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MANUAL DE
RECOMENDAÇÕES
PARA O CONTROLE
DA TUBERCULOSE
NO BRASIL
2ª edição atualizada
Brasília DF 2019
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2011 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento
pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do
Ministério da Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>.
Elaboração,distribuição Dias Matos; Elizabeth Cristina Ruy de Souza Júnior; Sidney Josué Nazareno Lima; Léssio
e informações: Coelho Soares; Eri Ishimoto; Bombarda; Stefano Barbosa Antonio Nascimento Júnior;
MINISTÉRIO DA SAÚDE Estanislene Oliveira Brilhante Codenotti; Tatiana Silva Estrela; Lúcia Maria de Castro Matsuoka;
Secretaria de Vigilância em Saúde Silva; Ethel Leonor Noia Maciel; Tatiana Eustáquia Magalhães de Luiz Carlos Correa Alves;
Departamento de Vigilância Faber Katsume Johansen; Pinho Melo; Valeria Rolla; Vania Marcela Alcantara Norman;
das Doenças Transmissíveis Fábio Moherdaui; Fernanda Camargo da Costa; Vera Maria Marcelo Araújo de Freitas;
Coordenação-Geral do Programa Dockhorn Costa Johansen; Neder Galesi; Walter Ataalpa Marcelo Pedra; Márcia Helena
Nacional de Controle da Filipe de Barros Perini; Gabriela de Freitas Neto; Wania Maria Leal; Marcus Tolentino da Silva;
Tuberculose Tavares Magnabosco; Gisele do Espírito Santo Carvalho. Maria Benedita de França; Maria
SRTVN 701, via W5 Norte, Pinto de Olivera; Heloiza Helena das Graças R. Oliveira; Maria
Ed. PO 700 – 6º andar C. Bastos; Jaqueline Martins; Colaboração:
de Fatima Pombo; Maria de
CEP: 70.719-040 – Brasília/DF Joilda Silva Nery; Jorge Luiz Afrânio Lineu Kristski; Aline
Lourdes Viude Oliveira; Maria
Tel: (61) 3315-2787 da Rocha; Júlio Henrique Rosa Ale Beraldo; Andressa Veras
de Oliveira; Ana Carolina Lucia S. Pereira da Silva;
Site: <www.saude.gov.br/ Croda; Karla Freire Baêta;
da Conceição; Ana Carolina Maria Rodriguez (Comitê Luz
tuberculose> Kleydson Bonfim Andrade
Esteves Pereira; Ana Virginia Verde Regional – GLCr); Marina
E-mail: <tuberculose@saude. Alves; Larissa Polejack; Lucas
Lima Henriques; Andrea Borghi Rios Amorim; Mauricélia Maria
gov.br> Nascimento Seara; Lúcia Maria
Moreira Jacinto; Antonio de Melo Holmes; Mauro Niskier
de Castro Matsuoka; Luciene
Organização: Reldismar de Andrade; Aramita Sanchez; Melquia da Cunha
Medeiros; Magali Eleutério
Denise Arakaki-Sanchez; Prates Greff; Bernard Larouze; Lima; Nicole Menezes de Souza;
da Silva; Magda Maruza Melo
Fernanda Dockhorn Costa Carla Patrícia da Silva Barbosa; Paloma M. Correia; Patrícia
de Barros; Marcus Barreto
Johansen; Rossana Coimbra Brito. Claudeth Santos De Oliveira; Mandali de Figueredo; Regina
Conde; Margareth Maria Pretti
Claudio Antonio Barreiros; Célia Brazolino Zuim; Regina
Elaboração: Dalcolmo; Maria Alice da Silva
Telles; Maria do Socorro Nantua Dhargmonys A. F. Silva Rocha Gomes de Lemos; Ricardo
Adriana Bacelar; Alexandra
Evangelista; Maria José Oliveira (Sociedade Civil); Eunice Atsuko Soletti; Rodrigo Ramos Sena;
Roma Sánchez; Ana Luiza
Evangelista; Marianna Borba Totumi Cunha; Evandro Oliveira Rodrigo Zilli Haanwinckel;
de Souza Bierrenbach; Ana
Wieczorek Torrens; Andrea de Ferrreira de Freitas Hammerle; Lupatini; Fátima Cristina O. Rosália Maia; Rosildo Inácio da
Paula Lobo; Andrea Maciel de Marina Gasino Jacobs; Marli Fandinho Montes; Flávia T. Silva (Sociedade Civil); Sheila
Oliveira Rossoni; Anete Trajman; Souza Rocha; Marneili Pereira S. Elias; Flora M Lorenzo; Cunha Lucena; Silvia Angelise
Artemir Coelho de Brito; Martins; Mauro Niskier Sanchez; Francinelle Miranda Reis; Souza de Almeida; Simone
Bárbara Reis-Santos; Bernard Pâmela Cristina Gaspar; Patrícia Francisco Job Neto; Gabriela Sardeto Valloto; Terezinha
Larouzè; Carla Jarczewski; Bartholomay Oliveira; Patrícia Drummond Marques da Silva; Martire; Vilma Diuana de Castro.
