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Memorex TJ PA - Rodada 03 – Auxiliar

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..............................................................................................4


ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO.............................................................................. 10
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E PODER JUDICIÁRIO .................................... 13
LEGISLAÇÃO ............................................................................................................... 18
DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA .................................................. 22
DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................ 24
DIREITO CONSTITUCIONAL................................................................................. 30
DIREITO CIVIL .......................................................................................................... 35
DIREITO PROCESSUAL CIVIL .............................................................................. 39
DIREITO PENAL......................................................................................................... 43
DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................................................ 46

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01

RECURSOS ARGUMENTATIVOS - ARGUMENTO DE AUTORIDADE

* É construído com base em uma AFIRMAÇÃO DE SABER NOTÓRIO, de conhecimento


público.

* É uma forma de GARANTIR A CREDIBILIDADE DA AUTORIDADE citada no texto.


DICA 02

RECURSOS ARGUMENTATIVOS – ARGUMENTO DE CONSENSO

NÃO PRECISA DE PROVAS, pois seu conteúdo é aceito como verdade dentro de um grupo
ou espaço sociocultural.

DICA 03

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:

* Comece sempre pelo COMANDO DA QUESTÃO.


* NUNCA LEIA O TEXTO SEM ANTES VER O QUE A QUESTÃO PEDE .
* Na leitura atente-se no que foi pedido e tente extrair o máximo da parte do texto que
foi pedido na questão.

DICA 04

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:
* Volte ao texto sempre que necessário, NUNCA DEDUZA SEM TER A INFORMAÇÃO NO
TEXTO, evite opiniões pessoais, se atente apenas nas informações que o texto passa.
Porém sempre com uma leitura dirigida.

* Tente ver nas RESPOSTAS DE OUTRAS QUESTÕES que dizem a mesma coisa (com
palavras diferentes). Veja SE BATE COM O QUE VOCÊ ACHA COMO CORRETO.

DICA 05

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
IDENTIFICAR CONFORME A LEITURA: uma relação de esclarecimento, se existe uma
IDEIA DE RESUMO, EXPLICAÇÃO, EXEMPLIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO, ENUMERAÇÃO,
OPOSIÇÃO OU CONCLUSÃO.

Se a questão pedir o TEMA OU IDEIA CENTRAL (principal): deve-se EXAMINAR COM


ATENÇÃO A INTRODUÇÃO E/OU CONCLUSÃO, pois nesses que contará a informação.
DICA 06

DIFERENCIAÇÃO ENTRE:

COMPREENSÃO: Significado de Algo. Modo concreto. Está no texto de modo explícito.


INTERPRETAÇÃO: Algo subentendido de modo lógico. De forma implícita.

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DICA 07

COESÃO X MANUTENÇÃO DO SENTIDO

COESÃO: LÓGICA DO TEXTO + AUSÊNCIA DE CONTRADIÇÃO + TEXTO ORGANIZADO =


CONSEGUIR LER CLARAMENTO E ENTENDER TUDO.

MANUTENÇÃO DO SENTIDO: SENTIDO SEMÃNTICO DOS REFERENTES, AÇÕES DOS


VERBOS INALTERADOS.

ATENÇÃO PARA ESSA PEGADINHA!


Seria mantida a COERÊNCIA do texto se o trecho “a partir das” fosse substituído ou
por “com base nas” ou por “desde as”, embora essas duas expressões tenham
sentidos distintos.

Analise-se como ficariam as frases:

- Frise-se que foi a partir das formulações de Cícero que a compreensão de dignidade ficou
desvinculada da posição social.
- Frise-se que foi com base nas formulações de Cícero que a compreensão de dignidade
ficou desvinculada da posição social.

- Frise-se que foi desde as formulações de Cícero que a compreensão de dignidade ficou
desvinculada da posição social.

MANTEVE-SE A COERÊNCIA, POIS É POSSÍVEL COMPREENDER CLARAMENTE AS


FRASES. E A QUESTÃO PERGUNTOU APENAS SE SERIA MANTIDA A COERÊNCIA!
FIQUE LIGADO/A SEMPRE NO ENUNCIADO! SE O ENUNCIADO TROUXESSE O
ARGUMENTO DE ALTERAÇÃO DE SENTIDO E COERÊNCIA, AÍ SIM, A ASSERTIVA
ESTARIA ERRADA!
DICA 08

⇨ Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição.

⇨ Sentido do texto/Semântica: Significado das palavras.

⇨ Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como


substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral,
conjunção, interjeição.

⇨ Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração, período.
Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento nominal.

DICA 09

- SINONÍMIA → PALAVRAS DIFERENTES + SIGNIFICADOS IDÊNTICOS OU


APROXIMADOS. Ex.: casa/lar; prédio/edifício; aguardar/esperar.

- ANTONÍMIA → PALAVRAS COM SENTIDOS OPOSTOS. Ex.: Clara ≠ escuro; doce ≠


amargo.
DICA 10

HOMONÍMIA

→ consiste em palavras que possuem o mesmo som e/ou mesma grafia.

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→ divide-se em:

- Homófonas: palavras que possuem a mesma pronúncia.

- Homógrafas: palavras que possuem a mesma grafia.

*Homógrafas heterofônicas: mesma grafia e pronúncia diferente:

Ex.: DESTE (PRONOME) X DESTE (VERBO)

*Homófonas heterográficas: Na língua oral, necessitam estar contextualizadas:

Ex.: HÁ (VERBO) x a (preposição/artigo)

*Homônimos perfeitos: palavras parecidas na grafia e no som, PORÉM COM


SIGNIFICADOS DIFERENTES.

Ex.: MANGA!
Eu amo manga (fruta)

A manga da blusa está molhada (parte da roupa)

Ex.2: caminho → substantivo / caminho → verbo


Ex.3: cedo → verbo / cedo → advérbio

DICA 11

CONCORDÂNCIA VERBAL

O (pronome demonstrativo, podendo ser substituído por “ISSO”) + QUE


As mulheres tiveram várias conquistas ao longo da vida, o (pronome demonstrativo, como
se fosse ISSO) QUE as deixaram mais preparadas. → ERRADA

As mulheres tiveram várias conquistas ao longo da vida, o (ISSO) QUE as DEIXOU mais
preparadas. → CORRETA

ISSO= o fato de terem tido várias conquistas.

DICA 12

VERBO HAVER – SENTIDO EXISTENCIAL


Ex.:

Coisas novas precisam HAVER para que ela se decidisse. → ERRADA

Coisas novas PRECISAVA HAVER para que ela se decidisse → CORRETA

objeto. direito oração sem sujeito

OBS.: HAVER→ sentido existencial, verbo sempre fica sempre na 3 a pessoa do singular e
contamina os verbos auxiliares. Então a impessoalidade do verbo impessoal principal
é transmitida aos verbos auxiliares.
OBS. 2: Toda vez que o HAVER é existencial é caso de oração sem sujeito.

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DICA 13

“SE” – PARTÍCULA APASSIVADORA

Não SE espera de uma mãe decisões diferentes dessas. → ERRADA

PA VTD SUJEITO PACIENTE no plural

Não se ESPERAM de uma mãe decisões diferentes dessas. → CORRETA


OBS.: Transitividade do verbo espera: quem espera, espera algo → VTD

SE→ PARTICULA APASSIVADORA

Decisões diferentes dessas (SUJEITO PACIENTE) não são esperadas.


DICA 14

“SE” – ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO

Tratam-SE de aspectos literários relevantes. → ERRADA

TRATA-SE de aspectos literários relevantes → CORRETA


OBS.: Transitividade do verbo trata: quem trata, trata de → VTI

SE→ Índice de indeterminação do sujeito → REGRA: o verbo obrigatoriamente fica na


3a pessoa do singular.

DICA 15

Aposto resumitivo → enumeração + pronome indefinido singular → o verbo fica


sempre na 3a pessoa do singular.

EX: Amor, dinheiro, amizade, nada lhe agradava.

pronome indefinido resumindo a enumeração

DICA 16

À MEDIDA QUE X NA MEDIDA EM QUE

*À MEDIDA QUE: locução conjuntiva proporcional, expressa ideia de PROPORÇÃO.


Pode ser substituída por “à proporção que”. Ex.: À medida que nós subirmos,
ficaremos mais cansados, porque o ar é rarefeito.

