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Memorex PRF - Rodada 01

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Memorex PRF - Rodada 01

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

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Rodada 02 10/02
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Rodada 05 03/03
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Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO .................................................................. 13
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 15
FÍSICA ..................................................................................................................................... 19
ÉTICA E CIDADANIA ....................................................................................................... 21
GEOPOLÍTICA ..................................................................................................................... 23
LÍNGUA INGLESA .............................................................................................................. 25
LÍNGUA ESPANHOLA ...................................................................................................... 28
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ........................................................................................ 31
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 43
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 51
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 66
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 73
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 78

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
TEXTO DISSERTATIVO

* Processo em que o emissor BUSCA DEFENDER UMA IDEIA, transmite conhecimento,


relata, discorre sobre determinado assunto e argumenta;
* sua ESTRUTURA é dividida em TRÊS PARTES FUNDAMENTAIS: TESE (introdução),
ANTÍTESE (desenvolvimento) e NOVA TESE (conclusão).
* Define o modelo básico para apresentar uma tese (ideia, tema, assunto), EXPLORAR
ARGUMENTOS CONTRA E A FAVOR (antítese) e, por fim, sugerir uma nova tese, ou seja,
uma nova ideia para concluir sua fundamentação.
* Os TEXTOS DISSERTATIVOS-ARGUMENTATIVOS, além de ser um texto opinativo,
BUSCAM PERSUADIR O LEITOR.
DICA 02
ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO

INTRODUÇÃO: é o parágrafo que abre a discussão ou simplesmente EXPÕE A


INFORMAÇÃO PRINCIPAL. Também chamada de "Tese", nesse momento, o mais
importante é EXPOR A IDEIA CENTRAL SOBRE O TEMA DE MANEIRA CLARA.
Importante lembrar que a Introdução é a parte MAIS IMPORTANTE DO TEXTO e por isso
deve conter a informações que logo serão desenvolvidas.
DESENVOLVIMENTO: Nessa parte do texto é que se DESENVOLVE A ARGUMENTAÇÃO
POR MEIO DE OPINIÕES, DADOS, LEVANTAMENTOS, ESTATÍSTICAS, FATOS E
EXEMPLOS SOBRE O TEMA, a fim de que sua tese (ideia central) seja defendida com
propriedade.
CONCLUSÃO: é o fechamento da informação, seja ela crítica ou não. Muitas vezes iniciadas
com elementos como “PORTANTO”, “EM SUMA”, “ENFIM”, ETC. Nela há normalmente
a RATIFICAÇÃO, CONFIRMAÇÃO DA TESE, tomando por base os argumentos dos
parágrafos anteriores.
DICA 03
TIPOS DE DISSERTAÇÃO

Existem DOIS TIPOS DE DISSERTAÇÃO:


TEXTO DISSERTATIVO OPINATIVO-ARGUMENTATIVO: Nessa modalidade, a intenção
é persuadir o leitor, CONVENCÊ-LO DE SUA TESE (ideia central) a partir de coerente
ARGUMENTAÇÃO, EXEMPLOS, FATOS.
TEXTO DISSERTATIVO EXPOSITIVO: Com o INTUITO DE INFORMAR E ESCLARECER,
o texto dissertativo-expositivo é caracterizado por utilizar uma LINGUAGEM CLARA E
OBJETIVA. O AUTOR adota a postura de “PORTA-VOZ” de uma opinião. Ex.: “Locução
adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um adjetivo,
caracterizando um substantivo. ”

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DICA 04
RECURSOS ARGUMENTATIVOS

- ARGUMENTO DE AUTORIDADE:
* É construído com base em uma AFIRMAÇÃO DE SABER NOTÓRIO, de conhecimento
público.
* É uma forma de GARANTIR A CREDIBILIDADE DA AUTORIDADE citada no texto.

- ARGUMENTO DE CONSENSO:
NÃO PRECISA DE PROVAS, pois seu conteúdo é aceito como verdade dentro de um grupo
ou espaço sociocultural.
DICA 05
TEXTO NARRATIVO

* Existência de um ENREDO, do qual se DESENVOLVEM AS AÇÕES das personagens,


marcadas pelo TEMPO E PELO ESPAÇO;
* Narrar é CONTAR UMA HISTÓRIA, baseando-se na ótica do narrador, sobre uma ou
mais ações de um personagem, numa sequência temporal e em um determinado LUGAR;
* A história pode ser IMAGINÁRIA (FICÇÃO) OU REAL (FATO);
* Pode ser contada por alguém que é o PIVÔ DA HISTÓRIA (narrador personagem), ou
por alguém que está TESTEMUNHANDO AS AÇÕES (narrador-observador);
* Sua estrutura básica é: APRESENTAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, CLÍMAX E
DESFECHO.
* Predomínio verbal: pretérito perfeito e mais-que-perfeito indicativo.
* Utiliza-se muito VERBOS e ADVÉRBIOS.

OBS.: Mnmemônico:
A NARRAÇÃO TEM O PENTE!
Personagens
Espaço
Narrador
Tempo
Enredo
DICA 06
TEXTO DESCRITIVO

* Expõe APRECIAÇÕES E OBSERVAÇÕES, induzindo o leitor a IMAGINAR O ESPAÇO,


O TEMPO, O COSTUME E TUDO QUE AMBIENTA A HISTÓRIA;
O AUTOR adota uma POSTURA DE OBSERVADOR.
* Enfatiza o ESTÁTICO;

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* É um retrato, um recorte de uma paisagem, uma ação, um costume;


* Indica aspectos, características, DETALHES SINGULARES E PORMENORES, seja de um
objeto, lugar, pessoa ou fato;

* Há no texto MUITOS ADJETIVOS, juntamente com a ENUMERAÇÃO DE


SUBSTANTIVOS E VERBOS (Obs.: predomínio verbal → presente do indicativo e/ou
pretérito imperfeito do indicativo)

* Pode ser um complemento de qualquer tipo de texto (e de gênero).

* Geralmente, referida tipologia acompanha a narração para descrever o lugar, os


personagens.

DICA 07
DESCRIÇÃO OBJETIVA

* Transmite de FORMA IMPARCIAL as características de algo;


* Se limita aos fatos da forma mais OBJETIVA possível.

Ex.: "A ilha é pequena e pacata. Lá todas as pessoas se conhecem. O que há na ilha se
resume em praticamente algumas lojas, uma escola, uma igreja e uma praça."
X
DESCRIÇÃO SUBJETIVA
* Transmite a OPINIÃO DO DESCRITOR;
* Por esse motivo, é corrente o USO DE ADJETIVOS.

Ex.: "A bonita ilha é pequena e pacata. Lá todas as pessoas se conhecem. O que há na ilha
se resume em praticamente algumas poucas lojas, uma escola muito boa, uma igreja
lindíssima e uma praça muito florida."
DICA 08
TEXTO INJUNTIVO OU INSTRUCIONAL

* Pauta-se na EXPLICAÇÃO e no MÉTODO para a CONCRETIZAÇÃO DE UMA AÇÃO,


indicando o procedimento para se realizar algo. Ex.: bula de remédio, receita de bolo,
manual de instruções, etc..

* NÃO HÁ A FINALIDADE DE CONVENCER O LEITOR POR MEIO DE ARGUMENTOS.

* Linguagem SIMPLES e OBJETIVA.

* Um recurso linguístico marcante e recorrente desse tipo de texto é a utilização dos verbos
no imperativo, em seu sentido de indicar "ORDEM", por exemplo:

➢ Na receita de bolo: “misture todos os ingredientes”;


➢ Na bula de remédio: “tome duas cápsulas por dia”;
➢ No manual de instruções: “aperte a tecla amarela”;

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➢ Nas propagandas: “vista essa camisa”.

DICA 09
TEXTO LITERÁRIO:

* Linguagem pessoal, CHEIA DE EMOÇÕES e com emprego de lirismo e valores do


emissor;
* Há o emprego da SUBJETIVIDADE;
* Emprego da linguagem multidisciplinar e cheia de CONOTAÇÕES;
* Linguagem POÉTICA, LÍRICA, expressa com objetivos estéticos na recriação da
realidade ou criação de uma realidade intangível, somente literária;
* Primor da EXPRESSÃO;
* Funções POÉTICA da linguagem.

EXEMPLO:

O BICHO

VI ONTEM um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira).
DICA 10
TEXTO NÃO LITERÁRIO

* Uso da LINGUAGEM IMPESSOAL, OBJETIVA em linha reta;


* Linguagem DENOTATIVA;
* Representação da realidade TANGÍVEL;
* Atenção, PRIORIDADE À INFORMAÇÃO.

EXEMPLO: um livro de biologia ou trecho de uma reportagem qualquer.


DICA 11
DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO
* As palavras podem ser utilizadas no SENTIDO LITERAL ou FIGURATIVO. Portanto,
dividem-se em denotativas e conotativas.
→ DENOTAÇÃO: é a palavra utilizada em seu sentido literal. DENOTAÇÃO =
DICIONÁRIO.

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Ex.: O Leão é uma fera.


→ CONOTAÇÃO: é a palavra utilizada em seu sentido figurado.
Ex.: Ele é fera em matemática.
DICA 12
CRASE

*A crase é um fenômeno sintático assinalado pelo acento grave.


*A crase depende de dois fatores: o termo regente e o termo regido.

*Condições de ocorrência *

O termo regente deve exigir a O termo regido deve


preposição “A” admitir o artigo “A”
ou ser um pronome
demonstrativo
iniciado pela letra “A”
(aquele, aquela,
aquilo, a)

Exemplos:

- Obedeceu às leis da escola.


VTI(a)

- Procedeu à reunião da hora marcada.


VTI (proceder de dar início - pede preposição “a”)

-Voltou àquele lugar.


VI (a)
(quem volta, volta a...)

- Referiu-se à moça
VTI

OS CASOS PROIBIDOS PREVALECEM SOBRE QUAISQUER OUTROS!!!


DICA 13
CRASE PROIBIDA:

* Antes de palavras masculinas. Ex.: Pinto a óleo.

* Palavras no plural sem artigo. Ex.: Volto daqui a dois dias.

* Diante de verbo. Ex.: Estou disposta a passar no concurso.

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* Entre palavras repetidas que constituem expressões idiomáticas (com sentido


generalizado na língua). Ex.: Estava cara a cara, dia a dia, uma a uma, cota a cota.

* Antes de artigo feminino indefinido. Ex.: Referia-me a uma dança.

* Antes de pronomes: Pessoais, demonstrativos, indefinidos, tratamento e relativos. Ex.:


Dirigi-me a ela. Refiro-me a esta carta. Refiro-me a certa valsa. Falei a Vossa Santidade.
Conheço a moça cuja mãe faleceu.

* Depois de preposição (exceto “até”, caso facultativo). Ex.: Jurou perante a justiça
dizer a verdade. Ex.2: Foi até a/à escola.
DICA 14
CRASE FACULTATIVA:

* Depois da preposição ATÉ: Fui até a casa. / Fui até à casa.

* Antes de pronome possessivo feminino no singular: MINHA TUA VOSSA NOSSA.


Respondi a sua mãe. / Respondi à sua mãe.

* Antes de nome próprio feminino: Entreguei a carta a Carla. / Entreguei a carta à Carla.

* Pronomes de tratamento: Senhora, Senhorita, Madame, Dona. Refiro-me a dona


Joana. / Refiro-me à dona Joana.
DICA 15

NÃO SE USA CRASE - ANTES DA PALAVRA CASA:


Ex.: Eles retornaram a casa.
Ex.: Voltarei a casa amanhã de manhã
OBS.: se a palavra casa vier determinada, ocorrerá crase:
Ex.: Eles retornaram à casa dos pais.
Ex.: Voltarei à casa do Fernando amanhã de manhã.
DICA 16

NÃO SE USA CRASE - ANTES DE NUMERAL:


Ex.: A quantidade de candidatos não chegou a dez.
OBS.: Ocorre crase diante de numeral ordinal ou se o numeral indicar horas:
Ex.: Escrevi à primeira da turma.
Ex.: O show será às 15 horas.
Ex.: A aula vai das 8 às 11 horas.
DICA 17

NÃO SE USA CRASE - ANTES DA PALAVRA TERRA (= CHÃO FIRME)


Ex.: Ao descer a terra, o capitão foi recebido com honras.
Ex.: Os navegantes retornaram a terra ao amanhecer.

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OBS.: se a palavra "terra" estiver especificada ou se referir ao planeta, ocorrerá crase:


Ex.: Chegarei hoje à terra de meus pais.
Ex.: Os astronautas não retornaram à Terra no dia previsto.
DICA 18

USO ESPECIAL DE CRASE


Topônimos (nome de lugar): GOSTAR DA CIDADE/ PAÍS....

MACETE:

- Feminino ou neutro especificado: admitem crase!


(eu vou a Bahia, eu volto DA Bahia)

- Neutro sem especificador: não admite crase!


(eu goste DE Belo Horizonte)

- Voltou à Belo Horizonte dos barezinhos.


VTI neutro+ especificador)

- Retornou à Bahia. (MACETE: Retornou DA Bahia)


VTI

- Iria a Campinas.
(Eu volto DE campinas→ neutro/ sem especificador)

- Iria à França.
(Eu volto DA França)
DICA 19

USO ESPECIAL DE CRASE


QUE/DE

→ Usa-se crase sempre que a tiver valor de “aquela” ou subtender palavra feminina.

- Referiu-se à que falava mais alto.


(a+a) - aquela

- Fez alusão à de roupa rosa.


(a+a) – aquela
DICA 20

ATENÇÃO! Exceções, pois admitem artigo!!!: Pronomes “mesma”, “outra”, “própria”,


“senhora” e “senhorita” admitem crase.
DICA 21

FIQUE LIGADO!

Crase antes de pronomes – à que/ à qual

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Ocorre crase se, ao substituirmos por um correspondente masculino, o resultado for


ao que, ao qual.
À que
(…) é a realocação da comunidade para uma área equivalente à que ela vive hoje.
(…) é a realocação da comunidade para um terreno equivalente ao que ela vive hoje.

Ao qual
(…) em Cuba, onde agora se recupera da quarta cirurgia à qual teve de se submeter…
(…) em Cuba, onde agora se recupera do quarto procedimento cirúrgico ao qual teve de se
submeter…
DICA 22

Caso em que a CRASE SEMPRE OCORRE:


* Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas.
Por exemplo:
à tarde / às ocultas / às pressas / à medida que / à noite / às claras / às escondidas / à
força / à vontade / à beça / à larga / à escuta / às avessas / à revelia / à exceção de / à
imitação de / à esquerda / às turras / às vezes / à chave / à direita / à procura / à deriva /
à toa / à luz / à sombra de / à frente de / à proporção que / à semelhança de / às ordens /
à beira de ...

