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Memorex PF (Agente) - Rodada 03

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Memorex PF (Agente) - Rodada 03

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 17
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 22
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 23
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 32
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 38
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 46
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 58
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 63
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 64

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
TEXTO DISSERTATIVO

* Processo em que o emissor BUSCA DEFENDER UMA IDEIA, transmite conhecimento,


relata, discorre sobre determinado assunto e argumenta;
* sua ESTRUTURA é dividida em TRÊS PARTES FUNDAMENTAIS: TESE (introdução),
ANTÍTESE (desenvolvimento) e NOVA TESE (conclusão).
* Define o modelo básico para apresentar uma tese (ideia, tema, assunto), EXPLORAR
ARGUMENTOS CONTRA E A FAVOR (antítese) e, por fim, sugerir uma nova tese, ou seja,
uma nova ideia para concluir sua fundamentação.
* Os TEXTOS DISSERTATIVOS-ARGUMENTATIVOS, além de ser um texto opinativo,
BUSCAM PERSUADIR O LEITOR.
DICA 02
ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO

INTRODUÇÃO: é o parágrafo que abre a discussão ou simplesmente EXPÕE A


INFORMAÇÃO PRINCIPAL. Também chamada de "Tese", nesse momento, o mais
importante é EXPOR A IDEIA CENTRAL SOBRE O TEMA DE MANEIRA CLARA.
Importante lembrar que a Introdução é a parte MAIS IMPORTANTE DO TEXTO e por isso
deve conter a informações que logo serão desenvolvidas.
DESENVOLVIMENTO: Nessa parte do texto é que se DESENVOLVE A ARGUMENTAÇÃO
POR MEIO DE OPINIÕES, DADOS, LEVANTAMENTOS, ESTATÍSTICAS, FATOS E
EXEMPLOS SOBRE O TEMA, a fim de que sua tese (ideia central) seja defendida com
propriedade.
CONCLUSÃO: é o fechamento da informação, seja ela crítica ou não. Muitas vezes iniciadas
com elementos como “PORTANTO”, “EM SUMA”, “ENFIM”, ETC. Nela há normalmente
a RATIFICAÇÃO, CONFIRMAÇÃO DA TESE, tomando por base os argumentos dos
parágrafos anteriores.
DICA 03
TIPOS DE DISSERTAÇÃO

Existem DOIS TIPOS DE DISSERTAÇÃO:


TEXTO DISSERTATIVO OPINATIVO-ARGUMENTATIVO: Nessa modalidade, a intenção
é persuadir o leitor, CONVENCÊ-LO DE SUA TESE (ideia central) a partir de coerente
ARGUMENTAÇÃO, EXEMPLOS, FATOS.
TEXTO DISSERTATIVO EXPOSITIVO: Com o INTUITO DE INFORMAR E ESCLARECER,
o texto dissertativo-expositivo é caracterizado por utilizar uma LINGUAGEM CLARA E
OBJETIVA. O AUTOR adota a postura de “PORTA-VOZ” de uma opinião. Ex.: “Locução
adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um adjetivo,
caracterizando um substantivo.”

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DICA 04
RECURSOS ARGUMENTATIVOS

- ARGUMENTO DE AUTORIDADE:
* É construído com base em uma AFIRMAÇÃO DE SABER NOTÓRIO, de conhecimento
público.
* É uma forma de GARANTIR A CREDIBILIDADE DA AUTORIDADE citada no texto.

- ARGUMENTO DE CONSENSO:
NÃO PRECISA DE PROVAS, pois seu conteúdo é aceito como verdade dentro de um grupo
ou espaço sociocultural.
DICA 05
TEXTO NARRATIVO

* Existência de um ENREDO, do qual se DESENVOLVEM AS AÇÕES das personagens,


marcadas pelo TEMPO E PELO ESPAÇO;
* Narrar é CONTAR UMA HISTÓRIA, baseando-se na ótica do narrador, sobre uma ou
mais ações de um personagem, numa sequência temporal e em um determinado LUGAR;
* A história pode ser IMAGINÁRIA (FICÇÃO) OU REAL (FATO);
* Pode ser contada por alguém que é o PIVÔ DA HISTÓRIA (narrador personagem), ou
por alguém que está TESTEMUNHANDO AS AÇÕES (narrador-observador);
* Sua estrutura básica é: APRESENTAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, CLÍMAX E
DESFECHO.
* Predomínio verbal: pretérito perfeito e mais-que-perfeito indicativo.
* Utiliza-se muito VERBOS e ADVÉRBIOS.

OBS.: Mnmemônico:
A NARRAÇÃO TEM O PENTE!
Personagens
Espaço
Narrador
Tempo
Enredo
DICA 06
TEXTO DESCRITIVO

* Expõe APRECIAÇÕES E OBSERVAÇÕES, induzindo o leitor a IMAGINAR O ESPAÇO,


O TEMPO, O COSTUME E TUDO QUE AMBIENTA A HISTÓRIA;
O AUTOR adota uma POSTURA DE OBSERVADOR.
* Enfatiza o ESTÁTICO;

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* É um retrato, um recorte de uma paisagem, uma ação, um costume;


* Indica aspectos, características, DETALHES SINGULARES E PORMENORES, seja de um
objeto, lugar, pessoa ou fato;

* Há no texto MUITOS ADJETIVOS, juntamente com a ENUMERAÇÃO DE


SUBSTANTIVOS E VERBOS (Obs.: predomínio verbal → presente do indicativo e/ou
pretérito imperfeito do indicativo)

* Pode ser um complemento de qualquer tipo de texto (e de gênero).

* Geralmente, referida tipologia acompanha a narração para descrever o lugar, os


personagens.

DICA 07
DESCRIÇÃO OBJETIVA

* Transmite de FORMA IMPARCIAL as características de algo;


* Se limita aos fatos da forma mais OBJETIVA possível.

Ex.: "A ilha é pequena e pacata. Lá todas as pessoas se conhecem. O que há na ilha se
resume em praticamente algumas lojas, uma escola, uma igreja e uma praça."
X
DESCRIÇÃO SUBJETIVA
* Transmite a OPINIÃO DO DESCRITOR;
* Por esse motivo, é corrente o USO DE ADJETIVOS.

Ex.: "A bonita ilha é pequena e pacata. Lá todas as pessoas se conhecem. O que há na ilha
se resume em praticamente algumas poucas lojas, uma escola muito boa, uma igreja
lindíssima e uma praça muito florida."
DICA 08
TEXTO INJUNTIVO OU INSTRUCIONAL

* Pauta-se na EXPLICAÇÃO e no MÉTODO para a CONCRETIZAÇÃO DE UMA AÇÃO,


indicando o procedimento para se realizar algo. Ex.: bula de remédio, receita de bolo,
manual de instruções, etc..

* NÃO HÁ A FINALIDADE DE CONVENCER O LEITOR POR MEIO DE ARGUMENTOS.

* Linguagem SIMPLES e OBJETIVA.

* Um recurso linguístico marcante e recorrente desse tipo de texto é a utilização dos verbos
no imperativo, em seu sentido de indicar "ORDEM", por exemplo:

➢ Na receita de bolo: “misture todos os ingredientes”;


➢ Na bula de remédio: “tome duas cápsulas por dia”;
➢ No manual de instruções: “aperte a tecla amarela”;

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➢ Nas propagandas: “vista essa camisa”.

DICA 09
TEXTO LITERÁRIO:

* Linguagem pessoal, CHEIA DE EMOÇÕES e com emprego de lirismo e valores do


emissor;
* Há o emprego da SUBJETIVIDADE;
* Emprego da linguagem multidisciplinar e cheia de CONOTAÇÕES;
* Linguagem POÉTICA, LÍRICA, expressa com objetivos estéticos na recriação da
realidade ou criação de uma realidade intangível, somente literária;
* Primor da EXPRESSÃO;
* Funções POÉTICA da linguagem.

EXEMPLO:

O BICHO

VI ONTEM um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira).
DICA 10
TEXTO NÃO LITERÁRIO

* Uso da LINGUAGEM IMPESSOAL, OBJETIVA em linha reta;


* Linguagem DENOTATIVA;
* Representação da realidade TANGÍVEL;
* Atenção, PRIORIDADE À INFORMAÇÃO.

EXEMPLO: um livro de biologia ou trecho de uma reportagem qualquer.


DICA 11
DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO
* As palavras podem ser utilizadas no SENTIDO LITERAL ou FIGURATIVO. Portanto,
dividem-se em denotativas e conotativas.
→ DENOTAÇÃO: é a palavra utilizada em seu sentido literal. DENOTAÇÃO =
DICIONÁRIO.

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Ex.: O Leão é uma fera.


→ CONOTAÇÃO: é a palavra utilizada em seu sentido figurado.
Ex.: Ele é fera em matemática.

 E COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU?!

... “Os termos “ninho” (v.2) e “safra” (v.35) foram empregados em sentido denotativo e
correspondem, respectivamente, ao local e à época de nascimento dos meninos’
( ) Certo
(X) Errado
Vamos lá...
* NINHO:
Na da questão: local;
No dicionário: “estrutura construída pelas aves, na qual é feita a postura e a incubação
dos ovos ...”;
CONCLUSÃO: SENTIDO CONOTATIVO!
* SAFRA:
Na da questão: época de nascimento dos meninos;
No dicionário: “conjunto dos produtos agrícolas de um ano; colheita.”;
CONCLUSÃO: SENTIDO CONOTATIVO!
DICA 12

VERBOS TÊM:
*3 MODOS INDICATIVO (fato concreto, certo e real) Ex.: Ele chegou.
SUBJUNTIVO (fato duvidoso, incerto, hipotético) Ex.: Se eu fosse você.
IMPERATIVO (ordem, conselho, pedido) Ex.: Cale a boca!

*3 TEMPOS PASSADO
PRESENTE
FUTURO

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*3 FORMAS NOMINAIS GERÚNDIO Ex.: O Atleta cruzou sorrindo a linha de chegada.


PARTICÍPIO Ex.: O senador tem um papel destacado no
Congresso.
INFINITIVO Ex.: Fez-se noite em meu viver.
DICA 13

MODOS DO INDICATIVO:

* PRESENTE DO INDICATIVO: antes do verbo colocar HOJE. Ex.: (HOJE) Eu canto,


sinto, sou (...)

* PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO: colocar ONTEM antes do verbo. Ex.:


(ONTEM) Eu cantei.

* PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO: antes do verbo colocar


ANTIGAMENTE. Palavras terminadas em (VA) e (IA); verbos terminados em
(NHA) tinha ou vinha, por exemplo; ERA/ERAM. Ex.: (ANTIGAMENTE) Eu cantava.

* PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO INDICATIVO: verbos terminados em (RA).


Ex.: Eu cantara.

* FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO: antes do verbo colocar AMANHÃ.


Ex.: Ex.: (AMANHÃ) Eu cantarei.

* FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO: colocar ATÉ. Verbos terminados em


(RIA) e (RIE).
Ex.:
(ATÉ) Eu cantaria - terminado com “RIA”

DICA 14

MODO INDICATIVO
TEMPO CARGA SEMÂNTICA

PRESENTE DO INDICATIVO É EMPREGADO:

• Indicar fato que ocorre no momento


da fala (presente momentâneo).
Ex.: Eu estou aqui.
• Indicar fato habitual (presente
habitual). Ex.: Não bebo, mas
fumo.

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• Expressar ações e estados


permanentes, conceitos filosóficos,
científicos ou religiosos (presente
durativo). Ex.: O homem é mortal.
• Narrar fato histórico, ideia que ele
estivesse acontecendo no momento
da fala. (presente histórico). Ex.:
Napoleão invade e ataca a Rússia.

PRETÉRITO PERFEITO DO Fato concluído pontual (acontece uma


INDICATIVO vez só e acabou; INDICA UM FATO
CONCLUÍDO NO PASSADO)
Ex.: Saí ontem cedo.

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO Anterioridade em relação a outro fato,


DO INDICATIVO ação que ocorreu antes de outra ação
já passada.
Ex.: Quando cheguei, o trem já partira.

PRETÉRITO IMPERFEITO DO - Ação inacabada no passado:


INDICATIVO Emprega-se para apresentar fato como
anterior ao momento atual, todavia não
concluído no passado referido.

(Ex. Eu lia o livro quando você chegou →


Estou lendo ainda)

- Ação continuidade no passado:


Fatos que aconteciam frequentemente no
passado.
(Ex. Ela lia Machado de Assis na infância
→Ela lia sempre) → AÇÃO FREQUENTE
NO PASSADO!

- Tempo indefinido (Ex. era uma vez...


Ex. ela amava a vida)

FUTURO DO PRESENTE DO - Coisas que digo hoje com intenções


INDICATIVO futuras.
→ PREVISIBILIDADE, FATOS CERTOS e
PROVÁVEIS
Ex.: Amanhã, sairei cedo.

FUTURO DO PRETÉRITO DO - Indica futuro dentro do passado,


INDICATIVO frequentemente o fato passado é
dependente do primeiro e inclui condição,
Incerteza, DÚVIDA, hipótese em relação

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a um fato passado. Ex.: Eu chegaria se


houvesse bom tempo.

- isenção de responsabilidade autoral


(toda isenção é hipótese) (ex. a mulher,
que teria matado o marido, foi presa
ontem) → discurso polifônico.
OBS.: nem toda hipótese vai gerar
isenção.

- Possibilidade (possibilidade plausível →


dá uma olhada no argumento)

- Pode ser usado para indicar polidez ou


Hipótese. Ex.: Ela me ajudaria com o
dever?
Ex.: Ela seria uma boa mãe, se tivesse
filhos.

DICA 15

SUBJUNTIVO
- Indica uma ação subordinada a outra, e
Presente do subjuntivo → que se desenvolve no momento atual.
(Dica de Conjugação: “QUE”, Traduz DÚVIDA, POSSIBILIDADE,
“TALVEZ”) SUPOSIÇÃO.

- Indica, ainda, frases isoladas que


manifestam desejos.

Ex.: Espero que realize seu sonho.


Ex.2: Talvez ele possa vir.