*NA MEDIDA EM QUE: locução conjuntiva causal – NOÇÕES DE


CAUSA/CONSEQUÊNCIA OU EFEITOS. Pode ser substituída pelas equivalentes
“uma vez que”, “porque”, “visto que”, “já que” e “tendo em vista que”. Ex.: A pesquisa
dever ser feita antes de janeiro na medida em que vamos estar de férias nesse
período.

DICA 17

PERÍODO COMPOSTO
Característica: existência de DOIS VERBOS, dois fatos declarados.

No período composto, a oração principal é um tipo de oração que no período composto


não exerce nenhuma função sintática e tem a si associada uma oração subordinada.

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DICA 18

Período Composto por COORDENAÇÃO (composto por orações INDEPENDENTES):

→Assindéticas: NÃO apresentam conjunção coordenativa.

→Sindéticas: Apresentam conjunção coordenativa, sendo elas:

• Aditivas: relação de SOMA, de ADIÇÃO.


Conjunções coordenativas aditivas: e, nem, não só ..., as também, tanto ... quanto etc.
Ex.: Luiz não estuda (oração coordenada assindética) nem trabalha, (oração
coordenada sindética adititiva).

• Adversativas: relação de ADVERSIDADE, OPOSIÇÃO, CONTRASTE.


Conjunções coordenativas adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no
entanto. Ex.: Luiz não estuda (oração coordenada assindética), mas aprende.
(oração coordenada sindética adversativa)

• Alternativas: relação de ALTERNÂNCIA, ESCOLHA. ATENÇÃO! A alternância


ocorre quando a ocorrência de um fato implicar a não ocorrência de outro.
Conjunções coordenativas alternativas: ou... ou, ora... ora, quer... quer, já... já, seja...
seja. Ex.: Ajude Maria (oração coordenada assindética) ou Deus não o ajudará
(oração coordenada sindética alternativa).

• Explicativas: relação de EXPLICAÇÃO, JUSTIFICATIVA, CONFIRMAÇÃO.


Conjunções coordenativas explicativas: pois (anteposto ao verbo), porque, que. Ex.:
Não fique brava (oração coordenada assindética), pois só você ficará abalada.
(oração coordenada sindética explicativa).

DICA 19

Período Composto por SUBORDINAÇÃO

→ SUBSTANTIVAS: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas


nominais, predicativas, apositivas.

→ ADJETIVAS: restritivas e explicativas.

→ ADVERBIAIS: causais, condicionais, comparativas, conformativas, concessivas,


consecutivas, temporais, proporcionais, finais.

DICA 20

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

- Oração subordinada substantiva subjetiva - OSSS (oração que exerce a função


de sujeito da outra oração)
Ex.: É provável / que ele viaje ainda hoje.

Oração Principal OSSS

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- Oração subordinada substantiva Objetiva Direta - OSSOD (oração que exerce


a função de objeto direto do verbo da oração principal)
Ex.: Desejo / que passe no concurso.

Oração Principal OSSOD

- Oração subordinada substantiva Objetiva Indireta – OSSOI (oração que


exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal)
Ex.: Necessito / de que você me auxilie.

Oração Principal OSSOI


- Oração subordinada substantiva Completiva Nominal – OSSCN (oração que
exerce a função de complemento nominal de um nome da oração principal)
Ex.: Tenho a impressão / de que alguém me segue.

Oração Principal OSSCN

- Oração subordinada substantiva Predicativa – OSSP (oração que exerce a


função de predicativo do sujeito da oração principal, aparece depois do verbo SER,
completando-a)
Ex.: Meu castigo foi / que todos me deixaram.

Oração Principal OSSP

- Oração subordinada substantiva Apositiva – OSSA (oração que exerce a função


sintática de aposto de um nome da oração principal)
Ex.: Contou-me algo horrível: / que havia insetos no banheiro.

Oração Principal OSSA

DICA: A ORAÇÃO APOSITIVA VEM SEPARADA DE SUA PRINCIPAL POR DOIS


PONTOS, VÍRGULA OU TRAVESSÃO.

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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

DICA 21

Princípio da eficiência:

Melhor Desempenho, Melhor Resultado, Excelência nos serviços.

Também se observa sob dois aspectos:

- Espera o melhor desempenho dos agentes públicos nas suas atribuições, visando obter
melhores resultados.

- Quanto ao modo de organizar a Administração Pública.

DICA 22

Princípio da autotutela

Instrumenta a Administração Pública a revisar seus próprios atos, realizando o controle sob
2 aspectos:

1) De LEGALIDADE – a Administração Pública, de ofício ou provocada, pode ANULAR os


seus atos ilegais;

2) De MÉRITO – pelo qual a administração REVOGA os atos considerados inoportunos ou


inconvenientes.

IMPORTANTE: PRINCÍPIOS DECORRENTES DA AUTOTUTELA

STF - Súmula 346: “A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios
atos.”

STF - Súmula 473: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.”

DICA 23

ATENÇÃO! Não confundir TUTELA com AUTOTUTELA!

- TUTELA: se refere ao controle finalístico, fiscalização.

- AUTOTUTELA: é a capacidade de a Administração Pública revisar seus próprios atos.

DICA 24

PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Os serviços públicos devem ser OFERTADOS de MANEIRA ADEQUADA e


CONTINUAMENTE, ou seja, NÃO PODEM SOFRER INTERRUPÇÕES.

GREVE:

Embora haja a previsão na Constituição, ela é uma norma de EFICÁCIA LIMITADA, pois
ainda não existe uma lei que a regule. Entretanto, o STF ordenou que se aplique
subsidiariamente a Lei 7.783/89 que dispõe sobre o exercício do direito de greve do setor
privado.

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DICA 25

PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE

- O princípio da RAZOABILIDADE tem por OBJETIVO aferir a COMPATIBILIDADE entre


os MEIOS empregados e os FINS alcançados para a prática de um ato administrativo.

- O princípio da PROPORCIONALIDADE IMPEDE que a ADMINISTRAÇÃO RESTRINJA


os DIREITOS do PARTICULAR ALÉM DO que CABERIA.

DICA 26

SÚMULA VINCULANTE NO 13 DO STF:

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por


afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.”

Mas ATENÇÃO:

Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal não considera prática de nepotismo a
nomeação de parentes para cargos políticos (Secretário de Estado, Ministro, presidente
de autarquia, etc). Desse modo, segundo a Corte Suprema, não há ofensa aos princípios
que regem a administração pública em razão de natureza eminentemente política (RCL
6650 - PR, divulgado no Informativo STF 524).

DICA 27

Lei nº 8.429/1992

ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: o rol de condutas tipificadas na Lei nº


8429/1992 é exemplificativo e não taxativo. São eles os que:

- Que importem ENRIQUECIMENTO ILÍCITO: Auferir qualquer tipo de vantagem


patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou
atividade

- Que cause PREJUÍZO AO ERÁRIO: Ocorre quando simplesmente o ato causou danos
aos cofres públicos, ou seja, o agente não ganhou nada, apenas a administração
pública perdeu. Este ato pode ser uma ação ou omissão, que por sua vez pode ser
culposa ou dolosa.

- Que atentam CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Qualquer


ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e
lealdade às instituições

- Qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou


tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº
116/03.

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DICA 28

Lei nº 8.429/1992

ENRIQUECIMENTO ILÍCITO: perceba a utilização de verbos, “obter”, “perceber”,


“receber”, “adquirir”, “aceitar”, “utilizar” (em obra ou serviço particular).

Todos estes são verbos que representam o enriquecimento ilícito, bastando os


mesmos representarem utilização de bens públicos, prerrogativas inerentes aos
cargos ou aceite de cargos ou benefícios, para si ou para outrem.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E PODER JUDICIÁRIO

DICA 29

O BSC tem como principal objetivo alinhar o planejamento estratégico da organização


com as suas atividades operacionais.

É capaz de transformar a visão, a missão e a estratégia organizacionais em


objetivos e medidas, que são organizadas através de indicadores. Para tal, é preciso
tomar algumas providências para chegar a um procedimento bem-sucedido: esclarecer e
traduzir a visão e a estratégia; planejar, estabelecer metas e alinhar as iniciativas
estratégicas; melhorar o feedback e o aprendizado estratégico; e comunicar e associar
objetivos e medidas estratégicas.

DICA 30

1 - Eficiência:

→ é utilizar os recursos disponíveis da forma adequada;


→ é a maneira como se faz algo para atingir um objetivo.

2 - Eficácia:

→ é fazer a coisa certa;


→ é realmente atingir o objetivo traçado;
→ não tem relação com a utilização de recursos.