 JÁ CAIU RECENTEMENTE NA BANCA CESPE! QUEREM VER?!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE /
CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da
Informação e Proteção de Dados)
... No trecho “No momento em que eu levava o garfo à boca”, no terceiro parágrafo, o sinal
indicativo de crase empregado em “à” poderia ser suprimido, sem prejuízo para a correção
gramatical do trecho. R: ERRADO. JUSTIFICATIVA: TRATA-SE DE LOCUÇÃO
ADVERBIAL FEMININA. Logo, o sinal indicativo de crase não PODE SER
SUPRIMIDO!
DICA 23

PARA NÃO ESQUECER!

Uso facultativo da crase = pronomes possessivos femininos (sua / minha).


Uso proibido da crase = pronomes demonstrativos (esta / essa).
DICA 24

À MEDIDA QUE X NA MEDIDA EM QUE

*À MEDIDA QUE: locução conjuntiva proporcional, expressa ideia de PROPORÇÃO. Pode


ser substituída por “à proporção que”. Ex.: À medida que nós subirmos, ficaremos mais
cansados, porque o ar é rarefeito.

*NA MEDIDA EM QUE: locução conjuntiva causal – NOÇÕES DE


CAUSA/CONSEQUÊNCIA OU EFEITOS. Pode ser substituída pelas equivalentes “uma vez
que”, “porque”, “visto que”, “já que” e “tendo em vista que”. Ex.: A pesquisa dever ser feita
antes de janeiro na medida em que vamos estar de férias nesse período.

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ATENÇÃO! NÃO EXISTE A EXPRESSÃO “NA MEDIDA QUE”!!!

 JÁ CAIU NA BANCA CESPE!

(Ano: 2004 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2004 - Polícia
Federal - Escrivão da Polícia Federal – Regional)

... A expressão “À medida que” (L.7) tem valor equivalente e por isso pode ser substituída,
sem que se altere a correção gramatical do período, por qualquer uma das seguintes
expressões: À proporção que, Na proporção em que, Na medida em que, À medida em que.

E AÍ? JÁ MATAMOS A QUESTÃO COM A DICA ACIMA... NA MEDIDA EM QUE NÃO


SUBSTITUI À MEDIDA QUE! OU SEJA, A ASSERTIVA ESTÁ ERRADA!

PESSOAL, PERCEBAM QUE VOCÊS CONSEGUEM RESOLVER UMA QUESTÃO


RAPIDAMENTE SE CONHECER UMA DICA! O EXEMPLO ESTÁ AÍ.

DICA 25

CONJUNÇÃO COMPARATIVA – SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS

*Toda as vezes que for estabelecida uma relação de comparação, TANTO FAZ USAR A
CONJUNÇÃO ''QUE'' OU ''DO QUE''.

→ O ''do'' é facultativo.

Ex.: Eu comi mais do que você. (CERTO)


Ex.2: Eu comi mais que você. (CERTO)

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RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

DICA 26

GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS

Dizemos que duas grandezas são diretamente proporcionais quando elas variam no
mesmo sentido, isto é: quando uma cresce, a outra também cresce. Já, se a
primeira diminui, a segunda diminui também.

Procedimento básico para a solução de problemas de proporcionalidade direta:

PROPORÇÃO DIRETA:

1 – Confirme que as grandezas são diretamente proporcionais (aumentam juntas /


diminuem juntas);

2 – Monte a tabela com os valores dados no enunciado;

3 – Faça a multiplicação cruzada e encontre o valor solicitado.

DICA 27

GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

Dizemos que duas grandezas são inversamente proporcionais quando uma cresce à
medida que a outra diminui.

Por exemplo, imagine que 2 operários trabalhando juntos levam 10 horas para erguer uma
parede. Quanto tempo levariam 3 operários? Temos duas grandezas inversamente
proporcionais: número de operários e tempo para erguer a parede. Isso porque, quanto
MAIS operários trabalhando em uma obra, MENOS tempo é necessário para finalizá-la.

DICA 28

Passo a passo para resolver problemas de proporcionalidade inversa:

PROPORÇÃO INVERSA:

1 – Confirme que as grandezas são inversamente proporcionais (quando uma aumenta, a


outra diminui, e vice-versa);

2 – Monte a tabela com os valores dados no enunciado;

3 – INVERTA os valores de uma das colunas (troque-os de linha);

4 – Faça a multiplicação cruzada e encontre o valor solicitado.

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DICA 29

Percentual de variação

Em muitas situações nós precisaremos calcular qual foi o percentual que determinada
“coisa” aumentou ou diminuiu. Por exemplo, imagine que um tênis custava 300 reais. No
mês seguinte, ele passou a custar 345 reais. Qual foi o aumento percentual?

Podemos fazer este cálculo de forma bastante simples, em 2 etapas:

1 – calcular o valor absoluto do aumento: 345 – 300 = 45 reais de aumento;

2 – calcular o percentual que este aumento (45 reais) representa em relação ao valor inicial
(300):

𝑨𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝟒𝟓 𝟏𝟓
Percentual de aumento = = = = 15%
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝟑𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎

Da mesma forma, se o tênis custava 300 reais e passou a custar 240 reais, qual foi o
percentual de redução, isto é, qual foi o desconto dado? Podemos fazer as mesmas duas
etapas:

1 – calcular o valor absoluto da redução: 300 – 240 = 60 reais de redução;

2 – calcular percentual que esta redução (60) representa em relação ao valor inicial (300):

𝑹𝒆𝒅𝒖çã𝒐 𝟔𝟎 𝟐𝟎
Percentual de redução = = = = 20%
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝟑𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎

DICA 30

Regra de três composta: utilizada quando temos 3 ou mais grandezas proporcionais


entre si (direta ou inversamente).

REGRA DE TRÊS COMPOSTA (MÉTODO TRADICIONAL)

1. Encontrar quais são as grandezas envolvidas e montar uma tabela com elas;

2. Colocar uma seta na coluna onde estiver o valor a ser descoberto (X);

3. Comparar as demais grandezas à da coluna do X, verificando se são direta ou


inversamente proporcionais à ela, e colocando setas no mesmo sentido ou no sentido
oposto;

4. Alinhar todas as setas, invertendo os termos das colunas onde for necessário;

5. Montar a proporção, igualando a razão da coluna com o termo X com o produto das
demais razões;

6. Obter X.

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INFORMÁTICA

DICA 31

Princípios da Segurança da Informação

• Confidencialidade: é a garantia de que os dados serão acessados apenas por


usuários autorizados. Geralmente, restringindo o acesso.

• Integridade: é a garantia de que a mensagem não foi alterada durante a


transmissão, ou seja, é a garantia da exatidão e completeza da informação.

• Disponibilidade: é a garantia de que um sistema estará sempre disponível a


qualquer momento para solicitações.

• Autenticidade: é a garantia de que os dados fornecidos são verdadeiros ou que o


usuário é o usuário legítimo.

• Não Repúdio (Irretratabilidade): é a garantia de que uma pessoa não consiga negar
um ato ou documento de sua autoria.

Essa garantia é condição necessária para a validade jurídica de documentos e transações


digitais. Só se pode garantir o não repúdio quando houver Autenticidade e Integridade (ou
seja, quando for possível determinar quem mandou a mensagem e quando for possível
garantir que a mensagem não foi alterada).

DICA 32

Cloud backup: este tipo de serviço é muito utilizado por empresas, pois além de manter
os dados do negócio a salvo em outro espaço físico, também permite que a rotina seja feita
de forma simplificada, através de backups automáticos e programáveis.

É possível criar backups diários, semanais, mensais e até anuais, de acordo com a
necessidade, possibilitando ainda o acesso ao histórico de backups e o download de arquivos
em qualquer fase.

Cloud storage: Diferente do backup, o intuito do serviço storage (que quer dizer
armazenamento, em inglês) não se resume a guardar os arquivos contra eventuais
problemas.

Ele foi projetado principalmente para facilitar o acesso e o compartilhamento dos


arquivos.

A maior diferença entre o cloud backup e o cloud storage é que, no storage, não há
a possibilidade de pedir ao sistema o monitoramento das modificações, relatórios de uploads
e downloads, suporte ou qualquer garantia de que os dados estarão seguros, principalmente
se o servidor que armazena os dados de determinada nuvem sofrer algum problema.

DICA 33

MALWARE

É o nome que se dá a todo e qualquer software que possua finalidades maliciosas =


Vírus, Worms, Spywares... todos esses são exemplos de Malwares.

ATENÇÃO! TODO VÍRUS É UM MALWARE, MAS NEM TODO MALWARE É UM VÍRUS.

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****Os malwares são amplamente cobrados em provas de concursos públicos. Você


precisa conhecer:

➢ Vírus
➢ Worm
➢ Trojan horse
➢ Spyware
➢ Keylogger
➢ Backdoor
➢ Rootkit
➢ Adware
➢ Sniffer
➢ Hijack

Existem muitos outros malwares, mas esses são os mais citados em provas de concursos
públicos.

DICA 34

CRIPTOGRAFIA

É um SISTEMA DE CODIFICAÇÃO DE CARACTERES QUE IMPEDE QUE UMA


INFORMAÇÃO SEJA ACESSADA POR PESSOAS NÃO AUTORIZADAS.

-Uma comunicação só poderá ser considerada segura se as informações passarem por


processo de criptografia.

- Existem basicamente dois tipos de criptografia: simétrica e assimétrica. Essa


classificação leva em conta o número de chaves que são usadas para cifrar e decifrar as
mensagens.
DICA 35

BIOMETRIA

É UM PROCESSO NO QUAL AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E COMPORTAMENTAIS


DE UMA PESSOA SÃO UTILIZADAS PARA IDENTIFICÁ-LAS UNICAMENTE.
- A biometria é uma das maneiras mais eficientes de autenticar a identidade de um
usuário. A identificação pode ser feita através do escaneamento de veias, olhos,
impressão digital, mãos, etc.

DICA 36

Normalmente, para entrar em um sistema, o usuário precisa fornecer login e senha.


*A senha é um mecanismo de autenticação. Para que se tenha ainda mais segurança
na proteção das informações de um usuário, muitos sistemas já utilizam a autenticação
de dois fatores. Ao inserir sua senha, o sistema envia uma outra senha ou pede uma outra
confirmação ao usuário e isso pode ser feito utilizando sua conta de e-mail, seu smartphone,
etc. Consegue perceber? São dois fatores de autenticação.

DICA 37

Um vírus é um programa que, QUANDO EXECUTADO, danifica arquivos e outros


programas do computador.

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Entra em ação quando, e somente quando, é executado.

OLHA A DICA: Assim como um vírus orgânico, o vírus de computador necessita de


um sistema ou programa hospedeiro para se propagar. A propagação é feita
embutindo cópias de si em outros arquivos e programas instalados no computador
infectado.

DICA 38

Um CAVALO DE TROIA é um programa que pode ser recebido como “presente” na forma
de um Cartão Virtual, um protetor de telas, etc.

- Além de executar a função para qual inicialmente foi projetado, esse programa pode
executar uma outra ação maliciosa como a instalação de um Keylogger ou Spyware
para o roubo de informações ou senhas, por exemplo.

DICA 39

Sabe-se que A DEFESA MAIS EFICIENTE CONTRA VÍRUS É O ANTIVÍRUS.

- Esses softwares analisam os arquivos do computador afim de detectar e eliminar aqueles


que estejam infectados. Você precisa ter um antivírus instalado, mas não mais do
que um.

ATENÇÃO! Caso você instale dois ou mais antivírus, eles podem conflitar entre si e
deixar o sistema vulnerável. Além disso, haverá um consumo excessivo de recursos do
computador.

DICA 40

Vírus de script: escrito em linguagem de script, como VBScript e JavaScript, e recebido


ao acessar uma página Web ou por e-mail, como um arquivo anexo ou como parte do
próprio e-mail escrito em formato HTML.

Pode ser automaticamente executado, dependendo da configuração do navegador Web e


do programa leitor de e-mails do usuário.

DICA 41

DIFERENÇA ENTRE VÍRUS E WORM

VIRUS

* É um programa (ou parte de um programa) que se anexa a um arquivo de programa


qualquer.

* Propaga-se inserindo cópias de si mesmo e se tornando parte de outros programas e


arquivos.

* Depende da execução do programa ou arquivo hospedeiro para ser ativado.

WORM

* Programa

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* NÃO embute cópias de si mesmo em outros programas ou arquivos. Propaga-se


automaticamente pelas redes, enviando copias de si mesmo de computador para
computador

* NÃO necessita ser explicitamente executado para se propagar. Basta que se tenha
execução direta de suas cópias ou a exploração automática de vulnerabilidades existentes
em programas instalados em computadores.

DICA 42

Nobreak é um estabilizador que possui uma bateria para manter energizado os


equipamentos por um período de tempo que pode variar de acordo com o modelo do
Nobreak. Com isso ele gera a disponibilidade do sistema e a segurança aos
computadores.

DICA 43

Não confundir Firewall com Antivírus. São ferramentas distintas que operam juntas em
um sistema de defesa, mas não fazem a mesma coisa.

Antivírus age com um banco de dados de malwares. Ao analisar o sistema, e um deles for
detectado, o antivírus tentará eliminá-lo.

O Firewall, mecanismo que auxilia na proteção de um computador, permite ou impede que


pacotes IP, TCP e UDP possam entrar ou sair da interface de rede do computador.

DICA 44

Backdoor

Tipo de código malicioso. Programa que permite o retorno de um invasor a um computador


comprometido, por meio da inclusão de serviços criados ou modificados para esse fim.
Normalmente esse programa é colocado de forma a não a ser notado.

DICA 45

Uma senha é uma combinação de caracteres que serve como mecanismo de autenticação
de um usuário.

- Existem senhas fortes e senhas fracas.

- SENHAS FORTES são aquelas que são difíceis de serem decifradas. Uma senha forte é
formada pelo maior número de dígitos possível e mistura letras (maiúsculas e
minúsculas), números e símbolos especiais.

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FÍSICA

DICA 46

ATENÇÃO!

Não existe REPOUSO ou MOVIMENTO ABSOLUTO, as características do movimento


dependem do REFERENCIAL do OBSERVADOR.

REPOUSO:

- É dito que um objeto está em repouso em relação a um referencial quando não há


mudança na sua posição relativa a esse referencial.

MOVIMENTO:

- É dito que um objeto está em movimento em relação a um referencial quando há


mudança na sua posição relativa a esse referencial.