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo - Ação passada, porém posterior,


(OS verbos terminam em SSE) dependente de outra já passada.
(Dica de Conjugação: “SE”)
-DÚVIDA

-POSSIBILIDADE

-CONECTOR

Ex.: Não foi possível impedir que o fogo


chegasse à floresta.

Futuro do Subjuntivo (R) + - Ação futura dependente de outra


conectivo também futura.

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(Dica de Conjugação: “SE” ou


“QUANDO”) -DÚVIDA

-POSSIBILIDADE

-CONECTOR

Ex.: Se for possível, iremos até lá.

DICA 16

Verbos no PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO podem ser


substituídos pela forma composta desse tempo verbal, que se constitui pela junção DOS
VERBOS AUXILIARES “TER” OU “HAVER” NO PRETÉRITO IMPERFEITO DO
INDICATIVO + PARTICÍPIO DO VERBO PRINCIPAL:
>>> “TINHA” OU “HAVIA” + PARTICÍPIO
Ex.: INVERTERA = TINHA/HAVIA INVERTIDO.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2019 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - Professor de Educação Básica
– Português)
... A substituição da forma verbal “apanhara” pela locução tinha apanhado acarretaria
INCORREÇÃO gramatical ao texto.


LEIAM COM ATENÇÃO O ENUNCIADO PARA NÃO PERDER UMA QUESTÃO... A ASSERTIVA
FALA EM ACARRETAR “INCORREIÇÃO” ... OK?!
( ) Certo
(X) Errado
Não gera INCORREIÇÃO, continua correto conforme a nossa dica.
APANHARA = TINHA APANHADO.
DICA 17

O tempo verbal que MARCA FATO QUE OCORRE REPETIDAMENTE NO PASSADO E


QUE SE PROLONGA ATÉ O PRESENTE CONSISTE no pretérito perfeito composto do
indicativo.
>>> PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO INDICATIVO = “TER” OU “HAVER” NO
PRESENTE DO INDICATIVO + PARTICÍPIO
Ex.: Tenho largado.

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DICA 18

MODOS DO IMPERATIVO (não se conjuga a 1ª pessoa do singular):


* IMPERATIVO AFIRMATIVO: a segunda pessoa do singular e a segunda pessoa do plural
são retiradas do presente do indicativo, suprimindo-se o (S) final. As demais pessoas são
exatamente as mesmas do presente do subjuntivo;
* IMPERATIVO NEGATIVO: todas as pessoas são exatamente as mesmas do presente do
subjuntivo.
DICA 19

“SE” – PARTÍCULA APASSIVADORA


Não SE espera de uma mãe decisões diferentes dessas. → ERRADA
PA VTD SUJEITO PACIENTE no plural
Não se ESPERAM de uma mãe decisões diferentes dessas. → CORRETA
OBS.: Transitividade do verbo espera: quem espera, espera algo → VTD
SE→ PARTICULA APASSIVADORA
Decisões diferentes dessas (SUJEITO PACIENTE) não são esperadas.

→ SE → partícula apassivadora → sempre que o sujeito for


paciente e o verbo for transitivo direito ou verbo transitivo
direto e indireto → o verbo concordará com o sujeito
paciente.*

EX: Negociaram-se os valores do contrato.

VTD PA SUJEITO PACIENTE

OBS.: se há PA não há OD → OD vira o sujeito paciente!

DICA 20

“SE” – ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO


Tratam-SE de aspectos literários relevantes. → ERRADA
TRATA-SE de aspectos literários relevantes → CORRETA
OBS.: Transitividade do verbo trata: quem trata, trata de → VTI
SE→ Índice de indeterminação do sujeito → REGRA: o verbo obrigatoriamente fica na
3a pessoa do singular.

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DICA 21
VOZ ATIVA X VOZ PASSIVA

- DA VOZ ATIVA PARA A PASSIVA: altera o sentido, mas não altera gramaticalmente
(vice e versa).

- DA VOZ PASSIVA ANALÍTICA PARA PASSIVA SINTÉTICA: não altera nem o sentindo
e nem a gramática.
- Relação existente entre o verbo e o seu sujeito.

*** Para passar da VOZ ativa para VOZ passiva → tem que ter OD (VTD ou VTDI)

OD = OBJETO DIRETO
VTD = VERBO TRANSITIVO DIREITO
VTDI = VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO
VL = VERBO DE LIGAÇÃO
DICA 22

1- Voz Ativa 2- Voz Passiva 3- Voz Reflexiva

Voz passiva analítica: O menino se cortou.


sujeito OD VTD
O menino pulou o muro pronome reflexivo
Sujeito VTD OD
O muro foi pulado pelo → O menino cortou a si
→Sujeito (menino) pratica menino. mesmo. (pratica/sofre)
a ação sujeito locução verbal
Obs.: para ser voz reflexiva
→Sujeito (muro) sofreu tem que ter pronome
ação reflexivo. Todo pronome
reflexivo tem função
Voz passiva sintética: sintática de OD ou OI

Pulou-se o muro. →(VTD/VTI/VTDI)


PA Sujeito
PA: Se “partícula
apassivadora!
→ (VTD ou VTDI)

Não dá para passar


Ela é linda. para voz passiva!
Suj. VL (verbo de
ligação)

Não dá para passar


para voz passiva!
O dólar caiu.
Sujeito VI

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Não dá para passar


para voz passiva!
Gosto de você.
(eu) VTI OI
Suj.

OBS.: Observe-se que a voz passiva sintética é equivalente à voz passiva analítica.
Ex.: Vendem-se carros <=> os carros são vendidos.
*”Carros” é o sujeito paciente.

 QUESTÃO FRESQUINHA DA BANCA CESPE!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: CESPE - 2020 - MPE-CE -
Técnico Ministerial)
... O termo “Desenvolveram-se” (l.5) poderia ser substituído pela locução Foram
desenvolvidos, sem prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto.
(X) Certo
( ) Errado
E aí?! Trata-se da voz passiva sintética, que como visto acima, é marcada pela
partícula apassivadora “SE”. Vamos lá de dica dentro de dica, quer ter certeza para
não errar em sua prova?! Vamos transpor para a voz passiva analítica  Meios
técnicos foram desenvolvidos.
DICA 23
HIPERÔNIMO

* Prefixo HIPER = GENERALIZAÇÃO.


* Consiste em uma palavra eu apresenta SIGNIFICADO/CONTEÚDO MAIS
ABRANGENTE.
Ex.: Fruta, legume, doença.
DICA 24
HIPÔNIMO

* Prefixo HIPO = ESPECIFICAÇÃO.


* Consiste em uma palavra eu apresenta SIGNIFICADO/CONTEÚDO MAIS
ESPECÍFICO.
Ex.: Banana, chuchu, caxumba.
DICA 25
RELAÇÃO HIPERÔNIMO E HIPÔNIMO

→ Fruta (sentido mais geral) é hiperônimo de banana (sentido mais específico).


→ Legume (sentido mais geral) é hiperônimo de chuchu (sentido mais específico).
→ Doença (sentido mais geral) é hiperônimo de caxumba (sentido mais específico)

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OBS.: Em textos – “Grupos de refugiados chegam diariamente do sertão castigado pela


seca. São pessoas famintas, maltrapilhas, destruídas. ” Conclui-se, então, que, a palavra
“pessoas” é um hiperônimo da palavra “refugiados”, já que “pessoas” apresenta um
significado mais abrangente que seu hipônimo “refugiados”.

 E... Já foi cobrado pela banca CESPE, não podemos deixar passar!

(Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-PI Prova: CESPE - 2016 - TRE-PI -
Analista Judiciário – Taquigrafia)

... A palavra “sigla” (l.24) é um hipônimo da palavra “reduções” (l.23) e um hiperônimo da


palavra “siglema” (l.25). GABARITO: CERTO! JUSTIFICATIVA: “SIGLAS” É MAIS
ESPECÍFICO do que “REDUÇÕES” (hipônimo). Por sua vez, “SIGLAS” é MAIS
ABRANGENTE do que “SIGLEMA” (hiperônimo). Siglema, como bem refere o texto
da questão, trata-se de uma sigla que possui caráter de palavra (p.ex.,
PETROBRAS).

Aqui vai uma observação, analisem sempre o texto relacionado.

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CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Contabilidade: Usuários

De acordo com a Estrutura Conceitual Básica, os principais usuários são investidores,


credores por empréstimos e outros credores, existentes. No entanto, a administração da
entidade e outras partes, como reguladores, governo e o público em geral, também são
considerados usuários.

O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras


sobre a entidade que reporta que sejam úteis para os principais usuários na tomada de
decisões referente à oferta de recursos à entidade. Contudo, relatórios financeiros para fins
gerais não fornecem nem podem fornecer todas as informações de que necessitam.
Usuários primários individuais têm necessidades e desejos de informação diferentes e
possivelmente conflitantes.

DICA 27

Componentes do patrimônio

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma entidade


avaliado em moeda. Abrange tudo aquilo que a entidade possui (bens e direitos) e tudo
aquilo que deve (obrigações).

Os bens e direitos constituem a parte positiva do Patrimônio, chamada Ativo (Patrimônio


Bruto).

→ Bens: Tudo aquilo que possui valor econômico e que pode ser convertido em dinheiro
sendo utilizado na realização do objetivo principal de seu proprietário. Podem ser
classificados em: Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Tangíveis e Bens Intangíveis.
→ Direitos: São os direitos que a empresa tem de receber e irão gerar benefícios presentes
ou futuros. É o poder de exigir alguma coisa seja por uma venda à prazo ou um aluguel a
receber, ou uma duplicata a receber, entre outros.
As obrigações representam a parte negativa do Patrimônio, chamada Passivo. São as
dívidas e valores a serem pagos a terceiros (empresa ou pessoa física). São exemplos de
obrigações os salários a pagar, os aluguéis a pagar, as contas a pagar, fornecedores ou
duplicatas a pagar, impostos a pagar, etc.
O Patrimônio Líquido também faz parte do passivo (obrigações), e contém o direito dos
acionistas, sócios da empresa em relação ao patrimônio da pessoa jurídica. Este ;representa
a riqueza efetiva da pessoa jurídica, pois trata-se da diferença entre valores do ativo e
do passivo de uma entidade em determinado momento (PL = A – P).
Em resumo, os bens, direitos e obrigações podem ser chamados de componentes
patrimoniais, sendo o patrimônio representado da seguinte forma:
PATRIMÔNIO

Ativo Passivo
Obrigações
Bens e Direitos Patrimônio Líquido

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DICA 28

Equação fundamental do patrimônio

A Equação patrimonial é uma representação quantitativa do patrimônio de uma


empresa. Traz um retrato sobre o estado do patrimônio da entidade e pode ser obtido
através da seguinte fórmula:

Ativos (A) = Passivos (P) + Patrimônio Líquido (PL)

A fórmula representada acima indica uma situação de normalidade da empresa, pois o


conjuntos de bens e direitos supera as obrigações (há PL positivo). É uma situação
favorável, positiva ou superavitária.

Não obstante, dependendo dos valores que assumem os ativos, passivos e patrimônio
líquido se extraem outras interpretações dessa equação:

→ Ativo = Patrimônio Líquido (Passivo = 0)

Neste caso, não há obrigações com terceiros, o que ocorre na abertura das empresas.

→ Ativo = Passivo (PL = 0)

O Patrimônio Líquido é nulo, quando ativos e passivos possuem o mesmo valor, o que
demonstra que todo o ativo da empresa está sendo financiado com recursos de terceiros.
Trata-se de uma situação líquida nula ou inexistente.

→ Ativo + Patrimônio Líquido = Passivo

Neste caso, a empresa se encontra em estado de insolvência, ou seja, o ativo não é


suficiente para liquidar todas as dívidas. Para eliminar o déficit, deve-se aumentar o PL com
o acréscimo de capital por parte dos proprietários. Esta situação é denominada de Passivo
a Descoberto. É uma situação desfavorável, negativa ou deficitária.

DICA 29

Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido é o resultado da diferença entre os valores do ativo e do passivo


de uma entidade.

O grupo de contas de constitui o patrimônio líquido podem ser as seguintes:

→ Capital Social: valor da contrapartida do titular, sócios ou acionistas de um


empreendimento, para início e manutenção da empresa;

→ Reservas de capital: são valores recebidos pela empresa e que não se referem ao
resultado, por não estarem atrelados à produção ou entrega de serviços ou bens do negócio;

→ Ajustes de avaliação patrimonial: é o resultado da avaliação dos bens de acordo com


o cálculo de seu valor justo;

→ Reservas de Lucros: são contas construídas a partir de lucros da empresa, para atender
a diferentes finalidades;

→ Ações de tesouraria: são ações emitidas por uma empresa e depois recompradas pela
mesma companhia, no mercado;

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→ Lucros ou prejuízos acumulados: são a soma dos resultados positivos/negativos nas


Demonstrações de Resultados dos Exercícios de uma empresa desde a sua constituição.

DICA 30

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS


A essência do método das partidas dobradas parte do pressuposto de que “não há débito
sem crédito correspondente”. O registro de um débito em uma ou mais contas de uma
operação financeira deve sempre corresponder a um crédito equivalente em uma ou mais
contas.
A título de exemplo, se a empresa adquire um veículo no valor de R$45.000,00 à vista
através do banco, haverá um débito na conta denominada “veículo” (conta do ativo) e um
crédito na conta denominada “banco” (conta do passivo) da seguinte forma:

Veículo
Débito Crédito (aumento do ativo da empresa)

$45.000

Banco
Débito Crédito (aumento do passivo da empresa)

$45.000

Portanto, sempre que ocorre um fato, dois ou mais elementos do patrimônio são alterados
equivalentemente, permitindo-se equilíbrio constante.
DICA 31

CONTAS
As operações financeiras de uma empresa ocasionam diversos aumentos e diminuições no
ativo, no passivo e no patrimônio líquido. Estes aumentos e diminuições são registrados
em contas, conforme modelo abaixo:
(Título da conta)

Data Operações Débito Crédito D/C Saldo

Em linhas gerais, a conta possui a data do lançamento da ocorrência do fato que alterou
o valor do componente patrimonial, a operação que decorreu aquela conta, a indicação do
valor que será acrescido e/ou diminuído do saldo da conta (débito/crédito), a indicação
da natureza do saldo (devedor e credor - D/C) e o saldo, que representa a diferença
entre o somatório do débito e o somatório do crédito.
O conjunto de todas as contas que registram a história das movimentações do ativo, do
passivo e do patrimônio líquido são registradas em um livro denominado Razão.