3 - Efetividade:

→ é o impacto das ações;


→ é a alteração da realidade.

DICA 31

Perspectivas do BSC

Financeira - Permite avaliar a lucratividade da empresa, além de mensurar resultados que


o negócio proporciona e necessita para o seu crescimento e para a satisfação dos acionistas.

Clientes - Identifica segmentos de clientes e de mercado, avalia como o cliente vê a


organização e como melhorar o atendimento e o serviço a ser prestado.

Processos Internos - Refere-se ao ponto de vista das pessoas que executam o trabalho.
São identificados os processos internos críticos nos quais a empresa deve buscar a
excelência.

Aprendizado e Crescimento - Permite avaliar a estrutura da organização na busca pela


melhoria contínua, sendo a base para a obtenção dos objetivos das outras perspectivas.
Abrange os ativos intangíveis.

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DICA 32

Os indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e


avaliação das organizações, assim como seus projetos, programas e políticas, pois
permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melhorias de qualidade,
correção de problemas, necessidades de mudança etc.

As funções básicas dos indicadores são: descrever por meio da geração de informações
o estado real dos acontecimentos e o seu comportamento e segunda é de caráter
valorativo que consiste em analisar as informações presentes com base nas anteriores de
forma a realizar proposições valorativas. Os indicadores podem ser quantitativos ou
qualitativos.

DICA 33

O indicador de eficiência se refere à relação entre recursos consumidos e produtos


gerados, mantidos os padrões de qualidade. Os impactos que o produto ou processo
causam na organização são verificados pelos indicadores de efetividade.

DICA 34

Tipos de Indicadores

Estratégicos - Permitem quantificar o direcionamento da organização para a sua visão.


Refletem o desempenho organizacional, desdobra as metas.

de Qualidade - Medem a efetividade dos produtos ou serviços, a partir da percepção do


cliente/usuário.

de Capacidade - Mede a capacidade de resposta de um processo organizacional através


da relação entre o que é produzido e o tempo gasto. Relacionado à eficácia.

de Produtividade - Permite mensurar a proporção entre os recursos consumidos na


produção e o que é de fato produzido. Está relacionado com a eficiência.

DICA 35

Uma das vantagens trazidas pelo emprego do balanced scorecard é a possibilidade de se


alinharem os objetivos individuais com os objetivos estratégicos da organização.

DICA 36

As seis categorias básicas de indicadores de desempenho do modelo do GESPUBLICA


são:

I. Eficiência é a relação entre os produtos e serviços gerados com os insumos utilizados,


relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma
de custos ou produtividade.

II. Eficácia é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário

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III. Efetividade está vinculada ao grau de satisfação, ou ainda ao valor agregado, à


transformação produzida no contexto em geral. Está relacionada com a missão da instituição
e pode ser encontrada na dimensão estratégica do PPA.

IV. Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor
ônus possível, dentro dos requisitos e das quantidades exigidas pelo input, gerindo
adequadamente os recursos financeiros e físicos.

V. Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade para a realização dos


processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade, sendo um
elemento transversal.

VI- Execução refere-se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme
estabelecidos. Indicadores de execução podem ser encontrados no monitoramento das
ações do PPA;

DICA 37

Kaplan e Norton definiram que são três os papéis críticos no processo de construção e
implementação do BSC:

- O ARQUITETO precisa ser um líder na organização, capaz de orientar e educar a equipe


executiva na tradução da estratégia em objetivos e medidas específicas, sendo responsável
ainda pelo processo de estruturação inicial do Balanced Scorecard e incorporação do
scorecard ao sistema gerencial. Ele precisa traduzir opiniões subjetivas e genéricas
sobre as estratégias e intenções em objetivos explícitos e mensuráveis.

- O AGENTE DE MUDANÇAS é o segundo papel crítico da gerência de transição, pois eles


irão inserir o scorecard aos processos de gerenciamentos atuais. Este se reporta
diretamente ao executivo principal, porque trabalhará como staff no desenvolvimento do
novo sistema gerencial.

- O COMUNICADOR é o terceiro papel crítico, e tem a responsabilidade de compreender,


aderir e apoiar todos os membros da organização, do nível hierárquico mais elevado,
chegando até aos funcionários de linha de frente.

DICA 38

Os componentes básicos de um indicador são:

→ Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características,


resultados e consequências dos produtos, processos ou sistemas;

→ Fórmula: padrão matemático que expressa à forma de realização do cálculo;

→ Índice (número): valor de um indicador em determinado momento;

→ Padrão de comparação: índice arbitrário e aceitável para uma avaliação comparativa


de padrão de cumprimento; e

→ Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de


comparação a ser alcançado durante certo período.

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DICA 39

A avaliação 360 graus é uma forma contemporânea de avaliação que está diretamente
ligada à visão estratégica, em que a preocupação é com o desempenho e o atendimento
das necessidades dos stakeholders (agentes relacionados com a organização).

Nesse método, o avaliado recebe feedbacks (retornos) de todas as pessoas com quem se
relaciona e, nesse caso, o critério para escolha dos avaliadores é a proximidade com o
avaliado.

PRINCIPAIS AVALIADORES, QUEM AVALIA?

- Gestor;
- Colegas;
- Cliente;
- Fornecedor;
- Subordinados; e
- Autoavaliação.

DICA 40

A descentralização tem como escopo justamente a busca pela maior eficiência. A


administração se descentraliza se dividindo entre pessoas administrativas que possuirão
uma maior especialidade em sua área de atuação.

O foco nos resultados deriva da transição da administração, de modelo burocrático (foco


nos meios, nos procedimentos) para um modelo gerencial (foco nos resultados),
visando assim a melhor realização de suas atividades. Tal mudança é evidente com a
reforma administrativa proporcionada pela EC 19/98.

DICA 41

Uma das ferramentas mais importante para o desenvolvimento dos servidores é o


feedback.

Um dos papéis do feedback é informar o servidor sobre seu desempenho, conduta ou


resultado. Nesse sentido, suas ações devem estar pautadas nas diretrizes do órgão em
que esteja lotado.

Assim, o objetivo, portanto, é ajudar o servidor a melhorar seu desempenho apontando-


se os pontos que precisam ser aprimorados ou gerar uma mudança de comportamento que
nem sempre é percebido como inadequado pelo servidor, deixando claro o que o órgão
espera dele, servindo como uma bússola.

DICA 42

Ciclo PDCA:

P- (Plan- planejar): definir e estabelecer as metas- para manter ou melhorar- e métodos,


para alcançar as metas (itens de controle do processo);

D (Do- execultar): tomar a iniciativa, educar e treinar (capacitar) e fazer conforme o


planejado, registrando as informações;

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C (check- verificar): monitorar e medir a execução (a partir dos registros) dos processos
e produtos em relação às políticas, objetivos e requisitos e realizar os registros dos
resultados;

A (Action- agir): tomar ações corretivas (ou de melhoria), para resultados não alcançados,
ou reforçar os aspectos corretos da medida.

DICA 43

O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Gráfico Espinha de Peixe


(fishbone), diagrama de causa e efeito, método 4M ou 6M, é uma ferramenta muito
útil para que se possam visualizar as várias causas que levam a um efeito, de maneira
hierárquica, em função dos grupos de causas estabelecidos previamente ou observados
durante o processo de classificação.

Para cada efeito podem existir diversas causas dentro de várias categorias, como método,
mão de obra, matéria-prima, máquinas(4M), mensuração e meio ambiente(6M).

Com isso, é possível ampliar a visão das possíveis causas de um problema para que se
possa pensar sobre sua resolução.

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LEGISLAÇÃO

DICA 44

Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Ao Tribunal cabe o tratamento de "Egrégio", seus integrantes têm o título de


“Desembargador”, recebem o tratamento de "Excelência" e usarão, nas sessões
públicas, vestes talares.

DICA 45

Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

O Tribunal de Justiça:
* é órgão supremo do Poder Judiciário do Estado.

* tem por sede a cidade de Belém e jurisdição em todo o Estado do Pará.

* é composto de 30 (trinta) Desembargadores.

* dependerá de iniciativa do Tribunal Pleno o aumento do número de


Desembargadores, o que somente será possível, quando ocorrerem os pressupostos
constitucionais, cumpridas as normas infraconstitucionais vigentes.

