário utiliza o Firefox em dois computadores e no celular. Através do
Sync, é possível obter informações de histórico, senhas, favoritos e outras
preferências sincronizadas entre todos os dispositivos. Isso pode ser interessante
ao usuário que, por exemplo, precise acessar no trabalho um site que ele já acessou no
seu computador de casa.
Assim, esse site estará no histórico de navegação também do computador do trabalho
desse usuário.

DICA 40

Por padrão, o Mozilla Firefox guarda os arquivos de downloads na pasta padrão de


downloads do usuário. No Windows 8, essa pasta fica em C:\Usuários, em uma
subpasta como nome do usuário e em Downloads, logo: C:\Usuários\<nome de
usuário>\Downloads.

DICA 41

A Filtragem ActiveX no IE oferece a possibilidade de bloquear controles

ActiveX para todos os sites, e desbloqueá-los somente para os sites em que o usuário
entender que são confiáveis. ActiveX é um tipo de tecnologia que é muito utilizada por
programadores para construir sites da Web. Ela pode ser usada para ações como
reproduzir vídeos, exibir animações entre outros. Como a maioria das tecnologias na
Internet, pode também ser utilizada de forma a causar danos aos usuários.

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DICA 42

O Endereço IP é o identificador de um dispositivo em uma rede.

ATENÇÃO! Todos os dispositivos que entram em uma rede recebem um endereço IP.

ATENÇÃO2! Na Internet, o IP, por padrão, é dinâmico, ou seja, a cada nova conexão
estabelecida um novo endereço IP é atribuído.

ATENÇÃO3! Dois dispositivos NÃO PODEM usar o mesmo endereço IP simultaneamente.

DICA 43

Os endereços IP são usados para identificar dispositivos tanto em redes públicas quanto
em redes privadas.

Um exemplo de rede pública é a Internet e um exemplo de rede privada é a rede de


um escritório.

Considerando o IPV4 e as regras de formação de uma sequência válida, existem faixas de


endereços que são reservadas a redes públicas e outras que são reservadas a redes
privadas. É importante que você conheça as faixas reservadas para redes privadas.

São elas:
de 10.0.0.0 a 10.255.255.255
de 172.16.0.0 a 172.31.255.255
de 192.168.0.0 a 192.168.255.255

*Qualquer endereço que estiver dentro desses intervalos, só poderão ser usados em redes
privadas. Todos os outros poderão ser usados na Internet e em outras redes públicas.

DICA 44

O IPV4 possui um formato que permite que mais de 4 bilhões de combinações sejam
geradas. Acontece que, como já visto na dica acima, esses endereços devem ser distribuídos
entre redes públicas e privadas, sendo assim, nem todos esses 4 bilhões de endereços
poderiam ser usados para endereçar dispositivos conectados à Internet.

As faixas de endereços disponíveis para identificar dispositivos em redes públicas


começaram a se esgotar e por isso foi preciso criar um novo padrão de endereçamento
chamado IPV6.

O IPV6 possui as mesmas finalidades do IPV4, porém, possui um formato diferente,


MAIOR e isso possibilita que, com ele, seja possível gerar mais de 300 trilhões de trilhões
(trilhões de trilhões mesmo) de combinações.

DICA 45

UPLOAD é o processo pelo qual informações são transferidas do computador cliente


para um servidor da Internet.

DOWNLOAD é o processo pelo qual informações são transferidas de um servidor da


Internet para o computador cliente (computador do usuário).

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FÍSICA

DICA 46

Conversão de unidades de TEMPO no S.I.

Unidade Valor

1 segundo (1s) 1𝑠

1 minuto (1min) 1𝑚𝑖𝑛 = 60𝑠

1 hora (1h) 1ℎ = 60𝑚𝑖𝑛 = 3600𝑠

DICA 47

Conversão de unidades de DISTÂNCIA no S.I.

Unidade Valor
1
1 milímetro (1mm) 0, 001𝑚 = 𝑚 = 10−3 𝑚
1000

1
1 centímetro (1cm) 0, 01𝑚 = 𝑚 = 10−2 𝑚
100

1 metro (1m) 1𝑚

1 quilometro (1km) 1000𝑚 = 10³𝑚

DICA 48

Conversão de unidades 𝒎/𝒔 para 𝒌𝒎/𝒉

𝒎/𝒔 × 𝟑, 𝟔 = 𝒌𝒎/𝒉

𝒌𝒎/𝒉 ÷ 𝟑, 𝟔 = 𝒎/𝒔

DICA 49

Aceleração é a taxa de variação da velocidade com o tempo e pode ser dividida entre os
conceitos de aceleração média e aceleração instantânea.

∆𝑽
𝒂𝒎é𝒅𝒊𝒂 =
∆𝒕

Um movimento é acelerado se o módulo da velocidade aumenta com o tempo, ou seja,


se a aceleração e a velocidade têm o mesmo sinal!

Um movimento é retardado se o módulo da velocidade diminui com o tempo, ou seja,


se a aceleração e a velocidade têm sinais diferentes!

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DICA 50

A QUEDA LIVRE ou LANÇAMENTO VERTICAL é M.R.U.V. que acontece na vertical e


em que a aceleração do corpo é a ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE (𝒈)

𝒎
𝒈 = 𝟗, 𝟖
𝒔𝟐

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ÉTICA E CIDADANIA

DICA 51

FIQUE LIGADO!

A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou


indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que
a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de
sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

DICA 52

- O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser


entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão,
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior
patrimônio.

- Ou seja, maior patrimônio de um servidor público não são bens materiais, e sim o êxito
no desempenho de suas atribuições.

- Lembrando: servidor público, servir ao público, defender o interesse do público.

DICA 53

ATENÇÃO - MUITO COBRADO EM PROVA

- A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na
vida particular de cada servidor público.

- Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

DICA 54

A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público


caracterizam o esforço pela disciplina.

TRATAR MAL UMA PESSOA que paga seus tributos direta ou indiretamente SIGNIFICA
CAUSAR-LHE DANO MORAL.

Da mesma forma, CAUSAR DANO A QUALQUER BEM PERTENCENTE AO PATRIMÔNIO


PÚBLICO, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma
ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de
boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus
esforços para construí-los.

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DICA 55
DEIXAR O SERVIDOR PÚBLICO QUALQUER PESSOA À ESPERA DE SOLUÇÃO que
compete ao setor em que exerça suas funções, PERMITINDO A FORMAÇÃO DE LONGAS
FILAS, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, NÃO CARACTERIZA
apenas ATITUDE CONTRA A ÉTICA OU ATO DE DESUMANIDADE, mas principalmente
GRAVE DANO MORAL AOS USUÁRIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS.

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GEOPOLÍTICA

DICA 56

Uma NAÇÃO é definida pelo CONJUNTO DE CARACTERÍSTICAS que FORMAM a


IDENTIDADE pela qual os INDIVÍDUOS se sentem parte de um GRUPO.

Isso ocorre por meio do compartilhamento de um conjunto de valores, culturas, práticas


sociais, idiomas, tradições, língua, costumes e outros fatores.

DICA 57

ESTADO é uma definição de ORDEM JURÍDICA, já que abarca o conjunto de instituições


que controlam e administram uma nação ou país e o seu ordenamento jurídico.

PAÍS é uma DEFINIÇÃO GEOGRÁFICA. Geralmente coincide com um Estado.

CUIDADO! Um ESTADO pode ser formado por DIVERSAS NAÇÕES, assim como uma
NAÇÃO pode estar dividida em DIVERSOS ESTADOS.

DICA 58

O TERRITÓRIO DE UM ESTADO não se restringe a uma ÁREA GEOGRÁFICA, mas sim a


um CONCEITO JURÍDICO E POLÍTICO, a fim de garantir a soberania de determinado
Estado.

DICA 59

O TERRITÓRIO DE UM ESTADO abrange:

- O espaço delimitado por suas fronteiras (solo e subsolo);

- As águas territoriais; as ilhas;

- A plataforma continental;

- O espaço aéreo;

- Os navios e as aeronaves civis em alto-mar ou sobrevoando espaço aéreo internacional e


os navios e aeronaves militares onde quer que estejam.

DICA 60

A AQUISIÇÃO DE UM TERRITÓRIO por um ESTADO pode ser feito de duas formas:

ORIGINÁRIO: Quando se ocupa um território que não era reivindicado por nenhum outro
país (res nullius). Podendo ser por ocupação, acessão e adjudicação.

DERIVADO: Quando há transferência de território de um Estado para outro. Essa


transferência pode se dar por acessão, adjudicação, cessão, usucapião e conquista.

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LÍNGUA INGLESA

DICA 61

TÉCNICA DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO EM INGLÊS - SKIMMING

SKIMMING: a leitura que você vai realizar do texto vai ser para que você tenha uma ideia
geral sobre o que se trata. Ou seja, você vai dar uma olhada rápida em algumas sentenças
que vão servir como fontes de informação para que você saiba do que o texto se trata.

Com esse tipo de leitura você conseguirá responder questões que cobram a ideia geral do
texto, ponto de vista do autor e afins.

DICA 62

TÉCNICA DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO EM INGLÊS - SCANNING

SCANNING: agora é a hora de você fazer uma verdadeira varredura, como um scanner,
procurando detalhes e informações para responder às questões que tratam de pontos
específicos do texto.

São detalhes que, uma vez encontrados, podem responder uma questão na prova. No caso,
o nome de uma cidade, uma opinião dada em pesquisa, a quantidade de habitantes
de determinado país.

DICA 63

DICA MUITO IMPORTANTE!

- Leia as questões antes de ler o texto.

- Dessa forma, você vai realizar a leitura do texto já com o olho treinado para procurar
determinadas informações que você sabe que serão cobradas nas questões.

- Além disso, foque sempre no contexto, mesmo que não saiba o significado de
determinada palavra, tente entender o contexto que está sendo apresentado.

DICA 64

FACILITE PARA SUA MEMÓRIA ESPACIAL

Quando for realizar a leitura do texto sublinhe trechos que julgar importantes e circule
palavras ou expressões-chave. Isso facilitará a na hora de buscar informações cobradas nas
questões, além de economizar uma grande quantidade de tempo.

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DICA 65

CUIDADO COM OS FALSOS COGNATOS!

Falsos cognatos são aquelas palavras que, em um primeiro momento, têm uma tradução
simples e direta para o português, mas na verdade não é bem assim. Para deixar mais claro,
vamos dar alguns exemplos a seguir:

ENGLISH PORTUGUESE PORTUGUESE ENGLISH


College faculdade colégio school
Cup xícara, taça copo glass
Exit saída êxito success
Expert especialista esperto clever, smart
Fabric tecido fábrica factory
pretender (ter a intenção
intend entender understand
de)
Large grande largo wide
Legend lenda legenda subtitle
Lunch almoço lanche snack
Pretend fingir pretender intend, plan
Push empurrar puxar pull
recall,
Record gravar, recorde recordar remember,
remind
currículo profissional,
continuar (após uma summary /
Resume resumo / resumir
pausa), resumo (uso summarize
incomum)
compreensão,
Sympathy simpatia charisma
solidariedade

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LÍNGUA ESPANHOLA

DICA 66

ALFABETO ESPANHOL

Possui 27 letras e, ao contrários do alfabeto brasileiro, elas são todas FEMININAS.