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DICA 32

CONTAS
As contas de ativo e de despesas serão debitadas sempre que for necessário aumentar os
seus saldos, e serão creditadas quando a intenção for diminuí-los. Já as contas de passivo
e de receitas seguem mecanismo inverso.
Nesse sentido:
Ativo: Devedora - aumenta Débito e diminui Crédito - Patrimonial

Passivo: Credora - aumenta Crédito e diminui Débito - Patrimonial

PL: Credora - aumenta Crédito e diminui Débito - Patrimonial

Receita: Credora - aumenta Crédito e diminui Débito - Resultado

Despesa: Devedora - aumenta Débito e diminui Crédito – Resultado


DICA 33

Contabilização de juros

Quando houver compra de mercadorias, mas o comprador pagar em atraso, incorrendo


em juros, o fornecedor deve reconhecer o pagamento a débito em caixa, depois extinguir
a obrigação do comprador na conta clientes através de um lançamento a crédito. Por último,
deve-se reconhecer a receita dos juros, uma vez que ele pagou em atraso, derivando assim
em duas contrapartidas para o pagamento da seguinte forma:

D- Caixa

C- Clientes

C- Receita de Juros ou Juros Ativos.

A alteração de dois ou mais elementos do patrimônio deriva do método das partidas


dobradas permitindo assim equilíbrio constante.

DICA 34

ICMS e IPI recuperáveis

Quando houver aquisição de mercadorias para revenda e de insumos da produção industrial


(matérias-primas, materiais intermediários e embalagens) a empresa pagará IPI e ICMS.
Não obstante, o pagamento destes não deve integrar o respectivo custo da empresa,
podendo ser recuperável mediante crédito nos livros fiscais pertinentes.

Em outras palavras, O IPI e o ICMS são impostos indiretos, e o consumidor final é que
suporta a carga tributária, embora não seja designado pela lei como contribuinte desses
impostos. Portando as empresas repassam o valor destes impostos no custo das
mercadorias produzidas.

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Uma forma de contabilizar os impostos recuperáveis pagos na aquisição de mercadorias e


insumos da produção é o registro, por ocasião da aquisição desses bens, em contas próprias,
classificáveis no ativo circulante, intituladas “IPI a Recuperar” e "ICMS a Recuperar”.

A título de exemplo, a realização de uma compra de mercadorias a prazo, no valor total de


R$ 500 mil, cujo ICMS corresponda a R$ 90 mil, resultará em um aumento de R$ 500 mil
no ativo total da entidade, da seguinte maneira:

D- mercadorias: 410.000

D- ICMS a recuperar: 90.000

C- mercadorias a pagar 500.000

DICA 35

Registro de correção monetária

Para registrar a correção monetária pós-fixada referente a empréstimo anteriormente


contratado, por ocasião do vencimento da referida obrigação, será adequado o
lançamento a débito da conta variação monetária passiva e a crédito da conta
empréstimo a pagar.

D - Variação monetária passiva

C - Empréstimos a pagar (P)

Nos contratos de empréstimos, financiamentos, debêntures ou direitos creditórios, podem


ser estipuladas regras para atualização dos valores, com a utilização de índices específicos,
como o IGP-M ou outro índice de inflação, ou ainda pela cotação de moeda estrangeira,
como o dólar (neste caso, utiliza-se o termo "variações cambiais").

As variações monetárias constituem-se em receita ou despesa, devendo ser


contabilizadas pelo regime de competência.

As variações monetárias passivas serão registradas contabilmente na própria


conta que registra o empréstimo ou financiamento, tendo como contrapartida uma
conta de despesa operacional.

As variações monetárias ativas (ganhos) serão registradas a débito da conta que originou
o ganho e a crédito de uma conta de receita operacional.

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ESTATÍSTICA

DICA 36

TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM

Chamamos de técnicas de amostragem aquelas técnicas utilizadas para selecionar, dentre


os indivíduos de uma população, aqueles que farão parte de nossa amostra, sobre a
qual calcularemos os dados estatísticos de nosso interesse.

DICA 37

Amostragem aleatória simples

Uma primeira forma de amostragem probabilística é a escolha aleatória dos indivíduos da


população que farão parte da amostra (em uma lista, por exemplo).

Trata-se da amostragem aleatória (ou casual) simples. Esta amostragem pode ser feita com
reposição (onde um mesmo indivíduo pode ser escolhido mais de uma vez para a amostra)
ou sem reposição (onde cada indivíduo só pode ser escolhido uma vez).

DICA 38

Amostragem sistemática

Uma outra forma de escolher os indivíduos que farão parte da amostra é utilizando a
amostragem sistemática. Tendo a lista de todos os indivíduos em mãos, e algumas
características destes indivíduos, podemos criar um critério para a escolha dos
selecionados.

DICA 39

Amostragem por conglomerados (agrupamentos)

Ao invés de criar um sistema de escolha, como fizemos na amostragem sistemática,


podemos decidir analisar subgrupos inteiros da população. Trata-se da amostragem
por conglomerados (ou agrupamentos).

DICA 40

Amostragem estratificada

Em alguns casos, podemos dividir a população em estratos, que são subconjuntos da


população compostos por indivíduos com algumas semelhanças entre si.

A diferença entre estratos e conglomerados é que, nos estratos, os indivíduos devem ter
alguma característica em comum que os torna mais semelhantes, enquanto os
conglomerados são meros agrupamentos com base em um critério qualquer. Os
estratos também devem ser mutuamente exclusivos, para que cada indivíduo participe de
apenas 1 estrato.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

Comete CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE:

Submeter o preso a interrogatório policial DURANTE O PERÍODO DE REPOUSO


NOTURNO, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente
assistido, consentir em prestar declarações:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, E multa.

DICA 42

Comete CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE:

Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição


hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha
ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua
apuração:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, E multa, além da pena


correspondente à violência.

DICA 43

CRIMES DE TORTURA (LEI Nº 9.455/1997)

LEMBRAR QUE ... A CF/88 estabelece que o crime de tortura é inafiançável e


insuscetível de graça ou anistia, porém não é imprescritível.

* Assim também estabelece o § 6º da referida lei: O crime de tortura é inafiançável e


insuscetível de graça ou anistia.

DICA 44

Constitui CRIME DE TORTURA:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-


lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de


terceira pessoa; (TORTURA-PROVA  crime comum)

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; (TORTURA-CRIME 


crime comum)

c) em razão de discriminação racial ou religiosa; (TORTURA-RACISMO OU


DISCRIMINATÓRIA  crime comum)

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de


violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar
castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. (TORTURA-CASTIGO  crime
próprio, pois só é cometido por quem está com a guarda, poder ou autoridade
sobre a vítima)

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Pena - reclusão, de dois a oito anos.

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida


de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não
previsto em lei ou não resultante de medida legal.

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-
las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. (TORTURA-
OMISSÃO)

§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de


reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis
anos. (TORTURA QUALIFICADA)

 NÃO CAIR NA PEGADINHA!!! A LESÃO CORPORAL LEVE NÃO QUALIFICA A


TORTUTA!

 E TEM QUESTÃO CESPE NA ÁREA!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF
- Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 2ª Prova)

... Se um policial rodoviário federal, com o objetivo de obter confissão de uma pessoa
que tenha sido flagrada cometendo infração, praticar intencionalmente algum ato para
causar sofrimento mental a essa pessoa, essa conduta poderá ser caracterizada como
tortura.” PELA DICA VOCÊS JÁ GABARITAM A QUESTÃO... RACIOCINAR E
ACERTAR... ESTÁ CERTO, analisem o art. 1º, inc. I, “a”, da lei em questão (que está
logo acima).

DICA 45

No CRIME DE TORTURA:

AUMENTA-SE a pena de um sexto até um terço:

I - se o crime é cometido por agente público;

II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,


adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;

III - se o crime é cometido mediante seqüestro.

 Quanto ao AGENTE PÚBLICO, a condenação acarretará a perda do cargo, função ou


emprego público e a interdição para seu exercício pelo DOBRO DO PRAZO DA PENA
APLICADA.

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 E TEM QUESTÃO CESPE NA ÁREA!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista
Judiciário – Judiciária)

“A condenação pela prática de crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou


emprego público e a interdição para o seu exercício por prazo igual ao da pena aplicada.” E
AÍ GALERA? ERRADOOOO! Não é por prazo igual ao da pena aplicada, LEIAM
ACIMA: pelo DOBRO DO PRAZO DA PENA APLICADA.

VAMOS DE MACETE UM TANTO QUE HILÁRIO (constrangedor...)?! ... Quando “fulano”


tortura alguém fisicamente, apenas lembrem-se que: O TORTURADOR DOBRA O
“CARA” DE “PORRADA”.

DICA 46

O condenado por crime previsto na Lei de Tortura, salvo na hipótese de tortura-


omissão, INICIARÁ O CUMPRIMENTO DA PENA EM REGIME FECHADO.

DICA 47

O disposto na Lei de Tortura aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido
em território nacional, sendo:

 A vítima brasileira ou;

 Encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

DICA 48

LEI Nº 10.826/2003 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO

Considerações gerais

➢ O bem jurídico tutelado é a incolumidade pública.


➢ O objeto material: arma, acessório e munição.
➢ Trata-se de um crime de perigo abstrato, vez que não há necessidade de
ocorrência de uma lesão efetiva.

DICA 49

POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

Art. 12, da Lei nº 10.826/2003. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local
de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”.

Para entender o crime previsto no art. 12, importante citar o art. 5º do referido diploma
legal. Segundo o art. 5º, para se ter o porte de arma, o sujeito deve possuir registro de
arma de fogo. Neste caso, o proprietário deve manter a arma de foto exclusivamente:

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➢ no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses; ou


➢ no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa.


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

✓ Aos residentes em área rural considera-se residência ou domicílio toda a extensão


do respectivo imóvel rural.
✓ A área urbana compreende qualquer local da extensão da residência, como
garagem, jardim etc.
✓ Para comprovação da titularidade do estabelecimento ou empresa é analisado o
contrato social.

DICA 50

ARMA DESMUNICIADA E DESMONTADA

➢ Arma desmuniciada:

- Se a perícia constatar que a arma estava apta para produzir disparos, haverá o
crime;

- Se a perícia constatar que a arma estava inapta para produzir disparos, não haverá
o crime, pois trata-se de um crime impossível.

 E A BANCA CESPE JÁ COBROU!!!

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF -
Defensor Público)
... O porte de arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, ainda que a arma esteja desmuniciada ou comprovadamente inapta
a realizar disparos, configura delito de porte ilegal de arma de fogo.


PRESTEM ATENÇÃO NOS NOSSOS GRIFOS E GABARITE A QUESTÃO!
GABARITO: ERRADOOOO!

➢ Arma desmontada:

- Se a arma é fácil de ser montada haverá crime;

- Se a arma é difícil de ser montada, não haverá crime.

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DICA 51

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

No caso de condutas que não sejam capazes de colocar em risco o bem jurídico
tutelado, os Tribunais têm aplicado o princípio da insignificância. Podemos citar o caso de
uma pessoa que mantem uma munição dentro de sua residência.

DICA 52

ARMA COM REGISTRO VENCIDO

O proprietário de arma de fogo que possuía o registo, mas não renova, e mantem ou
possui em depósito a arma, não comete crime, mas sim uma infração administrativa.

ATENÇÃO! O STJ aplicou este entendimento no HC 587834 em 20/08/2020!

FIQUEM MAIS ATENTOS! Por sua vez, já no caso do porte de arma sem nenhum
registro, HAVERÁ CRIME.

DICA 53

OMISSÃO DE CAUTELA

Art. 13, da Lei nº 10.826/2003. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir
que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se
apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de


empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência
policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio
de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte
quatro) horas depois de ocorrido o fato.

*Em relação ao caput:

➢ é considerado um crime culposo;


➢ o objeto material do crime é somente arma de fogo;
➢ é crime próprio; e
➢ os sujeitos passivos são o menor de 18 anos ou pessoa portadora de deficiência
mental.

*Em relação ao parágrafo único:

➢ é considerado crime de omissão dolosa;


➢ os sujeitos ativos próprios deixam de registrar ocorrência e de comunicar à Polícia
Federal;
➢ O objeto material são armas de foto, acessório e munição;
➢ Prazo para consumação de 24 horas.

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DICA 54

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

Art. 14, da Lei nº 10.826/2003. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização
e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, E multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
estiver registrada em nome do agente”.

Trata-se de um crime doloso, no qual o agente pratica um ou mais núcleos previstos no


caput sem ter posse ou propriedade de arma

ATENÇÃO!!!

Conforme entendimento do STJ, se a arma é utilizada, exclusivamente, para matar,


haverá absorção do crime fim, isto é, o crime será de homicídio. No entanto, se for
possível separar os contextos haverá concurso material.

***O STF declarou o parágrafo único inconstitucional, podendo haver fiança e, com isso,
liberdade provisória.

DICA 55

ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI Nº 10.826/2003)

* O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito


da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.

* Suas atribuições relacionam-se basicamente com o registro e controle das informações


sobre as armar de fogo existentes no país (art. 2º) e ATENÇÃO! As disposições referentes
ao Sinarm NÃO ALCANÇAM as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem
como as demais que constem dos seus registros próprios.

 DICA PARA SE VISUALIZAR E NÃO ESQUECER A SEGUINTE DIFERENÇA:


- ANDANDO ARMADO NO CARRO OU NA CINTURA – “EXTRA MUROS”  PORTE.

- ARMA NA SUA CASA OU NO SEU TRABALHO – “INTRA MUROS”  POSSE.