DICA 46

Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

O Tribunal de Justiça:

* possui 8 órgãos de julgamento, que são:

1. Tribunal Pleno;
2. Conselho de Magistratura;
3. Seção de Direito Público;
4. Seção de Direito Privado;
5. Seção de Direito Penal;
6. Turmas de Direito Público;
7. Turmas de Direito Privado;
8. Turmas de Direito Penal.

DICA 47

Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

PROVIMENTO DO CARGO DE DESEMBARGADOR:

O cargo de Desembargador será provido mediante acesso de Juízes de Direito de


última entrância, pelos critérios de merecimento e de antiguidade, alternadamente.

Ressalva: 1/5 dos lugares reservados a advogados e membros do Ministério Público,


na forma prevista nas Constituições Federal e Estadual e normas vigentes.

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Se o preenchimento da vaga couber a Juiz de Direito será fixado o acesso ao Tribunal


de Justiça, e, em sessão pública, mediante votação nominal, aberta e fundamentada,
será feita a indicação, no caso de antiguidade, ou organizada lista tríplice, no caso de
merecimento.

A promoção deverá ser realizada até 40 (quarenta) dias da abertura da vaga, cuja
declaração se fará nos 10 (dez) dias subsequentes ao fato da vacância.

O prazo para abertura da vaga poderá ser prorrogado uma única vez, por igual
período, mediante justificativa fundamentada da Presidência do Tribunal.

DICA 48

Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

No caso de antiguidade, apurada na última entrância, o Tribunal, em sessão aberta e


pública, resolverá, preliminarmente, se deve ser indicado o Juiz mais antigo.

Este Juiz mais antigo somente pode ser recusado pelo voto fundamentado de dois
terços (2/3) de seus membros, conforme procedimento próprio, assegurada ampla
defesa e repetindo-se a votação em relação ao imediato, e assim por diante, até fixar-se a
indicação.

Tal procedimento correrá em segredo de justiça e os votos de recusa serão tomados


em autos apartados, com um prazo de 15 (quinze) dias para a defesa, devendo o
processo ser distribuído a um relator e julgado pela maioria absoluta do Tribunal
Pleno.

Se houver empate na antiguidade relativa à ultima entrância, terá preferência o juiz


mais antigo na carreira.

DICA 49

Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Procedimento quando se trata de vaga a ser preenchida por membro do Ministério


Público ou da Ordem dos Advogados do Brasil:

O Tribunal Pleno formará a lista tríplice mediante a escolha, em escrutínio aberto


por maioria absoluta, dos indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.

DICA 50

Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

POSSE DOS DESEMBARGADORES:

* O prazo para a posse é de 30 (trinta) dias, contados da data da publicação do ato de


nomeação no Diário da Justiça, podendo ser prorrogado, por igual período, pelo
Presidente do Tribunal.

* Se o nomeado estiver em férias ou em licença, o prazo será contado do dia do seu


retorno ao serviço.

* Se a posse não se verificar no prazo, a nomeação será tornada sem efeito.

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* Ocorrendo vacância, quinze dias após esta, qualquer Desembargador, observada


a antiguidade, poderá solicitar a transferência para a vaga.

DICA 51

Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

ELEIÇÃO DO PRESIDENTE, DO VICE-PRESIDENTE, DOS CORREGEDORES DE


JUSTIÇA E DO CONSELHO DE MAGISTRATURA:

A eleição realizar-se-á em sessão do Tribunal Pleno, em até 60 (sessenta) dias, no


mínimo, antes do término do mandato.

Considerar-se-ão eleitos Presidente, Vice-Presidente, Corregedores de Justiça e membros


do Conselho de Magistratura os Desembargadores que, nos respectivos escrutínios,
obtiverem a maioria absoluta dos votos dos presentes.

Se nenhum dos Desembargadores obtiver essa maioria:proceder-se-á a um segundo


escrutínio entre os 2 (dois) mais votados, e, em caso de empate, considerar-se-á
eleito o que for mais antigo dentre eles no Tribunal.

Mandato de 2 (dois) anos, vedada a reeleição para o mesmo cargo.

Salvo motivo de força maior, tomarão posse no primeiro dia útil do mês de fevereiro.

DICA 52

Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

DIFERENÇA ENTRE A VACÂNCIA DOS CARGOS DE DIREÇÃO POR BIÊNIO:

Vagando quaisquer dos cargos de Presidente, Vice, Corregedores de


Justiça e Conselho de Magistratura

No curso da primeira No segundo ano do biênio:


metade do biênio:

nova eleição do sucessor, no o cargo vago será


prazo de 15 dias. provido pelo membro mais
antigo do Tribunal.
(a contar da declaração
de vacância pelo Tribunal Pleno)

DICA 53

Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Na elaboração da lista de advogados para integrar o Tribunal Regional Eleitoral:

*cada Desembargador votará em 6 (seis) nomes, considerando-se eleitos os que


tiverem obtido a maioria absoluta de votos dos presentes.

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*Sendo necessário um segundo escrutínio, concorrerão os nomes remanescentes mais


votados em número não superior ao dobro dos lugares a preencher.

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DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

DICA 54

A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe


multiprofissional e interdisciplinar e considerará:

→ os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;


→ os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
→ a limitação no desempenho de atividades; e
→ a restrição de participação.

DICA 55

Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.

DICA 56

A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação,


exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante,
considerando especialmente vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso,
com deficiência.

DICA 57

No exercício de suas funções, os juízes e os tribunais tiverem conhecimento de fatos que


caracterizem as violações previstas nesta Lei, devem remeter peças ao Ministério
Público para as providências cabíveis.

DICA 58

A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional


inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a
alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas,
sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de
aprendizagem.

DICA 59

É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação


de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência,
negligência e discriminação.

DICA 60

Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos oferecidos pelas
instituições de ensino superior e de educação profissional e tecnológica, públicas e
privadas, devem ser adotadas as seguintes medidas:

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- atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas dependências das


Instituições de Ensino Superior (IES) e nos serviços;

- disponibilização de formulário de inscrição de exames com campos específicos


para que o candidato com deficiência informe os recursos de acessibilidade e de tecnologia
assistiva necessários para sua participação;

- disponibilização de provas em formatos acessíveis para atendimento às


necessidades específicas do candidato com deficiência;

- disponibilização de recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados,


previamente solicitados e escolhidos pelo candidato com deficiência;

- dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo candidato com deficiência, tanto
na realização de exame para seleção quanto nas atividades acadêmicas, mediante prévia
solicitação e comprovação da necessidade;

- adoção de critérios de avaliação das provas escritas, discursivas ou de redação


que considerem a singularidade linguística da pessoa com deficiência, no domínio da
modalidade escrita da língua portuguesa;

- tradução completa do edital e de suas retificações em Libras.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

Quanto à iniciativa o controle é classificado em controle de ofício (ex ofício) ou


provocado.

O controle de ofício é realizado quando a Administração Pública atua de forma


espontânea, sem provocação de nenhum agente estranho ao seu corpo funcional. Um
exemplo disso ocorre quando é anulado um ato que se verificou ser ilegal.

No controle provocado algum agente externo à Administração provoca (questiona,


solicita, denuncia, representa) a atuação Estado para que alguma situação seja tratada. A
denúncia de um cidadão ao Ministério Público de que está ocorrendo desvio de recursos
públicos é um exemplo de tal controle.

DICA 62

Controle do Judiciário e Ministério Público

Foram criados na PEC 45/05 o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do


Ministério Público. Tais conselhos realizam o controle administrativo, financeiro e
disciplinar do Poder Judiciário e do Ministério Público. A diferença é que o primeiro é
órgão do próprio Poder Judiciário e por isso mesmo realiza controle interno. Já o Conselho
Nacional do Ministério Público está localizado fora da estrutura do MP e por isso realiza
controle externo. É importante ressaltar que nenhum dos dois órgãos realiza controle
das atividades típicas (julgamento) do Poder Judiciário.

DICA 63

Recurso de Ofício

Em certas situações a autoridade que julgou determinada questão é obrigada a remeter


(encaminhar) sua própria decisão a uma autoridade/ órgão revisor. Apesar de ser chamado
de recurso de ofício trata-se de uma remessa forçada/ necessária. É preciso que haja
previsão legal para que a autoridade tome tal providência.

DICA 64

Os recursos podem ter efeitos devolutivos ou suspensivos. O recurso devolutivo é aquele


onde a matéria é devolvida (encaminhada) para nova análise. No silêncio da lei os recursos
têm efeitos apenas devolutivos.