PRONÚNCIA EM
ESPANHOL EXEMPLOS
PORTUGUÊS
A A ADMIRACIÓN
B BE BONITO
C CE COSA
D DE DADO
E E ESTE
F EFE FÁCIL
G GE GATO
H HACHE HONBRE
I I IMPERFECTO
J JOTA JASMIN
K KS KILO
L ELE LADO
M EME MADRE
N ENE NADA
Ñ EÑE ESPAÑA
O O OLIVA
P PE PADRE
Q CU QUEMAR
R ERE, ERRE RATO
S ESSE SANTO
T TE TODO
U U URBANO
V UVE VINO
W UVE DOBLE WATT
X EQUIS TAXI
Y I GRIEGA YERNO
Z ZETA ZAPATEADO

DICA 67

SUBSTANTIVO

São palavras variáveis que nomeiam os seres (pessoas, objetos, ações, lugares,
sentimentos ou estados). Classificam-se em:

Próprios: Pablo, Perú

Comuns: perro (cachorro), taza (xícara)

Concretos: puerta (porta), Juan

Abstratos: amistad (amizade), belleza (beleza)

Simples: ojo (olho), zapato (sapato)

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Composto: pararrayos (pára-raios), económico-social (econômico-social)

Primitivos e Derivados: tinta (tinta) e tintero (tinteiro)

Coletivos: rebaño (rebanho), muchedumbre (multidão)

DICA 68

GÊNERO MASCULINO

1. SÃO MASCULINOS AQUELES TERMINADOS EM AJE E EM AMBRE:

¡La playa de Copacabana tiene un paisaje espléndido!

(A praia de Copacabana tem uma paisagem esplêndida!)

Gabriel llevaba los dos rollos del alambre que pediste.

(Gabriel levava os dois rolos do arame que pediste.)

2. SÃO MASCULINOS AS CORES, OS DIAS DA SEMANA, OS MESES E OS NÚMEROS:

El verde de tus ojos me encanta.

(O verde dos teus olhos me encanta.)

Todos los martes tengo clases de inglés.

(Todas as terças-feiras tenho aulas de inglês.)

El enero fue um mes de mucha nieve en España.

(Janeiro foi um mês de muita neve na Espanha.)

Lo mejor de los atletas es el cuatro.

(O melhor dos atletas é o [número] quatro).

DICA 69

GÊNERO FEMININO

3. SÃO FEMININOS AQUELES TERMINADOS EM UMBRE:

Las costumbres de los japoneses son raras.

(Os costumes dos japoneses são esquisitos.)

EXCEÇÃO: el alumbre (a iluminação).

4. SÃO FEMININOS OS NOMES DAS LETRAS:

la a, la be, etc.

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DICA 70

FORMAÇÃO DO PLURAL

a) A regra geral consiste em acrescentar um -s quando a palavra terminar com vogal tônica
(á, é, ó).

EXEMPLOS:

casa - casas / café - cafés / moto – motos

b) Adiciona-se -es para pluralizar os substantivos que terminam em consoante, bem como
às vogais tônicas restantes (í, ú).

EXEMPLOS:

emoción (emoção) - emociones (emoções)

jabalí (javali) - jabalíes (javalis)

bambu (bambu) - bambúes (bambus)

OBSERVAÇÃO: Os substantivos terminados em í e ú aceitam também a terminação -s para


o plural (jabalís, bambús). No entanto, a forma que utiliza -es é considerada mais culta.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

DICA 71
O crime previsto no art. 306 do CTB, diferentemente da infração administrativa prevista no
art. 165, exige a comprovação da alteração da capacidade psicomotora em razão da
influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência.

Essa alteração será caracterizada por qualquer um dos seguintes procedimentos:

✓ exame de sangue que apresente resultado igual ou superior a 6 dg/L;

✓ teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,34 mg/L,


descontado o erro máximo admissível;

✓ exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão


ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo
de outras substâncias psicoativas que determinem dependência;

✓ sinais de alteração da capacidade psicomotora.

A ocorrência do crime não elide a aplicação do disposto no art. 165 do CTB


(infração administrativa).

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão
da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:

Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se


obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

DICA 72
Os sinais de alteração da capacidade psicomotora poderão ser verificados por:

✓ exame clínico com laudo conclusivo e firmado por médico perito; ou

✓ constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsito, dos sinais de


alteração da capacidade psicomotora

Para confirmação da alteração da capacidade psicomotora pelo agente da Autoridade de


Trânsito, deverá ser considerado não somente um sinal, mas um conjunto de sinais
que comprovem a situação do condutor, podendo ser apenas 2 sinais.

Os sinais deverão ser descritos no auto de infração ou em termo específico que deverá
acompanhar o auto de infração.

DICA 73
A infração prevista no art. 165 do CTB será caracterizada por:

I – exame de sangue que apresente qualquer concentração de álcool por litro de


sangue;

II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,05 miligrama de


álcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo admissível;

III – sinais de alteração da capacidade psicomotora.

Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar a utilização do teste com etilômetro.

27
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Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra


substância psicoativa que determine dependência:

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por


12 (doze) meses.

Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e


retenção do veículo, observado o disposto no § 4o do art. 270 da Lei no
9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro.

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de


reincidência no período de até 12 (doze) meses.

A reincidência, no prazo de 12 meses, na infração do art. 165 acarreta a aplicação da


penalidade de cassação do documento de habilitação.

DICA 74
Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas previstas no art. 165 do CTB
ao condutor que recusar a se submeter a qualquer um dos procedimentos de constatação
da alcoolemia, sem prejuízo da incidência do crime previsto no art. 306 do CTB caso o
condutor apresente os sinais de alteração da capacidade psicomotora.

Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia


ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra
substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por


12 (doze) meses;

Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e


retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270.

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de


reincidência no período de até 12 (doze) meses

A recusa, por si só, NÃO é crime de trânsito.

DICA 75
É obrigatória a realização do exame de alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes de
trânsito.

DICA 76
O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração de trânsito
(AIT) poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar
designado pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via no âmbito de sua
competência.

Agente da autoridade de trânsito NÃO É a autoridade de trânsito.

O agente não pode aplicar penalidades de trânsito, apenas medidas administrativas.

28
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DICA 77

É vedada a lavratura do AIT por solicitação


de terceiros, EXCETO

quando o órgão ou entidade de trânsito realize operação


(comando) de fiscalização de normas de circulação e conduta

neste caso, o agente que constatou


em que um agente de trânsito a infração deverá convalidar a
constate a infração e informe ao autuação no próprio auto de
agente que esteja na infração ou na planilha da operação
abordagem; (comando), a qual deverá ser
arquivada para controle e consulta.

É VEDADA a lavratura de AIT por solicitação de particular.

DICA 78
São concorrentes aquelas em que o cometimento de uma infração tem como
consequência o cometimento de outra infração diferente, e são concomitantes
aquelas em que o cometimento de uma infração não implica no cometimento de
outra na forma do art. 266 do CTB.

DICA 79
O documento de habilitação será recolhido pelo agente, mediante recibo, sendo uma das
vias entregue, obrigatoriamente, ao condutor, e ficará sob custódia do órgão ou
entidade de trânsito responsável pela autuação até que o condutor comprove que a
irregularidade foi sanada.

Após o recolhimento da habilitação

durante os 5 primeiros
decorridos mais de 5 dias
dias

documento fica no órgão documento é encaminhado ao órgão


responsável pela AUTUAÇÃO responsável pelo REGISTRO

29
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DICA 80

Animal é levado para:


Recolhimento do
•depósito
animal solto nas
vias ou nas faixas •excepcionalmente, para
de domínio instalações públicas ou
privadas, dedicadas à
guarda e preservação de
animais

deixará de ocorrer
•se o responsável, OBJETIVO: evitar
presente no local, se perigo potencial à
dispuser a retirar o segurança do trânsito
animal

O animal não reclamado pelo seu proprietário será levado a leilão.

DICA 81

Condutor de veículo automotor

Oriundo de país estrangeiro e nele habilitado

Desde que penalmente imputável no Brasil

Pode dirigir no território nacional quando amparado por convenções ou


acordos internacionais - Princípio da Reciprocidade

no prazo máximo de 180 dias

respeitada a validade da habilitação de origem

Devendo portar a carteira de habilitação estrangeira + documento de


identificação

Após o prazo de 180 dias, se este condutor pretender continuar dirigindo veículo
automotor, deverá submeter-se aos Exames de aptidão Física e Mental e Avaliação
Psicológica, respeitada a sua categoria, com vistas à obtenção da CNH.

Caso o cidadão estrangeiro não seja habilitado no país de origem, mas queira dirigir
veículo no Brasil, ele deverá se submeter a todo o processo de habilitação, e não
somente aos exames.

30
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DICA 82
Deverá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve
ou média, passível de ser punida com multa, caso o infrator não tenha cometido nenhuma
outra infração nos últimos 12 (doze) meses.

DICA 83

Quando for prevista a medida administrativa de retenção do veículo

e não for possível sanar a falha no local da infração

desde que ofereça condições de segurança para circulação

o veículo deverá ser liberado e entregue a condutor regularmente habilitado

mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra


apresentação de recibo

assinalando-se ao condutor prazo razoável, não superior a 30 dias

para regularizar a situação

sendo considerado notificado para essa finalidade na mesma ocasião.

DICA 84
Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade for sanada no local da
infração, mesmo quando esta for a medida administrativa prevista para a infração
cometida.

DICA 85
As penas dos crimes de homicídio culposo de trânsito e lesão corporal culposa de
trânsito serão aumentadas de 1/3 (um terço) à metade se o agente:

não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;

deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à


vítima do acidente;

no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de


transporte de passageiros.

31
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A estas circunstâncias se dá o nome de majorantes ou causas de aumento de pena.

DICA 86
No CTB, a pena de reclusão é prevista apenas para as formas qualificadas dos crimes
de homicídio culposo de trânsito (art. 302, §3º), lesão corporal culposa de trânsito
(art. 303, §2º) e racha (art. 308, §§1º e 2º).
DICA 87
O crime de homicídio culposo de trânsito é qualificado pela influência de álcool ou
substâncias no agente:

Art. 302, § 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de


álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência:

Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito


de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

DICA 88
O crime de lesão corporal culposa de trânsito é qualificado pela gravidade da lesão
e pela alteração da capacidade psicomotora em razão da influência de álcool ou de
outra substância.

Art. 303, § 2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco


anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se o agente
conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência, e se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou
gravíssima.
DICA 89
O crime de “racha”, do art. 308 do CTB, possui duas formas qualificadas, caracterizadas
pelo resultado culposo (caracterizando crime preterdoloso).
A. Morte (culposa)
Se da prática do crime resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não
quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de
reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas
neste artigo.

B. Lesão Corporal Grave (culposa)


Se da prática do crime resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena
privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das
outras penas previstas neste artigo.