DICA 56

AO SINARM COMPETE:

I – Identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante


cadastro;

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II – Cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;

III – Cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações


expedidas pela Polícia Federal;

IV – Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e


outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as
decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de
valores;

V – Identificar as modificações que alterem as características ou o


funcionamento de arma de fogo;

VI – Integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;

VII – Cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a


procedimentos policiais e judiciais;

VIII – Cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder


licença para exercer a atividade;

IX – Cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas,


exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e
munições;

X – Cadastrar a identificação do cano da arma, as características das


impressões de raiamento e de microestriamento de projétil disparado,
conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;

XI – Informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito


Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos
respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para
consulta.

DICA 57

É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.

* O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será
PRECEDIDO de autorização do Sinarm.

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ATENÇÃO! As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na


forma do regulamento da Lei do Desarmamento - lei nº 10.826/2003.

*  TOME NOTA! O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o


território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente
no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no
seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa.

*  TOME NOTA! Aos residentes em área rural, considera-se residência ou domicílio


toda a extensão do respectivo imóvel rural.

DICA 58

CAÇADOR DE SUBSISTÊNCIA

Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar
familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria
caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou
2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que
o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser
anexados os seguintes documentos:

I - documento de identificação pessoal;

II - comprovante de residência em área rural; e

III - atestado de bons antecedentes.

ATENÇÃO! O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo,
independentemente de outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por
porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.

DICA 59

DISPARO DE ARMA DE FOGO

Art. 15, da Lei nº 10.826/2003. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa
conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável”.

➢ Neste caso, a conduta é dolosa, basta que o agente faça um disparo ou acione a
munição em local habitado ou em via pública, não importando se a arma tem registro.
➢ Havendo crime contra a vida, com o disparo de arma de fogo, o crime fim absorve o
crime meio.
➢ O parágrafo único foi considerado inconstitucional, podendo haver fiança a liberdade
provisória.

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DICA 60

NOVA REDAÇÃO DADA PELO PACOTE ANTICRIME

Art. 16, da Lei nº 10.826/2003. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,
manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:

I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma


de fogo ou artefato;

II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a


arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo
induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário,


sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração,


marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;

V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo,


acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e

VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de


qualquer forma, munição ou explosivo.

§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de


fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.

ATENÇÃO! COM PACOTE ANTICRIME (Lei nº. 13.964/19), o crime de posse ou porte
ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO (§ 2º do art. 16) passou a ser hediondo, bem
como os crimes de comércio ilegal de armas de fogo e de tráfico internacional de
arma de fogo, acessório ou munição.  LEMBRANDO... logo, são crimes
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

A atividade administrativa do Estado é desempenhada pelos seguintes sujeitos: Órgãos


públicos (não há personalidade jurídica), entidades públicas (há personalidade jurídica)
e agentes públicos.
DICA 62

- Centralização: Dá-se na hipótese em que o Estado presta os serviços por meio de seus
órgãos e agentes integrantes da Administração direta, nessa mira, presta os serviços por
meio de seus órgãos e agentes integrantes da Administração direta (composta das pessoas
políticas, já que essas são as únicas que recebem competências diretamente da CF/88 para
prestar serviço público à sociedade). Assim, fala-se que o serviço é prestado de forma
centralizada.

- Descentralização: Aqui a ideia subjacente é a eficiência. Segundo Segundo Maria Zylvia


Zanella Di Pietro, a descentralização é a distribuição de competências de uma para outra
pessoa, física ou jurídica. A Doutrina a divide em: descentralização por outorga, por
serviços, técnica ou funcional; descentralização por delegação ou colaboração;
descentralização territorial ou geográfica.

- DescOncentração: criação de Orgãos. Ocorre, EXCLUSIVAMENTE, dentro de uma mesma


pessoa jurídica. Trata-se de uma técnica administrativa de distribuição interna de
competências. Lembrem-se que aqui há relação de hierarquia entre os órgãos
resultantes.

DICA 63

- Descentralização por outorga, por serviços, técnica ou funcional:

*Exigência de lei (em sentido formal) para criar OU autorizar a criação de outra entidade;
*Dá origem a Administração Indireta (Autarquia, FP, EP e SEM);
*Transfere a Titularidade do serviço.

OBS.: Não existe hierarquia ou subordinação entre as pessoas envolvidas, mas apenas
vinculação. Nesta esteira, o órgão central presta a tutela (administrativa), supervisão
(ministerial) ou controle finalístico sobre o exercício da atividade por parte do ente
descentralizado, nos termos ditados pela lei.

DICA 64

Teoria do Órgão: aceita pela doutrina hoje, também denominada como teoria da
imputação volitiva, que foi cunhada pelo alemão Otto Gierke. Em suma, a vontade dos
órgãos e seus agentes é imputada diretamente à pessoa jurídica a qual o agente é vinculado.
Nessa mira, como exemplo, Policial Civil, é vinculado ao estado do Maranhão ou outro da
Federação. Logo, um ato praticado por um policial civil é imputado ao estado que esteja
vinculado.

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DICA 65

- Descentralização por delegação ou colaboração:

*Ato administrativo → autorização de serviço (precariedade)


*Contrato Administrativo → concessão ou permissão (prazo determinado)

DICA 66

EXCEÇÕES que reconhecem a capacidade processual de determinados órgãos públicos


autônomos e independentes:

*A jurisprudência admite a capacidade processual de determinados órgãos públicos


autônomos e independentes para a impetração de mandado de segurança na defesa de suas
prerrogativas e competências (apenas nesse tipo de caso), quando violadas por ato de outro
órgão.

*O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 82, inciso III, estabelece serem
legitimados para promover a liquidação e execução de indenização “as entidades e órgãos
da administração pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,
especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este Código”.

DICA 67

Principais diferenças entre as entidades da Administração Indireta

- Finalidade: as autarquias são criadas para o desempenho de atividades típicas de


Estado; as fundações públicas, para o exercício de atividades de utilidade pública; e as
empresas públicas e sociedades de economia mista, para a exploração de atividades
econômicas.
- Natureza jurídica das entidades: as autarquias são pessoas jurídicas de direito
público; as empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas
jurídicas de direito privado; no tocante às fundações podem ser tanto de direito público
quanto de direito privado.

- Criação e instituição das entidades: A CF/88, art. 37, inciso XIX, dispõe que a criação
de autarquias (por serem pessoas de direito público) se dá mediante lei específica, ao
contrário do que acontece com as sociedades de economia mista e empresas públicas (por
serem pessoas de direito privado), que necessitam de uma lei que autorize a sua instituição.

DICA 68

ATENÇÃO! Tanto as fundações públicas de direito público (também denominados de


“fundações autárquicas” ou “autarquias fundacionais”) quanto as fundações públicas de
direito privado não possuem finalidade lucrativa.

DICA 69

Na ADI 2. 794, o STF já decidiu no sentido de que o Ministério Público Federal deve
realizar o velamento das fundações federais de direito público. Nessa esteira, cabe ao
MP o controle de todas as fundações, sejam as privadas ou as públicas (de direito público e
de direito privada), sendo competente para velar pelas fundações estaduais e municipais, o
MP do estado-membro em que se encontrem; pelas fundações distritais, o MPDFT; e pelas
fundações federais (independentemente da localização), o MPF.

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DICA 70

- Descentralização Territorial ou Geográfica:

*a União cria uma pessoa jurídica com limites territoriais determinados e competências
administrativas genéricas. Não possuem capacidade política, tão somente capacidade
administrativa genérica (art. 18, § 2º, da CF/88).

DICA 71

As SEM e EP são as únicas entidades da Administração Indireta que podem explorar


atividade econômica, caso sejam exploradoras de atividade econômica, se submetem
precipuamente ao regime jurídico de direito privado e próprio das empresas privadas (art.
173, § 1º, inciso II da CF).

DICA 72

O ato administrativo não é privilégio do Poder Executivo: o Legislativo e o Judiciário,


assim como o Tribunal de Contas e o Ministério Público, também editam atos
administrativos. E fazem isso quando exercem sua função administrativa, ou, no jargão
da Administração, suas “atividades-meio”.

DICA 73

A ausência de manifestação da administração em situações em que deve pronunciar-se,


conhecida como silêncio administrativo, não é considerada pela doutrina majoritária
como um ato administrativo.

Afinal, uma das características que definem o ato administrativo é justamente a declaração
de vontade, isto é, a exteriorização do pensamento.

DICA 74

O conceito de agente público é detalhado na Lei Nº 8.429/92 e pode ser definido como todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função pública.

DICA 75

Agentes Administrativos

Aqui estão a maioria dos agentes públicos. Atuam na Administração Pública ocupando
cargos, empregos e funções públicas com vínculo hierárquico e recebendo remuneração
para isso. Podemos citar, como exemplo, os servidores e empregados públicos.

Agentes Políticos

Esses são os agentes públicos que fazem parte da cúpula da Administração Pública.
São aqueles que definem as políticas públicas a serem implementadas pelo Poder Público e
realizam a supervisão e direção superior de tais políticas.

Agentes Honoríficos

São cidadãos chamados a colaborarem temporariamente com o Poder Público, por


meio da prestação de serviços específicos. Não possuem vínculo com a Administração

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Pública e normalmente atuam sem remuneração. Podemos citar os mesários que atuam nas
eleições, como exemplo.

Agentes Delegados

São particulares que exercem atividades por sua própria conta e risco, mas que
podem ter impacto na população, sendo fiscalizados pelo Poder Público. Aqui temos por
exemplo os delegatários de serviços públicos e os leiloeiros.

Agentes Credenciados

São aqueles que recebem a incumbência de representar a Administração Pública em


determinados eventos ou atividades. Podemos citar um professor universitário que
representa o Brasil em certo congresso.

DICA 76

Investidura em cargo/emprego público - Em regra depende de: Concurso Público de


Provas e Concurso Público de Provas e Títulos, salvo para cargos em comissão.

Com relação ao uso de títulos nos concursos públicos, tal possibilidade só se justifica para
cargos/empregos que dependam de especial conhecimento técnico ou científico.
Segundo o STF, deve haver também uma relação lógica entre os títulos aceitos como fatos
de pontuação e as atribuições dos cargos/agentes e a natureza do cargo – nada justifica
a exigência de títulos para cargos de atribuição genérica. Além disso, a pontuação
atribuída deve ser razoável, sob pena de afronta aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade.

DICA 77

Exceções à regra de Concurso Público

→ Cargos em Comissão

O acesso a cargo ou emprego público tem como regra a necessidade de concurso público.
Tal diretriz é excepcionada no caso de cargos em comissão, que são de livre nomeação e
exoneração da autoridade competente, tendo como fundamento o poder discricionário.

→ Agentes Comunitários

Outra exceção é o caso dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, que
podem ser contratados mediante “processo seletivo público”, de acordo com a natureza
e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação (art. 198,
§4º).

→ Contratação por tempo determinado

A contratação por tempo determinado também é tratada na CF/88 como exceção à regra
de concurso público.

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DICA 78

Aos brasileiros é concedido o livre acesso aos cargos/empregos/funções públicas, atendidos


os requisitos estabelecidos em lei.

No caso do estrangeiro, é usada a expressão “na forma da lei”. Isso significa que tem que
existir uma lei prevendo a possibilidade de acesso aos estrangeiros para que só então, se
todos os requisitos forem atendidos (como os brasileiros), os estrangeiros tenham acesso
aos cargos/empregos/funções públicas.

É uma norma de eficácia limitada, o que significa que para que essa parte da CF/88
relativa aos estrangeiros seja aplicável é necessária a edição prévia de uma lei que preveja
tal fato.

DICA 79

Súmula 683 do STF

O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º,
XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do
cargo a ser preenchido.

DICA 80

As administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,


atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

DICA 81

Não pode a Administração Pública impedir o acesso a cargos/empregos públicos baseada no


conceito de “inidoneidade moral” ou “ausência de bons antecedentes”, caso se trate
de inquérito ou ação penal sem trânsito em julgado. Tal situação, segundo do STF, seria
uma afronta ao princípio da presunção da inocência.

DICA 82

Súmula Vinculante 44
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

Requisitos para a exigência de testes psicotécnicos:

→ Previsão em lei;
→ Previsão no edital (específico para concursos federais);
→ Uso de critérios objetivos e de reconhecido caráter técnico; e
→ Possibilidade de recurso.

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DICA 83

JURISPRUDÊNCIA STF

→ Salário Mínimo: Com relação à garantia de salário mínimo, o STF entende que a garantia
se refere à remuneração e não ao vencimento básico;

→ Horas-extras: A Corte Maior entende que o inciso referente às horas-extras


(remuneração extraordinária) não depende de regulamentação, sendo de eficácia plena – o
Poder público deve garantir seu pleno exercício independente da ausência de lei
regulamentadora;

→ Conversão de férias em dinheiro: Os servidores que porventura ainda tenham direito


a férias e que não possam gozá-las devem receber tais benefícios na forma de dinheiro,
independente de previsão legal. Isso vale inclusive para o adicional de 1/3; e

→ Estabilidade da gestante: Se aplica aos agentes públicos o descrito no art. 10º do


ADCT da CF/88, segundo o qual fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da
empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Isso
vale, inclusive, para as ocupantes de cargos em comissão.

DICA 84

Durante o prazo de validade do concurso o candidato aprovado dentro do número de


vagas indicadas no edital tem direito subjetivo de ser nomeado.

O STF ampliou tal entendimento para os candidatos que não foram aprovados dentro das
vagas, mas que devido à desistência de outros candidatos acabam se enquadrando dentro
das vagas.

Em casos excepcionais, provocados por circunstâncias supervenientes à publicação do


edital, é aceitável que a Administração Pública deixe de nomear os agentes públicos, quando
deverá motivar tal decisão que estará sujeita ao controle do Judiciário.

DICA 85

As empresas públicas e sociedades de economia mista autônomas (que não recebem


nenhum recurso do governo) não estão sujeitas ao teto constitucional.

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86
Historicamente, os direitos fundamentais de primeira dimensão pressupõem dever de
abstenção pelo Estado, ao contrário dos direitos fundamentais de segunda dimensão, que
exigem, para sua concretização, prestações estatais positivas.