Os efeitos suspensivos são aqueles que possibilitam que os efeitos da decisão sejam
suspensos até que a nova decisão seja proferida. Para que um recurso tenha tais
características é necessário expressa previsão legal.

DICA 65

O controle legislativo é realizado pelo Poder Legislativo sobre os atos do Poder Executivo e
do Poder Judiciário, esse último apenas na sua função administrativa – O Legislativo não

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atua sobre os atos típicos do Poder Judiciário. É um controle externo – um Poder


atuando sobre outro Poder.

O controle realizado pelo Legislativo sobre a Administração Pública é aquele definido na


CF/88. Não é legítimo que outros atos infraconstitucionais definam outras formas de
controle além das previstas na Constituição.

O controle legislativo divide-se em controle político e controle financeiro, este último


exercido com o auxílio dos tribunais de contas.

DICA 66

Segundo a CF/88, as comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de


investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus
membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

DICA 67

O STF considerou inconstitucional norma estadual que previa que o julgamento das contas
da Assembleia Legislativa fosse realizado pela própria Assembleia, pois se trataria de uma
usurpação de competência do TCE do estado.

DICA 68

Pela teoria dos poderes implícitos, se determinada competência é atribuída a um órgão,


este passa a ter também os poderes necessários para o exercício dessa competência. Se é
dada a missão, os meios para realizá-la também devem ser concedidos.

DICA 69

Fundos Constitucionais e fiscalização do TCU

Segundo o STF, o papel do TCU com relação aos fundos constitucionais é apenas de
verificar se efetivamente os recursos que deveriam foram destinados para o fundo.
Não cabe ao TCU, mas sim ao ente político recebedor, zelar pela adequada aplicação dos
recursos.

DICA 70

O controle judicial é aquele realizado sobre os atos do Executivo, do Legislativo e do


próprio Judiciário no exercício da função administrativa.

No Brasil vigora o sistema inglês ou de monopólio de jurisdição, onde apenas o Poder


Judiciário pode decidir em caráter definitivo os litígios. Define nossa Constituição que a
lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

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O controle judicial se limita à análise das ações tendo como referência as normas e
princípios vigentes no direito pátrio. Não poderá, entretanto, aferir o mérito administrativo
nos atos discricionários de outros Poderes. Os atos da Administração Pública que o Judiciário
considerar ilegítimos serão por ele sempre anulados e nunca revogados.

DICA 71

A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos estados inclui -se entre as
hipóteses de controle do Poder Legislativo sobre os atos da administração pública.

DICA 72

Os prazos de prescrição das ações punitivas da Administração Pública federal estão previstas
na Lei nº 9.873/99. Segundo o artigo 1º da referida lei:

“Art. 1º Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta
e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em
vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada,
do dia em que tiver cessado.”

Caso o objeto da ação punitiva também constituir crime, serão seguidos os prazos de
prescrição da lei penal.

DICA 73

A multa, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, não


possui a característica da auto executoriedade.

Em relação às multas, há duas situações:

1. A aplicação de uma multa: reflete o atributo da exigibilidade.

2. A cobrança da multa não tem a força da executoriedade, já que é necessária a


utilização dos meios para isso (inclusão em dívida ativa e ação de execução, havendo a
necessidade de participação do Poder Judiciário).

DICA 74

O abuso de poder pode ocorrer tanto por condutas comissivas quanto omissivas e pode
assumir duas formas:

→ Excesso de poder: Se o agente público extrapolar os limites de sua competência, estará


atuando com excesso de poder; e

→ Desvio de poder: Também chamado de desvio de finalidade, ocorre quando o agente


público atua buscando fim diverso do previsto para o ato ou contrário ao interesse público.

Enquanto o excesso de poder está associado ao vício no elemento competência, o desvio de


poder está ligado o vício no elemento finalidade.

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DICA 75

Entende-se por poder disciplinar a capacidade que detém a Administração de verificar


infrações e aplicar penalidades aos agentes e demais pessoas (físicas e jurídicas)
que possuam algum vínculo com ela.

DICA 76

Segundo a doutrina o poder disciplinar possui caráter predominantemente


discricionário. Isso ocorre porque muitas vezes há a determinação legal de que deve ser
aplicada uma penalidade, mas também certa margem de valoração na pena que pode ser
aplicada - por exemplo uma multa que vai de R$ 2.000 até R$ 9.000.

DICA 77

O poder Regulamentar é o poder que detém o chefe do executivo para editar atos
administrativos normativos. Tais atos precisam ter caráter geral e abstrato.
Caso esses regulamentos sejam publicados por outras autoridades, que não os chefes do
executivo, estaríamos diante do poder normativo.

O poder normativo acaba sendo um conceito mais amplo, que engloba a emissão de todos
os atos normativos, menos os originados do chefe do executivo. Quando o ato é de
origem do chefe do executivo estamos diante do poder regulamentar.

DICA 78

Regulamentos Executivos

Também chamados de decretos regulamentares, correspondem aos regulamentos de


caráter geral e abstrato que possibilitem o fiel cumprimento da lei, de acordo com o art.
84, IV da CF/88, abaixo reproduzido:

“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República(...) IV - sancionar, promulgar


e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução;(...)”

DICA 79

Regulamentos Autorizados

Também chamados de regulamentos delegados, são atos normativos expedidos pelos


órgãos e entidades da Administração cuja competência foi delegada pelo Poder Legislativo.

A delegação de competência ocorre por meio do fenômeno de deslegalização, no qual o


Legislador delega, por meio de leis, a atribuição de normatizar certas matérias aos órgãos
e entidades da Administração Pública.

DICA 80

O poder de polícia é a capacidade que detém o Estado de restringir direitos e garantias


individuais em benefício da coletividade, com base no princípio da supremacia do
interesse público.
Em regra, o poder de polícia tem caráter discricionário. Porém há situações em que se
torna vinculado, se a norma que o trata assim definir.

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O exercício do poder de polícia é um dos fatos geradores das taxas (espécie de


tributo).

DICA 81

O poder de polícia originário é exercido pelos órgãos dos entes políticos, ou seja,
pela Administração Pública Direta. Já o poder de polícia derivado é exercido pelas
entidades de direito público da Administração Pública Indireta.

DICA 82

A polícia administrativa atua de forma predominantemente preventiva sobre bens,


direito ou atividades em todas as áreas da Administração Pública reprimindo os ilícitos
administrativos.

Já a polícia judiciária exerce seu poder de forma mais repressiva (apesar de também
atuar preventivamente) sobre pessoas coibindo os chamados ilícitos penais.

O exercício do poder de polícia judiciária é privativo de certos órgãos como a polícia civil,
militar e federal.

DICA 83

Para atingir seus objetivos, o poder de polícia é exercido por meio de três técnicas
diferentes, chamadas também de técnicas de ordenação:

1. Técnica de informação
2. Técnica de condicionamento
3. Técnica sancionatória

Pela técnica de informação, o Poder Público atua exigindo que o cidadão e as empresas
prestem informação sobre si próprios.

Na técnica de condicionamento, o Estado coloca uma série de exigências para que a


pessoa possa exercer sua atividade.

Já na técnica sancionatória, o Poder Público atua punindo, aplicando sanções àqueles que
tenham descumprido alguma exigência, seja ela de prestar informação (técnica de
informação) ou de atender alguma condição (técnica de condicionamento).

DICA 84

O exercício do poder de polícia pode se dar de três formas distintas:

→ Preventiva: disposições genéricas que regulamentam comportamentos (ex.: portarias


ou regulamentos que regulam horários de estabelecimentos em determinada localidade);

→ Repressiva: prática de atos que visam desfazer a situação de desobediência à lei (ex.:
apreensão de revistas pornográficas em exposição em local impróprio); e

→ Fiscalizadora: previne eventuais lesões a normas ou direitos (ex.: vistoria de veículos).

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DICA 85

→ Jurisprudência do STF
Segundo o STF, os Municípios têm competência para exigir dos bancos a instalação de
detectores de metal e vidros a prova de balas. Os mesmos entes são competentes para
regular o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais (Ag Reg 793.441).

→ Jurisprudência do STJ
Segundo o STJ, a competência para fixação do horário bancário de atendimento ao
público é de competência da União (Súmula 19).

DICA 86

Ciclo de Polícia

Segundo a doutrina, a função de polícia é exercida em quatro fases: ordem de polícia,


consentimento de polícia, fiscalização de polícia e sanção de polícia.

1. Ordem de Polícia: É o estabelecimento de normas que obrigam as pessoas a fazer ou


deixar de fazer algo em função do interesse público.