DICA 47

INTERVALO DE TEMPO (∆𝒕) é calculado entre os instantes de tempo inicial e final:

∆𝒕 = 𝒕𝟐 − 𝒕𝟏
DESLOCAMENTO (∆𝑺) é calculado entre as POSIÇÕES final e inicial:

∆𝑺 = 𝑺𝑭𝒊𝒏𝒂𝒍 – 𝑺𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍

DICA 48

VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA (𝑽𝒎é𝒅𝒊𝒂 ): É a razão entre a variação do espaço e a


variação do tempo.
∆𝑺
𝑽𝒎é𝒅𝒊𝒂 =
∆𝒕
VELOCIDADE ESCALAR INSTANTÂNEA: É a taxa de variação do espaço em relação ao
tempo em um determinado instante.

DICA 49

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (MRU) = sua posição varia com o tempo, a


trajetória é uma reta e a velocidade é constante (aceleração = 0).

O movimento pode ser PROGRESSIVO ou RETRÓGRADO.

Movimento PROGRESSIVO (V>0): É quando a velocidade do corpo aponta para o mesmo


sentido da orientação positiva do espaço.

Movimento RETRÓGRADO (V<0): É quando a velocidade do corpo aponta para o sentido


contrário da orientação positiva do espaço.

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DICA 50

Equação horária do M.R.U.:

𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝑽 × (𝒕 − 𝒕𝟎 )

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ÉTICA E CIDADANIA

DICA 51

CUIDADO!

- ÉTICA: teoria, ciência ou conhecimento do comportamento moral que busca entender e


explicar a moral;

- MORAL: é o conjunto de regras de uma sociedade, que orienta a convivência dentro desta
mesma sociedade.

MACETE:

Se tiver na prova dizendo “conjunto de regras” ou “normativo”, você saberá que estamos
falando de Moral, e não de Ética.

DICA 52

NÃO CONFUNDA!

ÉTICA

- é universal, coletivo (construído a partir do consenso de várias morais)

- é princípio

- é ciência que estuda a moral (reflexão filosófica)

MORAL

- é particular (atinge grupos específicos)

- trata de aspectos de condutas específicas

- é objeto da ética (tem caráter prático, com força normativa)

DICA 53

São primados maiores que devem nortear o servidor público no exercício do cargo ou
função ou fora dele:

- a dignidade

- o decoro

- o zelo

- a eficácia

- a consciência dos princípios morais

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DICA 54

O SERVIDOR PÚBLICO:

- Não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.

- Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente
entre o honesto e o desonesto, consoante as regras na Constituição Federal, tendo
princípios conhecidos pelo mnemônico LIMPE (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
Publicidade e Eficiência).

DICA 55

IMPORTANTE!

A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,


devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum.

O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que


poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

Todo ato administrativo e a ação realizada por seus agentes, decisões e tudo mais devem
sempre visar o bem comum.

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GEOPOLÍTICA

DICA 56

A principal CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS é baseada nos 3


SETORES:

- Setor Primário - Extração de matérias primas;

- Setor Secundário - Indústria; e

- Setor Terciário - Comércio e serviços.

DICA 57

SETOR PRIMÁRIO

* Relaciona-se com a produção econômica por meio da exploração direta dos recursos
da natureza.

* É responsável por fornecer a matéria-prima para a indústria de transformação.

* É considerado muito vulnerável, pois é mais suscetível aos fenômenos naturais, como
o clima.

* A produção e exportação de matérias-primas costuma não gerar muita riqueza, por se


trata do comércio de produtos que possuem pouco valor agregado.

DICA 58

SETOR SECUNDÁRIO

* Realiza a transformação das matérias-primas (produzidas pelo Setor Primário).

* Exige conhecimentos tecnológicos agregados para a sua produção (maior valor


agregado).

* O lucro obtido na comercialização de mercadorias do setor secundário é bem maior que


o do setor primário.

DICA 59

SETOR TERCIÁRIO

Relaciona-se com a atividade de comércio e com os serviços (produtos não-materiais)


que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades.

Os serviços CLASSIFICAM-SE em:

* BÁSICO: Atividades que necessitam de mão-de-obra pouco especializada, como as


artesanais, domésticas, dentre outros.

* SUPERIOR: Necessitam de mão-de-obra mais especializada: educação, saúde,


dentre outros.

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* QUATERNÁRIO: Exigem conhecimentos e tecnologia mais sofisticados, como a


biotecnologia, telecomunicações, desenvolvimento de softwares e pesquisas.

DICA 60

SETOR QUINÁRIO

* Aquele em que os serviços são prestados sem ânimo de lucro, como os


governamentais (inclusive saúde, educação, cultura e segurança) e os desenvolvidos por
organizações não governamentais sem fins lucrativos.

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LÍNGUA INGLESA

DICA 61

PRONOMES

Tem como função substituir os nomes a fim de evitar uma repetição desnecessária
ao longo do texto.

Alguns exemplos comuns:

SUBJECT PRONOUNS
PRONOMES RETOS
(PRONOMES DO SUJEITO)

I Eu

You Tu, Você

He Ele
She Ela

It Ele/Ela/Isso/Isto

We Nós
You Vocês
They Eles

DICA 62

NÃO CONFUNDA!

POSSESSIVE ADJECTIVES POSSESSIVE PRONOUNS


(ADJETIVOS POSSESSIVOS) (PRONOMES POSSESSIVOS)
My (meu) Mine (o meu)
Your (seu) Yours (o seu)

His (dele) His (o dele)

Her (dela) Hers (o dela)

Its (dele/dela) Its (o dele/dela)

Our (nosso) Ours (o nosso)


Your (seus) Yours (os seus)
Their (deles) Theirs (os deles)

DICA 63

PRONOMES RELATIVOS

Tem como principal função ligar orações.

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Who (quem/que) Refere-se a pessoas


Which (o qual/a qual/os quais/as quais/que) Refere-se a animais e objetos

Pode ser usado tanto no lugar


That (que)
de “who” como “which”

Where (onde) Refere-se a lugares


When (quando) Refere-se a tempo

DICA 64

PRONOMES INTERROGATIVOS (INTERROGATIVE PRONOUNS)

O que/qual/quais
What
Which Qual/quais

When Quando
Where Onde
Who Quem
Whose De quem/da qual/das quais/do qual/das quais

How Como

DICA 65
CONJUNÇÕES

São pequenas, mas importantes palavras que são utilizadas para determinar a lógica,
relacionar ideias ou sentenças nas frases.

CONJUNÇÕES DE ADIÇÃO

CONJUNÇÃO ADITIVA TRADUÇÃO

Also também

And e

as well também

as well as além de

besides além disso

both… and tanto… quanto

furthermore além disso

in addition além disso

in addition to além de

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moreover além disso

não apenas… mas


not only… but also também

too também

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LÍNGUA ESPANHOLA

DICA 66

DIAS DA SEMANA

Lunes – segunda-feira

Martes – terça-feira

Miércoles – quarta-feira

Jueves – quinta-feira

Viernes – sexta-feira

Sábado – sábado

Domingo – domingo

DICA 67

MESES DO ANO

ENERO – janeiro

Exemplo: Voy a empezar a cuidar más de mi salud en enero. (Vou começar a cuidar mais
da minha saúde em janeiro)

FEBRERO – fevereiro

Exemplo: El carnaval brasileño se celebra en febrero. (O carnaval brasileiro é celebrado


em fevereiro).

MARZO – março

Exemplo: El curso de inglés empieza en marzo. (O curso de inglês começa em março).

ABRIL – abril

Exemplo: Voy a Machu Picchu en abril. – (Vou para Machu Picchu em abril).

MAYO – maio

Exemplo: El festival va hasta el primero de mayo. (O festival vai até primeiro de maio).

JUNIO – junho

Exemplo: El cumpleaños de mi sobrino es el primero de junio. (O aniversário do meu


sobrinho é em primeiro de junho).

JULIO – julho

Exemplo: Conocí a mi novio en julio de 2015. (Conheci meu namorado em julho de 2015).

AGOSTO – agosto

Exemplo: El tiempo cambió durante la primera semana de agosto. (O tempo mudou


durante a primeira semana de agosto).

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SEPTIEMBRE – setembro

Exemplo: La entrega de mi paquete está programada para el dia 15 de septiembre. (A


entrega da minha encomenda está programada para o dia 15 de setembro).

OCTUBRE – outubro

Exemplo: Octubre es mi mes favorito porque los árboles cambian de color. (Outubro é o
meu mês favorito porque as árvore mudam de cor).

NOVIEMBRE – novembro

Exemplo: En México, se celebra el Día de los Muertos el segundo de noviembre. (No México,
celebra-se o Dia dos Mortos no dia 2 de novembro).

DICIEMBRE – dezembro

Exemplo: En mi ciudad la nieve empieza a caer en diciembre. (Na minha cidade, a neve
costuma cair em dezembro).

DICA 68

ESTAÇÕES DO ANO

LA PRIMAVERA = Primavera

Exemplo:

La primavera es la estación del año en que nacen más flores.

A primavera é a estação do ano em que mais nascem flores.

EL VERANO = Verão

Exemplo:

El verano es la estación del año en que muchas personas cogen vacaciones y van a la playa.

O verão é a estação do ano em que muitas pessoas pegam férias e vão a praia.

EL OTOÑO = Outono

Exemplo:

El otoño es la estación del año dónde las hojas de las plantas suelen caer.

O outono é a estação do ano onde as folhas das plantas costumam cair.

EL INVIERNO = Inverno

Exemplo:

El invierno suele ser la época en que más frío hace en muchos países de Latino América.

O inverno costuma ser a época em que mais faz frio em muitos países da América Latina.

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DICA 69

ARTIGOS

Palavras variáveis que se antepõem ao substantivo ou a qualquer palavra /oração que tenha
valor de substantivo, indicando-lhe o gênero e o número.

DEFINIDOS

Masculino Singular El
Masculino Plural Los
Feminino Singular La
Feminino Plural Las

INDEFINIDOS

Masculino Singular Un
Masculino Plural Unos
Feminino Singular Una
Feminino Plural Unas

DICA 70

CASOS PARTICULARES

1) É obrigatório o uso de artigo determinado para informar as horas, dias da semana e


datas.

Exemplos:

Son las cuatro en punto. (São quatro em ponto).

El resultado de los exámenes saldrá el lunes. (O resultado dos exames sairá segunda-feira).

Nascí el 15 de septiembre de 1991. (Nasci dia 15 de setembro de 1991).

2) Diante de um nome de pessoa, país, região ou continente, não se usa o artigo, salvo
quando estiver determinado por um adjetivo, oração relativa ou complemento.

Exemplos:

España es un Estado de la Unión Europea. (Espanha é um Estado da União Européia).

La Italia del Norte es muy linda. (A Itália do Norte é muito linda).

Exceções: La Habana, La Argentina, La India, Los Estados Unidos, El Japón, etc.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

DICA 71
A PRF é competente para aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
quando prevista de forma específica para a infração cometida (infração mandatória ou
autossuspensiva), e deve comunicar a aplicação da penalidade ao órgão máximo
executivo de trânsito da União (DENATRAN).
Assim, a PRF não é competente para aplicar suspensão do direito de dirigir por acúmulo de
pontos nem cassação do direito de dirigir.
DICA 72
O CONTRAN é presidido pelo Ministro do Infraestrutura e composto pelos Ministros
de Estado elencados abaixo, que devem indicar, cada um, seu suplente:
- Ministro de Estado da Infraestrutura;
- Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações;
- Ministro de Estado da Educação;
- Ministro de Estado da Defesa;
- Ministro de Estado do Meio Ambiente;
- Ministro de Estado da Saúde;
- Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;
- Ministro de Estado das Relações Exteriores;
- Ministro de Estado da Economia; e
- Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

DICA 73

aplicadas somente quando os


veículos estiverem
Livre circulação e identificados por dispositivos
Prerrogativas dos
parada regulamentares de alarme
veículos destinados
sonoro e iluminação
a socorro de
intermitente
incêndio e
salvamento, os de
polícia, os de
fiscalização e aplicada somente quando os
operação de trânsito veículos estiverem
Livre
e as ambulâncias identificados por dispositivos
estacionamento
regulamentares de
iluminação intermitente

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DICA 74

Mesmo durante o dia, o condutor manterá a luz


baixa acesa:

Caso se trate de
Nas rodovias de
veículos de
pista simples
transporte
situadas fora
Caso se trate de coletivo de
Em túneis e sob dos perímetros
motocicletas, passageiros,
chuva, neblina urbanos, se o
motonetas e quando
ou cerração veícuo não
ciclomotores circularem em
possuir luzes
faixas ou
de rodagem
pistas a eles
diurna
destinadas

Em qualquer destes casos, inclusive para o condutor que deixa de manter acesa a luz baixa
durante a noite, a infração é de natureza média e punida com multa.

DICA 75
As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que não tenham atingido 1,45 m
(um metro e quarenta e cinco centímetros) de altura devem ser transportadas nos
bancos traseiros, em dispositivo de retenção adequado para cada idade, peso e altura,
salvo exceções relacionadas a tipos específicos de veículos regulamentadas pelo Contran
(art. 64 do CTB.

As crianças que possuam 1,45m de altura, independente da idade, podem ser transportadas
no banco dianteiro.

DICA 76
O porte do documento de habilitação e do certificado de licenciamento anual será
dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema
informatizado para verificar se o condutor está habilitado e se o veículo está licenciado.

DICA 77
Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias C, D ou E sem realizar
o exame toxicológico periódico (§ 2º do art. 148-A do CTB), após 30 (trinta) dias do
vencimento do prazo estabelecido, é infração gravíssima, punida com multa (cinco
vezes) e suspensão do direito de dirigir por 3 meses, condicionado o levantamento da
suspensão à inclusão no Renach de resultado negativo em novo exame.

Incorre na mesma penalidade o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo e


não comprova a realização de exame toxicológico periódico exigido pelo § 2º do art. 148-A

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deste Código por ocasião da renovação do documento de habilitação nas categorias


C, D ou E:

Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão comprovar


resultado negativo em exame toxicológico para a obtenção e a renovação
da Carteira Nacional de Habilitação.
§ 2º Além da realização do exame previsto no caput deste artigo, os condutores
das categorias C, D e E com idade inferior a 70 (setenta) anos serão submetidos
a novo exame a cada período de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, a partir
da obtenção ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação,
independentemente da validade dos demais exames de que trata o inciso I do
caput do art. 147 deste Código.

DICA 78
Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar
conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do local, a
imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos
nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego.

Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial lavrará boletim da ocorrência,


nele consignado o fato, as testemunhas que o presenciaram e todas as demais
circunstâncias necessárias ao esclarecimento da verdade.

DICA 79
O CONTRAN não é competente para realizar o julgamento de recurso em segunda
instância das penalidades aplicadas pela PRF.
Esta competência é de colegiado especial integrado pelo Coordenador-Geral da Jari, pelo
Presidente da Junta que apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta.
Caso haja apenas uma Jari, o recurso será julgado por seus membros.