32
Memorex PRF - Rodada 02

DICA 90
Para que se caracterize o crime de “racha” – art. 308 do CTB, que é um crime doloso de
perigo concreto, o agente deve preencher 5 requisitos:
• Ele deve participar de corrida, disputa ou competição
automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia
em manobra
• Esses atos devem ser praticados:
o na direção de veículo automotor; e
o em via pública
• A ação não possui autorização pela autoridade competente
• A prática deve gerar situação de risco à incolumidade pública ou privada
Como penas, o agente terá:

Suspensão ou
Detenção, de 6 proibição de se obter
(seis) meses a 3 Multa a permissão ou a
(três) anos habilitação para dirigir
veículo automotor

DICA 91
O crime do art. 303 (lesão corporal culposa de trânsito) é de menor potencial ofensivo,
nos termos da Lei nº 9.099/95, exceto quando:

X Houver a incidência de alguma majorante;

X Houver a incidência na forma qualificada do crime;

DICA 92
O crime do art. 303 (lesão corporal culposa de trânsito) é de ação penal pública
condicionada à representação, exceto quando:

X Houver a incidência na forma qualificada do crime;

X Estiver presente alguma das circunstâncias elencadas pelo art. 291, §1º,
do CTB:

I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine


dependência;

II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de


exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada
pela autoridade competente;

III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h


(cinqüenta quilômetros por hora).

33
Memorex PRF - Rodada 02

DICA 93
Condutor que deu causa a acidente de trânsito (culposo) e se omitiu no socorro
das vítimas:
✓ Será enquadrado no crime de homicídio culposo de trânsito ou lesão
corporal culposa majorados pela omissão de socorro, afastando aplicação
do art. 304;
✓ Será enquadrado na infração prevista no art. 176, I, cuja multa e
suspensão será aplicada pela própria PRF

Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima:


I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação.

Condutor que não deu causa a acidente de trânsito, mas estava nele envolvido e se omitiu
no socorro das vítimas:
✓ Será enquadrado no crime de omissão de socorro no trânsito, previsto
no art. 304 do CTB;
✓ Será enquadrado na infração prevista no art. 176, I, cuja multa e
suspensão será aplicada pela própria PRF

Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato


socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de
solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de
crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que
a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea
ou com ferimentos leves.

Condutor ou cidadão que não estava envolvido no acidente, passou pelo local e se
omitiu no socorro das vítimas:
✓ Será enquadrado no crime de omissão de socorro comum, previsto no
art. 135 do Código Penal;
✓ Poderá ser enquadrado na infração prevista no art. 177 do CTB.

Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito quando
solicitado pela autoridade e seus agentes:

34
Memorex PRF - Rodada 02

Infração - grave;

Penalidade - multa.

DICA 94
O CTB só possui dois crimes culposos: o crime do art. 303 (lesão corporal culposa de
trânsito) e o do art. 302 (homicídio culposo de trânsito).

Todos os demais são dolosos.

Segundo o Código Penal:

• Crime doloso: quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco


de produzi-lo (incluindo as hipóteses de dolo eventual).

• Crime culposo: quando o agente deu causa ao resultado por


imprudência, negligência ou imperícia (incluindo a hipótese de culpa
consciente).

o Imprudência: ação praticada sem o cuidado necessário.

o Negligência: deixar de praticar uma ação que seria necessária. O


agente sabia que deveria ter feito X para evitar o resultado Y, mas
não o fez.

o Imperícia: falta de técnica na prática do ato.

DICA 95
O condutor que se utilize de veículo para a prática do crime de receptação, descaminho,
contrabando, previstos nos arts. 180, 334 e 334-A Código Penal, condenado por um
desses crimes em decisão judicial transitada em julgado, terá cassado seu documento
de habilitação ou será proibido de obter a habilitação para dirigir veículo automotor pelo
prazo de 5 (cinco) anos.
O condutor condenado poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os
exames necessários à habilitação.
No caso do condutor preso em flagrante na prática destes crimes, poderá o juiz, em
qualquer fase da investigação ou da ação penal, se houver necessidade para a garantia da
ordem pública, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão
motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a
proibição de sua obtenção.
DICA 96
O CTB estabelece 4 infrações autossuspensivas cujo prazo da suspensão já está previsto
no próprio artigo (e deverá ser seguido pela PRF):

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância


psicoativa que determine dependência:

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze)


meses.

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Memorex PRF - Rodada 02

Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo,


observado o disposto no § 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
Código de Trânsito Brasileiro.

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência


no período de até 12 (doze) meses.

Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância
psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze)


meses;

Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo,


observado o disposto no § 4º do art. 270.

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no


período de até 12 (doze) meses

Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias
C, D ou E sem realizar o exame toxicológico previsto no § 2º do art. 148-A
deste Código, após 30 (trinta) dias do vencimento do prazo estabelecido:

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 3 (três) meses,
condicionado o levantamento da suspensão à inclusão no Renach de resultado negativo em
novo exame.

Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o condutor que exerce atividade remunerada
ao veículo e não comprova a realização de exame toxicológico periódico exigido pelo § 2º
do art. 148-A deste Código por ocasião da renovação do documento de habilitação nas
categorias C, D ou E.

Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper,


restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou
entidade de trânsito com circunscrição sobre ela:

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze)


meses;

Medida administrativa - remoção do veículo.

§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos organizadores da


conduta prevista no caput.

§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no período de 12


(doze) meses.

36
Memorex PRF - Rodada 02

§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou jurídicas que incorram


na infração, devendo a autoridade com circunscrição sobre a via restabelecer de
imediato, se possível, as condições de normalidade para a circulação na via.

DICA 97
A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização,
obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito.

Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:

Nas vias urbanas:

✓ oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:

✓ sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;

✓ quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;

✓ trinta quilômetros por hora, nas vias locais;

Nas vias rurais:

Automóveis
Camionetas 100 km/h
Motocicletas
Pista Simples

Demais Veículos 90 km/h


RODOVIAS
Automóveis
Camionetas 110 km/h
Motocicletas
Pista Dupla

Demais veículos 90 km/h

Independente do número de
ESTRADAS 60 km/h
pistas e do veículo

O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá


regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores às
mencionadas acima.

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DICA 98

Infração por EXCESSO DE VELOCIDADE


% de excesso em relação ao limite de velocidade para a via

até 20% de 20% a 50% + 50%


218 I CTB 218 II CTB 218 III

Infração
GRAVÍSSIMA
Infração Infração
multa X 3
MÉDIA GRAVE
Suspensão do
Direito de Dirigir

DICA 99
CICLOMOTOR é o veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido de motor de combustão
interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm3 (cinquenta centímetros cúbicos),
equivalente a 3,05 pol3 (três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de
propulsão elétrica com potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade
máxima de fabricação não exceda a 50 Km/h (cinquenta quilômetros por hora).

Os ciclomotores não podem transitar na pista de rolamento de rodovias nem nas vias de
trânsito rápido, devendo circular, tão somente:

• No caso de rodovia ou via de trânsito rápido, apenas na faixa


própria a eles destinada ou no acostamento;

• No caso das demais vias:

o Na faixa própria a eles destinada ou no acostamento, caso


existente;
o Na direita da pista de rolamento, preferencialmente no centro
da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista.

Quando uma via comportar duas ou mais faixas de trânsito e a da direita for destinada ao
uso exclusivo de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela faixa
adjacente à da direita.

É vedada a circulação de ciclomotores sobre as calçadas das vias urbanas.

DICA 100
A aplicação das penalidades previstas pelo CTB não elide as punições originárias de
ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 101

Classificações dos atos administrativos

● Quanto ao grau de liberdade em sua prática: atos vinculados e atos discricionários;

● Quanto aos destinatários do ato: atos gerais e individuais;

● Quanto à situação de terceiros: atos internos e externos;

● Quanto à formação de vontade: atos simples, complexos e compostos;

● Quanto às prerrogativas com que atua a Administração: atos de império, de gestão


e de expediente;

● Quanto aos efeitos: atos constitutivos, extintivos, modificativos e declaratórios;

● Quanto aos requisitos de validade: atos válidos, nulos, anuláveis e inexistentes;

● Quanto à exequibilidade: atos perfeitos, eficazes, pendentes e consumados.

DICA 102

A discricionariedade também existe quando a lei usa, na descrição do motivo que enseja a
prática do ato administrativo, conceitos jurídicos indeterminados, isto é, expressões de
significado vago, impreciso, tais como “insubordinação grave”, “conduta escandalosa”,
“boa-fé”, “moralidade pública” e outras do gênero.

Ressalte-se que os conceitos jurídicos indeterminados geralmente possuem zonas de


certeza positivas e negativas, nas quais é possível afirmar, de forma inequívoca, se
determinado fato se enquadra ou não no conceito; assim, nas zonas de certeza não há
discricionariedade. Com efeito, a liberdade do administrador está restrita às
chamadas “zonas cinzentas”, nas quais o conceito jurídico indeterminado permite mais
de uma interpretação legítima.

DICA 103

Os atos gerais são dotados de “generalidade e abstração” ou, em outras palavras, de


“normatividade”. Por isso, também são chamados de atos abstratos, impróprios ou
normativos.

Exemplos de atos gerais: regulamentos, instruções normativas, portarias, circulares,


resoluções, dentre outros.

O conteúdo dos atos gerais é sempre discricionário, limitado, porém, pelo conteúdo
da lei. Ora, se a lei admite regulamentação, por óbvio a Administração tem certa margem
de liberdade para definir as melhores formas de dar cumprimento aos comandos legais; o
ato normativo não pode, contudo, ir além do que a lei prevê.

Uma vez que seu conteúdo é discricionário, os atos gerais podem ser revogados a
qualquer tempo, respeitados os direitos adquiridos durante a sua vigência.

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DICA 104

Os atos individuais são os que produzem efeitos jurídicos no caso concreto. Regulam
situações concretas e destinam-se a pessoas específicas. Por isso também são chamados
de atos concretos ou próprios.

Exemplos de atos individuais: nomeação, exoneração, tombamento, decretos de


desapropriação, autorização, licença etc.

Detalhe importante é que o ato individual pode ter um único destinatário (ato singular)
ou diversos destinatários (ato plúrimo). O que caracteriza o ato individual é o fato de
seus destinatários serem certos e determinados.

DICA 105

Atos internos e externos

Nos atos internos, os efeitos do ato atingem apenas os agentes e órgãos da entidade que
o editou.

Exemplos de atos internos: portaria de remoção de um servidor; ordens de serviço em


geral; portaria de criação de um grupo de trabalho; designação de servidor para participar
de um curso etc.

Nos atos externos, os efeitos do ato alcançam os administrados em geral, os contratantes


e, em certos casos, os próprios servidores.

Ressalte-se que os atos externos podem ser destinados tanto aos particulares quanto à
própria Administração; o que os distingue é o fato de produzirem efeitos fora da
repartição que os originou.

Exemplos de atos externos: atos normativos, nomeação de aprovados em um concurso


público, multas aplicadas a empresas contratadas pela Administração, editais de licitação
etc.

DICA 106

Atos simples, complexos e compostos

● Atos simples são os que decorrem da manifestação de um único órgão, unipessoal ou


colegiado.

● Atos complexos são os que decorrem de duas ou mais manifestações de vontade


autônomas, provenientes de órgãos diversos (há um ato único).

● Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade
de um é instrumental em relação à do outro (existem dois atos).

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DICA 107

Ato válido, nulo, anulável e inexistente

O ato válido é aquele que respeitou, em sua formação, todos os requisitos legais relativos
aos elementos competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Por outras palavras, é o ato
que não tem qualquer vício, qualquer ilegalidade.