Carolina Teru Matsui; Cintia de Werlang; Paulo Albuquerque; George Ricardo do Santos;
Projeto gráfico e diagramação:
Oliveira Dantas; Clemax Couto Paulo Cesar Basta; Regina Giuliano Exposito; Gustavo
Laine Araújo de Oliveira; Assessoria Editorial/GAB/SVS/MS
Sant’Anna; Cristiane Pereira de Célia Brazolino Zuim; Regina
Barros; Daniele Chaves Kuhleis; Célia Mendes dos Santos Silva; Helena Bernal; Igor de Oliveira Revisão ortográfica:
Daniele Gomes Dell’Orti; Daniele Ricardo Henrique Sampaio Claber Siqueira; Jair dos Santos Fernanda Trombini Rahmen Cassim
Maria Pelissari; Denise Arakaki- Meirelles; Roberta Gomes Pinheiro; João Antônio O. de
-Sanchez; Draurio Barreira; Carvalho; Roselene Lopes de Lima; João Paulo Toledo; Normalização:
Eleny Guimarães Teixeira; Eliana Oliveira; Rossana Coimbra Brito; José Mauro Gonçalves Nunes; Editora MS/CGDI
O controle da tuberculose (TB) envolve uma série de ações relacionadas a práticas clínicas,
organização de serviços, interações com outras áreas dentro e fora do setor saúde e sistema
de informação e vigilância. Várias publicações nacionais e internacionais tratam dos temas
em partes ou como um todo.
Durante os anos de 2008 e 2009, o PNCT promoveu uma grande revisão das recomendações
nacionais para o controle da tuberculose, que culminou na publicação da primeira versão
deste Manual. O objetivo era produzir um documento abrangente que identificasse diretrizes
para todas as ações envolvidas no controle da doença.
Público-alvo
Pessoas envolvidas com o controle da tuberculose no Brasil.
Objetivo
Conflito de interesses
Método
Processo de revisão
A partir da avaliação do Manual de 2010, foram identificados participantes colaboradores da
elaboração desta publicação. A equipe de organizadores procedeu à orientação do processo.
Com a identificação de temas que demandavam busca de evidências para sua incorporação
ou modificação, foram demandadas a uma equipe de epidemiologistas revisões bibliográficas,
com o objetivo de respaldar tomadas de decisões à luz das melhores evidências científicas.
Grupos técnicos de trabalho foram estabelecidos, por meio dos quais eram discutidos
resultados da revisão da literatura e viabilidade de recomendações futuras, além da
avaliação das recomendações da publicação anterior, que estava sendo revisada.
As recomendações dos grupos técnicos eram encaminhadas a experts previamente
identificados, os quais fizeram a revisão do texto do manual anterior e a introdução de
novos temas ou recomendações. Os textos foram sempre revisados por, no mínimo, duas
pessoas e enviados em seguida à equipe organizadora, procedendo à compatibilização dos
textos e dando a eles seu formato final. Todos os textos foram revisados no seu formato
final pela equipe do PNCT. Na ausência de consenso, o PNCT tomou as decisões finais,
considerando aspectos epidemiológicos e operacionais.
Descrição
Durante a 65ª Assembleia Mundial de Saúde, em maio de 2012, alguns Países Membros, dentre
eles o Brasil, acordaram com a OMS o desenvolvimento da nova estratégia de TB, visando ao
estabelecimento de uma agenda pós-2015. O Brasil, por sua experiência em acesso universal
à saúde e proteção social por meio do modelo SUS e seus programas de benefícios sociais,
apoiou fortemente a inclusão de estratégias relacionadas à maior participação da sociedade
civil e ao enfrentamento dos determinantes sociais da TB, para a eliminação da TB como
problema de saúde pública no mundo.
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7.2. Estratégia CAMS
Para melhor compreender a estratégia CAMS e como ela pode ser aplicada no âmbito dos
estados e municípios, seus componentes estão descritos a seguir.
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7.2.2. Advocacy
Esse termo frequentemente utilizado em inglês significa advocacia. Consiste na realização de
ações individuais e de grupos organizados que procuram influenciar autoridades para que se
sensibilizem para as necessidades diversas da sociedade. Essa é a ferramenta responsável
por garantir que os governos permaneçam fortemente comprometidos na implementação
de políticas de controle da tuberculose (WHO, 2007).