DICA 80
Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral
socorro àquela.
Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo equipado com registrador
instantâneo de velocidade e tempo, somente o perito oficial encarregado do
levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.
Assim, compete à PRF coletar informações do disco do tacógrafo, exceto em caso de
acidentes com morte. Nestes casos, a PRF deve preservar as informações do disco do
tacógrafo.
Em caso de acidente, as informações referentes às últimas vinte e quatro horas de operação
do veículo ficarão à disposição das autoridades competentes pelo prazo de um ano.

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DICA 81

sem usar capacete de segurança ou


vestuário de acordo com as normas e as
especificações aprovadas pelo Contran
transportando passageiro sem o
gravíssima com capacete de segurança, na forma
multa, suspensão estabelecida no inciso anterior, ou fora
do direito de do assento suplementar colocado atrás
dirigir, retenção do condutor ou em carro lateral;
do veículo e
recolhimento da fazendo malabarismo ou equilibrando-
habilitação se apenas em uma roda;

transportando criança menor de 10


(dez) anos de idade ou que não tenha,
nas circunstâncias, condições de
cuidar da própria segurança:

rebocando outro veículo;

Infrações na sem segurar o guidom com ambas as


condução de mãos, salvo eventualmente para
motocicleta, indicação de manobras;
motoneta e grave com multa
ciclomotor e medida transportando carga incompatível com
administrativa de suas especificações ou em desacordo
"apreensão" para com o previsto no § 2o do art. 139-A
regularização desta Lei;

efetuando transporte remunerado de


mercadorias em desacordo com o
previsto no art. 139-A desta Lei ou com
as normas que regem a atividade
profissional dos mototaxistas:
com a utilização de capacete de
segurança sem viseira ou óculos de
proteção ou com viseira ou óculos de
média com multa proteção em desacordo com a
e retenção do regulamentação do Contran;
veículo
transportando passageiro com o
capacete de segurança na forma
prevista no item anterior

DICA 82
*O termo “apreensão” utilizado pelo art. 244 como medida administrativa é inadequado,
sendo aplicada, na verdade, a medida de retenção do veículo. Porém, isto é entendimento
do CONTRAN, portanto, atente-se ao termo “apreensão” que existe neste artigo.

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DICA 83

I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou


com grande risco de grave dano patrimonial a
terceiros;

II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas


ou adulteradas;

III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira


São de Habilitação;
circunstâncias
que sempre IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação
agravam as de categoria diferente da do veículo;
penalidades dos
crimes de V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados
trânsito ter o especiais com o transporte de passageiros ou de
condutor do carga;
veículo cometido
a infração:
VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados
equipamentos ou características que afetem a sua
segurança ou o seu funcionamento de acordo com os
limites de velocidade prescritos nas especificações do
fabricante;

VII - sobre faixa de trânsito temporária ou


permanentemente destinada a pedestres.

DICA 84
São crimes de perigo concreto (que dependem da demonstração de perigo de dano) os
previstos nos arts. 308, 309 e 311 do CTB:

Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida,


disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de
perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada:
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para
Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo
de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas
proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de
passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

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DICA 85
É crime inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na
pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo
penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial,
o perito, ou juiz. Aplica-se este crime ainda que não iniciados, quando da inovação, o
procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.

A pena é de detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

DICA 86
No caso de acidentes sem vítimas, é obrigação dos condutores promoverem a regular
sinalização e liberação da via, sob pena de cometimento de infração de trânsito:

Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de adotar providências
para remover o veículo do local, quando necessária tal medida para assegurar a
segurança e a fluidez do trânsito:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um veículo no leito
viário, em situação de emergência, deverá ser providenciada a imediata sinalização
de advertência.

Nestas situações, o condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-


alerta) providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou equipamento similar à
distância mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.
O equipamento de sinalização de emergência deverá ser instalado perpendicularmente ao
eixo da via, e em condição de boa visibilidade.

DICA 87
O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os cronogramas das campanhas de
âmbito nacional que deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema
Nacional de Trânsito, em especial nos períodos referentes às férias escolares, feriados
prolongados e à Semana Nacional de Trânsito.
Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito deverão promover outras
campanhas no âmbito de sua circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.
Essas campanhas são de caráter permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de
sons e imagens explorados pelo poder público são obrigados a difundi-las
gratuitamente, com a freqüência recomendada pelos órgãos competentes do Sistema
Nacional de Trânsito.
A Campanha Educativa de Trânsito de 2021 terá como mensagem "NO TRÂNSITO SUA
RESPONSABILIDADE SALVA VIDAS", que deverá ser divulgada pelos órgãos e entidades
do Sistema Nacional de Trânsito e deverá ser veiculada obrigatoriamente nos meios de
comunicação social em toda peça publicitária destinada à divulgação ou promoção de
produtos oriundos da indústria automobilística ou afim.

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DICA 88
São vias terrestres urbanas e rurais, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou
entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as
circunstâncias especiais:

✓ as ruas,
✓ as avenidas,
✓ os logradouros,
✓ os caminhos,
✓ as passagens,
✓ as estradas e as rodovias,
✓ as praias abertas à circulação pública,
✓ as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e
✓ as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo.

DICA 89
A sinalização de trânsito terá a seguinte ordem de prevalência:

I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de


circulação e outros sinais;

II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;

III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de


trânsito.

DICA 90
Não é competência da PRF vistoriar veículos que necessitem de autorização especial
para transitar nem estabelecer os requisitos técnicos a serem observados para a
circulação desses veículos.

DICA 91
Os veículos produzidos ou importados a partir de 1º de janeiro de 1999, para obterem
registro e licenciamento, deverão estar identificados com os números VIN e VIS, com
exceção dos:

X Tratores
X veículos protótipos utilizados exclusivamente para competições esportivas
X viaturas militares operacionais das Forças Armadas.

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DICA 92
A Res. 04/98-CONTRAN autoriza que o veículo novo ou usado incompleto, nacional ou
importado, realize determinados trajetos, durante determinado período, devendo portar
a nota fiscal ou documento alfandegário.
Um destes trajetos é:

do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária e do


Posto Alfandegário

ao órgão de trânsito do município de destino

(no caso de veículo novo ou usado DOADO por órgãos ou entidades


governamentais, este município será o constante no DOCUMENTO DE
DOAÇÃO, cuja CÓPIA DEVERÁ acompanhar o veículo durante o
trajeto.)

Nos 15 dias consecutivos, contados a partir da:

data do data de efetiva entrega do veículo ao


carimbo de proprietário, no caso de veículo NOVO OU
saída do veículo; USADO comprado DIRETAMENTE por meio
ou eletrônico [ex.: WebMotors, OLX, etc]

LEMBRETE: o responsável pelo registro e licenciamento do veículo é o órgão de


trânsito ESTADUAL (DETRAN), os quais procedem à expedição do CRV e CRLV mediante
DELEGAÇÃO do órgão máximo executivo da União – DENATRAN.
DICA 92

Não se exige cinto de segurança:

Graduável e de três pontos em


todos os assentos
De qualquer tipo
(Nos assentos centrais, o cinto
pode ser do tipo sub-abdominal)

para veículos destinados ao para nenhum


transporte de passageiros, veículo automotor
em percurso que seja fabricado antes de
permitido viajar em pé 01/01/1999

para passageiros nos ônibus


e microônibus produzidos
antes de 01/01/1999

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DICA 94
Os equipamentos obrigatórios para os reboques e os semirreboques relacionam-se a:

Partes traseiras Freios de


Lanternas nas
do veículo, estacionamento
partes laterais,
podendo se e de serviço,
quando as Pneus;
relacionar à dependendo da
dimensões assim
largura e ao PBT capacidade de
exigirem;
do veículo; tração do veículo.

DICA 95
PODE-SE aplicar inscrições, pictogramas ou painéis decorativos de qualquer espécie FORA
das áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo, DESDE QUE o veículo
possua espelhos retrovisores externos direito e esquerdo E seja atendida a transparência
mínima de 28%.

Em regra, considera-se como área indispensável à dirigibilidade do veículo o para-brisa e


os vidros laterais mais próximos ao para-brisa de ambos os lados (cor cinza claro):

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DICA 96

Tacógrafo é equipamento obrigatório para:

Veículos de Veículos de
Veículos de transporte carga
Tratores que
transporte e remunerado
desenvolvam
condução de de passageiros
velocidade
escolares, com mais de
acima de 60 Com PBT maior
independente dez lugares,
km/h que 4.536kg e
da lotação excluindo o
motorista fabricado a
partir de
01/01/1999

Com PBT
maior que
4.536kg e CMT
maior ou igual
a 19t,
independente
do ano de
fabricação

DICA 97
Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal (DETRANs)
estabelecerão prazos para renovação do Licenciamento Anual dos Veículos
registrados sob sua circunscrição, de acordo com o algarismo final da placa de identificação,
respeitados os limites fixados na tabela a seguir:

ALGARISMO FINAL DA PLACA PRAZO FINAL PARA


RENOVAÇÃO
1E2 Até setembro
3, 4 E 5 Até outubro
6, 7 E 8 Até novembro
9E0 Até dezembro

DICA 98
A fiscalização das condições de funcionamento do registrador instantâneo e inalterável de
velocidade e tempo [tacógrafo], nos veículos em que seu uso é obrigatório, será
exercida pelos órgãos ou entidades de trânsito com circunscrição sobre a via onde
o veículo estiver transitando.

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Na ação de fiscalização do tacógrafo, o agente deverá se identificar e assinar o verso do


disco ou fita diagrama, bem como mencionar o local, a data e horário em que ocorreu a
fiscalização, devendo verificar e inspecionar:
• se o registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo se encontra em
perfeitas condições de uso;

• se as ligações necessárias ao seu correto funcionamento estão devidamente


conectadas e lacradas e seus componentes sem qualquer alteração;

• se as informações obrigatórias estão disponíveis, e se a sua forma de registro


continua ativa;

o velocidades desenvolvidas;
o distância percorrida pelo veículo;
o tempo de movimentação do veículo e suas interrupções;
o data e hora de início da operação;
o identificação do veículo;
o identificação dos condutores;
o identificação de abertura do compartimento que contém o disco ou de emissão
da fita diagrama.

• se o condutor dispõe de disco ou fita diagrama reserva para manter o funcionamento


do registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo até o final da operação
do veículo.

• se o registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo está aprovado na


verificação metrológica realizada pelo INMETRO ou entidade credenciada

o essa comprovação pode ser feita por meio de sítio do INMETRO na rede mundial
de computadores ou por meio da via original ou cópia autenticada do certificado
de verificação metrológica.

DICA 99
A gravação do número de identificação veicular (VIN) no chassi ou monobloco, deverá
ser feita, no mínimo, em um ponto de localização, de acordo com normas da ABNT, em
profundidade mínima de 0,2 mm.

Para os veículos tipo ciclomotores, motonetas, motocicletas e deles derivados, a altura


dos caracteres da gravação de identificação veicular (VIN) deve ter no mínimo 4,0
(quatro) milímetros.

DICA 100
Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos serão identificados com os caracteres
VIS (número seqüencial de produção) previsto na norma ABNT, podendo ser, a critério do
fabricante:

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• por gravação, na profundidade mínima de 0,2 mm, quando em chapas; ou


• plaqueta colada, soldada ou rebitada, destrutível quando de sua remoção, ou
ainda por
• etiqueta autocolante e também destrutível no caso de tentativa de sua remoção,

O VIS deve ser gravado, no mínimo, nos seguintes compartimentos e componentes:


✓ na coluna da porta dianteira lateral direita;
✓ no compartimento do motor;
✓ em um dos pára-brisas e em um dos vidros traseiros, quando existentes;
o Neste caso deve ser gravada de forma indelével, sem especificação de
profundidade e, se adulterados, devem acusar sinais de alteração.
✓ em pelo menos dois vidros de cada lado do veículo, quando existentes, excetuados os
quebra-ventos.
o Neste caso deve ser gravada de forma indelével, sem especificação de
profundidade e, se adulterados, devem acusar sinais de alteração.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 101

Atributos do Ato Administrativo

A presunção de legitimidade e veracidade acompanha todos os atos estatais, quer


imponham obrigações, quer reconheçam ou confiram direitos aos administrados, e decorre
da própria ideia de “Poder” que permite ao Estado assumir posição de supremacia perante
os particulares.

Um dos efeitos da presunção de legitimidade e veracidade é o de permitir que o ato


administrativo opere efeitos imediatamente, vinculando os administrados por ele
atingidos desde a sua edição. Isso permite que a Administração exerça suas atribuições com
agilidade, afinal, é o interesse público que está em jogo.

Essa agilidade não existiria caso a Administração dependesse de manifestação prévia do


Poder Judiciário toda vez que editasse seus atos.

DICA 102

Atributos do Ato Administrativo

Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros,


independentemente da sua concordância, criando obrigações ou impondo
restrições.

A imperatividade decorre do chamado “poder extroverso”, que é prerrogativa dada ao


Poder Público de impor, de modo unilateral, obrigações a terceiros, inclusive a sujeitos
que estão fora do âmbito interno administrativo, criando obrigações que extravasam
a esfera jurídica do Estado. O atributo da imperatividade decorre diretamente do princípio
da supremacia do interesse público sobre o particular.

Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, a imperatividade não existe em todos os atos
administrativos, mas apenas naqueles que impõem obrigações ou restrições.

DICA 103

Atributos do Ato Administrativo

A doutrina desdobra a autoexecutoriedade em dois outros atributos: a exigibilidade e a


executoriedade.

A exigibilidade seria caracterizada pela obrigação que o administrado tem de cumprir o


comando imperativo do ato. Graças à exigibilidade, a Administração pode usar meios
indiretos de coação para que suas decisões sejam cumpridas, como, por exemplo, a
aplicação de multas ou de outras penalidades administrativas impostas em caso de
descumprimento do ato. Veja que, nesse caso, a coação é indireta: o sujeito cumpre a
imposição do Poder Público porque tem receio de ser multado.

Já a executoriedade seria a possibilidade de a Administração, ela própria, praticar o ato,


ou de compelir, direta e materialmente, o administrado a praticá-lo (coação material). Na

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executoriedade, a Administração emprega meios diretos de coerção, compelindo


materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força.

DICA 104

Critérios definidores da competência

A norma define a competência dos agentes públicos segundo alguns critérios de distribuição
e organização, quais sejam:

→ Matéria: a competência é definida segundo a especificidade da função a ser exercida.


Exemplo: na esfera federal, cada Ministério possui competência para tratar de determinada
matéria (saúde, educação, cultura, economia etc.).

→ Hierarquia: as competências são escalonadas de acordo com seu nível de complexidade


e responsabilidade. Assim, por esse critério, as competências mais complexas e de maior
responsabilidade são atribuídas aos agentes de plano hierárquico mais elevado.