O ato nulo é aquele com vício insanável em um dos seus elementos constitutivos. Por
exemplo, o ato com motivo inexistente, o ato com objeto não previsto em lei e o ato
praticado com desvio de finalidade.

Ressalte-se que os atos nulos são atos ilegais ou ilegítimos e, por isso, não podem ser
convalidados; ao contrário, devem ser anulados. Lembrando que o administrado não pode
se negar a dar cumprimento ao ato nulo até que a nulidade seja reconhecida e declarada
pela Administração ou pelo Judiciário (atributo da presunção de legitimidade dos atos
administrativos).

O ato anulável é o que apresenta defeito sanável, ou seja, passível de convalidação pela
própria Administração. São sanáveis os vícios de competência quanto à pessoa (e não
quanto à matéria), exceto se se tratar de competência exclusiva, e o vício de forma, a
menos que se trate de forma exigida pela lei como condição essencial à validade do ato.

O ato inexistente é aquele que apenas possui aparência de ato administrativo, mas, na
verdade, possui algum defeito capital que o impede de produzir efeitos no mundo jurídico.

DICA 108

Ato perfeito, eficaz, pendente e consumado

- Ato perfeito é aquele que já concluiu todas as etapas da sua formação.

- Ato eficaz é o ato perfeito que já está apto a produzir efeitos, não dependendo de nenhum
evento posterior, como termo, condição, aprovação, autorização etc.

- Ato pendente é o ato perfeito que ainda depende de algum evento posterior para produzir
efeitos.

- Ato consumado ou exaurido é o que já produziu todos os efeitos que estava apto a
produzir.

DICA 109

Para atingir seus objetivos, o poder de polícia é exercido por meio de três técnicas
diferentes, chamadas também de técnicas de ordenação:

1. Técnica de informação
2. Técnica de condicionamento
3. Técnica sancionatória

Pela técnica de informação, o Poder Público atua exigindo que o cidadão e as empresas
prestem informação sobre si próprios.

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Na técnica de condicionamento, o Estado coloca uma série de exigências para que a


pessoa possa exercer sua atividade.

Já na técnica sancionatória, o Poder Público atua punindo, aplicando sanções àqueles que
tenham descumprido alguma exigência, seja ela de prestar informação (técnica de
informação) ou de atender alguma condição (técnica de condicionamento).

DICA 110

O exercício do poder de polícia pode se dar de três formas distintas:

→ Preventiva: disposições genéricas que regulamentam comportamentos (ex.: portarias


ou regulamentos que regulam horários de estabelecimentos em determinada localidade);

→ Repressiva: prática de atos que visam desfazer a situação de desobediência à lei (ex.:
apreensão de revistas pornográficas em exposição em local impróprio); e

→ Fiscalizadora: previne eventuais lesões a normas ou direitos (ex.: vistoria de veículos).

DICA 111

→ Jurisprudência do STF
Segundo o STF, os Municípios têm competência para exigir dos bancos a instalação de
detectores de metal e vidros a prova de balas. Os mesmos entes são competentes para
regular o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais (Ag Reg 793.441).

→ Jurisprudência do STJ
Segundo o STJ, a competência para fixação do horário bancário de atendimento ao
público é de competência da União (Súmula 19).

DICA 112

Ciclo de Polícia

Segundo a doutrina, a função de polícia é exercida em quatro fases: ordem de polícia,


consentimento de polícia, fiscalização de polícia e sanção de polícia.

1. Ordem de Polícia: É o estabelecimento de normas que obrigam as pessoas a fazer ou


deixar de fazer algo em função do interesse público.

2. Consentimento de polícia: É o ato administrativo que permite ao Poder Público usar


da propriedade privada ou ao particular exercer alguma atividade. Obviamente, nem sempre
o particular precisa de consentimento para realizar uma atividade, o que faz com que essa
fase nem sempre ocorra.

3. Fiscalização de polícia: É o ato de verificar se as ordens de polícia estão sendo


obedecidas e se as atividades para as quais o particular recebeu consentimento estão
regulares.

4. Sanção de polícia: É a efetiva punição, em caso de descumprimento das ordens de


polícia. Obviamente, tal fase só ocorrerá se o particular descumprir a ordem de polícia.

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DICA 113

A multa, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, não


possui a característica da auto executoriedade.

Em relação às multas, há duas situações:

1. A aplicação de uma multa: reflete o atributo da exigibilidade.

2. A cobrança da multa não tem a força da executoriedade, já que é necessária a


utilização dos meios para isso (inclusão em dívida ativa e ação de execução, havendo a
necessidade de participação do Poder Judiciário).

DICA 114

O abuso de poder pode ocorrer tanto por condutas comissivas quanto omissivas e pode
assumir duas formas:

→ Excesso de poder: Se o agente público extrapolar os limites de sua competência, estará


atuando com excesso de poder; e

→ Desvio de poder: Também chamado de desvio de finalidade, ocorre quando o agente


público atua buscando fim diverso do previsto para o ato ou contrário ao interesse público.

Enquanto o excesso de poder está associado ao vício no elemento competência, o desvio de


poder está ligado o vício no elemento finalidade.

DICA 115

O PODER DE POLÍCIA tem como fundamento o P. da Supremacia do Interesse Público;


consiste na faculdade discricionária da Administração Pública de condicionar e
restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse
público.

→ ORIGINÁRIO: exercido pela Administração Pública Direta – ENTES POLÍTICOS


(União, Estado e Município)
→ DERIVADO: exercido pela Administração Indireta, mas desde que seja PJ de Direito
Público.
DICA 116

A QUAL ENTE COMPETE O EXERCÍCIO DO P. DE POLÍCIA?


Consegue-se identificar pela ideia da PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE.
*Hely Lopes Meirelles explica: “Para esse policiamento há competências exclusivas e
concorrentes das três esferas estatais, dada a descentralização político-administrativa
decorrente do nosso sistema constitucional.
Em princípio, tem competência para policiar a entidade que dispõe do poder de
regular a matéria. Assim sendo, os assuntos de interesse nacional ficam sujeitos a
regulamentação e policiamento da União; as matérias de interesse regional sujeitam-
se às normas e à polícia estadual, e os assuntos de interesse local subordinam-se aos
regulamentos edilícios e ao policiamento administrativo municipal.

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Todavia, como certas atividades interessam simultaneamente às três entidades estatais,


pela sua extensão a todo o território nacional (v. g., saúde pública, trânsito, transportes
etc.), o poder de regular e de policiar se difunde entre todas as Administrações interessadas,
provendo cada qual nos limites de sua competência territorial. A regra, entretanto, é a
exclusividade do policiamento administrativo; a exceção é a concorrência desse
policiamento”.
DICA 117

POLÍCIA ADMINISTRATIVA POLÍCIA JUDICIÁRIA


Caráter preventivo Caráter repressivo
Incide sobre bens, direitos e Incide somente sobre pessoas.
atividades.
Exercida por toda a Administração Privativa dos órgãos auxiliares
Pública da Justiça (Ministério Público e
Polícia em geral).
Regida pelo Direito Administrativo Regida pelo Direito Processual
penal
Infração administrativa Ilícito penal

DICA 118

ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA

→DISCRICIONARIEDADE
→AUTOEXECUTORIEDADE
→COERCIBILIDADE

OBS.1: O Poder de polícia NÃO é sempre discricionário; algumas vezes a atuação de


polícia é vinculada, na hipótese em que a lei já houver estabelecido a única solução possível
para o caso concreto.

OBS.2: O atributo da AUTOEXECUTORIEDADE pode se dividir em dois:

1) EXIGIBILIDADE: prerrogativa de a administração pública utilizar MEIOS INDIRETOS


de coação. Ex.: Aplicação de multa.
2) EXECUTORIEDADE: possibilidade de a administração realizar diretamente a execução
forçada da medida que ela impôs ao administrado – ou seja, MEIOS DIRETOS de coação.
Ex.: Dissolução de reunião, apreensão de mercadorias, interdição de uma fábrica.

DICA 119

ATENÇÃO! O candidato deve se atentar à questão da prova quando mencionar apenas a


palavra “multa”, nesse sentido é aplicado o entendimento de Hely Lopes Meirelles:

“EXCLUEM-SE DA AUTO-EXECUTORIEDADE AS MULTAS, ainda que decorrentes do


poder de polícia, QUE SÓ PODEM SER EXECUTADAS POR VIA JUDICIAL, como as
demais prestações pecuniárias devidas pelos administrados à Administração”.

DICA 120

Pelo entendimento consolidado no STJ, na delegação do Poder de Polícia devem ser


consideradas as quatro atividades relativas:
→Legislação; (INDELEGÁVEL)
→Consentimento; (DELEGÁVEL)

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→Fiscalização; (DELEGÁVEL)
→Sanção. (INDELEGÁVEL)

Mnemônico: FIS-CO.

JUSTIFICATIVA (Resp 817.534/MG):

*Legislação e Sanção constituem atividades típicas da Administração Pública.


*Consentimento e Fiscalização NÃO realizam poder coercitivo.

VISUALIZANDO... Exemplo dado pelo STJ que comporta os ciclos: “o CTB estabelece
normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação
(legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público
(consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há
respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração
sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção)”. (STJ, REsp 817534/MG,
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, julgado em 10/11/2009).

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 121

Diferenças entre o Mandado Injunção e a Ação Direta de Inconstitucionalidade

Mandado de Injunção Ação Direta de


Inconstitucionalidade por
Omissão
Objeto Exercício dos direitos e Norma constitucional ainda não
liberdades constitucionais e das plenamente efetiva em razão de
prerrogativas inerentes à omissão total ou parcial de qualquer
nacionalidade, à soberania e à dos Poderes ou órgãos
cidadania ainda não integrados administrativos (mais amplo)
(mais restrito)
Via de controle Controle difuso de Controle concentrado de
Constitucionalidade constitucionalidade
Legitimação Mandado de injunção - o Presidente da República;
ativa individual: - a Mesa do Senado Federal;
- Pessoa física ou jurídica titular - a Mesa da Câmara dos
dos direitos e liberdades Deputados;
Mandado de injunção - a Mesa de Assembleia Legislativa;
coletivo: - o Governador de Estado;
- Partido político com - a Mesa de Assembleia Legislativa
representação no Congresso ou da Câmara Legislativa do Distrito
Nacional; Federal;
- Organização sindical e - o Governador de Estado ou do
entidade de classe; Distrito Federal;
- Associação que esteja - o Procurador-Geral da República;
constituída há pelo menos 1 - o Conselho Federal da Ordem dos
ano. Advogados do Brasil;
- partido político com
representação no Congresso
Nacional;
- confederação sindical ou entidade
de classe de âmbito nacional.
Competência STF, STJ e TJs STF e TJs
Efeitos da Mandamental e Constitutiva Mandamental
decisão

DICA 122
Segundo o STF, os estrangeiros residentes no País, uma vez atendidos os requisitos
constitucionais, são beneficiários da assistência social, fazendo jus ao denominado
benefício de prestação continuada (BPC). O BPC é um benefício assistencial devido à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família.

DICA 123
"Embora não produzam seus plenos efeitos de imediato, as normas constitucionais de
eficácia limitada possuem o que se chama de eficácia negativa, que se desdobra em
eficácia paralisante e eficácia impeditiva.