2. Consentimento de polícia: É o ato administrativo que permite ao Poder Público usar


da propriedade privada ou ao particular exercer alguma atividade. Obviamente, nem sempre
o particular precisa de consentimento para realizar uma atividade, o que faz com que essa
fase nem sempre ocorra.

3. Fiscalização de polícia: É o ato de verificar se as ordens de polícia estão sendo


obedecidas e se as atividades para as quais o particular recebeu consentimento estão
regulares.

4. Sanção de polícia: É a efetiva punição, em caso de descumprimento das ordens de


polícia. Obviamente, tal fase só ocorrerá se o particular descumprir a ordem de polícia.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 87

Súmula 704 STF

Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal
a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de
função de um dos denunciados.

DICA 88

Em nosso ordenamento só há dois crimes imprescritíveis: racismo e golpe de estado


(crime de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático).

Tais delitos, embora sejam imprescritíveis e inafiançáveis, não são hediondos.

Imprescritível significa que o Estado nunca perde o direito de punir o criminoso,


mesmo que se passem vários anos.

DICA 89

Segundo o texto constitucional, nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo


a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da
lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido.

DICA 90

PENAS PERMITIDAS (PPP MS)

Privativa ou restritiva de liberdade.


Perda de bens.
Prestação social alternativa.

Multa ($).
Suspensão ou interdição de direitos.

DICA 91

O brasileiro naturalizado pode ser extraditado em duas hipóteses, quais sejam:

- crime comum praticado antes da naturalização;


- envolvimento com o tráfico ilícito de entorpecentes, antes ou depois da naturalização.

DICA 92

Súmula Vinculante 3

Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram -se o contraditório e a


ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

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DICA 93

Súmula 212 STJ

A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por
medida liminar cautelar ou antecipatória.

DICA 94

Sobre o mandado de segurança. Considera-se autoridade coatora aquela que tenha


praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.

DICA 95

CF, Art. 4º - Princípios regentes das relações internacionais da República Federativa do


Brasil:

Mnemônico: IN PANICO SO DECORE

INdependência nacional

Prevalência dos direitos humanos


Autodeterminação dos povos
Não-intervenção
Igualdade entre os Estados
COoperação entre os povos

SOlução pacífica dos conflitos

DEfesa da paz
COncessão de asilo político
REpúdio ao terrorismo e ao racismo

DICA 96

A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural


dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino -americana de
nações.

* MNEMÔNICO = "PESC"

P= POLÍTICA
E= ECONÔMICA
S= SOCIAL
C= CULTURAL

DICA 97

O Regime Político adotado pela República Federativa do Brasil é o Regime Democrático,


também conhecido como Democracia Semidireta, Participativa ou Representativa.
Isso quer dizer o seguinte:

O povo poderá participar da política de seu país da seguinte forma:

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- indiretamente → através do voto, em eleições periódicas, para a escolha de


representantes eleitos, ou;

- diretamente → o povo exerce diretamente o poder político, através do plebiscito,


referendo e da iniciativa popular.

DICA 98

Características dos Direitos Fundamentais

Relatividade - “não existe direito absoluto!”.

Significa que os direitos – todos eles – podem sofrer restrições. Por exemplo, num embate
entre a intimidade da vida privada e a liberdade de expressão, uma delas deverá ceder.

DICA 99

É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à


época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do
concurso público.

DICA 100

O STF decidiu pela constitucionalidade do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n.


13.146/2015), que proibia a cobrança de valores extras e a recusa de vaga. Ou seja,
não pode a instituição de ensino cobrar mensalidade mais cara de um aluno especi al, ainda
que justifique que ele demanda um professor a mais em sala de aula.

E, para evitar qualquer tipo de discriminação, a escola não pode recusar a matrícula de
alunos especiais, somente por conta de tal característica.

DICA 101

O exame psicotécnico é válido e não pode ser questionado se:

- previsto em lei;
- previsto no edital;
- tiver critérios objetivos de correção;
- e assegurar a possibilidade de recurso na via administrativa.

DICA 102

Súmula 37 STJ

São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.

DICA 103

O STF declarou ser inexigível consentimento de pessoa biografada para publicação de


biografias.

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DICA 104

Inviolabilidade de Domicílio (conceito de casa?)

A interpretação é ampla e abrangente, alcançando, além da residência (apartamento,


casa), aposentos de habitação coletiva, desde que ocupados (hotel, motel, pensão,
pousadas e hospedaria), escritórios profissionais, oficinas e garagens.

DICA 105

É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na
forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual
penal.

DICA 106

O direito de reunião é assegurado na CF/1988, mas as pessoas que participarão dessa


reunião devem comunicar previamente a autoridade competente para evitar que a
reunião atrapalhe (frustre) outra reunião anteriormente marcada para o mesmo local.

DICA 107

Direito de associação é diferente de direito de reunião. Isso porque a associação


pressupõe um vínculo de maior duração, permanente. Já na reunião, esse vínculo é
transitório.

DICA 108

São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas

• o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou


abuso de poder;

• a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e


esclarecimento de situações de interesse pessoal.

DICA 109

Mandado de segurança

Quem pode impetrar MS?

Todas as PF ou PJ, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não no Brasil; universalidades


com capacidade processual (como massa falida e espólio); alguns órgãos públicos de grau
superior e o MP.

Qual é o prazo para impetrar?

Para o MS repressivo, o prazo é decadencial (e sem suspensão ou interrupção) de 120 dias


a partir da ciência oficial do ato pelo interessado. Após esse prazo só pode entrar com
ação de rito ordinário normal. O MS preventivo não tem prazo.

Tem reexame necessário?

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Sim, concedida a segurança, a sentença está sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de


jurisdição. Mas a sentença de 1º grau já pode ser executada provisoriamente.

Pode ter liminar?

Sim, desde que presente o fumus boni iuris e periculum in mora. Não haverá, entretanto,
liminar na reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento
ou extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza; compensação de
créditos tributários e entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior.

O impetrante pode desistir do MS?

Sim, a qualquer tempo, ainda que proferida decisão de mérito a ele favorável, e sem a
anuência da parte contrária.

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DIREITO CIVIL

DICA 110

Pode-se exigir que CESSE A AMEAÇA, OU A LESÃO, a DIREITO DA PERSONALIDADE,


e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
- Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista o cônjuge
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

- ENUNCIADO 275 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL: O rol dos legitimados de que


tratam os arts. 12, parágrafo único, e 20, parágrafo único, do Código Civil também
compreende o companheiro.

DICA 111

*Toda pessoa tem direito ao NOME, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.

*O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações
que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.

*Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

*O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao


nome.

DICA 112

NÃO CONFUNDIR art. 12 do CC:


* Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar
perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

!!! Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista


neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou
colateral até o quarto grau.

COM O art. Art. 20 do CC:

* SALVO SE AUTORIZADAS, OU SE NECESSÁRIAS À ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA


OU À MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA, a divulgação de escritos, a transmissão
da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa
poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que
couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se
destinarem a fins comerciais.
!!! Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa
proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.

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EM SUMA:
Art.12, p. único, CC - Direito da
personalidade do morto = parente até
4º grau em linha reta ou colateral
x

Art. 20, p. único, CC - Trata da imagem


do morto ou ausente = CAD = cônjuge,
ascendente ou descendente

DICA 113
ADIN 4815

Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária autorização prévia do
indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familiares.
Referida autorização prévia configuraria uma forma de censura, sendo incompatível com
a liberdade de expressão consagrada pela CF/88.

Entretanto, caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia


entenda que seus direitos foram violados pela publicação, ele terá direito à
reparação, que poderá ser feita não apenas por meio de indenização pecuniária, como
também por outras formas, tais como a publicação de ressalva, de nova edição com
correção, de direito de resposta etc. (STF. Plenário. ADI 4815, Rel. Min. Cármen Lúcia,
julgado em 10/06/2015)
DICA 114

ATENÇÃO!

Jovem de dezesseis anos de idade que se case com indivíduo civilmente capaz (HIPÓTESE
DE EMANCIPAÇÃO) e que se torne viúva antes de completar dezoito anos de idade
OU ainda se divorcie nos termos da lei, PERMANECERÁ, INDEPENDENTEMENTE DE
SENTENÇA JUDICIAL PARA DECLARAR TAL CONDIÇÃO, CAPAZ PARA OS ATOS DA
VIDA CIVIL.