→ Lugar: a competência é distribuída entre órgãos localizados em pontos territoriais


distintos. Inspira-se na necessidade de descentralização ou desconcentração territorial das
atividades administrativas.

Exemplo: determinadas competências da Receita Federal são desempenhadas por


Superintendências espalhadas nos Estados-membros.

→ Tempo: a competência é conferida por determinado período.

Exemplo: a competência do servidor público tem início a partir da investidura legal e término
com o fim do exercício da função pública.

→ Fracionamento: a competência é distribuída por diversos órgãos ou agentes, cuja


manifestação é imprescindível para a completa formação do ato. Trata-se dos chamados
atos complexos.

Exemplo: a redução de alíquotas de IPI para alguns refrigerantes depende da aprovação do


Ministério da Agricultura e do Ministério da Fazenda.

DICA 105

A doutrina ensina que o elemento competência apresenta as seguintes características:

→ É de exercício obrigatório: trata-se de um poder-dever do agente público, não sendo


exercido por sua livre conveniência, mas sim para a satisfação do interesse público.

→ É irrenunciável: em respeito ao princípio da indisponibilidade do interesse público,


o administrador atua em nome e interesse da coletividade, não podendo renunciar àquilo
que não lhe pertence. Todavia, a irrenunciabilidade não impede que a Administração Pública
transfira a execução de uma tarefa, isto é, delegue o exercício da competência para fazer
algo. A delegação, de toda sorte, implica transferir apenas o exercício, eis que a titularidade
da competência continua a pertencer a seu ‘proprietário’ (autoridade delegante).

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→ É intransferível ou inderrogável: não se admite transação de competência, ou seja, a


competência não pode ser transmitida por mero acordo entre as partes. Uma vez fixada
em norma expressa, a competência deve ser rigidamente observada por todos. Mesmo
quando se permite a delegação, é preciso um ato formal que registre a prática. Essa
característica também decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público.

→ É imodificável por mera vontade do agente: só quem pode modificar competência


primária é a lei ou a Constituição.

→ É imprescritível: mesmo quando não utilizada, não importa por quanto tempo, o agente
continuará sendo competente, ou seja, ele não perderá sua competência simplesmente pelo
fato de não utilizá-la.

→ É improrrogável: o fato de um órgão ou agente incompetente praticar um ato não faz


com que ele passe a ser considerado competente. Em outras palavras, o mero decurso do
tempo não muda a incompetência em competência. Para a alteração da competência,
registre-se, é necessária a edição de norma que especifique quem agora passa a dispor da
competência.

→ Pode ser delegada ou avocada, desde que não haja impedimento legal.

DICA 106

ELEMENTOS (Com Fi For M Ob) ATRIBUTOS (PATI) do ato


administrativo
ELEMENTOS: partes do ato ATRIBUTOS: características do ato
COMpetência: poder atribuído Presunção de legitimidade:
conformidade do ato com a ordem jurídica
e veracidade dos fatos (sempre existe).
FInalidade: interesse público Autoexecutoriedade: permite que a
(resultado mediato) Administração atue independente de
autorização judicial
FORma: como o ato vem ao mundo Tipicidade: vem sempre definido em lei.
Motivo: pressupostos de fato e de Imperatividade: faz com que o
direito destinatário deva obediência ao ato,
independente de concordância.
OBjeto: conteúdo (resultado imediato)

DICA 107

Um ato administrativo extingue-se por:

→ Cumprimento de seus efeitos (extinção natural), por exemplo, o gozo de férias pelo
servidor, a execução da ordem de demolição de uma casa, a chegada do termo final do ato
etc.

→ Desaparecimento do sujeito (extinção subjetiva) ou do objeto (extinção


objetiva), por exemplo, a concessão de licença para tratar de interesse particular a servidor
que, posteriormente, vem a falecer (extinção subjetiva); a permissão para uso de bem
público que vem a ser destruído por catástrofe natural (extinção objetiva).

45
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→ Retirada, que abrange:

● Revogação, em que a retirada se dá por razões de conveniência e


oportunidade;

● Anulação ou invalidação, por razões de legalidade;

● Cassação, em que a retirada ocorre pelo descumprimento de condição


fundamental para que o ato pudesse ser mantido, por exemplo, ultrapassar o
número máximo de infrações de trânsito permitido em um ano, fazendo com
que o infrator tenha sua habilitação cassada.

● Caducidade, em que a retirada se dá porque uma norma jurídica posterior


tornou inviável a permanência da situação antes permitida pelo ato. O exemplo
dado é a caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local
que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível com aquele
tipo de uso.

● Contraposição, que se dá pela edição posterior de ato cujos efeitos se


contrapõem ao anteriormente emitido. É o caso da exoneração de servidor, que
tem efeitos contrapostos à nomeação.

● Renúncia, pela qual se extinguem os efeitos do ato porque o próprio


beneficiário abriu mão de uma vantagem de que desfrutava. É o caso, por
exemplo, do servidor inativo que abre mão da aposentadoria para reassumir
cargo na Administração.

DICA 108

Diferença entre objeto natural e objeto acidental

O objeto do ato administrativo pode ser natural ou acidental.

Objeto natural é o efeito jurídico que o ato produz, sem necessidade de expressa menção;
ele decorre da própria natureza do ato, tal como definido na lei.

Objeto acidental é o efeito jurídico que o ato produz em decorrência de cláusulas


acessórias que ampliam ou restringem o alcance do objeto natural; compreende o encargo
ou modo, o termo e a condição, também chamados, como visto anteriormente, de
elementos acidentais do ato administrativo.

DICA 109

Agentes Administrativos

Aqui estão a maioria dos agentes públicos. Atuam na Administração Pública ocupando
cargos, empregos e funções públicas com vínculo hierárquico e recebendo remuneração
para isso. Podemos citar, como exemplo, os servidores e empregados públicos.

Agentes Políticos

Esses são os agentes públicos que fazem parte da cúpula da Administração Pública.
São aqueles que definem as políticas públicas a serem implementadas pelo Poder Público e
realizam a supervisão e direção superior de tais políticas.

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Agentes Honoríficos

São cidadãos chamados a colaborarem temporariamente com o Poder Público, por


meio da prestação de serviços específicos. Não possuem vínculo com a Administração
Pública e normalmente atuam sem remuneração. Podemos citar os mesários que atuam nas
eleições, como exemplo.

Agentes Delegados

São particulares que exercem atividades por sua própria conta e risco, mas que
podem ter impacto na população, sendo fiscalizados pelo Poder Público. Aqui temos por
exemplo os delegatários de serviços públicos e os leiloeiros.

Agentes Credenciados

São aqueles que recebem a incumbência de representar a Administração Pública em


determinados eventos ou atividades. Podemos citar um professor universitário que
representa o Brasil em certo congresso.

DICA 110

Exceções à regra de Concurso Público

→ Cargos em Comissão

O acesso a cargo ou emprego público tem como regra a necessidade de concurso público.
Tal diretriz é excepcionada no caso de cargos em comissão, que são de livre nomeação e
exoneração da autoridade competente, tendo como fundamento o poder discricionário.

→ Agentes Comunitários

Outra exceção é o caso dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, que
podem ser contratados mediante “processo seletivo público”, de acordo com a natureza
e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação (art. 198,
§4º).

→ Contratação por tempo determinado

A contratação por tempo determinado também é tratada na CF/88 como exceção à regra
de concurso público.

DICA 111

Investidura em cargo/emprego público - Em regra depende de: Concurso Público de


Provas e Concurso Público de Provas e Títulos, salvo para cargos em comissão.

Com relação ao uso de títulos nos concursos públicos, tal possibilidade só se justifica para
cargos/empregos que dependam de especial conhecimento técnico ou científico.
Segundo o STF, deve haver também uma relação lógica entre os títulos aceitos como fatos
de pontuação e as atribuições dos cargos/agentes e a natureza do cargo – nada justifica
a exigência de títulos para cargos de atribuição genérica. Além disso, a pontuação
atribuída deve ser razoável, sob pena de afronta aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade.

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DICA 112

Aos brasileiros é concedido o livre acesso aos cargos/empregos/funções públicas, atendidos


os requisitos estabelecidos em lei.

No caso do estrangeiro, é usada a expressão “na forma da lei”. Isso significa que tem que
existir uma lei prevendo a possibilidade de acesso aos estrangeiros para que só então, se
todos os requisitos forem atendidos (como os brasileiros), os estrangeiros tenham acesso
aos cargos/empregos/funções públicas.

É uma norma de eficácia limitada, o que significa que para que essa parte da CF/88
relativa aos estrangeiros seja aplicável é necessária a edição prévia de uma lei que preveja
tal fato.

DICA 113

Súmula Vinculante 44
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

Requisitos para a exigência de testes psicotécnicos:

→ Previsão em lei;
→ Previsão no edital (específico para concursos federais);
→ Uso de critérios objetivos e de reconhecido caráter técnico; e
→ Possibilidade de recurso.

DICA 114

JURISPRUDÊNCIA STF

→ Salário Mínimo: Com relação à garantia de salário mínimo, o STF entende que a garantia
se refere à remuneração e não ao vencimento básico;

→ Horas-extras: A Corte Maior entende que o inciso referente às horas-extras


(remuneração extraordinária) não depende de regulamentação, sendo de eficácia plena – o
Poder público deve garantir seu pleno exercício independente da ausência de lei
regulamentadora;

→ Conversão de férias em dinheiro: Os servidores que porventura ainda tenham direito


a férias e que não possam gozá-las devem receber tais benefícios na forma de dinheiro,
independente de previsão legal. Isso vale inclusive para o adicional de 1/3; e

→ Estabilidade da gestante: Se aplica aos agentes públicos o descrito no art. 10º do


ADCT da CF/88, segundo o qual fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da
empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Isso
vale, inclusive, para as ocupantes de cargos em comissão.

DICA 115

Durante o prazo de validade do concurso o candidato aprovado dentro do número de


vagas indicadas no edital tem direito subjetivo de ser nomeado.

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O STF ampliou tal entendimento para os candidatos que não foram aprovados dentro das
vagas, mas que devido à desistência de outros candidatos acabam se enquadrando dentro
das vagas.

Em casos excepcionais, provocados por circunstâncias supervenientes à publicação do


edital, é aceitável que a Administração Pública deixe de nomear os agentes públicos, quando
deverá motivar tal decisão que estará sujeita ao controle do Judiciário.

DICA 116

Quanto à natureza do órgão controlador, o controle pode ser administrativo, legislativo


e judicial.

O controle administrativo é aquele exercido pela Administração Pública com base do


poder de autotutela, segundo o qual a Administração deve rever seus atos quando estes
se tornarem inconvenientes/inoportunos (revogão) ou forem verificadas ilegalidades
(anulação). Ainda como decorrência do controle administrativo, a Administração Pública
atua sobre os atos de pessoas jurídicas que lhe são vinculadas, como as entidades da
Administração Pública indireta, por meio do exercício da tutela administrativa.

O controle legislativo é realizado pelo Poder Legislativo sobre os atos dos outros poderes,
muitas vezes com o auxílio dos Tribunais de Contas.

Já o controle judicial é realizado pelo Poder Judiciário, quando seus tribunais avaliam os
atos da Administração Pública de acordo com os princípios a ela atinentes (legalidade,
impessoalidade, moralidade, dentre outros) e demais normas vigentes. Só nas decisões do
Poder judiciário há a definitividade da coisa julgada – decisão definitiva de determinado
litígio.

DICA 117

Segundo a CF/88, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma


integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

DICA 118

Quanto ao aspecto a ser controlado podemos classificar o controle em controle de


legalidade e controle de mérito.

O controle de legalidade é realizado tendo como parâmetros a legalidade e as demais


normas vigentes, quando a Administração poderá atuar de ofício (iniciativa própria) ou
provocada por terceiro.

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Já o controle de mérito é aquele exercido sempre no âmbito do controle interno com o


objetivo de aferir se determinado ato é ainda conveniente para a sociedade ou deve
ser revisto, respeitados os direitos adquiridos.

DICA 119

Quanto à amplitude o controle pode ser classificado em hierárquico ou finalístico.

O controle hierárquico é aquele realizado por órgãos dentro do mesmo Poder,


subordinados um ao outro. Esse controle é ilimitado pois o órgão que controla pode avaliar
tanto os aspectos legais quanto o mérito administrativo.

Já o controle finalístico é aqueles realizado pela Administração Pública direta sobre a


indireta, sempre baseado em previsão legal. Aqui dizemos que há vinculação e não
hierarquia entre a Administração direta e a indireta. Esse controle é restrito/limitado
ao previsto em lei.

DICA 120

Quanto ao momento quando é realizado, podemos classificar o controle em prévio,


concomitante ou corretivo.

O controle prévio, preventivo ou a priori é aquele realizado enquanto os atos que


serão controlados ainda não ocorreram.

O controle concomitante ou sucessivo é realizando durante a prática do ato.

Por último o controle corretivo, subsequente ou a posteriori é realizado após a


realização dos atos.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 121
Diferença entre o princípio da legalidade e o princípio da reserva legal.

O princípio da legalidade se apresenta quando a Carta Magna utiliza a palavra “lei” em


um sentido mais amplo, abrangendo não somente a lei em sentido estrito, mas todo e
qualquer ato normativo estatal (incluindo atos infralegais) que obedeça às formalidades que
lhe são próprias e contenha uma regra jurídica.

Já o princípio da reserva legal é evidenciado quando a Constituição exige expressamente


que determinada matéria seja regulada por lei formal ou atos com força de lei (como
decretos autônomos, por exemplo). O vocábulo "lei" é, aqui, usado em sentido mais restrito.

A reserva legal pode ser classificada como absoluta ou relativa.

Na reserva legal absoluta, a norma constitucional exige, para sua integral


regulamentação, a edição de lei formal, entendida como ato normativo emanado do
Congresso Nacional e elaborado de acordo com o processo legislativo previsto pela
Constituição.

Na reserva legal relativa, por sua vez, apesar de a Constituição exigir lei formal, esta
permite que a lei fixe apenas parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que
poderá complementá-la por ato infralegal, respeitados os limites estabelecidos pela
legislação.

A doutrina também afirma que a reserva legal pode ser classificada como simples ou
qualificada.

A reserva legal simples é aquela que exige lei formal para dispor sobre determinada
matéria, mas não especifica qual o conteúdo ou a finalidade do ato. Haverá, portanto,
maior liberdade para o legislador.

A reserva legal qualificada, por sua vez, além de exigir lei formal para dispor sobre
determinada matéria, já define, previamente, o conteúdo da lei e a finalidade do ato.