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Eficácia paralisante: é a propriedade jurídica que as normas programáticas têm de


revogar as disposições legais contrárias aos seus comandos, ou seja, as normas
infraconstitucionais anteriores não serão recepcionadas se com ela incompatíveis.

Eficácia impeditiva: a norma programática tem o condão de impedir que sejam editadas
normas contrárias ao seu espírito, é dizer: as normas programáticas servem de parâmetro
para o controle de constitucionalidade."

DICA 124
O STJ considera que o juiz pode determinar o bloqueio e o sequestro de verbas
públicas como forma de garantir o fornecimento de medicamentos pelo Poder Público.
Assim, caso a Administração Pública se negue a cumprir decisão judicial que determinou o
fornecimento de medicamentos, o juiz poderá determinar o bloqueio e o sequestro de verbas
públicas.

O bloqueio e sequestro de verbas públicas deve ser encarado, todavia, como uma medida
de caráter excepcional, aplicável somente quando ficar configurado que o Estado não
está cumprindo sua obrigação de fornecer os medicamentos e de que essa demora está
trazendo riscos à saúde e à vida do doente.

DICA 125
RESERVA DO (FINANCEIRAMENTE) POSSÍVEL
→ Os direitos sociais assegurados na Constituição Federal devem ser efetivados pelo poder
público, porém, na medida em que isso seja possível (viável, em especial, financeiramente).

MÍNIMO EXISTENCIAL
→ Impõe o dever do poder público de garantir o mínimo necessário para a existência digna
da população.

DICA 126
Recentemente, o transporte foi incluído no rol de direitos sociais previstos na CF, que já
contemplavam, entre outros, o direito à saúde, ao trabalho, à moradia e à previdência
social, bem como a assistência aos desamparados.

O direito social ao transporte foi inserido à CF/88 pela Emenda à Constituição nº


90/2015.

DICA 127
Súmula Vinculante nº 6 – Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração
inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

DICA 128
o STF considerou constitucional o exame da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB).

Para a Corte, o exercício da advocacia traz um risco coletivo, cabendo ao Estado limitar o
acesso à profissão e o respectivo exercício. Nesse sentido, o exame de suficiência discutido
seria compatível com o juízo de proporcionalidade e não alcançaria o núcleo essencial
da liberdade de ofício.

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No concernente à adequação do exame à finalidade prevista na Constituição a assegurar


que as atividades de risco sejam desempenhadas por pessoas com conhecimento técnico
suficiente, de modo a evitar danos à coletividade à aduziu-se que a aprovação do
candidato seria elemento a qualificá-lo para o exercício profissional.

DICA 129
O STF foi chamado a apreciar a "Marcha da Maconha", tendo se manifestado no sentido
de que é inconstitucional qualquer interpretação do Código Penal que possa ensejar a
criminalização da defesa da legalização das drogas, ou de qualquer substância entorpecente
específica, inclusive através de manifestações e eventos públicos.

Assim, admite-se que o direito de reunião seja exercido, inclusive, para defender a
legalização de drogas; não é permitida, todavia, a incitação, o incentivo ou estímulo ao
consumo de entorpecentes na sua realização.

DICA 130
Diferença entre representação processual e substituição processual.

Na representação processual, o representante não age como parte do processo; ele


apenas atua em nome da parte, a pessoa representada. Para que haja representação
processual, é necessária autorização expressa do representado.

Na substituição processual, o substituto é parte do processo, agindo em nome próprio


na salvaguarda de direito alheio. O substituído, por sua vez, deixa de sê-lo: sofre apenas
os efeitos da sentença. Não está no processo.

A sentença, todavia, faz coisa julgada tanto para o substituto quanto para o substituído.
Quando cabível substituição processual, não há necessidade de autorização expressa
do substituído.

DICA 131
Mandado de segurança

Quem pode impetrar MS?

Todas as PF ou PJ, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não no Brasil; universalidades


com capacidade processual (como massa falida e espólio); alguns órgãos públicos de grau
superior e o MP.

Qual é o prazo para impetrar?

Para o MS repressivo, o prazo é decadencial (e sem suspensão ou interrupção) de 120 dias


a partir da ciência oficial do ato pelo interessado. Após esse prazo só pode entrar com
ação de rito ordinário normal. O MS preventivo não tem prazo.

Tem reexame necessário?

Sim, concedida a segurança, a sentença está sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de


jurisdição. Mas a sentença de 1º grau já pode ser executada provisoriamente.

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Pode ter liminar?

Sim, desde que presente o fumus boni iuris e periculum in mora. Não haverá, entretanto,
liminar na reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento
ou extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza; compensação de
créditos tributários e entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior.

O impetrante pode desistir do MS?

Sim, a qualquer tempo, ainda que proferida decisão de mérito a ele favorável, e sem a
anuência da parte contrária.

DICA 132
Embora tenha se constatado um alargamento no cabimento do habeas corpus, há situações
nas quais ele não é admitido. Vejamos as mais importantes:

• não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a
processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada
(Súmula n. 693, STF);

• não cabe habeas corpus contra a imposição de pena de exclusão de militar ou de


perda de patente ou função pública (Súmula n. 694, STF);

• não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade (Súmula n. 695,
STF);

• não cabe habeas corpus contra determinação de perda da função pública, como efeito
secundário da pena (HC n. 145.275, STJ);

• o habeas corpus não é o meio idôneo para se obter restituição de coisas apreendidas,
inclusive passaporte (HC n. 101.830, STJ);

• não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de Turma, ou do
Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso (Súmula n. 606, STF).

DICA 133
Espécies de ensino religioso:

> Não confessional: voltado à exposição das diversas religiões; visão neutra, descritiva
do que seja cada religião, não especificando os dogmas de cada uma.

> Confessional: transmite os princípios e dogmas de uma determinada religião. Ex.: aula
sobre catolicismo; sobre espiritismo; sobre budismo... O aluno escolhe a aula que gostaria
de assistir.

> Interconfessional: não são explicados os princípios e dogmas de uma determinada


religião; são ensinados os princípios comuns às várias religiões.

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DICA 134
Características dos Direitos Fundamentais

Irrenunciabilidade

Embora possa haver o seu não exercício, não será possível o cidadão dele abrir mão
(renunciar) definitivamente. Admitem-se restrições pontuais, como acontece nos
programas de TV no modelo de BBB. Nesses casos, há data definida de início e término
do programa, sendo que o direito de intimidade fica restringido durante aquele
período.

DICA 135
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Relatividade ou Limitabilidade: não há direitos fundamentais absolutos. Trata-se de


direitos relativos, limitáveis, no caso concreto, por outros direitos fundamentais. No
caso de conflito entre eles, há uma concordância prática ou harmonização: nenhum deles é
sacrificado definitivamente.

A relatividade é, dentre todas as características dos direitos fundamentais, a mais cobrada


em prova.

Por isso, guarde o seguinte: não há direito fundamental absoluto! Todo direito sempre
encontra limites em outros, também protegidos pela Constituição. É por isso que, em caso
de conflito entre dois direitos, não haverá o sacrifício total de um em relação ao outro, mas
redução proporcional de ambos, buscando-se, com isso, alcançar a finalidade da norma.

DICA 136
Os direitos fundamentais possuem uma dupla dimensão:
1º dimensão subjetiva e;
2º dimensão objetiva.

Na dimensão subjetiva, os direitos fundamentais são direitos exigíveis perante o


Estado: as pessoas podem exigir que o Estado se abstenha de intervir indevidamente na
esfera privada (direitos de 1ª geração) ou que o Estado atue ofertando prestações positivas,
através de políticas e serviços públicos (direitos de 2ª geração).

Já na dimensão objetiva, os direitos fundamentais são vistos como enunciados dotados


de alta carga valorativa: eles são qualificados como princípios estruturantes do Estado,
cuja eficácia se irradia para todo o ordenamento jurídico.

DICA 137
Eficácia Plena – São de aplicação direta e imediata e independem de uma lei que venha
mediar os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei
posterior venha a restringir o seu alcance.

Eficácia Contida – Assim como a plena é de aplicação direta e imediata não precisando de
lei para mediar os seus efeitos, porém, poderá ver o seu alcance limitado pela
superveniência de uma lei infraconstitucional, por outras normas da própria constituição
estabelece ou ainda por meio de preceitos ético-jurídicos como a moral e os bons costumes.

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Eficácia Limitada – São de aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da


existência de uma lei para “mediar” a sua aplicação. Caso não haja regulamentação por
meio de lei, não são capazes de gerar os efeitos finalísticos (apenas os efeitos jurídicos que
toda norma constitucional possui). Pode ser:

a) Normas de princípio programático (normas-fim) - Direcionam a atuação do Estado


instituindo programas de governo.

b) Normas de princípio institutivo - Ordenam ao legislador a organização ou instituição


de órgãos, instituições ou regulamentos.

DICA 138
Normas de eficácia limitada não estão aptas a produzir todos os seus efeitos, necessitando
assim, de uma norma regulamentadora. Porém alguns efeitos estão presentes em todas as
normas constitucionais, são eles:

- Efeito Revogatório - A norma constitucional irá revogar (não recepcionar) as normas


anteriores a ela que forem incompatíveis materialmente.

- Efeito Inibitório- impede a produção em sentido contrário à sua disposição.

- Efeito Irradiante - Indica que a norma constitucional será parâmetro de


constitucionalidade, além de funcionar como fundamento de validade e interpretação para
as demais normas jurídicas.

DICA 139
Direito ao esquecimento

O “direito ao esquecimento” refere-se ao direito de impedir que um fato, mesmo que


verídico, seja relembrado e massivamente exposto ao público tempos depois de
ocorrido, causando ao sujeito dor, sofrimento, prejuízo moral e, em se tratando de fatos
criminosos, impossibilidade ou dificuldade de ressocialização.

Em nosso país, o direito ao esquecimento encontra-se amparado na Constituição Federal


como uma decorrência do direito à vida privada (privacidade), intimidade e honra,
consagrados pela CF/88 (art. 5º, X), e também pelo Código Civil (art. 21). Seu fundamento
teórico igualmente pode ser extraído da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da
CF/88).

Não estando expressamente previsto, é considerado doutrinariamente como um direito


fundamental implícito.

DICA 140
Não é lícita a coação de possível pai para realizar o exame do DNA, sob pena de ofensa a
garantias constitucionais como a preservação da dignidade humana, da intimidade, da
intangibilidade do corpo humano, do império da lei e da inexecução específica e direta
de obrigação de fazer.

Como regra, o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União não dispõem de


competência para determinar a quebra do sigilo bancário. Porém, a inviolabilidade do sigilo
bancário pode ser afastada por determinação de tais órgãos, no caso de operações que
envolvam recursos públicos.