DICA 115

COMORIÊNCIA

* Se dois ou mais indivíduos FALECEREM NA MESMA OCASIÃO, não se podendo


averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos.

ATENÇÃO!

!!! Os comorientes não são herdeiros entre si, JUSTAMENTE por não ser possível
verificar quem morreu primeiro. Se não há a possibilidade de saber quem morreu primeiro,
não há como saber quem é herdeiro de quem.

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DICA 116

MORTE: término da existência da pessoa natural.

* Morte presumida sem declaração de ausência: quando a morte for provável (art. 7º,
CC):

>>> Indivíduo se encontrar em uma SITUAÇÃO DE PERIGO DE VIDA (conceito jurídico


indeterminado). Ex.: Naufrágio, acidente aéreo, catástrofe da natureza.

>>> Indivíduo feito prisioneiro de guerra e não for encontrado APÓS 2 ANOS do fim da
guerra.

ATENÇÃO! Em ambos os casos, o juiz aguardará o encerramento das buscas e das


averiguações. Após, o juiz irá fixar em sentença a provável data do falecimento
(“justificativa de óbito”). A data é muito importante para fins de sucessão.

DICA 117
SÃO PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO:
- associações (estatuto)
- sociedades (contrato social)
- fundações (escritura pública e/ou testamento)
- organizações religiosas
- partidos políticos
- empresas individuais de responsabilidade limitada (contrato social)

DICA 118

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

* O CC adota a Teoria Maior e o CDC a Teoria Menor


Teoria menor: exige só prejuízo ao credor - constatação da insolvência e a
inexistência de bens do devedor são suficientes para a desconsideração da
personalidade jurídica >>> Lei 9605/98 (Legislação Ambiental) e CDC;

Teoria maior: exige abuso da personalidade + prejuízo. Art. 50 CC.

* A desconsideração inversa de personalidade jurídica é permitida. (Informativo 440


STJ). Consiste naquela que ocorre na “contramão”, ou seja, sai da pessoa física para
atingir a PJ, RESPEITADOS OS REQUISITOS DO ART. 50, CC. Ex.: Luiz é casado com
Antônia e, prevendo o divórcio, coloca todo o seu patrimônio em uma empresa. Antônia
poderá requerer a desconsideração da pessoa física, ou seja, que o patrimônio da empresa
responda pela partilha de bens no divórcio.

* A desconsideração de personalidade jurídica não extingue a PJ. É como se ordenamento


jurídico tirasse a máscara dos particulares e depois a devolve.
DICA 119

ATENÇÃO PARA A NOVA REDAÇÃO DO ART. 50! NOVIDADE FRESQUINHA!

* 13.874, de 2019
OBS.: TUDO QUE ESTÁ EM AZUL É NOVIDADE!

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público

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quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas
e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados DIRETA ou
INDIRETAMENTE pelo abuso.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, DESVIO DE FINALIDADE É a utilização
da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos
ilícitos de qualquer natureza.

§ 2º ENTENDE-SE POR CONFUSÃO PATRIMONIAL a ausência de separação de fato


entre os patrimônios, caracterizada por:

I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do


administrador ou vice-versa;
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto
os de valor proporcionalmente insignificante; e

III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.

§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão


das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica.
§ 4º A MERA EXISTÊNCIA DE GRUPO ECONÔMICO sem a presença dos requisitos
de que trata o caput deste artigo NÃO AUTORIZA A DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE DA PESSOA JURÍDICA.

§ 5º NÃO CONSTITUI DESVIO DE FINALIDADE a mera expansão ou a alteração da


finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DICA 120

PRINCÍPIO DA FUNDAMENTAÇÃO (art. 11, CPC + art. 93, IX, CF):


*TODAS as decisões devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Isto, sobretudo,
porque as partes têm direito de saber os motivos da decisão e, desse modo, exercerem a
ampla defesa e o contraditório.

Será considerada não fundamentada a decisão e, consequentemente, nula, aquela que (art.
489, § 1º, CPC):

I - Se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem


explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto
de sua incidência no caso;
III - Invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - Não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,
infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - Se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
àqueles fundamentos;
VI - Deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado
pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a
superação do entendimento.

DICA 121

PRINCÍPIO DA ORDEM CRONOLÓGICA (ART. 12):

*Técnica processual que implica na observância de uma ordem por data para julgamento.

*A contagem inicia-se a partir da data em que o processo vai concluso para julgamento,
sendo que integram uma LISTA PÚBLICA que será divulgada em cartório e na rede
mundial de computadores.
*A simples interposição de petição quando o processo estiver aguardando
julgamento não altera a sua posição na ordem, salvo se exigir a reabertura da
instrução ou conversão do julgamento em diligência. Após resolvido o incidente, o
processo retornará para a mesma posição anterior, ainda que já tenha passado sua posição,
quando, então, ocupará o primeiro lugar.

*Se a sentença for anulada e o processo retornar para abertura da instrução,


quando findada a instrução e for concluso para novo julgamento, terá preferência
e irá para o 1º lugar da fila.
*A ordem de julgamento NÃO é obrigatória, DEVERÁ ser seguida PREFERENCIALMENTE
a ordem cronológica.
DICA 122

EXCEÇÕES À ORDEM CRONOLÓGICA (ART. 12):

→ as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de


improcedência liminar do pedido;

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→ o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em


julgamento de casos repetitivos;
→ o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas
repetitivas;

→ as decisões sem resolução de mérito e do relator;

→ o julgamento de embargos de declaração;


→ o julgamento de agravo interno;

→ as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de


Justiça;

→ os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência


penal;
→ a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão
fundamentada.
DICA 123

PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA/CORRELAÇÃO/ADSTRIÇÃO

O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe VEDADO conhecer
de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.

Quer dizer que o juiz DEVE decidir nos limites do pedido realizado, não podendo
conceder coisa diversa, ir além do pedido ou deixar de decidir sobre tudo o que foi pedido.

É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem com condenar a parte
em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.

DICA 124

PERPETUATIO JURISDICIONES

Determina-se a competência no momento do registro (onde há apenas uma vara) ou


da distribuição da petição inicial (há mais de uma vara), sendo irrelevantes as
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, SALVO quando
suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.

É CERTO DIZER, ENTÃO, QUE: Em regra, as demandas devem ser distribuídas aos órgãos
jurisdicionais de acordo com critérios de competência, observando -se os princípios do juiz
natural e da perpetuação da jurisdição, os quais compõem o sistema de estabilidade do
processo.

DICA 125

*COMPETÊNCIA ABSOLUTA → CRITÉRIOS: Em razão da MATÉRIA, PESSOA,


FUNCIONAL (MPF);

*COMPETÊNCIA RELATIVA → CRITÉRIOS: TERRITORIAL e em razão do VALOR (TV).

COMPETÊNCIA ABSOLUTA X COMPETÊNCIA RELATIVA

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- PODE ser conhecida de ofício a - Juiz NÃO PODE conhecer de ofício;


qualquer tempo e grau de jurisdição;
- Há POSSIBILIDADE de alteração
- NÃO se modifica, não se prorroga, e modificação pela vontade das
não se altera pelo ajuste das partes; partes (cláusula de eleição de foro);

- PODE ser alegada a qualquer tempo - Deve ser alegada como preliminar
(não há preclusão) de contestação, senão há
preclusão. (ATENÇÃO! Não existe
mais a exceção de incompetência
consoante o CPC/73)

DICA 126

CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO

As partes podem MODIFICAR A COMPETÊNCIA em razão do valor e do território (TV,


competência relativa), elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e
obrigações.

→ A eleição de foro SÓ PRODUZ EFEITO quando constar de instrumento escrito e aludir


expressamente a determinado negócio jurídico.

→ O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.

→ ANTES DA CITAÇÃO, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada


ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de
domicílio do réu.

→ CITADO, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na


contestação, sob pena de preclusão.

DICA 127
CONEXÃO X CONTINÊNCIA

CONEXÃO: Consideram-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o
PEDIDO ou a CAUSA DE PEDIR;
→ Processos de ações conexas serão REUNIDOS para DECISÃO
CONJUNTA; salvo se um deles já tiver sido sentenciado.

*Súmula 235 STJ: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi
julgado.

CONTINÊNCIA: Ocorre a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver


IDENTIDADE quando às partes e à causa de pedir, mais o pedido de uma, por ser
mais amplo, abrange o das demais.
→ ATENÇÃO! Quando houver continência e a ação continente (ação
com o pedido mais amplo) tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação
contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão
necessariamente reunidas.