O advocacy
político informa políticos e gestores sobre o impacto da tuberculose
no país, estado ou município e propõe ações para implementação de leis e políticas
de saúde.
O advocacy programático almeja líderes comunitários, sensibilizando sobre a neces
sidade de ações locais para o controle da doença.
O advocacy na mídia valida a relevância do assunto, insere o tema na agenda pública
e estimula que assuntos relacionados à TB sejam veiculados nos grandes e pequenos
canais de comunicação.
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públicas em saúde, por meio da inserção nas instâncias formais de controle social, tais como
os Conselhos de Saúde no âmbito municipal, estadual e federal, bem como suas respectivas
conferências (MOISÉS et al., 2010).
Até 2003, atuações da sociedade civil no Brasil com relação à tuberculose manifestavam-se,
principalmente, por meio da iniciativa de pesquisadores, profissionais de saúde, estudantes
de medicina e da Liga Científica contra a Tuberculose.
A priorização da participação comunitária por parte dos gestores dos estados do Rio de
Janeiro e de São Paulo contribuiu para o surgimento do Fórum de ONG TB do Rio de Janeiro,
em agosto de 2003, e da Rede Paulista de Controle Social, em 2005. Essas instâncias trabalham
ativamente no enfrentamento da tuberculose por meio de atividades de sensibilização da
população para questões relacionadas à prevenção da TB, combate ao estigma e preconceito
e incidência na qualificação das políticas públicas de saúde relacionadas ao controle da
tuberculose no país (SANTOS FILHO; SANTOS, 2007).
Em 2004, por iniciativa do Ministério da Saúde, foi criada a Parceria Brasileira Contra a
Tuberculose, também conhecida como Stop TB Brasil. Diante da mobilização global contra
a tuberculose, concretizada pela instituição Stop TB Partnership, vinculado à UNOPS, foi
proposta a consolidação de uma rede de parceiros no país para fortalecer a atuação do PNCT.
Com o início do Projeto Fundo Global Tuberculose Brasil, em 2007, foram constituídos os
Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde
Como produto da articulação entre o Projeto Fundo Global Tuberculose Brasil, PNCT e comitês,
consolida-se a Rede Brasileira de Comitês para o Controle da Tuberculose, que tem como
missão “ser um articulador entre governo e sociedade civil, buscando integração e contribuição
para as políticas públicas do controle da tuberculose no país, dando visibilidade às ações de
mobilização, advocacy, comunicação social, monitoramento e avaliação, com vistas à garantia
da cidadania e defesa do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
A partir das experiências exitosas dos comitês, outros estados, que não estavam contemplados
no projeto, têm se mobilizado para a implantação de comitês.
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A ampla mobilização, envolvendo o movimento social de tuberculose, a Parceria Brasileira,
os Comitês, profissionais de saúde e o Programa Nacional, fomentou a criação de Frentes
Parlamentares de luta contra a Tuberculose, no âmbito federal, estadual e municipal.
Em 2012, por meio de uma ampla articulação entre gestão e sociedade civil, a Frente
Parlamentar Nacional de luta contra a tuberculose foi criada. Nos dois primeiros anos de
existência, a frente realizou uma série de atividades com o objetivo de dar visibilidade ao
tema no parlamento. Dentre as ações realizadas, cabe destacar a elaboração do Relatório da
Subcomissão Especial destinada a analisar e a diagnosticar a situação em que se encontram
as Políticas de Governo Relacionadas às Doenças Determinadas pela Pobreza. No relatório,
foram apresentas propostas diferenciadas para o enfrentamento da tuberculose, servindo
como diretrizes para os diferentes atores na luta contra a doença. O material também fomenta
a discussão sobre proteção social à pessoa com tuberculose no âmbito do legislativo estadual
e das câmaras de vereadores nos municípios (BRASIL, 2013).
Outra estratégia importante a ser realizada pelos programas é a aproximação com a área
responsável pela comunicação nas secretarias de saúde.
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Por exemplo, uma discussão com a coordenação da vigilância local a respeito da realização de
uma determinada ação para a qualificação da adesão ao tratamento, envolvendo a ampliação
do orçamento para tuberculose, é uma ação de advocacy. Nesse caso, a ação é realizada por
meio do protagonismo de um profissional de saúde que domina o assunto, conhece os dados
e a situação epidemiológica da doença e, portanto, tem condições de argumentar com os
níveis superiores sobre a necessidade de realização da atividade.
Não menos importantes são as ações de advocacy realizadas entre sociedade civil e gestão
junto ao poder legislativo, como a criação de Frentes Parlamentares, a incidência política sobre
Comissões Parlamentares de Saúde e Direitos Humanos, entre outras. O desenvolvimento de
tais ações pressupõe a elaboração de uma agenda de trabalho conjunta com a sociedade civil.