DICA 122
As pessoas jurídicas também poderão ser indenizadas por dano moral, uma vez que são
titulares dos direitos à honra e à imagem. Segundo o STJ, a honra objetiva da pessoa
jurídica pode ser ofendida pelo protesto indevido de título cambial, cabendo indenização
pelo dano extrapatrimonial daí decorrente.

DICA 123
Exceções, nas quais a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível acionar o
Poder Judiciário depois de prévio requerimento administrativo:

a) habeas data: um requisito para que seja ajuizado o habeas data é a negativa ou omissão
da Administração Pública em relação a pedido administrativo de acesso a informações
pessoais ou de retificação de dados.

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b) controvérsias desportivas: o art. 217, § 1º, da CF/88, determina que "o Poder
Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após
esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

c) reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração


Pública: o art. 7º, § 1º, da Lei nº 11.417/2006, dispõe que "contra omissão ou ato da
administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias
administrativas".

A reclamação é ação utilizada para levar ao STF caso de descumprimento de enunciado de


Súmula Vinculante (art. 103-A, §3º). Segundo o STF, a reclamação está situada no âmbito
do direito de petição (e não no direito de ação); portanto, entende-se que sua natureza
jurídica não é a de um recurso, de uma ação e nem de um incidente processual.

d) requerimento judicial de benefício previdenciário: antes de recorrer ao Poder


Judiciário para que lhe conceda um benefício previdenciário, faz-se necessário o prévio
requerimento administrativo ao INSS. Sem o prévio requerimento administrativo, não
haverá interesse de agir do segurado.

DICA 124
Segundo o STF, o duplo grau de jurisdição não consubstancia princípio nem garantia
constitucional, uma vez que são várias as previsões, na própria Lei Fundamental, do
julgamento em instância única ordinária.

Logo, a Constituição Federal de 1988 não estabelece obrigatoriedade de duplo grau


de jurisdição.

É de se ressaltar, todavia, que o duplo grau de jurisdição é princípio previsto na Convenção


Americana de Direitos Humanos, que é um tratado de direitos humanos com hierarquia
supralegal regularmente internalizado no ordenamento jurídico brasileiro.

DICA 125
Caso o brasileiro nato perca a sua nacionalidade pela aquisição voluntária de outra
nacionalidade, ele estará sujeito à extradição. Perceba que, nesse caso, ele não se
enquadra mais na condição de brasileiro nato.

Por sua vez, o brasileiro naturalizado (que é aquele que nasceu estrangeiro e se tornou
brasileiro), poderá ser extraditado. No entanto, isso somente será possível em duas
situações:

a) no caso de crime comum, praticado antes da naturalização. Perceba que existe,


aqui, uma limitação temporal. Se o crime comum tiver sido cometido após a naturalização,
o indivíduo não poderá ser extraditado; a extradição somente será possível caso o crime
seja anterior à aquisição da nacionalidade brasileira pelo indivíduo.

b) em caso de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e


drogas afins. Nessa situação, não há qualquer limite temporal. O envolvimento com tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins dará ensejo à extradição quer ele tenha ocorrido
antes ou após a naturalização.

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Memorex PRF - Rodada 01

DICA 126
As cotas raciais em concursos públicos são admitidas pelo STF, podendo ser utilizados
os critérios de autodeclaração e de heteroidentificação.

Na autodeclaração, o próprio indivíduo se declara como negro ou pardo.


Na heteroidentificação, é formada uma comissão plural responsável por entrevistar o
candidato e verificar se a sua declaração foi verdadeira. O objetivo é evitar condutas
fraudulentas e garantir que a política de cotas raciais possa efetivamente realizar a
igualdade material.

DICA 127
Entendimentos do STF sobre a licitude/ilicitude de provas:

1) É ilícita a prova obtida por meio de interceptação telefônica sem autorização


judicial. A interceptação telefônica depende de autorização judicial.

2) São ilícitas as provas obtidas por meio de interceptação telefônica determinada a


partir apenas de denúncia anônima, sem investigação preliminar. Com efeito, uma
denúncia anônima não é suficiente para que o juiz determine a interceptação telefônica;
caso ele o faça, a prova obtida a partir desse procedimento será ilícita.

3) São ilícitas as provas obtidas mediante gravação de conversa informal do indiciado com
policiais, por constituir-se tal prática em "interrogatório sub-reptício", realizado sem as
formalidades legais do interrogatório no inquérito policial e sem que o indiciado seja
advertido do seu direito ao silêncio.

4) São ilícitas as provas obtidas mediante confissão durante prisão ilegal. Ora, se a
prisão foi ilegal, todas as provas obtidas a partir dela também o serão.

5) É lícita a prova obtida mediante gravação telefônica feita por um dos interlocutores
sem a autorização judicial, caso haja investida criminosa daquele que desconhece que a
gravação está sendo feita. Nessa situação, tem-se a legítima defesa.

6) É lícita a prova obtida por gravação de conversa telefônica feita por um dos
interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de
reserva da conversação.

7) É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores


sem o conhecimento do outro.

DICA 128
No que diz respeito à legitimidade ativa, podem impetrar mandado de segurança:

a) Todas as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou


não no Brasil;

b) As universalidades (que não chegam a ser pessoas jurídicas) reconhecidas por lei como
detentoras de capacidade processual para a defesa de seus direitos, como a massa falida e
o espólio, por exemplo;

c) Alguns órgãos públicos (órgãos de grau superior), na defesa de suas prerrogativas e


atribuições;

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Memorex PRF - Rodada 01

d) O Ministério Público.

DICA 129
Pode haver liminar em mandado de segurança?

Presentes os requisitos (fumus boni iuris e periculum in mora), é possível liminar em


mandado de segurança. Entretanto, há exceções, para as quais mesmo existindo esses
requisitos, a lei não admite liminar em mandado de segurança:

a) A compensação de créditos tributários;


b) A entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior;
c) A reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a
extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.

DICA 130
São legitimados a impetrar mandado de injunção coletivo:

a) Partido político com representação no Congresso Nacional: para assegurar o exercício


de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade
partidária.

b) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída


e em funcionamento há pelo menos um ano: para assegurar o exercício de direitos,
liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou
associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização especial.

d) Ministério Público: quando a tutela requerida for especialmente relevante para a


defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais
indisponíveis.

e) Defensoria Pública: quando a tutela requerida for especialmente relevante para a


promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos
necessitados.

DICA 131
Colisão de direitos fundamentais

Os direitos fundamentais são dotados de conteúdos nucleares abertos e variados, os quais


são revelados apenas no caso concreto e nas interações entre si ou quando relacionados
com outros valores consagrados na Constituição.

Destarte, os direitos fundamentais entram em colisão entre si, ou podem colidir com outros
valores protegidos constitucionalmente.

Os direitos fundamentais se apresentam com maior frequência na forma de princípios. E,


havendo conflito entre princípios, deve-se buscar a conciliação entre eles, aplicando-se cada
um deles em extensões variadas, conforme a relevância que apresentarem no caso
concreto.

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Assim, na busca por soluções conciliadoras diante das colisões de direitos fundamentais,
será necessário o manuseio do princípio da proporcionalidade e da técnica de
ponderação.

DICA 132
Gerações (dimensões) de direitos fundamentais

Primeira geração

1) Nasceram no contexto histórico das Revoluções Liberais do século XVIII;


2) São direitos que visavam impor restrições ao poder absoluto do Estado;
3) São direitos civis (ligados ao valor liberdade) e políticos (que viabilizaram a participação
das pessoas na vida política do Estado);
4) Tais direitos são marcadamente de caráter negativo, pois impõem um dever de
abstenção do Estado, impedindo a intromissão indevida na vida dos indivíduos.

Segunda geração

1) Nasceram no contexto histórico das Revolução Industrial do século XIX;


2) Exigiam a atuação (um fazer) do Estado para melhorar as condições das classes menos
favorecidas;
3) Instituíram direitos sociais (ligados ao valor igualdade);
4) Tais direitos são de caráter positivo, pois impõem um dever de atuação do Estado para
garantir direitos básicos e as condições mínimas de igualdade para todos.

Terceira geração

1) Nasceram no contexto histórico do pós-Segunda Guerra Mundial (segunda metade do


século XX);
2) Resultaram da reflexão da comunidade internacional a respeito do saldo lamentável dos
conflitos do século XX e da necessidade de proteger as gerações futuras;
3) Instituíram direitos difusos ou metaindividuais (ligados ao valor fraternidade ou
solidariedade);
4) Tais direitos não são titularizados por uma pessoa ou um grupo de pessoas determinado,
mas por toda a coletividade.

DICA 133
Destinatários dos direitos e garantias fundamentais

- Todas as pessoas, nacionais ou estrangeiras (com ou sem domicílio no Brasil), são


possuidoras de todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação da
dignidade.

- As pessoas jurídicas também são titulares de certos direitos e garantias elencados


no texto constitucionais que sejam compatíveis com sua natureza.

DICA 134
Conceito e distinção: “direitos fundamentais” e “direitos humanos”

- Fundamentais são aqueles direitos considerados indispensáveis à existência digna


de todo e qualquer ser humano.

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- A ideia de direitos humanos é considerada mais ampla e mais abstrata do que a ideia
de direitos fundamentais. Isto porque os direitos humanos estão relacionados ao gênero
humano como um todo e são válidos para todos os povos, sem distinção.

- Os direitos humanos correspondem aos direitos fundamentais previstos em normas de


Direito Internacional.

- Consideram-se direitos fundamentais o conjunto de direitos e liberdades que foram


institucionalmente reconhecidos e garantidos pelo Estado em seu ordenamento interno.

DICA 135

Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do


Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a
Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união,
a integridade e a independência do Brasil.

Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o
Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago.

DICA 136

MONARQUIA REPÚBLICA

Vitaliciedade Temporariedade

Hereditariedade Eletividade

Irresponsabilidade política Responsabilidade política


do Chefe de Estado/governo do Chefe de Estado/governo
(não há prestação de contas (há prestação de contas das
das decisões ou crime de decisões e crime de
responsabilidade) responsabilidade)

DICA 137

ESTADO DE SÍTIO

Cabimento para:

- comoção grave de repercussão nacional;


- ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de
defesa;
- declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

Local: generalizado pelo território nacional (posteriormente à publicação do decreto, são


definidas áreas abrangidas)

Possibilita as seguintes restrições:

a) obrigação de permanência em localidade determinada;


b) detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;

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c) restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à


prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão
e televisão, na forma da lei;
e) suspensão da liberdade de reunião;
f) busca e apreensão em domicílio;
g) intervenção nas empresas de serviços públicos;
h) requisição de bens.

DICA 138

O indulto é instituto de direito penal de alcance coletivo e concedido espontaneamente pelo


Presidente da República. É uma espécie de ato de clemência, e pode ser total (quando
extingue a punibilidade e encerra o cumprimento da condenação) ou parcial (quando apenas
reduz a pena).

Por sua vez, a comutação de penas é medida que substitui uma pena de caráter mais
gravoso por outra mais branda.

DICA 139

Presidente da República
Nomeia

Após aprovação do Senado Federal


- Ministros do STF e demais Tribunais Superiores (STJ, TST, STM...)
- Governadores de Territórios
- Procurador-Geral da República
- Presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado
em lei

Ministros do Tribunal de Contas da União

* O PR nomeia 1/3 dos Ministros, sendo dois alternadamente dentre auditores e


membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal,
segundo os critérios de antiguidade e merecimento

O Advogado-Geral da União

Membros do Conselho da República


* O PR nomeia 2, dentre cidadãos brasileiros natos

Outros Magistrados, nos casos previstos na Constituição

DICA 140

Em sede de controle concentrado de constitucionalidade (ADPF 402 MC-REF), o STF


assentou posicionamento de que os substitutos eventuais do presidente da República a que
se refere o art. 80 da Constituição Federal (o Presidente da Câmara dos Deputados, o
Presidente do Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal), caso
ostentem a posição de réus criminais perante aquela Corte, ficarão impossibilitados de
exercer o ofício de Presidente da República.

A decisão considerou a exigência de preservação da respeitabilidade das instituições


republicanas.

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DIREITO PENAL

DICA 141

CRITÉRIO MATERIAL, FORMAL E ANALÍTICO DE CRIME

 Já foi cobrado pela banca CESPE!

*A doutrina considera 3 elementos para o conceito de crime. O critério formal, material


e analítico.

➢ Material: O crime é toda ação ou omissão que causa lesão ao bem


jurídico penalmente tutelado. Trata-se de conceito pré-jurídico, isto é,
tudo aquilo que contraria os interesses da sociedade em sua essência e o
direito penal reprime.

➢ Formal: Conceito legal de crime, isto é, aquilo que está


consubstanciado nas normas penais. O conceito legal de crime está
disposto no art. 1º da Lei e Introdução ao Código Penal: “Art 1º Considera-
se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a
pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina,
isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa
ou cumulativamente”.

➢ Analítico: Teoria mais aceita pela maioria da doutrina, a teoria


tripartite considera o crime como um fato típico, ilícito e culpável.

ANALISEM A QUESTÃO...

(CEBRASPE (CESPE) - Policial Rodoviário Federal/2013)

... Com relação aos princípios, institutos e dispositivos da parte geral do Código Penal (CP),
julgue o item seguinte.

O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de ocorrência de tipicidade sem


antijuridicidade, assim como de antijuridicidade sem culpabilidade.

(x) Certo ( ) Errado

A questão acima leva em consideração a teoria tripartite do crime, ou seja, um fato pode
ser típico, mas não ilícito, bem como ilícito, mas não culpável. Isto porque esta teoria é
estabelecida como se fosse uma “escada”, em que primeiro vem a tipicidade, depois a
ilicitude e depois a culpabilidade. Todos esses elementos precisam estar presentes
para que haja um crime e cada um é pressuposto do seu antecessor.

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DICA 142

FATO TÍPICO

 Já foi cobrado pela banca CESPE!

- O fato típico é o fato jurídico que atenta contra um bem jurídico e, por tal razão,
cria-se um tipo penal.

- O tipo penal é a descrição em Lei de uma conduta criminosa + a cominação de


uma pena.

- Os elementos do fato típico são: CONDUTA, RESULTADO, NEXO CAUSAL e


TIPICIDADE.

*Dessa forma, a partir de uma determinada conduta humana, que vise a um resultado -
o qual o sistema jurídico não quer que você pratique - há um lapso temporal entre ambos
caracterizado pelo nexo causal (explique-se melhor: nexo causal  ligação entre a
conduta praticada e a consequência), que decorre assim na tipicidade (explica-se
melhor: Tipicidade é, em suma, a relação de subsunção entre um comportamento
e o tipo legal descrito como crime).

ANALISEM A QUESTÃO e ENTENDAM ILUSTRATIVAMENTE...