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DICA 128

CONEXÃO POR PREJUDICIALIDADE

Serão REUNIDOS para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente,
mesmo sem conexão entre eles. ATENÇÃO! REPITA-SE: MESMO SEM CONEXÃO
ENTRE ELES!

DICA 129

REGRA GERAL: FORO DE DOMICÍLIO DO RÉU:

Ações fundadas em direito pessoal + Direito real sobre bens Móveis


*Réu com mais de um domicílio → o réu será demandado no foro de qualquer deles.

*Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu → ele poderá ser demandado onde
for encontrado ou no foro de domicílio do autor.

*Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil → a ação será proposta no
foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta
em qualquer foro.
*Existindo 2 ou mais réus com diferentes domicílios → serão demandados no foro de
qualquer deles, à escolha do autor.
*A execução fiscal será proposta → no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou
no do lugar onde for encontrado.

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DIREITO PENAL

DICA 130

TENTATIVA - Agente pratica a conduta delituosa, entretanto por


CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIS A SUA VONTADE, o
resultado não ocorre.
- Responde pelo crime, com redução de pena de 1/3
a 2/3.

ESPÉCIES DE TENTATIVA:

Branca/Incruenta: O agente não conseguiu nem


mesmo atingir o objeto pretendido. Ex.: Ao atirar, as
balas se desviaram da vítima.

Vermelha/Cruenta: O agente conseguiu atingir o


objeto, mas não conseguiu consumar o delito. Ex.: A
bala somente perfurou o braço da vítima.

- O agente DÁ INÍCIO à prática da conduta delituosa,


DESISTÊNCIA todavia se arrepende, e, com isso, CESSA a
VOLUNTÁRIA atividade criminosa (sem óbice para continuar) e o
resultado não ocorre.

– Responde tão somente pelos atos já praticados; o


“dolo inicial” é desconsiderado. Nesse sentido, o
agente é punido apenas pelos danos efetivamente
causados.

ARREPENDIMENTO - O agente DÁ INÍCIO à prática da ação delituosa,


EFICAZ completando a execução da conduta. Contudo, se
(resipiscência) arrepende e toma as providencias cabíveis para que o
resultado inicialmente pretendido não ocorre e, nesse
caso, o resultado NÃO OCORRE.

– Responde tão somente pelos atos já praticados; o


“dolo inicial” é desconsiderado. Nesse sentido, o
agente é punido apenas pelos danos efetivamente
causados.

ARREPENDIMENTO - O agente COMPLETA o ciclo da ação delituosa e o


POSTERIOR resultado OCORRE. Mas, após, arrepende-se e tenta
reparar os danos causados OU restitui a coisa.
- ATENÇÃO! NÃO é admitido nos crimes
cometidos com violência ou grave ameaça à
pessoa. SÓ tem validade antes do recebimento
da denúncia ou da queixa-crime.
- Pena reduzida de 1/3 a 2/3.

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DICA 131

CRIME IMPOSSÍVEL

Art. 17, CP. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

OBS.: O Código Penal brasileiro adotou a TEORIA OBJETIVA TEMPERADA OU


INTERMEDIÁRIA para a caracterização do crime impossível, em razão da inidoneidade do
objeto ou do meio para a prática do crime. Logo, a ineficácia do meio e a impropriedade do
objeto devem ser ABSOLUTAS para que não ocorra punição. Sendo relativas, pune-se o
delito por tentativa.

*Meios ou objetos RELATIVAMENTE INIDÔNEOS - CRIME TENTADO.

*Meios ou objetos ABSOLUTAMENTE INIDÔNEOS - CRIME IMPOSSÍVEL.

DICA 132

CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS


Ocorre quando duas normas aparentemente incriminadoras são aplicáveis a uma mesma
conduta e ao mesmo tempo. Ou seja, mesma conduta → desafia dois tipos penais.

Ex.: art. 121 CP (crime de homicídio) x art. 123 CP (infanticídio) = ambos são crimes
de homicídio, conduto o artigo 123 é norma especial.

*PREVALECERÁ o princípio da PROIBIÇÃO DO NON BIS IN IDEM, já que um fato não


pode desafiar dois tipos penais diversos, sendo proibida dupla punição por um mesmo
fato.
DICA 133

PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS

- Norma especial afasta aplicação de norma


Princípio da geral.
Especialidade
-Especial é a norma que possui elementos que a
individualiza, independentemente da gravidade
do crime.

- Ex.: art. 121 e 126 – o crime de infanticídio


prevalece sobre a mãe que, sob o estado puerperal,
mata o filho após o parto.

- Norma primária afasta a aplicação da norma


Princípio da subsidiária.
Subsidiariedade

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- Primária é a norma que prevê uma violação


mais ampla e grave aos bens jurídicos tutelados.

Pode ser aplicado de forma EXPRESSA e TÁCITA:

*EXPRESSA: quando o próprio tipo penal se declara


subsidiário. Ex: art. 132 CP: crime de perigo a vida ou
a saúde, com detenção de 3 meses a 1 ano, SE O
FATO NÃO CONSTITUIR CRIME MAIS GRAVE.

*TÁCITA: um tipo penal serve como causa de


aumento, qualificadora, ou elemento constitutivo de
outro. Ex: art. 163 (crime de dano) x art. 155, § 4º, I
(crime de furto qualificado por rompimento de
obstáculo). Pois bem, no crime de furto houve crime
de dano ao romper obstáculo (que é causa de
aumento de pena), mas o artigo 163 será aplicado
somente de forma subsidiária, ou seja, se o ato
praticado não for mais gravoso.

DICA 134
PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS

Em suma, a conduta que serve como meio de


Princípio da preparação, execução ou mero exaurimento de
Consunção (ou outra, é por esta absorvida. Se aplica,
absorção) principalmente, quando uma conduta delituosa serve
como meio para praticar outra.

→ANTEFATO IMPUNÍVEL = quando um crime serve


de preparação para outrem. Ex: art. 155 CP (furto) +
art. 150 (invasão de domicílio). O crime de invasão de
domicilio será o delito meio, e será absorvido pelo
crime de furto – SÚMULA 17 STJ (crime de falsificação
documento publico é absorvido pelo crime de
estelionato se for mero meio para o segundo crime).
→PÓS-FATO IMPUNÍVEL – agente pratica uma
segunda conduta violando o mesmo bem jurídico para
obter vantagem que queria com a primeira conduta.
Neste caso, o agente viola o bem jurídico com a
primeira conduta, e a segunda é mera conseqüência.
Ex.: art 289 (falsificar moeda) + art. 289, § 1º (uso de
moeda falsa) = responderá apenas pelo crime de
falsificação.
Nos tipos penais mistos alternativos (os que
Princípio da possuem vários núcleos que descrevem a
Alternatividade conduta), a prática de vários núcleos no mesmo
contexto, gera crime ÚNICO.
Ex.: tráfico de drogas = possui diversos núcleos:
traficar, fabricar, repassar, transportar, possuir, etc
(...). Nessa lógica, aquele que fabrica e transporta
responde por um único crime.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 135

SÚMULA 351, STF:

É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL de réu preso na mesma unidade da federação em


que o juiz exerce a sua jurisdição.

DICA 136

INTIMAÇÕES

*Aplicação, no que couber, das regras da citação.

* A INTIMAÇÃO do DEFENSOR CONSTITUÍDO, do ADVOGADO DO QUERELANTE e do


ASSISTENTE far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos
judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.

* Não existindo na comarca, órgão de publicação dos atos judiciais, a intimação


far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante
de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo.

* A INTIMAÇÃO feita PELO ESCRIVÃO DISPENSA a publicação no órgão incumbido


da publicidade dos atos judiciais da comarca.

* A INTIMAÇÃO do MINISTÉRIO PÚBLICO e do DEFENSOR NOMEADO será


pessoal.

DICA 137

SÚMULA 710, STF

No processo penal, CONTAM-SE OS PRAZOS DA DATA DA INTIMAÇÃO, e não da


juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.

DICA 138

Os prazos do Ministério Público SÃO CONTADOS A PARTIR DA ENTREGA DO PROCESSO


EM SETOR ADMINISTRATIVO DO ÓRGÃO, bastando que a carga seja formalizada
pelo servidor competente.

DICA 139

SÚMULA 366, STF

NÃO É NULA a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal,
embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em
que se baseia.

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