DICA 87
Gerações (dimensões) de direitos fundamentais

Primeira geração

1) Nasceram no contexto histórico das Revoluções Liberais do século XVIII;


2) São direitos que visavam impor restrições ao poder absoluto do Estado;
3) São direitos civis (ligados ao valor liberdade) e políticos (que viabilizaram a participação
das pessoas na vida política do Estado);
4) Tais direitos são marcadamente de caráter negativo, pois impõem um dever de
abstenção do Estado, impedindo a intromissão indevida na vida dos indivíduos.

Segunda geração

1) Nasceram no contexto histórico das Revolução Industrial do século XIX;


2) Exigiam a atuação (um fazer) do Estado para melhorar as condições das classes menos
favorecidas;
3) Instituíram direitos sociais (ligados ao valor igualdade);
4) Tais direitos são de caráter positivo, pois impõem um dever de atuação do Estado para
garantir direitos básicos e as condições mínimas de igualdade para todos.

Terceira geração

1) Nasceram no contexto histórico do pós-Segunda Guerra Mundial (segunda metade do


século XX);
2) Resultaram da reflexão da comunidade internacional a respeito do saldo lamentável dos
conflitos do século XX e da necessidade de proteger as gerações futuras;
3) Instituíram direitos difusos ou metaindividuais (ligados ao valor fraternidade ou
solidariedade);
4) Tais direitos não são titularizados por uma pessoa ou um grupo de pessoas determinado,
mas por toda a coletividade.

Quarta geração

É representada pelos direitos à democracia, à informação e ao pluralismo, resultado da


globalização política. Esse grupo de direitos abarca também os referentes à biotecnologia,
à bioética e à regularização da engenharia genética, sendo fruto dos avanços tecnológicos
e da globalização da informação.

Quinta geração

Abarca o direito à paz, necessário à boa convivência humana e para a própria conservação
da nossa espécie.

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DICA 88
Aplicabilidade das normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais

Regra - A Constituição brasileira dispõe, no § 1º do art. 5º, que “as normas definidoras dos
direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”. Isto significa dizer que, via de
regra, as normas constitucionais que enunciam os direitos fundamentais não dependem
de atuação legislativa para que tenham eficácia.

Exceção - A Constituição poderá exigir norma regulamentadora para que certos direitos
fundamentais possam ser plenamente exercidos, isto é, para que eles possam produzir
todos os seus efeitos essenciais.

DICA 89
Eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas (eficácia horizontal e
diagonal)

Eficácia vertical - Os direitos fundamentais são aplicáveis em uma relação entre os


particulares e o Poder Público.

Eficácia horizontal - Os direitos fundamentais são aplicáveis nas relações privadas (entre
particulares).

• Eficácia indireta e mediata: a aplicação dos direitos fundamentais nas relações


particulares somente pode se dar por meio da produção de leis infraconstitucionais.

• Eficácia direta e imediata: os Direitos fundamentais estariam aptos a vincular de


modo imediato os agentes particulares, sendo desnecessária a intermediação
legislativa.

Eficácia diagonal - Os direitos fundamentais incidem nas relações entre particulares que
não estão em situação simétrica, isto é, naqueles casos em que um dos polos da relação
jurídica se encontra em condição de hipossuficiência, de flagrante desigualdade fática.

DICA 90
O habeas corpus é remédio constitucional a ser impetrado sempre que alguém sofrer ou
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder (art. 5º, LXVIII, CF). O HC pode ser:

1) repressivo (liberatório), para reparar ofensa ocorrida ao direito de locomoção; ou


seja, o indivíduo já teve desrespeitado o seu direito de livre locomoção, por cerceamento
ilegal de autoridade pública ou dirigente de estabelecimento coletivo de caráter público
(hospital, restaurante, instituição bancária, estabelecimento de ensino).

2) preventivo (salvo-conduto), para prevenir a ofensa, quando haja fundado receio de


constrangimento ilegal à liberdade de locomoção, e importa de expedição de salvo-conduto.

3) profilático (potencial constrangimento) para suspender atos processuais ou


impugnar medidas que possam importar em prisão, tais como quebra de sigilo bancário e
fiscal, quebra de sigilo telefônico, busca e apreensão etc.

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4) suspensivo: defendido por alguns autores, naqueles casos em que já existe um


constrangimento ilegal, mas a pessoa ainda não foi presa, caso em que se expede
um contramando de prisão.

Ademais, o habeas corpus é cabível não só contra ofensa direta, mas também frente
à ofensa indireta ao direito de locomoção. A ofensa indireta ocorre quando o ato
impugnado poderá resultar em procedimento que, no final, resulte na reclusão do
impetrante.

DICA 91
Ações afirmativas são mecanismos que visam viabilizar uma isonomia material em
detrimento de uma isonomia formal por meio do incremento de oportunidades para
determinados segmentos.

Lembre-se que a isonomia pode ser lida em uma perspectiva formal (que é a igualdade
perante a lei) e material (que é a igualdade na lei).

As ações afirmativas visam realizar a igualdade material, oportunizando aos que foram
menos favorecidos (por critérios sociais, econômicos, culturais, biológicos) o acesso aos
meios que reduzam ou compensem as dificuldades enfrentadas, de forma que possam ser
sanadas as distorções que os colocaram em posição desigual diante dos demais integrantes
da sociedade.

DICA 92
Em 2018, na ADI 4275, o STF reconheceu às pessoas transgêneros o direito a alteração,
no assento de registro civil, de nome e gênero, ainda que não realizado procedimento
cirúrgico de transgenitalização ou de redesignação sexual.

DICA 93
A regra em nossa Constituição é a vedação de distinções criadas por motivo de sexo, idade,
cor ou estado civil. No entanto, desde a EC nº 19/1998, temos em nosso texto, no art.
39, § 3º, CF/88, a possibilidade de o legislador infraconstitucional estabelecer em lei
requisitos diferenciados de admissão em concursos públicos quando a natureza do cargo
exigir.

É, portanto, constitucionalmente legítima a previsão em edital de requisitos diferenciados


de admissão desde que duas regras sejam satisfeitas: 1) deve haver previsão legal
definindo quais são os critérios; 2) a previsão deve ser razoável, afinal, de acordo com o
STF, a distinção só será constitucionalmente legítima quando justificada pela natureza das
atribuições dos cargos a serem preenchidos.

DICA 94
De acordo com o STF, é constitucional a previsão de limites de idade em concursos públicos,
quando justificada pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido (Súmula
683 – “O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art.
7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do
cargo a ser preenchido”).

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DICA 95
Súmula Vinculante nº 11→ Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte
do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão
ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

DICA 96
A liberdade de manifestação de pensamento, ainda que seja garantida pelo texto
constitucional em seu art. 5º, IV, somente poderá ser exercida se de forma não anônima.

Isso porque, eventualmente, no exercício dessa faculdade, o sujeito poderá agir


abusivamente e ferir direitos de outrem (honra ou imagem, por exemplo), ou até mesmo
cometer um ilícito penal, casos em que sua identidade será imprescindível para viabilizar a
responsabilização aplicável à hipótese.

DICA 97
Sacrifício de animais em cultos de religiões de matriz africana

Em março de 2019, por maioria, o Plenário do STF considerou constitucional lei estadual
de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício
ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana.

Como sabemos, a religião desempenha papel importante em vários aspectos da vida da


comunidade, e essa centralidade está consagrada no art. 5º, VI, da Constituição. É, pois,
dever do Estado Brasileiro proteger as manifestações das culturas populares indígenas e
afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional (art.
215, § 1º, da CF/88).

Por isso, nossa Corte Suprema entendeu não ter havido (por parte da lei) violação aos
princípios da laicidade e da igualdade. A proteção legal às religiões de matriz africana
não representa um privilégio, mas sim um mecanismo de assegurar a liberdade religiosa,
mantida a laicidade do Estado.

Como em seu art. 3º nossa Constituição promete uma sociedade livre de preconceitos, entre
os quais o religioso, a cultura afro-brasileira tem merecido maior atenção do Estado, por
conta de sua estigmatização (fruto de preconceito estrutural). A proibição do sacrifício
negaria a própria essência da pluralidade cultural, com a consequente imposição de
determinada visão de mundo.

DICA 98
Espécies de ensino religioso:

> Não confessional: voltado à exposição das diversas religiões; visão neutra, descritiva
do que seja cada religião, não especificando os dogmas de cada uma.

> Confessional: transmite os princípios e dogmas de uma determinada religião. Ex.: aula
sobre catolicismo; sobre espiritismo; sobre budismo... O aluno escolhe a aula que gostaria
de assistir.

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> Interconfessional: não são explicados os princípios e dogmas de uma determinada


religião; são ensinados os princípios comuns às várias religiões.

DICA 99
A doutrina destaca os elementos que compõem o direito de reunião, veja só:

1) elemento subjetivo: o direito de reunião pressupõe um conjunto de pessoas, não


fazendo sentido falarmos em reuniões individuais;

2) elemento formal: a reunião deve ser minimamente coordenada, exigindo-se a prévia


convocação e a consciência da participação dos componentes. A reunião nunca é, pois, uma
aglomeração espontânea de pessoas num determinado lugar: é um evento planejado, que
foi convocado previamente, em que as pessoas que ali estão o fazem justamente para
integrar o encontro;

3) elemento teleológico: os integrantes da reunião devem comungar de uma mesma


finalidade (fim comum), seja de cunho político, religioso, artístico ou filosófico;

4) elemento temporal: o agrupamento não pode apresentar laços duradouros, caso


contrário haveria a configuração de uma associação. A reunião deve ser, portanto, um
evento momentâneo, passageiro;

5) elemento objetivo: para ser constitucionalmente legítima a reunião deverá ser pacífica
e sem armas. Não pode haver conflitos físicos nem violência (a não ser que esta seja
externa, sendo ocasionada por pessoas estranhas ao agrupamento);

6) elemento espacial: há que haver um local delimitado, uma área específica para a
reunião acontecer, mesmo naquelas situações mais dinâmicas que se caracterizam pela
situação de deslocamento em vias públicas (passeatas, por exemplo).

A Constituição Federal impõe, ainda, duas condicionantes para que haja um exercício
genuíno e lícito do direito:

1) o aviso prévio e
2) a não frustração de outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.

Sobre eles, entendo necessário comentar o seguinte:

1) sabemos que o exercício do direito de reunião independe de autorização do Poder Público.


Todavia, quando a reunião for acontecer em locais públicos, ela não pode ser iniciada sem
que se tenha avisado previamente a autoridade competente.

DICA 100
Inviolabilidade domiciliar

- O lar é o local em que a vida privada doméstica será exercida com plena liberdade e
autonomia, de modo inacessível às intromissões alheias.

- O conceito de “domicílio”, em âmbito constitucional é significativamente mais amplo que


na esfera civil.

- O termo “casa” engloba:

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1) qualquer compartimento habitado (casa, apartamento, a barraca de camping, o trailer);

2) qualquer aposento ocupado de habitação coletiva (quarto de hotel, motel ou pensão);

3) qualquer compartimento não aberto ao público onde alguém (pessoa física ou jurídica)
exerce uma atividade ou profissão (escritórios profissionais – como os consultórios médicos
e odontológicos, os escritórios dos advogados).

- Segundo nossa Constituição, excetuando-se a hipótese de consentimento do morador, a


entrada de um estranho em local considerado “casa” somente poderá ocorrer:

* em hipótese de flagrante delito;


* em caso de desastre;
* para prestar socorro;
* ou, durante o dia, por determinação judicial.

DICA 101
Direito de Propriedade

Limitações ao direito de propriedade

Desapropriação

- Transferência compulsória. Ocorrerá por necessidade ou utilidade pública. O Estado toma


para si, ou transfere para terceiro, bens particulares.

- Há o pagamento de justa e prévia indenização em dinheiro.

Requisição

- Forma de intervenção pública no direito de propriedade em situações emergenciais, em


que há iminente perigo público e a autoridade competente precisa usar temporariamente
uma propriedade particular.

- Não há perda da propriedade.

- Indenização sempre posterior e somente se houver dano.

Expropriação ou confisco

- Supressão punitiva.

- Não há direito à indenização.

- Ocorrerá em razão de culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou em razão da exploração


de trabalho escravo.

DICA 102
É muito comum que a banca examinadora tente confundir você quanto às finalidades do
direito de petição e do direito de obter certidão.

1) O direito de petição tem como finalidades a defesa de direitos e a defesa contra


ilegalidade ou abuso de poder.

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2) O direito à obtenção de certidões tem como finalidades a defesa de direitos e o


esclarecimento de situações de interesse pessoal. Ele não serve para esclarecimento de
interesse de terceiros.

Como se vê, ambos servem para a defesa de direitos. Entretanto, a petição também é usada
contra ilegalidade ou abuso de poder, enquanto as certidões têm como segunda
aplicação possível o esclarecimento de situações de interesse pessoal.

DICA 103
O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada são institutos que
surgiram como instrumentos de segurança jurídica, impedindo que as leis retroagissem para
prejudicar situações jurídicas consolidadas. Eles representam, portanto, a garantia da
irretroatividade das leis, que, todavia, não é absoluta.

O Estado não é impedido de criar leis retroativas; estas serão permitidas, mas apenas se
beneficiarem os indivíduos, impondo-lhes situação mais favorável do que a que existia
sob a vigência da lei anterior. Segundo o STF, “o princípio insculpido no inciso XXXVI do art.
5º da Constituição não impede a edição, pelo Estado, de norma retroativa (lei ou decreto),
em benefício do particular”.

DICA 104
Conceitos de direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada.

a) Direito adquirido é aquele que já se incorporou ao patrimônio do particular, uma vez


que já foram cumpridos todos os requisitos aquisitivos exigidos pela lei então vigente. É o
que ocorre se você cumprir todos os requisitos para se aposentar sob a vigência de uma lei
X. Depois de cumpridas as condições de aposentadoria, mesmo que seja criada lei Y com
requisitos mais gravosos, você terá direito adquirido a se aposentar.