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DIREITO PENAL

DICA 141

ELEMENTOS DA CULPA
*Resultado material indesejado
*Previsibilidade objetiva - o resultado culposo deve ser previsível para a consciência
média da sociedade. Deve ser objetivamente previsível. Ex.: Roberto encontra-se em um
prédio na área central de BH. Se ele arremessa uma cadeira da janela em direção a uma
caçamba de lixo é objetivamente previsível que ele pode acertar alguém, mesmo que ele
não queira. Mas se ele estiver em sua fazenda e arremessa a cadeira da janela, um acidente
é totalmente imprevisível (este fato será mero acidente).
DICA 142

ESPÉCIES DE CULPA
CULPA INCONSCIENTE: o agente não conseguiu prever o resultado, embora ele
seja previsível. Ex.: Uma equipe de seguranças de um parque esquece de vistoriar uma
trava de segurança de um brinquedo e uma criança cai dele – o resultado é previsível, mas
a equipe não o previu.
CULPA CONSCIENTE: prevê o resultado, MAS ACREDITA QUE ELE NÃO IRÁ
OCORRER. Ex.: Avanço do sinal vermelho de madrugada. Sabe-se que o resultado pode
ocorrer, mas acredita que não irá ocorrer.
ATENÇÃO! Culpa consciente x dolo eventual = dolo eventual prevê o possível resultado e
assume o seu risco. Na culpa consciente prevê o resultado, mas crê que ele não irá ocorrer,
logo, não assume risco!
DICA 143

CRIME PRETERDOLOSO
CRIME PRETERDOLOSO caracteriza-se quando o agente pratica uma conduta dolosa,
menos grave, porém obtém um resultado danoso mais grave do que o pretendido, na forma
culposa.

● CRIME PRETERDOLOSO = dolo na conduta + culpa no resultado mais


gravoso. Crimes preterdolosos precisam de previsão legal. Ex: art. 129, § 3º, CP
= lesão corporal seguida de morte. A morte é resultado culposo.

 QUESTÃO DA BANCA CESPE PARA ILUSTRAR...

“Ocorre crime preterdoloso quando o agente pratica dolosamente um fato do qual decorre
um resultado posterior culposo. Para que o agente responda pelo resultado posterior, é
necessário que este seja previsível.” CERTO OU ERRADO? ESSA VOCÊS NÃO PODEM
ERRAR! ESTÁ CORRETA!

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DICA 144

PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL


- Legalidade (art. 5º, XXXIX, CF e art. 1 CP): não há crime sem lei anterior que o defina,
não há pena sem prévia cominação.
- Reserva legal: somente a lei, EM SENTINDO ESTRITO, pode tipificar condutas e
cominar penas. É proibida a cominação de crime com base nos costumes ou por analogia,
quando em desfavor do réu. ATENÇÃO! Prevalece entendimento no STF (RE 254818-
PR) que medida provisória pode ser usada para tratar de matéria penal, desde que seja
favorável ao réu. EX.: Descriminalização de conduta).
- Anterioridade: a norma penal que piora a situação do réu deve ser anterior ao fato
praticado, ou seja, a norma penal que seja mais gravosa somente pode ser aplicada aos
crimes praticados a partir da data de sua vigência.
- Taxatividade: trata-se de um dos corolários do princípio da legalidade, preconizando que
a lei penal deve ser clara, precisa e determinada, NÃO CABENDO INCRIMINAÇÕES
VAGAS OU GENÉRICAS. ATENÇÃO! São admitidos os tipos penais abertos, consiste em
espécie de lei que depende de um completo valorativo feito na maioria das vezes pelo
magistrado, intérprete da lei, em função de permissão legal. Ex.: Tipos penais culposos -
em que o legislador não prevê todas as possibilidades de comportamentos negligentes -
cabendo ao juiz a análise do caso concreto.
DICA 145

- Individualização da Pena: determina que o juiz analise as especificidades do fato e do


autor do fato durante o processo dosimétrico.
- Pessoalidade, Personalidade ou da Intranscendência: assevera que a pena não
passará da pessoa do condenado
- Alteridade (lesividade): assevera que, para haver crime, a conduta humana deve
colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que
não excedam o âmbito do próprio autor. Ou seja, o sujeito não pode ser punido por
causar mal a si próprio.
- Insignificância (bagatela): afasta a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir
que não haverá crime sem ofensa significativa ao bem tutelado.
OBS.: BAGATELA PRÓPRIA (implica na atipicidade material de condutas causadoras de
danos ou de perigos ínfimos) X BAGATELA IMPRÓPRIA (desnecessidade da pena)
ATENÇÃO! A jurisprudência, reiteradamente, não reconhece a bagatela imprópria,
afirmando que, se o fato é formal e materialmente típico, há crime. (TJ/RS, Oitava Câmara
Criminal, Apelação Crime Nº 70076016484, Rel. Naele Ochoa Piazzeta, julgado em
31/01/2018) e (AgRg no REsp 1602827/MS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA
TURMA, julgado em 20/10/2016, DJe 09/11/2016)
DICA 146

- Adequação social: serve de parâmetro ao legislador, que deve buscar afastar a


tipificação criminal de condutas consideradas socialmente adequadas. Ex.: mãe que
fura a orelha da filha recém-nascida, o que não deixa de ser "lesão corporal", todavia aceita
por se tratar de ato cultural da nossa sociedade.
- Ofensividade: não é suficiente que o fato seja formalmente típico para a configuração do
delito, necessário também que ele seja capaz de ofender (lesão ou ameaça de lesão), de
modo GRAVE, o bem jurídico tutelado.

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- Fragmentariedade: o direito penal somente tutele uma pequena fração dos bens
jurídicos protegidos, operando nas hipóteses em que se verificar lesão ou ameaça de lesão
mais intensa aos bens de MAIOR RELEVÂNCIA. Quer dizer que somente bens jurídicos de
GRANDE RELEVÂNCIA SOCIAL devem ser tutelados.

- Subsidiariedade: como o nome o D. Penal é uma ferramenta subsidiária, tão somente


deve ser usado quando os demais ramos do Direito não conseguirem tutelar com
satisfação o bem jurídico que se almeja proteger.
DICA 147

- Principio da Retroatividade da lei penal benéfica: a lei penal QUE BENEFICIAR o


réu retroagirá para regular as condutas anteriores a sua vigência. (art. 2º, p. único
+ art 5º , XL ,CF).
Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer
o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.

Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

OBS.: A retroatividade da lei penal benéfica NÃO respeita a coisa julgada (relativização
da coisa julgada). Se sobrevier norma beneficiando o réu, o próprio Juiz da Vara de
Execução poderá aplicá-la.
OBS.2: Súmula 611, STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao
juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.”
DICA 148

LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA


“Art. 3º, CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigência.”
É importante o candidato se atentar em sua prova que as leis excepcionais e
temporária são criadas para vigorar apenas em determinado período, devido a
razões excepcionais e, por isso, ainda que saia do mundo jurídico - revogação
natural - não gerará abolitio criminis.
Nesse sentido, aqueles que tiverem praticado o crime durante sua vigência deverão
responder pela conduta praticada.
Ex. de prova: “Em virtude da seca que assola o país, considere a hipótese em que seja
promulgada uma lei federal ordinária que estabeleça como crime o desperdício doloso ou
culposo de água tratada, no período compreendido entre 01 de novembro de 2014 e
01 de março de 2015.
Em virtude do encerramento da estiagem e volta à normalidade, não houve necessidade de
edição de nova lei ou alteração no prazo estabelecido na citada legislação. Nessa hipótese,
o indivíduo a que em 02 de março de 2015 estiver sendo acusado em um processo
criminal por ter praticado o referido crime de “desperdício de água tratada”,
durante o período de vigência da lei, R: poderá ser condenado pelo crime de “desperdício
de água tratada” ainda que o período indicado na lei que previu essa conduta esteja
encerrado.

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DICA 149

APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO -ALGUNS CONCEITOS QUE


MERECEM ATENÇÃO:

NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA: Em suma, trata-se de uma nova lei


que passa a criminalizar conduta até aquele momento atípica, ou
seja, não existia a previsão da conduta como crime. Há retroativa? Não.
Irá produzir efeitos tão somente aos fatos futuros com fundamento no
princípio da anterioridade da lei penal.

NOVATIO LEGIS IN PEJUS: Trata-se de uma inovação legislativa


MAIS GRAVE do que a até então em vigor. Em suma, a nova lei é mais
grave do que a atual. Há retroativa? Não. Irá produzir efeitos tão
somente aos fatos futuros com fundamento no princípio da anterioridade da
lei penal.

NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: Trata-se de uma inovação legislativa


MAIS BENÉFICA do do que a até então em vigor. Em suma, a nova lei
é mais benéfica do que a atual. Há retroativa? Sim!!! A nova legislação
será aplicada aos fatos praticados antes de sua entrada em vigor.

ABOLITIO CRIMINIS: Há DESCRIMINALIZAÇÃO da conduta pela


nova lei. SENDO BENÉFICA, HÁ RETROATIVIDADE (eficácia
retroativa) !!! Será aplicada aos fatos praticados ANTES de sua
entrada em vigor, que não poderão mais ser punidos, além de gerar a
extinção da punibilidade do agente. Ex.: antigo crime de adultério.

OBS.1: A ABOLITIO CRIMINIS apesar de cessar a pena e os efeitos penais da condenação,


não impede os efeitos extrapenais da condenação. Ex.: A foi condenado pelo crime
de adultério. Todavia, lei nova surge e descriminaliza a conduta. A será solto, cessando a
pena imposta e a condenação pelo crime de adultério não poderá ser considerada para fins
de reincidência (exemplo de efeitos da condenação). Conduto, se foi condenado à reparação
do dano causado à vítima (efeito extrapenal da condenação), DEVERÁ REPARÁ-LO!
DICA 150

REGRA NO D. PENAL: TEORIA DA ATIVIDADE: é aplicada a lei penal que ocorre no


momento da ação.
EXCEÇÃO: EXTRA-ATIVIDADE da Lei Penal, que se divide em:
*Retroatividade: Fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor. Ex.: Agente cometeu
crime e a lei MAIS BENÉFICA não existia, a retroatividade retroage e alcança o fato
ocorrido.
*Ultra-atividade: Fatos ocorridos depois da revogação da lei. Quer dizer que a lei,
mesmo que revogada, deve ser aplicada ao caso concreto se FOR MAIS BENÉFICA
e o agente cometeu o fato sob seu império.

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ATENÇÃO! Em todos os casos, a lei só retroage para beneficiar o réu.


DICA 151

● Súmula 711, STF: A lei penal MAIS GRAVE aplica-se ao crime continuado ou
ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou
da permanência.
● Crime permanente: a consumação se prolonga no tempo + o agente controla
sua permanência, tendo o domínio sobre a consumação do delito. Ex.: crime de usurpação
de função pública.
● Crime continuado: configura-se crime continuado quando o agente, mediante
mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, e
pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes,
devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro (artigo 71 do
CP).
● Ex.: Um agente da PRF passa a receber um pagamento de um advogado por várias
ocasiões, caracterizando corrupção passiva. Nesta hipótese, será aplicado o crime de
corrupção passiva como se ele tivesse cometido um único crime. Mas e se surgisse uma lei
que aumentasse a pena durante o cometimento de um dos atos pelo analista? Será aplicada
a última lei segundo entendimento sumulado, ainda que mais prejudicial.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGE – CE)


... “A lei penal mais benéfica aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, ainda
que ocorra superveniência de lei penal mais gravosa ao longo da atividade delitiva.” VOCÊS
AGORA JÁ SABEM RESPONDER... ERRADOOOO!
DICA 152

TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE (ART. 4º, CP): “Considera-se praticado


o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”.

LUGAR DO CRIME TEORIA DA UBIQUIDADE (ART. 6º, CP): “Considera-se praticado


o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. ”

OBS.: Quando estivermos diante de uma situação em que envolve o Brasil e um outro país,
tanto o lugar onde se pratica a conduta quanto o lugar do resultado são considerados
como local do crime.