ANALISEM A QUESTÃO...

(CEBRASPE (CESPE) - Agente de Polícia Federal/2009)

Quanto a tipicidade, ilicitude, culpabilidade e punibilidade, julgue o item a seguir. São


elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo de causalidade, tipicidade e
culpabilidade, de forma que, ausente qualquer dos elementos, a conduta será atípica

para o direito penal, mas poderá ser valorada pelos outros ramos do direito, podendo
configurar, por exemplo, ilícito administrativo.

( ) Certo (x) Errado

A questão está errada, pois a culpabilidade não é elemento do fato típico.

DICA 143

FATO TÍPICO – CONDUTA

Conduta é o comportamento humano comissivo (ação) ou omissivo dirigido a um fim e


realizado de maneira consciente e voluntária (conduta penalmente relevante).

DICA 144

ATIPICIDADE – COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL

 Já foi cobrado pela banca CESPE!

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*A coação física irresistível é aquela em que a pessoa pratica uma conduta involuntária,
sem vontade de causar o tipo penal, isto é, o autor não tem controle do ato praticado.

Decorrendo esta de AUSÊNCIA DE CONDUTA, caracteriza-se a ATIPICIDADE.

ANALISEM A QUESTÃO...

*Por exemplo, “A”, deliberadamente, empurra “B”, que cai em cima de “C”, causando-lhe
lesão corporal. Nesse caso, “B” não responderá pelo crime, já que sua conduta foi
involuntária.

CESPE - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2/2018)

Considerando-se o conceito analítico de crime, exclui-se a conduta quando

a) presente coação moral irresistível.

b) presentes caso fortuito e força maior. É A RESPOSTA!

c) presente doença mental do agente da conduta.

d) presente coação física, seja resistível, seja irresistível.

e) presente embriaguez preordenada.

DICA 145

COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL

 Já foi cobrado pela banca CESPE!

*A coação moral irresistível diferentemente da coação física repercute sobre a moral da


pessoa e não fisicamente. Neste caso repercute-se na CULPABILIDADE do autor e não
na tipicidade.

Nos casos em que ocorre coação moral irresistível há inexigibilidade de conduta diversa,
excluindo a culpabilidade.

É o caso, por exemplo, do bandido que para fazer com que o gerente do banco entregue o
dinheiro do cofre promete realizar algum mal a ele ou ao seu familiar, o que leva ao coagido
a se submeter à vontade do bandido, ou seja, não se pode exigir que o gerente, nessa
situação, aja de maneira diversa.

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ANALISEM A QUESTÃO...

(CESPE - 2004 - Polícia Federal - Agente Federal da Polícia Federal - Nacional)

A coação física e a coação moral irresistíveis afastam a própria ação, não respondendo o
agente pelo crime. Em tais casos, responderá pelo crime o coator.

( ) Certo (x) Errado

Cuidado para não confundir coação moral irresistível com coação física irresistível!
Coação FISICA exclui o fato típico, pois exclui a própria conduta, já a Coação MORAL exclui
a culpabilidade excluindo a exigibilidade de conduta diversa.

VAMOS FIXAR...

COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL (Exclusão do fato típico)

É também conhecida como vis absoluta. EXCLUI A CONDUTA, por completa ausência de
vontade do agente coagido. ATENÇÃO! A COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL É CAUSA DE
EXCLUSÃO DO FATO TÍPICO. LADO OUTRO, A COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL É
CAUSA DE EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE.
Vamos ao exemplo... Luiz segura o braço de André e o obriga a atirar em Maria.
André não teve dolo e nem culpa, logo, não teve conduta por parte de André!
DICA 146

RESULTADO NATURALÍSTICO E RESULTADO JURÍDICO


*O resultado, um dos elementos do fato típico, se subdivide entre RESULTADO
NATURALÍSTICO e RESULTADO JURÍDICO.

*O resultado naturalístico causa modificação do mundo externo, como por exemplo, o


crime de homicídio em que o resultado é a morte. No entanto, nem sempre vai ocorrer essa
modificação do mundo externo. Neste caso, ocorre da mesma forma uma lesão a um bem
jurídico ocasionado, porém, somente no resultado jurídico.

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* Visualizem: No crime de violação de domicílio (art. 150 do CP), não ocorre resultado
naturalístico, OCORRE RESULTADO NORMATIVO, que consiste na lesão ao bem jurídico
inviolabilidade domiciliar, bem como à privacidade do morador.

DICA 147

CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES
*A classificação de crime leva em consideração a relação entre o resultado naturalístico
e a consumação do crime.

***Pode ser classificado em:

➢ Material
➢ Formal
➢ Mera conduta
DICA 148

CRIME MATERIAL
No crime material: É necessário para a consumação do crime o resultado
naturalístico. O crime de homicídio é considerado material, já que no art. 121 do CP a
previsão de resultado naturalístico (morte) e tal condição é necessária para a consumação
do crime.

DICA 149

CRIME FORMAL
No crime formal NÃO é necessário para a consumação do crime um resultado
naturalístico, mesmo havendo previsão no tipo penal do crime. O crime de extorsão, por
exemplo, é consumado INDEPENDENTEMENTE de o autor receber efetivamente uma
vantagem indevida.

DICA 150

CRIME DE MERA CONDUTA


O crime de mera conduta é aquele em que não há previsão no tipo penal de um
resultado naturalístico, isto é, o crime estará consumado com a prática da conduta.
No crime de violação de domicílio basta que o agente adentre na residência sem autorização.

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 Já foi cobrado pela banca CESPE!

ANALISEM A QUESTÃO...

(CEBRASPE (CESPE) - Auditor (SEFAZ AL)/2002) À luz do direito penal, julgue o item que
se segue.
São elementos do fato típico: conduta dolosa ou culposa; resultado, mesmo nos crimes de
mera conduta; nexo causal entre a conduta e o evento.
( ) Certo (x) Errado
DICA 151

TEORIAS DO DOLO

O dolo está presente quando o agente quer produzir o


resultado. Depende de intenção DIRETA. Não cabe
TEORIA DA VONTADE
o dolo eventual.

O dolo está presente quando existe previsão


subjetiva do resultado. Basta que o agente
preveja o resultado para estar agindo
TEORIA DA dolosamente. Ex.: João saiu de uma boate
REPRESENTAÇÃO completamente embriagado, pega o veículo e percebe
que pode causar um acidente. É o suficiente para
configurar o dolo, mesmo que ele não tenha a intenção
de matar/machucar alguém.

Existe o dolo quando o agente prevê


subjetivamente o resultado e aceita o risco da sua
TEORIA DO
ocorrência (dolo eventual). É necessário que o agente
ASSENTIMENTO
aceite o risco de produzir o resultado. É possível
diferenciar o dolo eventual da culpa consciente (art. 18,
I, CP).

*O Brasil adotou a teoria da vontade + teoria do assentimento (dolo direto e dolo


indireto).
DICA 152

ESPÉCIES DE DOLO
Dolo direto: Teoria da vontade.
DOLO DIRETO DE 1º GRAU: ocorre quando o agente quer DIRETAMENTE a produção do
resultado. Ex.: A quer matar B e dispara dois tiros em sua cabeça.
DOLO DIRETO DE 2º GRAU: ocorre quando o agente NÃO QUER DIRETAMENTE A
PRODUÇÃO DO RESULTADO, porém aceita sua produção como consequência necessária
de sua conduta. Não há RISCO, mas sim CERTEZA. Ex.: João quer matar Roberto por
meio de um explosivo colocado em um avião. Existem 200 pessoas neste avião, logo, João

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Memorex PRF - Rodada 01

tem a consciência de que ao explodi-lo, matará Roberto, além das 199 pessoas daquele
avião, como consequência de sua conduta. Em conclusão: No assassinato de Roberto, João
agiu com dolo direto de 1º grau, e no assassinato das 199 pessoas agiu com dolo direto de
2º grau.
DICA 153

ESPÉCIES DE DOLO
Dolo Indireto: Teoria do assentimento.
DOLO EVENTUAL: o agente prevê possível resultado e ACEITA O RISCO de produzi-lo.
Encontra-se na aceitação do risco, da probabilidade. Ex.: João dirige carro após se
embriagar, sabendo que pode matar alguém e, ainda assim, decide dirigir sob efeito de
álcool. É um risco, ele pode ou não matar/machucar alguém, mas não há certeza nisso e
ele não se importa.
DOLO ALTERNATIVO: ocorre quando o agente prevê uma PLURALIDADE DE
POSSÍVEIS RESULTADOS, e mantém a sua conduta, com vontade direta de produzir
qualquer um deles. Ex.: João lança um artefato explosivo contra a multidão, sabendo que
pode matar alguém, machucar, lesionar permanentemente, destruir bens materiais, etc.
DICA 154

OBS.: Consoante art. 18, p. único, CP, a responsabilidade criminal, via de regra, depende
de comportamento doloso. Só se pune por dolo, em regra. Todo crime depende de vontade
consciente. Só se pune por culpa caso o tipo penal permita!
*Art. 18 - Diz-se o crime:

Crime doloso

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;


Crime culposo

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou


imperícia.

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por
fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

DICA 155

CRIME CULPOSO
Crime praticado sem intenção. É a inobservância de um dever de cuidado, que gera
um resultado indesejado, porém, objetivamente previsível. Ex.: Avanço de um sinal na cor
amarela e atropelamento de uma pessoa – inobservância do dever de cuidado.
*Imprudência: descumprimento ativo do dever de cuidado. É fazer o que não se deve,
está ligada a uma AÇÃO. Ex.: avanço do sinal amarelo.
*Negligência: ligada a OMISSÃO. Descumprimento passivo do dever de cuidado. É não
fazer o que se deve. Ex.: o caso da criança que perdeu o braço ao enfiá-lo na jaula do tigre.
O pai foi negligente com a criança, pois deveria cuidar dela e impedir que ela chegasse perto
da jaula do felino. O pai deixou de fazer aquilo que tem obrigação legal de fazer: cuidar do
filho (omissão).

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*Imperícia: falta de habilidade de quem exerce arte, ofício ou profissão. Ausência de


perícia. Ex.: médico que esquece uma gaze dentro de um paciente, no qual realizou uma
cirurgia.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 156
PRISÃO PREVENTIVA - Lei nº. 13.964/2019

A prisão preventiva poderá ser decretada como GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, DA


ORDEM ECONÔMICA, POR CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL OU PARA
ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA LEI PENAL, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade
do imputado

>>> A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento


de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares.

>>> A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e


fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou
contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.

DICA 157
PRISÃO PREVENTIVA - Lei nº. 13.964/2019

Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade
civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-
la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação,
salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.

DICA 158
MOMENTO DA DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA – LEI 13.964/2019 (PACOTE
ANTICRIME)

REDAÇÃO ANTERIOR REDAÇÃO ATUAL


Art. 311, CPP. Em qualquer fase da Art. 311, CPP. Em qualquer fase da
investigação policial ou do processo investigação policial ou do processo
penal, caberá a prisão preventiva penal, caberá a prisão preventiva
decretada pelo juiz, de ofício, se no decretada pelo juiz, a requerimento
curso da ação penal, ou a do Ministério Público, do
requerimento do Ministério Público, querelante ou do assistente, ou
do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade
por representação da autoridade policial.
policial.

ATENÇÃO! Com a nova Lei 13.926/2019, os juízes NÃO PODEM


MAIS DECRETAR PRISÕES PREVENTIVAS DE OFÍCIO. Só poderão fazê-lo a
requerimento do Ministério Público, do assistente de acusação ou por representação da
autoridade policial!!!

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DICA 159
EXCEPCIONALIDADE DA PRISÃO – LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

REDAÇÃO ANTERIOR REDAÇÃO ATUAL


Art. 283, CPP. Ninguém poderá ser Art. 283,CPP. Ninguém poderá ser
preso senão em flagrante delito ou preso senão em flagrante delito ou
por ordem escrita e fundamentada por ordem escrita e fundamentada da
da autoridade judiciária competente, autoridade judiciária competente, em
em decorrência de sentença decorrência de prisão cautelar ou
condenatória transitada em julgado em virtude de condenação
ou, no curso da investigação ou do criminal transitada em julgado.
processo, em virtude de prisão
temporária ou prisão preventiva.

DICA 160
PRISÃO EM FLAGRANTE

Considera-se em FLAGRANTE DELITO quem:

I - está cometendo a infração penal;

II - acaba de cometê-la;

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por


qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou


papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

ATENÇÃO! Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes


deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

ATENÇÃO2! Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito


enquanto não cessar a permanência.

DICA 161
PRISÃO EM FLAGRANTE - LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

>>>Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte


e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria
Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
fundamentadamente:

I - relaxar a prisão ilegal; ou

II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os


requisitos constantes do art. 312 do CPP, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou

III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. <<< ATENÇÃO!

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DICA 162
PRISÃO EM FLAGRANTE - LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

*Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa
armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a
liberdade provisória, COM OU SEM medidas cautelares.

*Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em
ESTADO DE NECESSIDADE, LEGITIMA DEFESA, EM ESTRITO CUMPRIMENTO DE
DEVER LEGAL OU NO EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO, poderá, fundamentadamente,
conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a
todos os atos processuais, sob pena de revogação.

*A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de
custódia no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão
responderá ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENALMENTE pela omissão.

*Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo de até 24 (vinte e


quatro) horas após a realização da prisão, a não realização de audiência de custódia
sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela
autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de
prisão preventiva. (art. 310, §4º, CPP)


ATENÇÃO CANDIDATO! O REFERIDO ART. 310, §4º, CPP (ILEGALIDADE DA PRISÃO
PELA NÃO REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA NO PRAZO DE 24 HORAS)
ESTÁ COM EFICÁCIA SUSPENSA DIANTE DA LIMINAR PROFERIDA PELO MINISTRO
LUIZ FUX NO BOJO DA ADI Nº. 6298 EM 22/01/2020.

DICA 163
A prisão em flagrante do autor de CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
À REPRESENTAÇÃO NÃO SUBSTITUI a necessidade de manifestação do ofendido para
instauração de inquérito policial.

*Art. 5º, §4º, CPP. O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado.

DICA 164
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

*NÃO SERÁ ADMITIDA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

• Com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou;

• Como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou


recebimento de denúncia.

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DICA 165
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a PRISÃO PREVENTIVA será
sempre motivada e fundamentada. (P. DA FUNDAMENTAÇÃO)

§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra


cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou
contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.

§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela


interlocutória, sentença ou acórdão, que:

I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem


explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo


concreto de sua incidência no caso;

III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra


decisão;

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de,


em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar


seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento
se ajusta àqueles fundamentos;

VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente


invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento.