O direito adquirido difere da “expectativa de direito”, que não é alcançada pela proteção do
art. 5º, inciso XXXVI. Suponha que a lei atual, ao dispor sobre os requisitos para
aposentadoria, lhe garanta o direito de se aposentar daqui a 5 anos. Hoje, você ainda não
cumpre os requisitos necessários para se aposentar; no entanto, daqui a 5 anos os terá
todos reunidos. Caso amanhã seja editada uma nova lei, que imponha requisitos mais
difíceis para a aposentadoria, fazendo com que você só possa se aposentar daqui a 10 anos,
ela não estará ferindo seu direito.

Veja: você ainda não tinha direito adquirido à aposentadoria (ainda não havia cumprido os
requisitos necessários para tanto), mas mera expectativa de direito.

b) Ato jurídico perfeito é aquele que reúne todos os elementos constitutivos exigidos pela
lei 14; é o ato já consumado pela lei vigente ao tempo em que se efetuou.15 Tome-se como
exemplo um contrato celebrado hoje, na vigência de uma lei X.

c) Coisa julgada compreende a decisão judicial da qual não cabe mais recurso.

DICA 105
O asilo político, que é um dos princípios do Brasil nas relações internacionais (art. 4º, X),
consiste no acolhimento de estrangeiro por um Estado que não seja o seu, em virtude de
perseguição política por seu próprio país ou por terceiro. Segundo o STF, não há
incompatibilidade absoluta entre o instituto do asilo e o da extradição passiva.

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Isso porque a Corte não está vinculada ao juízo formulado pelo Poder Executivo na
concessão do asilo político.42 Em outras palavras, mesmo que o Poder Executivo conceda
asilo político a um estrangeiro, o STF poderá, a posteriori, autorizar a extradição.

Quanto ao refúgio, trata-se de instituto mais geral do que o asilo político, que será
reconhecido a indivíduo em razão de fundados temores de perseguição (por motivos de
raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas).

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NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

CRITÉRIO MATERIAL, FORMAL E ANALÍTICO DE CRIME

 Já foi cobrado pela banca CESPE!

*A doutrina considera 3 elementos para o conceito de crime. O critério formal, material


e analítico.

➢ Material: O crime é toda ação ou omissão que causa lesão ao bem


jurídico penalmente tutelado. Trata-se de conceito pré-jurídico, isto
é, tudo aquilo que contraria os interesses da sociedade em sua essência
e o direito penal reprime.

➢ Formal: Conceito legal de crime, isto é, aquilo que está


consubstanciado nas normas penais. O conceito legal de crime está
disposto no art. 1º da Lei e Introdução ao Código Penal: “Art 1º
Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão
ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou
cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal
a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa,
ou ambas, alternativa ou cumulativamente”.

➢ Analítico: Teoria mais aceita pela maioria da doutrina, a teoria


tripartite considera o crime como um fato típico, ilícito e culpável.

ANALISEM A QUESTÃO...

(CEBRASPE (CESPE) - Policial Rodoviário Federal/2013)

... Com relação aos princípios, institutos e dispositivos da parte geral do Código Penal (CP),
julgue o item seguinte.

O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de ocorrência de tipicidade sem


antijuridicidade, assim como de antijuridicidade sem culpabilidade.

(X) Certo
( ) Errado

A questão acima leva em consideração a teoria tripartite do crime, ou seja, um fato pode
ser típico, mas não ilícito, bem como ilícito, mas não culpável. Isto porque esta teoria é
estabelecida como se fosse uma “escada”, em que primeiro vem a tipicidade, depois a
ilicitude e depois a culpabilidade. Todos esses elementos precisam estar presentes
para que haja um crime e cada um é pressuposto do seu antecessor.

46
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DICA 107

FATO TÍPICO

 Já foi cobrado pela banca CESPE!

- O fato típico é o fato jurídico que atenta contra um bem jurídico e, por tal razão,
cria-se um tipo penal.

- O tipo penal é a descrição em Lei de uma conduta criminosa + a cominação de


uma pena.

- Os elementos do fato típico são: CONDUTA, RESULTADO, NEXO CAUSAL e


TIPICIDADE.

*Dessa forma, a partir de uma determinada conduta humana, que vise a um resultado -
o qual o sistema jurídico não quer que você pratique - há um lapso temporal entre ambos
caracterizado pelo nexo causal (explique-se melhor: nexo causal  ligação entre a
conduta praticada e a consequência), que decorre assim na tipicidade (explica-se
melhor: Tipicidade é, em suma, a relação de subsunção entre um comportamento e o tipo
legal descrito como crime).

ANALISEM A QUESTÃO e ENTENDAM ILUSTRATIVAMENTE...

ANALISEM A QUESTÃO...

(CEBRASPE (CESPE) - Agente de Polícia Federal/2009)

Quanto a tipicidade, ilicitude, culpabilidade e punibilidade, julgue o item a seguir. São


elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo de causalidade, tipicidade e
culpabilidade, de forma que, ausente qualquer dos elementos, a conduta será atípica

para o direito penal, mas poderá ser valorada pelos outros ramos do direito, podendo
configurar, por exemplo, ilícito administrativo.

( ) Certo

(x) Errado

A questão está errada, pois a culpabilidade não é elemento do fato típico.

DICA 108

FATO TÍPICO – CONDUTA

Conduta é o comportamento humano comissivo (ação) ou omissivo dirigido a um fim e


realizado de maneira consciente e voluntária (conduta penalmente relevante).

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DICA 109

ATIPICIDADE – COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL

 JÁ FOI COBRADO PELA BANCA CESPE!

*A coação física irresistível é aquela em que a pessoa pratica uma conduta involuntária,
sem vontade de causar o tipo penal, isto é, o autor não tem controle do ato praticado.

Decorrendo esta de AUSÊNCIA DE CONDUTA, caracteriza-se a ATIPICIDADE.

ANALISEM A QUESTÃO...

*Por exemplo, “A”, deliberadamente, empurra “B”, que cai em cima de “C”, causando-lhe
lesão corporal. Nesse caso, “B” não responderá pelo crime, já que sua conduta foi
involuntária.

CESPE - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2/2018)

Considerando-se o conceito analítico de crime, exclui-se a conduta quando

a) presente coação moral irresistível.

b) presentes caso fortuito e força maior. É A RESPOSTA!

c) presente doença mental do agente da conduta.

d) presente coação física, seja resistível, seja irresistível.

e) presente embriaguez preordenada.

DICA 110

COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL

 JÁ FOI COBRADO PELA BANCA CESPE!

*A coação moral irresistível diferentemente da coação física repercute sobre a moral da


pessoa e não fisicamente. Neste caso repercute-se na CULPABILIDADE do autor e não
na tipicidade.

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Nos casos em que ocorre coação moral irresistível há inexigibilidade de conduta diversa,
excluindo a culpabilidade.

É o caso, por exemplo, do bandido que para fazer com que o gerente do banco entregue o
dinheiro do cofre promete realizar algum mal a ele ou ao seu familiar, o que leva ao coagido
a se submeter à vontade do bandido, ou seja, não se pode exigir que o gerente, nessa
situação, aja de maneira diversa.

ANALISEM A QUESTÃO...

(CESPE - 2004 - Polícia Federal - Agente Federal da Polícia Federal - Nacional)

A coação física e a coação moral irresistíveis afastam a própria ação, não respondendo o
agente pelo crime. Em tais casos, responderá pelo crime o coator.

( ) Certo

(x) Errado

Cuidado para não confundir coação moral irresistível com coação física irresistível!
Coação FISICA exclui o fato típico, pois exclui a própria conduta, já a Coação MORAL exclui
a culpabilidade excluindo a exigibilidade de conduta diversa.

VAMOS FIXAR...

COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL (Exclusão do fato típico)

É também conhecida como vis absoluta. EXCLUI A CONDUTA, por completa ausência de
vontade do agente coagido. ATENÇÃO! A COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL É CAUSA DE
EXCLUSÃO DO FATO TÍPICO. LADO OUTRO, A COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL É
CAUSA DE EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE.
Vamos ao exemplo... Luiz segura o braço de André e o obriga a atirar em Maria.
André não teve dolo e nem culpa, logo, não teve conduta por parte de André!

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DICA 111

RESULTADO NATURALÍSTICO E RESULTADO JURÍDICO


*O resultado, um dos elementos do fato típico, se subdivide entre RESULTADO
NATURALÍSTICO e RESULTADO JURÍDICO.

*O resultado naturalístico causa modificação do mundo externo, como por exemplo, o


crime de homicídio em que o resultado é a morte. No entanto, nem sempre vai ocorrer essa
modificação do mundo externo. Neste caso, ocorre da mesma forma uma lesão a um bem
jurídico ocasionado, porém, somente no resultado jurídico.

* Visualizem: No crime de violação de domicílio (art. 150 do CP), não ocorre resultado
naturalístico, OCORRE RESULTADO NORMATIVO, que consiste na lesão ao bem jurídico
inviolabilidade domiciliar, bem como à privacidade do morador.

DICA 112

CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES
*A classificação de crime leva em consideração a relação entre o resultado naturalístico
e a consumação do crime.

***Pode ser classificado em:

➢ Material
➢ Formal
➢ Mera conduta

DICA 113

CRIME MATERIAL
No crime material: É necessário para a consumação do crime o resultado
naturalístico. O crime de homicídio é considerado material, já que no art. 121 do CP a
previsão de resultado naturalístico (morte) e tal condição é necessária para a consumação
do crime.

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DICA 114

CRIME FORMAL
No crime formal NÃO é necessário para a consumação do crime um resultado
naturalístico, mesmo havendo previsão no tipo penal do crime. O crime de extorsão, por
exemplo, é consumado INDEPENDENTEMENTE de o autor receber efetivamente uma
vantagem indevida.

DICA 115

CRIME DE MERA CONDUTA


O crime de mera conduta é aquele em que não há previsão no tipo penal de um
resultado naturalístico, isto é, o crime estará consumado com a prática da conduta.
No crime de violação de domicílio basta que o agente adentre na residência sem autorização.

 JÁ FOI COBRADO PELA BANCA CESPE!


ANALISEM A QUESTÃO...

(CEBRASPE (CESPE) - Auditor (SEFAZ AL)/2002) À luz do direito penal, julgue o item que
se segue.
São elementos do fato típico: conduta dolosa ou culposa; resultado, mesmo nos crimes de
mera conduta; nexo causal entre a conduta e o evento.
( ) Certo
(x) Errado
DICA 116

TEORIAS DO DOLO

O dolo está presente quando o agente quer produzir o


resultado. Depende de intenção DIRETA. Não cabe
TEORIA DA VONTADE
o dolo eventual.

O dolo está presente quando existe previsão


subjetiva do resultado. Basta que o agente
preveja o resultado para estar agindo
TEORIA DA dolosamente. Ex.: João saiu de uma boate
REPRESENTAÇÃO completamente embriagado, pega o veículo e percebe
que pode causar um acidente. É o suficiente para
configurar o dolo, mesmo que ele não tenha a intenção
de matar/machucar alguém.

Existe o dolo quando o agente prevê


subjetivamente o resultado e aceita o risco da sua
TEORIA DO
ocorrência (dolo eventual). É necessário que o agente
ASSENTIMENTO
aceite o risco de produzir o resultado. É possível
diferenciar o dolo eventual da culpa consciente (art. 18,
I, CP).

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*O Brasil adotou a teoria da vontade + teoria do assentimento (dolo direto e dolo


indireto).
DICA 117

ESPÉCIES DE DOLO
Dolo direto: Teoria da vontade.
DOLO DIRETO DE 1º GRAU: ocorre quando o agente quer DIRETAMENTE a produção do
resultado. Ex.: A quer matar B e dispara dois tiros em sua cabeça.
DOLO DIRETO DE 2º GRAU: ocorre quando o agente NÃO QUER DIRETAMENTE A
PRODUÇÃO DO RESULTADO, porém aceita sua produção como consequência necessária
de sua conduta. Não há RISCO, mas sim CERTEZA. Ex.: João quer matar Roberto por
meio de um explosivo colocado em um avião. Existem 200 pessoas neste avião, logo, João
tem a consciência de que ao explodi-lo, matará Roberto, além das 199 pessoas daquele
avião, como consequência de sua conduta. Em conclusão: No assassinato de Roberto, João
agiu com dolo direto de 1º grau, e no assassinato das 199 pessoas agiu com dolo direto de
2º grau.
DICA 118

ESPÉCIES DE DOLO
Dolo Indireto: Teoria do assentimento.
DOLO EVENTUAL: o agente prevê possível resultado e ACEITA O RISCO de produzi-lo.
Encontra-se na aceitação do risco, da probabilidade. Ex.: João dirige carro após se
embriagar, sabendo que pode matar alguém e, ainda assim, decide dirigir sob efeito de
álcool. É um risco, ele pode ou não matar/machucar alguém, mas não há certeza nisso e
ele não se importa.
DOLO ALTERNATIVO: ocorre quando o agente prevê uma PLURALIDADE DE
POSSÍVEIS RESULTADOS, e mantém a sua conduta, com vontade direta de produzir
qualquer um deles. Ex.: João lança um artefato explosivo contra a multidão, sabendo que
pode matar alguém, machucar, lesionar permanentemente, destruir bens materiais, etc.
DICA 119

OBS.: Consoante art. 18, p. único, CP, a responsabilidade criminal, via de regra, depende
de comportamento doloso. Só se pune por dolo, em regra. Todo crime depende de vontade
consciente. Só se pune por culpa caso o tipo penal permita!
*Art. 18 - Diz-se o crime:

Crime doloso

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;


Crime culposo

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou


imperícia.