É importante considerar que gestão e sociedade civil ocupam espaços de inserção política
que se complementam.
Nesse sentido, cabe aos programas fomentar a melhor maneira de planejar e de realizar tais
ações de mobilização com seus parceiros. Indicadores epidemiológicos e populações de
maior vulnerabilidade para a tuberculose também devem ser considerados para a execução
das atividades. Ações de incidência direta nas comunidades devem ser construídas a partir
da realidade local e contar com o envolvimento da comunidade para a sua realização.
Cabe então a cada programa identificar a melhor forma de estabelecer as suas parcerias na
área de CAMS e refletir sobre a possibilidade de constituir uma instância de interlocução
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formal, como é o caso dos comitês. A experiência da Rede Brasileira de Comitês para
o Controle da Tuberculose tem demonstrado que o estabelecimento de uma instância
formal de interlocução entre diferentes parceiros tem contribuído para o aprimoramento
e visibilidade das questões relacionadas ao controle da doença nos níveis estadual
e municipal.
O PNCT prioriza as ações de CAMS e busca fornecer apoio técnico e político aos estados
e municípios, seja para a formação de comitês locais, estabelecimento de parcerias
intra e intersetoriais, fortalecimento do trabalho em rede ou para ações específicas de
comunicação.
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8. Pesquisas em Tuberculose
descoberta,
desenvolvimento e rápida incorporação de novas ferramentas, inter
venções e estratégias; e
realização de pesquisas que otimizem a implementação e o impacto dessas novas
ferramentas, promovendo inovação.
Em âmbito nacional, vários planos de ação orientaram as ações de controle da TB, desde
o Plano Global da OMS 2006-2015 (WHO, 2006), passando pelo Plano Regional para as
Américas (PAHO, 2006) e chegando ao Plano Estratégico do Programa Nacional de Controle
da Tuberculose 2007-2015 (BRASIL, 2007a). Todas essas iniciativas já reconheciam o uso da
pesquisa como uma ferramenta-chave para o controle da doença. A nova agenda do Plano
Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública (Plano Nacional pelo Fim
da TB), que tem como período de vigência 2016-2020, reafirma as ações de controle da TB com
a inclusão da pesquisa, em suas diversas vertentes, como de fundamental importância para
que se possam alcançar as metas e novos indicadores propostos no plano (BRASIL, 2017b).
Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde
Em consonância com a nova estratégia pós 2015, o Plano Nacional pelo Fim da TB tem por
objetivos estabelecer parcerias para fomentar a realização de pesquisas no país, em temas
de interesse para saúde pública, e promover o desenvolvimento científico e tecnológico, bem
como a incorporação de iniciativas inovadoras para aprimorar o controle da TB.
O Brasil já possui experiências exitosas nesse sentido. Em 2001, ocorreu a formação da Rede
Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (REDE-TB), um grupo interdisciplinar de pesquisadores
brasileiros cujo objetivo é promover a interação entre governo, academia, provedores de
serviços de saúde, sociedade civil e indústria no desenvolvimento e implementação de
novas tecnologias e estratégias para melhorar o controle da TB em todo o país (KRITSKI et
al., 2018). Em 2004, foi considerado estratégico para o país o investimento na produção de
conhecimento científico nas doenças negligenciadas, incluindo a TB. Além disso, o Ministério
da Saúde iniciou cooperação técnica com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
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Comunicações (MCTIC), o que proporcionou um aumento substancial no volume de recursos
financeiros para as pesquisas, com mais de 53 milhões de reais investidos em pesquisas
relacionadas à TB até o ano de 2017.
Nesse contexto, as pesquisas operacionais apresentam-se com uma função estratégica, uma
vez que são inspiradas em desafios do mundo real, podem responder às dificuldades do
cotidiano de trabalho e apresentam resultados que, em grande parte, possuem uma rápida
aplicabilidade. Através delas, é possível melhorar o entendimento dos mecanismos pelos
quais a dinâmica do cuidado à TB deve ser estabelecida para que as ações de prevenção e
controle possam ser mais efetivas (BECERRA-POSADA; ESPINAL; REEDER, 2016). Assim, encorajar
o envolvimento e instrumentalizar os profissionais para avaliarem as estratégias adotadas
e cuidados prestados à pessoa com TB apresentam-se como um ponto fundamental para a
consolidação do Pilar 3 do Plano Nacional pelo Fim da TB.
Ao longo dos anos, diversas iniciativas individuais para a promoção e divulgação de pesquisas
são registradas no país. Contudo, apesar de muito importantes, elas não são suficientes. A
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