DICA 166
PRISÃO TEMPORÁRIA - LEI Nº. 7.960/1989
HIPÓTESES TAXATIVAS:

*Caberá prisão temporária:

I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos


necessários ao esclarecimento de sua identidade;

III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);

b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);

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c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);

e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

f) estupro (art. 213, caput), e sua combinação com o art. 223, caput, e
parágrafo único;

g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput), e sua combinação com o


art. 223, caput, e parágrafo único;

h) rapto violento (art. 219), e sua combinação com o art. 223 caput, e
parágrafo único;

i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);

j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou


medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);

l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;

m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em


qualquer de suas formas típicas;

n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);

o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).

p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.

ATENÇÃO! + Crimes hediondos (Lei nº 8.072/90) ou equiparados.

 JÁ CAIU NA BANCA CESPE! QUEREM VER?!

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE / CEBRASPE - 2019 -
TJ-BA - Juiz Leigo)
... Acerca de prisão temporária, assinale a opção correta.
OLHEM O GABARITO: Somente poderá ser decretada prisão temporária se o crime
que originou a investigação estiver elencado entre as infrações penais
taxativamente previstas em lei.
SE CAIR, NÃO VÃO ERRAR! =)
DICA 167
PRISÃO TEMPORÁRIA - LEI Nº. 7.960/1989

PRAZO: regra = 5 dias + 5 dias


Crimes hediondos = 30 dias + 30 dias

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CABÍVEL APENAS DURANTE A INVESTIGAÇÃO (NÃO ESQUECER!)

Juiz não pode decretar de ofício, lembrando que agora com a Lei “Pacote
Anticrime” também não pode decretar a prisão preventiva!

Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados


dos demais detentos.

Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do


prazo de prisão temporária.

DICA 168
PRISÃO TEMPORÁRIA - LEI Nº. 7.960/1989

Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela


custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr
imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação
da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva.

DICA 169
PRISÃO TEMPORÁRIA - LEI Nº. 7.960/1989

Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das
quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.

ATENÇÃO! O mandado de prisão conterá necessariamente: a) o período de duração da


prisão temporária; b) o dia em que o preso deverá ser libertado.

DICA 170
INFORMATIVO 632, STJ

A prática de CONTRAVENÇÃO PENAL, ainda que no âmbito de violência doméstica,


NÃO É MOTIVO IDÔNEO PARA JUSTIFICAR A PRISÃO PREVENTIVA DO RÉU.

→ “Não se pode decretar a preventiva do autor de contravenção penal mesmo que ele
tenha praticado o fato no âmbito de violência doméstica e mesmo que tenha
descumprido medida protetiva a ele imposta. “

DICA BÔNUS

SÚMULA VINCULANTE 11: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de


fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade
da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade
civil do Estado.

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 JÁ CAIU RECENTEMENTE NA BANCA CESPE! QUEREM VER?!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial
de Justiça – Avaliador)

De acordo com o entendimento do STF, o uso de algemas:

A) é uma excepcionalidade e deve ser justificado previamente, de forma oral ou por escrito.
B) é restrito à prisão penal, sendo inadmissível na prisão cautelar, devido ao princípio da
inocência.
C) ensejará responsabilidade disciplinar, civil e penal da autoridade que o determinar, caso
seja injustificado. É A RESPOSTA! BASTAVA TER CONHECIMENTO DA SÚMULA
VINCULANTE CITADA ACIMA!
D) ensejará a anulabilidade da prisão e dos atos subsequentes, caso seja injustificado.
E) é lícito somente nas hipóteses de fundado receio de fuga e de perigo à integridade física
de terceiros.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 171

JUIZADOS ESPECIAIS (Lei nº 9.099/1995)

COMPETÊNCIA DE JULGAMENTO

Art. 61 Consideram-se infrações


penais de menor potencial ofensivo,
LEI 9.099/95 para os efeitos desta Lei, as
contravenções penais e os crimes a
que a lei comine pena máxima não
superior a 2 (dois) anos, cumulada
ou não com multa.

DICA 172
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI Nº 9.099/95)

*CRITÉRIOS QUE ORIENTAM O PROCESSO PERANTE O JUIZADO ESPECIAL:

- MACETE “SECO INFO REPARA E APLICA” –

Simplicidade
Economia processual
Celeridade
Oralidade
INFOrmalidade
REPARAção dos danos sofridos pela vítima
APLICAção de pena não privativa de liberdade

Art. 62, Lei nº. 9099/95: “O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos
critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e
celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela
vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. ”

OBS.: Na dúvida, os candidatos podem “matar” a questão observando os referidos


critérios!!!

DICA 173
“A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por
qualquer meio hábil de comunicação” - PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE (art. 65, §2º, Lei
nº. 9099/95)

ATENÇÃO! LOGO, no âmbito dos juizados especiais NÃO É NECESSÁRIA A EXPEDIÇÃO


DE CARTA PRECATÓRIA na hipótese de necessidade de diligências em outras localidades.

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PARA ESCLARECER E NÃO DEIXAR DÚVIDAS... Nos procedimentos comuns, quando há


a necessidade de prática de qualquer ato processual (Exs.: oitiva de testemunha, citação
do Acusado, dentre outros) em comarca diversa da do Juízo que corre a ação principal,
expede-se a carta precatória ao Juízo Competente da localidade para que o ato processual
seja realizado. PORÉM, NO CASO DOS JUIZADOS ESPECIAIS, REFERIDO PEDIDO
PODE SER FEITO POR EMAIL OU POR TELEFONE, dispensando-se a expedição da carta
precatória!

DICA 174
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI Nº 9.099/95)

NÃO ESQUECER!

 A CITAÇÃO É SEMPRE PESSOAL nos juizados especiais e, deve,


PREFERENCIALMENTE, ser feita no próprio Juizado Especial.

 NÃO SENDO POSSÍVEL A CITAÇÃO NO PRÓPRIO JUIZADO, será realizada por meio
de mandado – cumprido por oficial de justiça.

 NÃO EXISTE PREVISÃO DE CITAÇÃO POR EDITAL NOS JUIZADOS ESPECIAIS.

DICA 175
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI Nº 9.099/95)

ATENÇÃO! Nos procedimentos comuns utiliza-se o inquérito policial na fase investigatória.


JÁ NOS JUIZADOS ESPECIAIS o substituto do inquérito policial é o TERMO
CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (TCO).

EXPLICANDO...

 TCO consiste em um relato simples do fato ocorrido (contendo a descrição dos fatos +
identificação das pessoas envolvidas).

DICA 176
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI Nº 9.099/95)

ATENÇÃO PARA ESSA PEGADINHA! Aplicar-se-á o procedimento sumaríssimo para as


infrações penais de menor potencial ofensivo tipificadas na Lei 9.099/95. CORRETAMENTE
SE APLICA, TODAVIA A LEI 9.099/95 NÃO TIPIFICA INFRAÇÕES PENAIS!!!

DICA 177
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI Nº 9.099/95)

*Na AUDIÊNCIA PRELIMINAR, presente o representante do Ministério Público, o autor


do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o
Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da COMPOSIÇÃO DOS DANOS e DA ACEITAÇÃO
DA PROPOSTA DE APLICAÇÃO IMEDIATA DE PENA NÃO PRIVATIVA DE
LIBERDADE.

*A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientação.

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EXPLICANDO... A COMPOSIÇÃO CIVIL DOS DANOS CONSISTE NA DISCUSSÃO


SOBRE A REPARAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS PELO AUTOR DO FATO. REFERIDA
REPARAÇÃO POSSUI NATUREZA INDENIZATÓRIA CIVIL.

Art. 74, Lei n. 9.099/95: “A composição dos danos civis será reduzida a escrito e,
homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser
executado no juízo civil competente.

Parágrafo único. Tratando-se de AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA OU DE AÇÃO


PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO, o acordo homologado acarreta
a renúncia ao direito de queixa ou representação.”

DICA 178
TRANSAÇÃO PENAL - JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI Nº 9.099/95)

Art. 76, Lei n. 9.099/95: “Havendo representação ou tratando-se de crime de ação


penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público
poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser
especificada na proposta.

ATENÇÃO! Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá
reduzi-la até a metade.

NÃO CAIR NESSA PEGADINHA! A transação penal será proposta ao Acusado por
iniciativa do MP, e não pelo Juiz.

DICA 179
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI Nº 9.099/95)

- Os ATOS PROCESSUAIS serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno,


conforme dispuserem as normas de organização judiciária.

ATENÇÃO! Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, para a
prática de qualquer ato processual, inclusive para a interposição de recursos, COMPUTAR-
SE-ÃO SOMENTE OS DIAS ÚTEIS.

DICA 180
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI Nº 9.099/95)

HIPÓTESES EM QUE NÃO PODERÁ SE OFERECER TRANSAÇÃO PENAL:

I - Ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa
de liberdade, por sentença definitiva;

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II - Ter sido o agente beneficiado anteriormente PELA TRANSAÇÃO PENAL, no


prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa;

III - NÃO indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do


agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a
adoção da medida.

DICA 181
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI Nº 9.099/95)

PRINCÍPIO DA ORALIDADE:

- Na hipótese de não haver conciliação, bem como transação penal; o MP OFERECERÁ


DENÚNCIA ORAL.

DICA 182
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (LEI Nº 9.099/95)

*Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas
ou não por esta Lei, o Ministério Público, AO OFERECER A DENÚNCIA, poderá propor
a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja
sendo processado OU não tenha sido condenado por outro crime, presentes os
demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 89 do
Código Penal).

 NÃO CORRERÁ A PRESCRIÇÃO durante o prazo de suspensão do processo.

 JÁ CAIU RECENTEMENTE NA BANCA CESPE!

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA –
Conciliador)

... Nos casos de crimes em que a pena mínima cominada é igual ou inferior a um ano, o
Ministério Público poderá oferecer a suspensão condicional do processo no momento:

A) da audiência de instrução.
B) da audiência preliminar.
C) da lavratura do termo, antes da sentença.
D) do oferecimento da denúncia. É a resposta conforme letra de lei acima! LER A
LEI É MUITO IMPORTANTE CANDIDATO!
E) da audiência de conciliação.

DICA 183

*  TOME NOTA! Nos Juizados Especiais, prescindir-se-á do exame do corpo de delito


quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova
equivalente. (art. 77, §1º, da Lei 9099/95).

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DICA 184

CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE (Lei nº 13.869/2019)


*AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
*Constituem crimes cometidos por AGENTE PÚBLICO, SERVIDOR OU NÃO, que, no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha
sido atribuído.
*As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando
praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a
si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
*A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas NÃO
CONFIGURA ABUSO DE AUTORIDADE.
DICA 185

É SUJEITO ATIVO do crime de ABUSO DE AUTORIDADE qualquer agente público,


servidor ou não, da administração DIRETA, INDIRETA OU FUNDACIONAL de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de
Território, compreendendo, mas não se limitando a:

I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas;

II - membros do Poder Legislativo;

III - membros do Poder Executivo;

IV - membros do Poder Judiciário;

V - membros do Ministério Público;

VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas.

ATENÇÃO! Reputa-se agente público, para os efeitos da Lei do ABUSO DE AUTORIDADE,


todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade da administração DIRETA,
INDIRETA OU FUNDACIONAL de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e de Território.

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DIREITOS HUMANOS

DICA 186

Os DIREITOS HUMANOS são direitos destinados a todos os seres humanos,


independente de nacionalidade, raça, religião, sexo ou qualquer outra condição. São
direitos que se concretizam mediante a liberdade, igualdade e respeito aos seres
humanos.

Encontram-se expressos em tratados, convenções, acordos, princípios e até mesmo no


direito internacional consuetudinário. E dentro do conjunto de regras internacionais que
normatizam o tema Direitos Humanos está a Declaração Universal dos Direitos
Humanos (DUDH).

Logo, tais direitos não possuem como sujeitos, por exemplo, as coisas e nem os animais.

A expressão Direitos Humanos comporta várias outras terminologias. Inclusive, por vezes
o CESPE alterna em suas questões tais nomenclaturas: direitos da pessoa humana,
direitos dos homens, direitos fundamentais da pessoa humana ou direitos públicos
subjetivos.

DICA 187

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

- A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 representa uma resposta


civilizatória em face das atrocidades que ocorreram durante a segunda guerra mundial.

- Em seu bojo são tratados direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais, além dos
princípios da dignidade da pessoa humana, universalidade, interdependência,
indivisibilidade e toda sorte de tutela aos valores do ser humano.

- Sobre os direitos propriamente ditos, podemos citar a igualdade, vida, liberdade de


locomoção, presunção de inocência, propriedade, o asilo, trabalho, educação e
outros.

DICA 188

FIQUE LIGADO

⇒ 1ª Dimensão/Geração: Esse agrupamento é composto pelos direitos civis e políticos,


ligados aos valores de liberdade. São direitos individuais, que requerem uma prestação
negativa do Estado.

⇒ 2ª Dimensão/Geração: São direitos ligados ao valor da igualdade, compostos dos


direitos sociais, econômicos e culturais.

⇒ 3ª Dimensão/Geração: Composto pelos direitos ligados à fraternidade, englobam


os direitos difusos, da coletividade, tais como o meio ambiente, desenvolvimento e
autodeterminação dos povos.

* A Declaração Universal dos Direitos Humanos não menciona direitos de terceira ou


outra dimensão/geração (difusos e coletivos), mas apenas de primeira (civis e
políticos) e segunda dimensões/gerações (econômicos, sociais e culturais).

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DICA 189

- A Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH) foi adotada em 10/12/1948,


através da Resolução n. 217 A (III), da Assembleia Geral das Nações Unidas.

- Logo, por ser uma Resolução é inquestionável que do ponto de vista formal não teria
força vinculante, mas apenas caráter diretivo, de orientação. De forma contrária aos
Tratados, os quais instituem normas cogentes.

- Ocorre que a tese mais aceita atualmente é a de que a DUDH possui força vinculante.
Primeiramente, há de se reconhecer que o referido Documento é fonte de direito e de
interpretação de todo direito internacional relacionado à matéria.

- Nesse sentido, a DUDH exerce grande influência na elaboração de tratados e serve


de parâmetro para Constituições dos Estados.

- Além disso, não são poucas as referências feitas por resoluções das Nações Unidas no
sentido de obrigar os Estados a observar a DUDH, bem como diversas decisões proferidas
pelas Cortes internacionais e nacionais que a consideram como verdadeiro costume
internacional e, assim, possui força normativa vinculante.

DICA 190

ATENÇÃO – JÁ CAIU EM PROVA

Consta no preâmbulo da Declaração Universal de Direitos Humanos que os Estados-


Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o
respeito universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância
desses direitos e liberdades.

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