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por
fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

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DICA 120

CRIME CULPOSO
Crime praticado sem intenção. É a inobservância de um dever de cuidado, que gera
um resultado indesejado, porém, objetivamente previsível. Ex.: Avanço de um sinal na cor
amarela e atropelamento de uma pessoa – inobservância do dever de cuidado.
*Imprudência: descumprimento ativo do dever de cuidado. É fazer o que não se deve,
está ligada a uma AÇÃO. Ex.: avanço do sinal amarelo.
*Negligência: ligada a OMISSÃO. Descumprimento passivo do dever de cuidado. É não
fazer o que se deve. Ex.: o caso da criança que perdeu o braço ao enfiá-lo na jaula do tigre.
O pai foi negligente com a criança, pois deveria cuidar dela e impedir que ela chegasse perto
da jaula do felino. O pai deixou de fazer aquilo que tem obrigação legal de fazer: cuidar do
filho (omissão).
*Imperícia: falta de habilidade de quem exerce arte, ofício ou profissão. Ausência de
perícia. Ex.: médico que esquece uma gaze dentro de um paciente, no qual realizou uma
cirurgia.
DICA 121

ELEMENTOS DA CULPA
*Resultado material indesejado
*Previsibilidade objetiva - o resultado culposo deve ser previsível para a consciência
média da sociedade. Deve ser objetivamente previsível. Ex.: Roberto encontra-se em um
prédio na área central de BH. Se ele arremessa uma cadeira da janela em direção a uma
caçamba de lixo é objetivamente previsível que ele pode acertar alguém, mesmo que ele
não queira. Mas se ele estiver em sua fazenda e arremessa a cadeira da janela, um acidente
é totalmente imprevisível (este fato será mero acidente).
DICA 122

ESPÉCIES DE CULPA
CULPA INCONSCIENTE: o agente não conseguiu prever o resultado, embora ele
seja previsível. Ex.: Uma equipe de seguranças de um parque esquece de vistoriar uma
trava de segurança de um brinquedo e uma criança cai dele – o resultado é previsível, mas
a equipe não o previu.
CULPA CONSCIENTE: prevê o resultado, MAS ACREDITA QUE ELE NÃO IRÁ
OCORRER. Ex.: Avanço do sinal vermelho de madrugada. Sabe-se que o resultado pode
ocorrer, mas acredita que não irá ocorrer.
ATENÇÃO! Culpa consciente x dolo eventual = dolo eventual prevê o possível
resultado e assume o seu risco. Na culpa consciente prevê o resultado, mas crê
que ele não irá ocorrer, logo, não assume risco!

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DICA 123

CRIME PRETERDOLOSO
CRIME PRETERDOLOSO caracteriza-se quando o agente pratica uma conduta dolosa,
menos grave, porém obtém um resultado danoso mais grave do que o pretendido, na forma
culposa.

● CRIME PRETERDOLOSO = dolo na conduta + culpa no resultado mais


gravoso. Crimes preterdolosos precisam de previsão legal. Ex: art. 129, § 3º, CP
= lesão corporal seguida de morte. A morte é resultado culposo.

 QUESTÃO DA BANCA CESPE PARA ILUSTRAR...

“Ocorre crime preterdoloso quando o agente pratica dolosamente um fato do qual decorre
um resultado posterior culposo. Para que o agente responda pelo resultado posterior, é
necessário que este seja previsível.” CERTO OU ERRADO? ESSA VOCÊS NÃO PODEM
ERRAR! ESTÁ CORRETA!

DICA 124

- Agente pratica a conduta delituosa, entretanto por


CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIS A SUA VONTADE, o
resultado não ocorre.

- Responde pelo crime, com redução de pena de 1/3 a


2/3.

TENTATIVA ESPÉCIES DE TENTATIVA:

Branca/Incruenta: O agente não conseguiu nem mesmo


atingir o objeto pretendido. Ex.: Ao atirar, as balas se
desviaram da vítima.

Vermelha/Cruenta: O agente conseguiu atingir o objeto,


mas não conseguiu consumar o delito. Ex.: A bala
somente perfurou o braço da vítima.

Tentativa Perfeita/acabada/"Crime falho": O agente


ESGOTA toda a execução conforme planejado (caminho
executório do crime), exaure suas potencialidades lesivas,
porém, o crime não se consuma. A conduta, nesse caso,
de modo objetivo, atingiria o resultado lesivo – a ação
possui EFETIVA POTENCIALIDADE LESIVA! Mas não se
consuma, por circunstâncias alheias a sua vontade.

QUER UM EXEMPLO DE COMO FOI COBRADO PELA


IADES?! Vejam logo abaixo!

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- O agente DÁ INÍCIO à prática da conduta delituosa,


todavia se arrepende, e, com isso, CESSA a atividade
DESISTÊNCIA
criminosa (sem óbice para continuar) e o resultado não
VOLUNTÁRIA
ocorre.

– Responde tão somente pelos atos já praticados; o “dolo


inicial” é desconsiderado. Nesse sentido, o agente é
punido apenas pelos danos efetivamente causados.

- O agente DÁ INÍCIO à prática da ação delituosa,


completando a execução da conduta. Contudo, se
arrepende e toma as providencias cabíveis para que o
ARREPENDIMENTO resultado inicialmente pretendido não ocorre e, nesse
EFICAZ caso, o resultado NÃO OCORRE.

(resipiscência) – Responde tão somente pelos atos já praticados; o “dolo


inicial” é desconsiderado. Nesse sentido, o agente é
punido apenas pelos danos efetivamente causados.

- O agente COMPLETA o ciclo da ação delituosa e o


resultado OCORRE. Mas, após, arrepende-se e tenta
ARREPENDIMENTO
reparar os danos causados OU restitui a coisa.
POSTERIOR
- ATENÇÃO! NÃO é admitido nos crimes cometidos
com violência ou grave ameaça à pessoa. SÓ tem
validade antes do recebimento da denúncia ou da
queixa-crime.

- Pena reduzida de 1/3 a 2/3.

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DICA 125

CAUSAS GENÉRICAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE

Estado de Necessidade Legítima Defesa Estrito Cumprimento do


Dever Legal ou Exercício
regular de Direito

Considera-se em estado de Entende-se em Cumprimento do dever


necessidade quem pratica o legítima defesa quem, legal: acontece na hipótese
fato para salvar de perigo usando em que o agente pratica fato
atual, que não provocou por moderadamente dos típico, mas o faz em
sua vontade, nem podia de meios necessários, cumprimento a um dever
outro modo evitar, direito repele injusta previsto em lei. ATENÇÃO!
próprio ou alheio, cujo agressão, atual ou Há comunicabilidade, ou
sacrifício, nas circunstâncias, iminente, a direito seja, se houver colaboração
não era razoável exigir-se. seu ou de outrem. de um agente com aquele
que está no estrito
ATENÇÃO – LEI
cumprimento de um dever
13.964/19 (PACOTE
Se bem sacrificado era de legal, a ele estender-se-á
ANTICRIME)
valor maior que o bem essa causa de exclusão de
INCLUSÃO DO
protegido - A conduta é ilicitude.
SEGUINTE:
ilícita, mas a diminuição de
- NÃO ESQUECER QUE o
pena de um a dois terços. Observados os
particular também pode agir
requisitos CITADOS
no estrito cumprimento de
ACIMA, considera-se
um dever legal!
Requisitos: também em legítima
defesa o agente de
- Situação não criada segurança pública
voluntariamente pelo agente - Exercício regular de
que repele agressão
+ Perigo atual: O agente não Direito: Ocorre quando o
ou risco de agressão
pode ter o dever jurídico agente pratica fato típico,
a vítima mantida
de impedir o resultado - porém o faz amparado no
refém durante a
Bem jurídico sacrificado deve exercício de um direito seu. O
prática de crimes.
ser de valor igual ou exemplo clássico trazido
inferior ao bem protegido Requisitos: pela doutrina é o do
- O agente responde (dolosa LUTADOR DE BOXE. Aqui,
- Agressão Injusta,
ou culposamente) pelos os excessos também são
atual (está
excessos. punidos (dolosa ou
acontecendo) ou
culposamente)
iminente (prestes a
acontecer) + contra
DIREITO PRÓPRIO
OU ALHEIO + Reação
PROPORCIONAL (caso
contrário será punido
pelos excessos; culposa
ou dolosamente).

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- ATENÇÃO! NÃO
CABE LEGÍTIMA
DEFESA REAL EM
FACE DE LEGÍTIMA
DEFESA REAL. Ex.: A
tenta assaltar B, B age
em legítima defesa
contra agressão injusta
de A, A que é o
assaltante não pode
também alegar Legítima
defesa contra B, pois
somente B sofre
agressão injusta.

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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
PRISÃO EM FLAGRANTE

Considera-se em FLAGRANTE DELITO quem:

I - está cometendo a infração penal;

II - acaba de cometê-la;

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por


qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou


papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

ATENÇÃO! Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes


deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

ATENÇÃO2! Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito


enquanto não cessar a permanência.

DICA 127
PRISÃO EM FLAGRANTE - LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

>>>Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte


e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria
Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
fundamentadamente:

I - relaxar a prisão ilegal; ou

II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os


requisitos constantes do art. 312 do CPP, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou

III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. <<< ATENÇÃO!

DICA 128
PRISÃO EM FLAGRANTE - LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

*Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa
armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a
liberdade provisória, COM OU SEM medidas cautelares.

*Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em
ESTADO DE NECESSIDADE, LEGITIMA DEFESA, EM ESTRITO CUMPRIMENTO DE
DEVER LEGAL OU NO EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO, poderá, fundamentadamente,

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conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a


todos os atos processuais, sob pena de revogação.

*A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de
custódia no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão
responderá ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENALMENTE pela omissão.

*Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo de até 24 (vinte e


quatro) horas após a realização da prisão, a não realização de audiência de custódia
sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela
autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de
prisão preventiva. (art. 310, §4º, CPP)


ATENÇÃO CANDIDATO! O REFERIDO ART. 310, §4º, CPP (ILEGALIDADE DA PRISÃO
PELA NÃO REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA NO PRAZO DE 24 HORAS)
ESTÁ COM EFICÁCIA SUSPENSA DIANTE DA LIMINAR PROFERIDA PELO MINISTRO
LUIZ FUX NO BOJO DA ADI Nº. 6298 EM 22/01/2020.

DICA 129
A prisão em flagrante do autor de CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
À REPRESENTAÇÃO NÃO SUBSTITUI a necessidade de manifestação do ofendido para
instauração de inquérito policial.

*Art. 5º, §4º, CPP. O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado.

DICA 130

MODALIDADES DE FLAGRANTE

1) FLAGRANTE PRÓPRIO, PROPRIAMENTE DITO, VERDADEIRO (ART. 302,


INCS. I E II, DO CPP): Consiste na circunstância em que o indivíduo que está
cometendo a infração penal (inc. I) ou acaba de cometê-la (inc. II). O inc. II
descreve uma situação na qual o agente foi pego “com a mão na massa”, o que
quer dizer que ele acabou de cometer o crime e restou surpreendido no cenário do
fato.

2) FLAGRANTE IMPRÓPRIO, “QUASE REAL”, IMPERFEITO, IRREAL (ART.


302, INC. III, DO CPP): PALAVRA-CHAVE PARA A PROVA: PERSEGUIÇÃO!
Nessa situação, há uma perseguição pelas autoridades policiais; o agente não é
encontrado por elas, DE IMEDIATO, no local do fato. Há uma busca que termina na
prisão do agente. Nos dizeres do CPP é “perseguido, logo após, pela autoridade,
pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da
infração”. Ex.: PM recebe a notícia da ocorrência de um roubo, vai até o local
mencionado, dá início à perseguição pelos arredores do local do fato e, ao fim,
captura o suposto agente.

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3) Flagrante presumido, assimilado, ficto (art. 302, inc. IV, do CPP): Nessa
modalidade PRESTEM ATENÇÃO NA PROVA! NÃO HÁ PERSEGUIÇÃO! DICA
PARA NÃO CONFUNDIR COM O FLAGRANTE IMPRÓPRIO!
Nos dizeres do CPP: O AGENTE “é encontrado, logo depois, COM INSTRUMENTOS,
ARMAS, OBJETOS OU PAPÉIS QUE FAÇAM PRESUMIR SER ELE AUTOR DA
INFRAÇÃO”.

DICA 131

MODALIDADES ESPECIAIS DE FLAGRANTE

1) FLAGRANTE ESPERADO: É MODALIDADE VÁLIDA! Trata-se da situação na


qual as autoridades policiais ficam cientes de que será praticado um delito. Assim,
desloca-se até o local no qual este ocorrerá. Dado início aos atos executórios e,
mesmo havendo a consumação, as autoridades procedem à prisão em flagrante.

2) FLAGRANTE PREPARADO OU PROVOCADO: Nessa hipótese, existe uma


instigação da autoridade criminal para que o agente cometa o crime. Há a figura do
agente provocador que cria a situação e o faz cometer o delito. Ora, se a figura que
efetua a prisão é a mesma que cria as circunstâncias para causá-la; a consumação
do delito é IMPOSSÍVEL (configurando-se, assim, crime impossível). SÚMULA 145
DO STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna
impossível a sua consumação. LOGO NÃO É VÁLIDO!

MUITA ATENÇÃO! DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA vêm aceitando referida


modalidade na hipótese em o agente provocar tão somente instiga o indivíduo à
prática do crime com o intuito de prendê-lo por CRIME DIVERSO.
VISUALIZANDO... Exemplo muito comum é o caso de a autoridade policial
comprar droga de um traficante. No ato da compra, o prende, porém não pela
venda em si (crime impossível), mas pela conduta anterior que é “ter consigo para
venda” substância entorpecente. Nessas situações, justifica-se o flagrante
preparado, haja vista ter sido a instigação e preparação meios para que o delito já
consumado fosse descoberto!

3) FLAGRANTE FORJADO (ARMADO): É ILEGAL! ILÍCITO! Como o próprio


nome já indica consiste naquele armado, realizado com o intuito de incriminar
pessoa inocente.
é aquele armado, realizado para incriminar pessoa inocente. Nele, o infrator é o
agente que forja o delito. Ex.: ex-marido que insere drogas nos pertences do ex-
mulher, acionando a polícia para prendê-la em flagrante por tráfico de drogas, para
com isso se vingar da separação.

DICA 132
ATENÇÃO! A apresentação espontânea do acusado à autoridade não impede a
decretação da prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza. Todavia, IMPEDE
A PRISÃO EM FLAGRANTE!