OBS.2: LUGAR DO CRIME = UBIGUIDADE


TEMPO DO CRIME = ATIVIDADE (= TEORIA DA AÇÃO)
LUTA!

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial
de Justiça – Avaliador)

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... Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou,
respectivamente, as teorias do(a): AGORA FICOU FÁCIL! RESPOSTA  atividade e da
ubiquidade.
DICA 153

NÃO CONFUNDA EM SUA PROVA!

Art. 6º, CP Art. 70, caput, CPP

Adotou a Teoria da UBIQUIDADE Adotou a Teoria do RESULTADO

*Considera-se praticado o crime no *A competência será, de regra,


lugar:
- determinada pelo lugar em que
- em que ocorreu a ação ou se consumar a infração,
omissão, no todo ou em parte,
- ou, no caso de tentativa, pelo
- bem como onde se produziu ou lugar em que for praticado o
deveria produzir-se o resultado. último ato de execução.

Regra destinada a solucionar a Regra destinada a solucionar a


competência na hipótese de delitos competência na hipótese de crimes
que envolvam o território de dois envolvendo o território o
ou mais países (conflito território de duas ou mais
internacional de jurisdição) comarcas (ou seções judiciárias)
DENTRO DO BRASIL (conflito
interno de competência
territorial)

Definirá se o Brasil terá a Definirá qual o juízo competente no


competência para julgar o caso na caso de crimes plurilocais.
hipótese de crimes à distância.

DICA 154

ATENÇÃO! EXCEÇÃO AO ART. 70, CPP! Posição do STJ e STF:


Nos crimes contra a vida, a competência será determinada pela TEORIA DA ATIVIDADE.
Dessa forma, no caso de crimes contra a vida (DOLOSOS OU CULPOSOS), se os atos de
execução ocorreram em um lugar e a consumação se deu em outro  a competência para
o julgamento do fato será do local onde foi praticada a conduta (local da
execução).

JUSTIFICATIVA: “(...) é justamente no local da ação que se encontram as


melhores provas (testemunhas, perícia etc.), pouco interessando onde se dá a
morte da vítima. Para efeito de condução de uma mais apurada fase probatória,
não teria cabimento desprezar-se o foro do lugar onde a ação desenvolveu-se
somente para acolher a teoria do resultado.

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Exemplo de ilogicidade seria o autor ter dado vários tiros ou produzido toda a série
de atos executórios para ceifar a vida de alguém em determinada cidade, mas,
unicamente pelo fato da vítima ter-se tratado em hospital de Comarca diversa,
onde faleceu, deslocar-se o foro competente para esta última.
As provas teriam que ser coletadas por precatória, o que empobreceria a formação
do convencimento do juiz.” (Nucci, Guilherme de Souza, Código de Processo Penal
Comentado. 8ª ed., São Paulo: RT, 2008, p. 210).
DICA 155

ATENÇÃO! Nos CRIMES CONEXOS, NÃO SE APLICA A TEORIA DA UBIQUIDADE,


devendo cada crime ser julgado pela legislação penal do país em que for cometido.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 156

Nos termos do art. 312 do CPP, SERÁ ADMITIDA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO


PREVENTIVA:

I - Nos CRIMES DOLOSOS punidos com pena privativa de liberdade máxima


superior a 4 (quatro) anos;

II - Se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada


em julgado, ressalvado o disposto no inc. I do caput do art. 64 do CP;

III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher,


criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para
garantir a execução das medidas protetivas de urgência;

DICA 157

MODALIDADES DE FLAGRANTE

1) FLAGRANTE PRÓPRIO, PROPRIAMENTE DITO, VERDADEIRO (ART. 302,


INCS. I E II, DO CPP): Consiste na circunstância em que o indivíduo que está
cometendo a infração penal (inc. I) ou acaba de cometê-la (inc. II). O inc. II
descreve uma situação na qual o agente foi pego “com a mão na massa”, o que quer
dizer que ele acabou de cometer o crime e restou surpreendido no cenário do fato.

2) FLAGRANTE IMPRÓPRIO, “QUASE REAL”, IMPERFEITO, IRREAL (ART. 302,


INC. III, DO CPP): PALAVRA-CHAVE PARA A PROVA: PERSEGUIÇÃO! Nessa
situação, há uma perseguição pelas autoridades policiais; o agente não é encontrado
por elas, DE IMEDIATO, no local do fato. Há uma busca que termina na prisão do
agente. Nos dizeres do CPP é “perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou
por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração”. Ex.: PM
recebe a notícia da ocorrência de um roubo, vai até o local mencionado, dá início à
perseguição pelos arredores do local do fato e, ao fim, captura o suposto agente.

3) Flagrante presumido, assimilado, ficto (art. 302, inc. IV, do CPP): Nessa
modalidade PRESTEM ATENÇÃO NA PROVA! NÃO HÁ PERSEGUIÇÃO! DICA PARA
NÃO CONFUNDIR COM O FLAGRANTE IMPRÓPRIO!
Nos dizeres do CPP: O AGENTE “é encontrado, logo depois, COM INSTRUMENTOS,
ARMAS, OBJETOS OU PAPÉIS QUE FAÇAM PRESUMIR SER ELE AUTOR DA
INFRAÇÃO”.

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DICA 158

MODALIDADES ESPECIAIS DE FLAGRANTE

1) FLAGRANTE ESPERADO: É MODALIDADE VÁLIDA! Trata-se da situação na qual


as autoridades policiais ficam cientes de que será praticado um delito. Assim, desloca-se
até o local no qual este ocorrerá. Dado início aos atos executórios e, mesmo havendo a
consumação, as autoridades procedem à prisão em flagrante.

2) FLAGRANTE PREPARADO OU PROVOCADO: Nessa hipótese, existe uma


instigação da autoridade criminal para que o agente cometa o crime. Há a figura do
agente provocador que cria a situação e o faz cometer o delito. Ora, se a figura que
efetua a prisão é a mesma que cria as circunstâncias para causá-la; a consumação do
delito é IMPOSSÍVEL (configurando-se, assim, crime impossível). SÚMULA 145 DO
STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a
sua consumação. LOGO NÃO É VÁLIDO!

MUITA ATENÇÃO! DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA vêm aceitando referida


modalidade na hipótese em o agente provocar tão somente instiga o indivíduo à prática
do crime com o intuito de prendê-lo por CRIME DIVERSO.
VISUALIZANDO... Exemplo muito comum é o caso de a autoridade policial comprar
droga de um traficante. No ato da compra, o prende, porém não pela venda em si
(crime impossível), mas pela conduta anterior que é “ter consigo para venda”
substância entorpecente. Nessas situações, justifica-se o flagrante preparado, haja vista
ter sido a instigação e preparação meios para que o delito já consumado fosse
descoberto!

3) FLAGRANTE FORJADO (ARMADO): É ILEGAL! ILÍCITO! Como o próprio nome já


indica consiste naquele armado, realizado com o intuito de incriminar pessoa inocente.
é aquele armado, realizado para incriminar pessoa inocente. Nele, o infrator é o agente
que forja o delito. Ex.: ex-marido que insere drogas nos pertences do ex-mulher,
acionando a polícia para prendê-la em flagrante por tráfico de drogas, para com isso se
vingar da separação.

DICA 159
ATENÇÃO! A apresentação espontânea do acusado à autoridade não impede a
decretação da prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza. Todavia, IMPEDE
A PRISÃO EM FLAGRANTE!
DICA 160
Durante o procedimento de lavratura do auto de prisão em flagrante pela autoridade policial
competente, o condutor responsável pela prisão e condução do preso É O PRIMEIRO A
SER OUVIDO!
Art. 304, CPP: Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e
colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de
entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o
auto.

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DICA 161
Na falta ou no impedimento do escrivão, QUALQUER PESSOA designada pela autoridade
lavrará o auto de prisão, depois de prestado o compromisso legal.
DICA 162
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO ÀS PROVAS ILÍCITAS

*ESTÁ EXPRESSAMENTE PREVISTO NA CF/88:

Art. 5º (...), inc. LVI: “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

ATENÇÃO! TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA (utilização de provas
ilícitas por derivação): em suma, consistem nos meios probatórios que, embora, sejam
confeccionados de modo válido, em momento posterior encontram-se maculados pelo
vício da ilicitude originária que a essas provas inicialmente lícitas se transmite,
contaminando-as. Ou seja, as provas são obtidas de acordo com o ordenamento jurídico e
de forma lícita, entretanto a sua origem derivou de uma informação obtida de prova
ilicitamente colhida; dessa forma, o meio probatório lícita acaba se tornando impróprio e
inadequado para ser utilizado no processo.

 CESPE: Considerando a inidoneidade jurídica da prova ilicitamente obtida, eventual


prova produzida de modo válido em momento subsequente, mas derivada de prova
comprometida da ilicitude originária, deve ser declarada ilícita por derivação (a doutrina dos
frutos da árvore envenenada).

Exemplo de prova ilícita por derivação: confissão conseguida mediante tortura, na qual
o acusado indica onde se encontra o produto do crime, que vem a ser regularmente
apreendido.

DICA 163
ATENÇÃO! Provas ilícitas ou ilegítimas no processo penal brasileiro NÃO são inadmissíveis,
em qualquer hipótese! NÃO CAIAM NESSA PEGADINHA, JÁ CAIU NO CESPE!

*Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se


beneficiarem o réu!

*Excepcionalmente, admite-se a utilização de provas ilícitas em benefício do réu,


notadamente quando se tratar da única forma de o réu provar sua inocência,
evitando-se, assim, uma condenação injusta.

 CESPE/2015/DPE-PE: Pedro, sem autorização judicial, interceptou uma ligação


telefônica entre Marcelo e Ricardo. O conteúdo da conversa interceptada constitui prova de
que Pedro é inocente do delito de latrocínio do qual está sendo processado. Nessa situação,
embora a prova produzida seja manifestamente ilícita, em um juízo de proporcionalidade,
destinando-se esta a absolver o réu, deve ser ela admitida, haja vista que o erro judiciário
deve ser a todo custo evitado. R: CORRETO!

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DICA 164
ATENÇÃO! O princípio in dubio pro reo NÃO afasta a qualificadora do crime de roubo
pelo uso de simulacro de arma de fogo que tenha confundido a vítima, A DEFESA
DEVERÁ PROVAR que a referida arma não possui potencialidade lesivo (o ônus é da defesa).
DICA 165
A GRAVAÇÃO de conversa telefônica por um dos interlocutores não é considerada
interceptação telefônica, ainda que tenha sido feita com a ajuda de um repórter, pois,
nesse caso, a gravação é clandestina, mas não ilícita, nem ilícito é seu uso, em
particular como meio de prova.

 CESPE/2018: Situação hipotética: Pretendendo reunir provas para obter vantagens


de uma colaboração premiada, Cláudio, partícipe, junto com Flávio, de organização
criminosa, gravou conversas entre ambos, sem que este tivesse conhecimento das
gravações. Assertiva: Nessa situação, as gravações não poderão ser usadas como prova
em ação penal, porque são provas ilícitas. R: ERRADO, PODERÃO SIM!
DICA 166
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL:

* Pública incondicionada: não depende de queixa ou representação;


* Pública condicionada a representação: depende de representação do ofendido;
* Privada: depende de queixa e é ajuizada diretamente pelo ofendido, sem o intermédio
do MP;
* Privada Subsidiária da Pública: surge quando o MP deixa de se manifestar na ação
pública no prazo previsto em lei;
* Pública condicionada à requisição do MINISTRO DA JUSTIÇA: específica de delitos
sensíveis por razões políticas, na qual existe um juízo discricionário do Ministro da
Justiça em oferecer condição de procedibilidade ao ministério público.
Art. 24, CPP. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.
DICA 167
Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, DECAIRÁ NO
DIREITO DE QUEIXA OU DE REPRESENTAÇÃO, se não o exercer dentro do prazo de
seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no
caso de AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA, do dia em que se esgotar o
prazo para o oferecimento da denúncia.
DICA 168
É certo dizer que O Ministério Público detém, PRIVATIVAMENTE, a legitimidade para
propor ação penal pública, ainda que a proposição seja condicionada à
representação do ofendido ou à requisição do ministro da Justiça.

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DICA 169
ATENÇÃO! A representação será IRRETRATÁVEL, DEPOIS DE OFERECIDA A
DENÚNCIA.
DICA 170

- PERDÃO DO OFENDIDO pode ser RECUSADO PELO OFENSOR.

- PERDÃO JUDICIAL É IMPOSTO, o OFENSOR NÃO PODE RECUSAR.

*Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado
a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de
que o seu silêncio importará aceitação.

OBS: Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade.

*O PERDÃO concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza,


todavia, efeito em relação ao que o recusar.

*O PERDÃO poderá ser aceito por procurador com poderes especiais.

 E OLHA A BANCA CESPE AÍ NA ÁREA MINHA GENTE!

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE / CEBRASPE - 2019 -
TJ-BA - Juiz Leigo)

“O perdão do ofendido somente opera os seus efeitos com a anuência do querelado.” E AÍ?!
ESSA VOCÊS NÃO VÃO MAIS ERRAR! O GABARITO É ASSERTIVA CORRETA!

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 171

EFEITOS DA CONDENAÇÃO NOS CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE

*São efeitos da condenação:

I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo


o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele
sofridos;

II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período


de 1 (um) a 5 (cinco) anos; (este efeito está condicionado à ocorrência de
reincidência em crime de abuso de autoridade e não é automático, devendo
ser declarado motivadamente na sentença)

III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. (este efeito está


condicionado à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade
e não é automático, devendo ser declarado

DICA 172

*As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas


na LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE são:

I - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS à comunidade ou a entidades públicas;

II - SUSPENSÃO do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1


(um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens.

ATENÇÃO! As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou


cumulativamente.

DICA 173

ABUSO DE AUTORIDADE (Lei nº 13.869/2019)

ATENÇÃO!

As responsabilidades CIVIL E ADMINISTRATIVA SÃO INDEPENDENTES da criminal,


não se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando
essas questões tenham sido decididas no juízo criminal.

DICA 174

ABUSO DE AUTORIDADE (Lei nº 13.869/2019)

FIQUE ESPERTO!

FAZ COISA JULGADA EM ÂMBITO CÍVEL, ASSIM COMO NO ADMINISTRATIVO-


DISCIPLINAR, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de

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necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no


exercício regular de direito.

DICA 175

Segundo a Lei 13.869 de 2019, o agente público que decretar medida de privação da
liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais comete CRIME
DE ABUSO DE AUTORIDADE.

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, E multa.

ATENÇÃO! Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo


razoável, deixar de:

I - relaxar a prisão manifestamente ilegal;

II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder


liberdade provisória, quando manifestamente cabível;

III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente


cabível.

DICA 176

Consoante a Lei 13.869 de 2019, o agente que invadir ou adentrar, clandestina ou


astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas
dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação
judicial ou fora das condições estabelecidas em lei, comete CRIME DE ABUSO DE
AUTORIDADE.

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, E multa.

ATENÇÃO! Incorre na mesma pena:

I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a


imóvel ou suas dependências;

II - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma


horas) ou antes das 5h (cinco horas).

ATENÇÃO2! NÃO HAVERÁ CRIME se o ingresso for para prestar socorro, ou quando
houver fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de
situação de flagrante delito ou de desastre.

DICA 177

Comete CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE:

Submeter o preso a interrogatório policial DURANTE O PERÍODO DE REPOUSO


NOTURNO, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente
assistido, consentir em prestar declarações:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, E multa.

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DICA 178

Comete CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE:

Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição


hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha
ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua
apuração:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, E multa, além da pena


correspondente à violência.

DICA 179

CRIMES DE TORTURA (LEI Nº 9.455/1997)

LEMBRAR QUE ... A CF/88 estabelece que o crime de tortura é inafiançável e


insuscetível de graça ou anistia, porém não é imprescritível.

* Assim também estabelece o § 6º da referida lei: O crime de tortura é inafiançável e


insuscetível de graça ou anistia.

DICA 180

Constitui CRIME DE TORTURA:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-


lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de


terceira pessoa; (TORTURA-PROVA  crime comum)

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; (TORTURA-CRIME 


crime comum)

c) em razão de discriminação racial ou religiosa; (TORTURA-RACISMO OU


DISCRIMINATÓRIA  crime comum)

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de


violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar
castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. (TORTURA-CASTIGO  crime
próprio, pois só é cometido por quem está com a guarda, poder ou autoridade
sobre a vítima)

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida


de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não
previsto em lei ou não resultante de medida legal.

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-
las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. (TORTURA-
OMISSÃO)

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§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de


reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis
anos. (TORTURA QUALIFICADA)

 NÃO CAIR NA PEGADINHA!!! A LESÃO CORPORAL LEVE NÃO QUALIFICA A


TORTUTA!

 E TEM QUESTÃO CESPE NA ÁREA!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF
- Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 2ª Prova)

... Se um policial rodoviário federal, com o objetivo de obter confissão de uma pessoa
que tenha sido flagrada cometendo infração, praticar intencionalmente algum ato para
causar sofrimento mental a essa pessoa, essa conduta poderá ser caracterizada como
tortura.” PELA DICA VOCÊS JÁ GABARITAM A QUESTÃO... RACIOCINAR E
ACERTAR... ESTÁ CERTO, analisem o art. 1º, inc. I, “a”, da lei em questão (que está
logo acima).

DICA 181

No CRIME DE TORTURA:

AUMENTA-SE a pena de um sexto até um terço:

I - se o crime é cometido por agente público;

II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,


adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;

III - se o crime é cometido mediante seqüestro.

 Quanto ao AGENTE PÚBLICO, a condenação acarretará a perda do cargo, função ou


emprego público e a interdição para seu exercício pelo DOBRO DO PRAZO DA PENA
APLICADA.

 E TEM QUESTÃO CESPE NA ÁREA!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista
Judiciário – Judiciária)

“A condenação pela prática de crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou


emprego público e a interdição para o seu exercício por prazo igual ao da pena aplicada.” E
AÍ GALERA? ERRADOOOO! Não é por prazo igual ao da pena aplicada, LEIAM
ACIMA: pelo DOBRO DO PRAZO DA PENA APLICADA.

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VAMOS DE MACETE UM TANTO QUE HILÁRIO (constrangedor...)?! ... Quando “fulano”


tortura alguém fisicamente, apenas lembrem-se que: O TORTURADOR DOBRA O
“CARA” DE “PORRADA”.

DICA 182

O condenado por crime previsto na Lei de Tortura, salvo na hipótese de tortura-


omissão, INICIARÁ O CUMPRIMENTO DA PENA EM REGIME FECHADO.

DICA 183

O disposto na Lei de Tortura aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido
em território nacional, sendo:

 A vítima brasileira ou;

 Encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

DICA 184

LEI Nº. 11.343/06 (DROGAS) – inclusões trazidas pelo pacote anticrime

Art. 28. Quem ADQUIRIR, GUARDAR, TIVER EM DEPÓSITO, TRANSPORTAR OU


TROUXER CONSIGO, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

I - ADVERTÊNCIA sobre os efeitos das drogas;

II – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE; (prazo máximo aplicação


da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência).

III - MEDIDA EDUCATIVA de comparecimento a programa ou curso educativo.


(prazo máximo aplicação da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência).

***PRESCRIÇÃO: 2 ANOS (imposição e execução das penas), aplicando-se as


causas de interrupção previstas no CP.

***AGENTE QUE SE RECUSA INJUSTIFICADAMENTE A CUMPRIR AS


MEDIDAS DO ART. 28: o juiz PODE submetê-lo, sucessivamente, a admoestação
verbal e multa.

§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal,


SEMEIA, CULTIVA OU COLHE PLANTAS destinadas à preparação de pequena
quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz


atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições
em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à
conduta e aos antecedentes do agente.

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DICA 185

ATENÇÃO! O STF possui o entendimento que o art. 28 da Lei de Drogas DESPENALIZOU


a posse de drogas para uso pessoal. Contudo, as condutas previstas no dispositivo não
deixaram de ser criminosas. (Recurso Extraordinário 430.105-9-RJ)

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DIREITOS HUMANOS

DICA 186

Os TRATADOS INTERNACIONAIS podem assumir diferentes posições, perante a


organização hierárquica das normas no direito brasileiro. Após importante evolução
doutrinária, a legislação constitucional e, posteriormente, a jurisprudência conferiram
tratamento diferenciado aos tratados internacionais de direitos humanos.
Conforme atual posicionamento do STF:

• tratados internacionais de Direitos Humanos aprovados com quórum de emenda


constitucional: possuem status de emenda constitucional, no mesmo patamar
hierárquico da Constituição Federal;

• tratados internacionais de Direitos Humanos aprovados com quórum de norma


infraconstitucionais: possuem status de norma supralegal, em ponto intermediário,
acima das leis, abaixo da Constituição Federal.

• demais tratados internacionais, independentemente do quórum de aprovação:


possuem status de norma infraconstitucional.

DICA 187

SÚMULA VINCULANTE 11

Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou


de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil
e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se
refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

DICA 188

Art.5º, § 3º, da Constituição Federal

Os tratados, as convenções e os atos internacionais de direitos humanos tratam de


matéria típica da Constituição, sendo, portanto, materialmente constitucionais,
independente do rito de aprovação e internalização ao ordenamento jurídico
brasileiro.

No entanto, um tratado, uma convenção ou um ato internacional sobre direitos humanos


para ser formalmente constitucional precisa passar pelo rito previsto no art.5º, § 3º, da
CF/88, que assim dispõe: “os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais”.

DICA 189

A posição atual do STF é no sentido de que os tratados e as convenções internacionais


sobre os direitos humanos são incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro com
natureza jurídica de norma SUPRALEGAL, podendo possuir STATUS de normas

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equivalentes às emendas constitucionais se forem aprovados pelo rito previsto no art. 5º,
§ 3º, da CF/88.

Sendo assim, os Tratados e Convenções Internacionais sobre Direitos Humanos que forem
aprovados pelo rito do art. 5º, § 3º, da CF/88, passam a fazer parte do denominado
BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE (pelo conceito de bloco de constitucionalidade
inserem-se normas que não estão necessariamente expressas no texto constitucional, mas
que funcionam como parâmetro para a realização do controle de constitucionalidade).

DICA 190

Súmula Vinculante 25

É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.

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