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DICA 133
Durante o procedimento de lavratura do auto de prisão em flagrante pela autoridade policial
competente, o condutor responsável pela prisão e condução do preso É O PRIMEIRO A
SER OUVIDO!
Art. 304, CPP: Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e
colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de
entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o
auto.
DICA 134
Na falta ou no impedimento do escrivão, QUALQUER PESSOA designada pela
autoridade lavrará o auto de prisão, depois de prestado o compromisso legal.
DICA 135

ACAREAÇÃO  consiste, resumidamente, em colocar cara a cara duas pessoas que


prestaram informações DIVERGENTES! Trata-se, SIM, de um modo de “constranger”
aquele que mentiu a se retratar sobre a informação errada que repassou.

A acareação será admitida:

1) entre acusados;
2) entre acusado e testemunha;
3) entre testemunhas;
4) entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida;
5) e entre as pessoas ofendidas.


REQUISITO: sempre que DIVERGIREM, em suas declarações, sobre fatos ou
circunstâncias relevantes.

*Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências,


reduzindo-se a termo o ato de acareação.

 COMO SEMPRE DIZEMOS, ATÉ NA BANCA CESPE “LETRA DE LEI” É


FUNDAMENTAL!!!
(Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Investigador de
Polícia)
... “A “acareação” é meio de prova expressamente previsto em lei, mas não se a admite
entre acusados, sendo possível, apenas, entre testemunhas.”
SEM MAIS DELONGAS, ERRADO! OLHEM O ITEM “1” DA DICA.
DICA 136

NÃO ESQUEÇAM! A acareação é instrumento probatória que pode ocorrer tanto na fase
de investigação quanto na fase processual.

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DICA 137

Art. 230, CPP. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra,
que esteja presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência,
consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância,
expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos em que
divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete a diligência,
ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida para a testemunha
presente. ESTA DILIGÊNCIA SÓ SE REALIZARÁ QUANDO NÃO IMPORTE DEMORA
PREJUDICIAL AO PROCESSO E O JUIZ A ENTENDA CONVENIENTE.

MACETE: DIVERGÊNCIA “CHAMA” A ACAREAÇÃO!

DICA 138
SÚMULA 74, STJ: Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu
requer prova por documento hábil.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE... Nos termos de entendimento sumulado do STJ, para


efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu prescinde de prova documental
hábil. R: ERRADOOOOOOO! Não é prescindível, É NECESSÁRIO!
DICA 139
DOCUMENTO PÚBLICO que comprove determinado fato delituoso sob investigação e que
seja apreendido no cumprimento de mandado de prisão FUNCIONARÁ COMO MEIO DE
PROVA, enquanto o MANDADO DE BUSCA SERÁ CARACTERIZADO COMO MEIO DE
OBTENÇÃO DE FONTES MATERIAIS DE PROVA.

DICA 140
SÚMULA Nº 444, STJ: É VEDADA a utilização de inquéritos policiais e ações penais
em curso para AGRAVAR a pena-base.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

Princípio do Terceiro Excluído = Uma preposição será V ou F, não podendo assumir um


3o valor lógico.

Representação:

Exemplo: Ou este homem é José ou não é José.

DICA 142

Princípio da Não Contradição = Uma preposição será V ou F não podendo assumir os 2


valores simultaneamente.

Representação:

Exemplo: Não ("a terra é redonda" e "a terra não é redonda")

DICA 143

Proposição Lógica é uma frase declarativa, de modo que transmite pensamentos de


sentido completo e exprime julgamentos a respeito de determinadas informações, que serão
analisadas quanto à sua veracidade.

Dessa forma, são exemplos de proposições:

1. Brasília é a capital do Brasil;


2. Campina Grande é a Rainha da Borborema;
3. A raiz quadrada de dois é um número irracional;
4. Todos os homens são mortais.

DICA 144

Não são proposições lógicas:

▪ Frases exclamativas: “Meu Deus!”


▪ Frases interrogativas: “Você me ama?”
▪ Frases imperativas: “Não estude para passar, mas até passar!”
▪ Frases sem verbo: “O mundo dos concursos públicos.”
▪ Frases abertas: “x + 1 = 7”; “Ela é a melhor esposa do mundo.”
▪ Frases paradoxais: “Só sei que nada sei.”

DICA 145

Valor lógico é o resultado do julgamento que fazemos a respeito de uma proposição lógica,
que pode ser ou verdadeiro ou falso, mas não ambos.

Por exemplo, a frase “A seleção brasileira foi tetracampeã mundial na copa de 1994” é uma
proposição lógica cujo valor lógico é verdadeiro, pois o seu conteúdo condiz com a
realidade dos fatos. Por outro lado, o valor lógico da sentença “O número 12 é ímpar”
é falso, já que a sua afirmação está incorreta.

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INFORMÁTICA

DICA 146

A Computação em nuvem (cloud computing) é um modelo que permite um acesso,


via rede, a recursos de computação configuráveis (exemplos: redes, servidores,
armazenamento de dados, aplicações e serviços em geral). Este acesso tem a característica
de ser onipresente, conveniente e sob demanda. Tais recursos podem ser rapidamente
providos e liberados com mínimo esforço de gerenciamento e mínima interação com o
provedor de serviço.

A Computação em nuvem se aplica a utilização de memórias de computadores


servidores compartilhados e interligados por meio da rede (Internet), permitindo que
aplicações sejam acessadas remotamente, de forma online, sem a necessidade de
instalação de programas no computador do usuário. Além disso, é muito utilizada para
armazenamento de dados em drivers virtuais.

DICA 147

A maioria dos serviços de computação em nuvem se divide em três amplas categorias:


IaaS (infraestrutura como serviço), PaaS (plataforma como serviço) e SaaS
(software como serviço). Às vezes, eles são denominados pilha de computação em
nuvem, pois são compilados um sobre o outro.

IaaS (Infraestrutura como serviço): categoria mais básica de serviços de computação


em nuvem. Com IaaS, você aluga infraestrutura de TI, servidores e VMs (máquinas
virtuais), armazenamento, redes e sistemas operacionais, de um provedor de nuvem em
uma base pré-paga.

PaaS (plataforma como serviço): serviços de computação em nuvem que fornecem um


ambiente sob demanda para desenvolvimento, teste, fornecimento e gerenciamento
de aplicativos de software.

SaaS (software como serviço): método para fornecer aplicativos de software pela
Internet, sob demanda e, normalmente, em uma base de assinaturas.

DICA 148

Protocolo é o conjunto de regras sobre o modo como se dará a comunicação entre as


partes envolvidas e não um programa especializado. Por exemplo, temos o protocolo
HTTP, FTP, POP e IMAP.

Um protocolo não é específico para um sistema operacional.

DICA 149

O switch é o equipamento que deve ser utilizado para distribuir o sinal de internet para
todos os computadores da rede. Ele opera também na camada 2 do OSI. Pense em
cada porta do switch como uma bridge multiporta extremamente rápida (comutação em
hardware). Ele pode filtrar/encaminhar/inundar quadros baseados no endereço de
destino de cada frame e pode rodar em modo full duplex.

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DICA 150

DIFERENÇA ENTRE VÍRUS E WORM

VIRUS

* É um programa (ou parte de um programa) que se anexa a um arquivo de programa


qualquer.

* Propaga-se inserindo cópias de si mesmo e se tornando parte de outros programas e


arquivos.

* Depende da execução do programa ou arquivo hospedeiro para ser ativado.

WORM

* Programa

* NÃO embute cópias de si mesmo em outros programas ou arquivos. Propaga-se


automaticamente pelas redes, enviando copias de si mesmo de computador para
computador

* NÃO necessita ser explicitamente executado para se propagar. Basta que se tenha
execução direta de suas cópias ou a exploração automática de vulnerabilidades existentes
em programas instalados em computadores.

DICA 151

Nobreak é um estabilizador que possui uma bateria para manter energizado os


equipamentos por um período de tempo que pode variar de acordo com o modelo do
Nobreak. Com isso ele gera a disponibilidade do sistema e a segurança aos
computadores.

DICA 152

Não confundir Firewall com Antivírus. São ferramentas distintas que operam juntas em
um sistema de defesa, mas não fazem a mesma coisa.

Antivírus age com um banco de dados de malwares. Ao analisar o sistema, e um deles for
detectado, o antivírus tentará eliminá-lo.

O Firewall, mecanismo que auxilia na proteção de um computador, permite ou impede que


pacotes IP, TCP e UDP possam entrar ou sair da interface de rede do computador.

DICA 153

Cloud backup: este tipo de serviço é muito utilizado por empresas, pois além de manter
os dados do negócio a salvo em outro espaço físico, também permite que a rotina seja feita
de forma simplificada, através de backups automáticos e programáveis.

É possível criar backups diários, semanais, mensais e até anuais, de acordo com a
necessidade, possibilitando ainda o acesso ao histórico de backups e o download de arquivos
em qualquer fase.

Cloud storage: Diferente do backup, o intuito do serviço storage (que quer dizer
armazenamento, em inglês) não se resume a guardar os arquivos contra eventuais
problemas.

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Ele foi projetado principalmente para facilitar o acesso e o compartilhamento dos


arquivos.

A maior diferença entre o cloud backup e o cloud storage é que, no storage, não há
a possibilidade de pedir ao sistema o monitoramento das modificações, relatórios de uploads
e downloads, suporte ou qualquer garantia de que os dados estarão seguros, principalmente
se o servidor que armazena os dados de determinada nuvem sofrer algum problema.

DICA 154

Backdoor

Tipo de código malicioso. Programa que permite o retorno de um invasor a um computador


comprometido, por meio da inclusão de serviços criados ou modificados para esse fim.
Normalmente esse programa é colocado de forma a não a ser notado.

DICA 155

Rootkit

Tipo de código malicioso. Conjunto de programas e técnicas que permite esconder e


assegurar a presença de um invasor ou de outro código malicioso em um computador
comprometido.

É importante ressaltar que o nome rootkit não indica que as ferramentas que o compõem
são usadas para obter acesso privilegiado (root ou Administrator) em um computador, mas,
sim, para manter o acesso privilegiado em um computador previamente
comprometido.

DICA 156

Phishing (em inglês corresponde a “pescaria”), tem o objetivo de “pescar”


informações e dados pessoais importantes através de mensagens falsas. Com isso, os
criminosos podem conseguir nomes de usuários e senhas de um site qualquer, como
também são capazes obter dados de contas bancárias e cartões de crédito.

Spoofing é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma
pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável, quando a
realidade é bem diferente.

DICA 157

Backup diferencial copia arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou
incremental. Não marca os arquivos como arquivos que passaram por backup (o atributo
de arquivo não é desmarcado). Se você estiver executando uma combinação dos backups
normal e diferencial, a restauração de arquivos e pastas exigirá o último backup normal
e o último backup diferencial.

DICA 158

Existem 2 (dois) tipos de criptografia, simétrica e assimétrica

Criptografia simétrica

Esse sistema de criptografia, tanto quem envia quanto quem recebe a mensagem, deve
possuir a mesma chave criptográfica (privada), a qual é usada para criptografar e
descriptografar a mensagem.

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Criptografia assimétrica

Este tipo de criptografia usa um par de chaves diferentes (pública e privada) em que,
não sendo possível obter uma chave a partir da outra, as duas estão relacionadas
matematicamente, conseguindo uma decifrar o que foi cifrado pela outra. Com esta
característica é possível que uma das chaves seja publicada: a chave pública.

DICA 159

A assinatura digital consiste na criação de um código, por meio da utilização de uma


chave privada, de modo que a pessoa ou entidade que receber uma mensagem contendo
este código possa verificar se o remetente é mesmo quem diz ser e identificar qualquer
mensagem que possa ter sido modificada. Destaca-se o princípio da Autenticidade,
Integridade e o não repudio.

* Assinatura digital gera validade civil e jurídica no envio de documentos


eletronicamente. Ela possui a mesma validade que um documento assinado e reconhecido
firma em cartório.

DICA 160

Malware (Malicious Software) é um termo genérico que abrange todos os tipos de


programa especificamente desenvolvidos para executar ações maliciosas em um
computador. Na literatura de segurança o termo malware também é conhecido por
“software malicioso”.

Alguns exemplos de malware são:

• Vírus;
• Worms e Bots;
• Cavalos de troia;
• Spyware;
• Ransomware…

DICA 161

Worm é um programa independente com capacidade de se auto propagar por meio de


redes, envia cópias de si mesmo de computador para computador, explora a
vulnerabilidade de programas e sistemas ou falhas na configuração de softwares instalados.

DICA 162

* Cavalo de Troia: são programas introduzidos de diversas maneiras em um computador


com o objetivo de controlar o seu sistema.

* Keylogger: é um programa de computador cuja finalidade é monitorar tudo o que é


digitado.

* Worms: são pragas virtuais capazes de se propagar automaticamente por meio de redes,
enviando cópias de si mesmos de computador para computador.

* Vírus: é um programa ou parte de um programa de computador, normalmente malicioso,


que se propaga infectando, isto é, inserindo cópias de si mesmo e se tornando parte de
outros programas e arquivos de um computador.

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DICA 163

O IP (Internet Protocol) é o protocolo da camada de rede cuja função principal é


permitir a interconexão de redes, formando o que chamamos de inter-rede, uma
união de diversas sub-redes. Isso significa, na prática, tornar possível que dois nós com
endereços lógicos em sub-redes diferentes possam se comunicar, podendo inclusive
haver sub-redes intermediárias no caminho entre eles.

O IP é o protocolo de comunicação usado entre todas as máquinas em rede para


encaminhamento dos dados.

Atualmente, existem duas versões do protocolo IP em uso: IPv4 e IPv6.

DICA 164

O site padrão do Google traz dois botões, um chamado Pesquisa Google e outro
chamado Estou com sorte.

▪ O botão “Pesquisa Google” realiza a busca padrão do Google.

▪ O botão “Estou com sorte” retorna o primeiro resultado da pesquisa, isto é, a


página com maior relevância para o Google. A ideia é de que se o usuário está com
sorte, a busca será satisfeita na primeira vez.

DICA 165

PageRank é um algoritmo utilizado pela ferramenta de busca Google para posicionar


websites entre os resultados de suas buscas.

O PageRank mede a importância de uma página contabilizando a quantidade e


qualidade de links apontando para ela. Não é o único algoritmo utilizado pelo
Google para classificar páginas da internet, mas é o primeiro utilizado pela companhia
e o mais conhecido.

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