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Guia Geral
1
Alcoutim
Martim Balurcos
Longo 2
Furnazinhas
Ameixial
Vaqueiros
Marmelete Monchique
Aljezur 12 8 10 6
Cachopo
11 9
Messines Barranco
do Velho
Salir Castro Marim
7 5
Alte 4
Silves
Bensafrim 3
Loulé São Brás Vila Real de
de Alportel Tavira
Lagoa St. António
Lagos Portimão Albufeira
Vila do Bispo
ÍNDICE
Rota do Contrabandista Pág.04 Rota das Árvores Monumentais Pág.22
Rota da Água Pág.10 Rota da Geologia Pág.30
A Grande Rota Pedestre (GR13) - Via Algarviana parte de Alcoutim, nas margens do rio Guadiana, e termina com o oceano
Atlântico à vista, no Cabo de São Vicente. Atravessa o interior do Algarve ao longo de cerca de 300 quilómetros, que o levam a
descobrir uma paisagem rica e diversa: as serras algarvias, o barrocal, a beira-serra e parte do Parque Natural do Sudoeste
Alentejano e Costa Vicentina.
O território Via Algarviana cresceu e tornou-se cada vez mais variado e atraente para praticantes de caminhada e BTT. Desde
2011, os 14 setores iniciais desta grande rota foram ampliados com uma rede de 12 Percursos Pedestres Complementares, 10
Percursos Áudio Guiados, 9 Ligações e 4 Rotas Temáticas.
Através destas 4 Rotas Temáticas, terá a oportunidade de explorar o território interior algarvio sob um outro olhar. Depois de
partir à descoberta, facilmente entenderá a escolha de cada tema, intimamente ligado às características ou histórias da zona
que cada rota percorre. A pé, de BTT, ou mesmo de carro, esta é a oportunidade de descobrir os itinerários que guardam
memórias da atividade do contrabando em Alcoutim, a riqueza e património hidráulico no concelho de Loulé e a geologia e
património natural únicos que caracterizam o concelho de Monchique.
CÓDIGO DE CONDUTA
- Siga apenas pelos trilhos sinalizados; - Não faça qualquer tipo de lume;
- Não abandone o lixo no caminho; - Evite barulhos e atitudes que perturbem a paz local;
- Não recolha amostras de plantas ou rochas; - Não perturbe os animais;
- Não danifique elementos do património natural ou cultural; - Seja educado com as populações locais.
Deixe a sua pegada verde: Recolha o lixo não orgânico que encontrar durante o percurso e deposite-o nos locais apropriados
quando chegar ao seu destino.
CONSELHO
• Antes de iniciar a caminhada, planeie a viagem e o itinerário a percorrer.
• Leve sempre água e mantimentos consigo.
• Os percursos podem ser realizados todo o ano, embora a primavera seja a época mais interessante e recomendada, quer pela
beleza florística quer pelas condições climatéricas.
Nota: Este guia geral resume a informação essencial. Encontra informação mais detalhada nos guias digitais, que estão
disponíveis para download gratuito. Na página introdutória de cada uma das quatro rotas deste guia encontra um QR Code que
lhe dá acesso ao guia digital. Pode também descarregá-los em www.viaalgarviana.org, na secção “Rotas Temáticas”.
SINALÉTICA DO PERCURSO
Fig.1 - Estátua de um contrabandista no Cais Velho de Alcoutim, de Teresa Paulino e Pedro Félix.
SOBRE A ROTA
Embora as atividades de contrabando entre Portugal e Espanha estivessem, à partida, mais facilitadas nas zonas de “raia seca”, a
pobreza e a falta de oportunidades levaram, desde tempos imemoriais, os habitantes de Alcoutim a dedicarem-se também ao
comércio de mercadorias, ilegal face às leis vigentes.
O contrabando na fronteira entre Portugal e Espanha ter-se-á iniciado no século XIII, após a demarcação mais ou menos
definitiva da fronteira entre os dois países.
O seu auge ocorreu entre os anos 30 e 60 do século XX, muito em particular durante a Guerra Civil espanhola (1936-1939).
O contrabando organizado sempre teve produtos preferenciais que foram variando ao longo dos tempos. De Portugal saía café,
açúcar, ovos, arroz, sabão, farinha, pão, figos, lã e tabaco, cujo destino eram localidades próximas, como El Granado ou
Villanueva de los Castillejos, ou muito mais distantes como Valverde del Camiño ou Huelva. De Espanha vinha sobretudo
bombazina (tecido então não fabricado no nosso país), sabonetes, perfumes, roupa fina, alfaias, conhaque e miolo de
amêndoa, que eram entregues a comerciantes locais (Alcoutim, Giões, Martinlongo) ou a intermediários.
Seria de esperar que as dificuldades e os riscos inerentes à prática do contrabando numa zona vigiada em permanência
tivessem resultado num sem número de episódios mais ou menos graves, ao longo dos tempos. As coisas, no entanto,
passavam-se de outro modo, pelo menos no que respeita ao lado de cá da fronteira. Numa terra em que toda a gente se
conhecia, não é para admirar que guardas e contrabandistas convivessem lado a lado, por vezes no seio de uma mesma família.
Para contrariar essa prática, o Estado fez construir, através do Ministério da Fazenda, desde finais do século XIX, uma rede
apertada de postos de vigilância da Guarda Fiscal que se estendia ao longo de toda a margem direita do Rio Guadiana e que
possuía correspondência na margem oposta através de postos da Guardia Civil. Se antes o contrabando era uma empreitada
solitária ou familiar, com a instalação, no século XIX, dos postos da Guarda Fiscal ao longo do rio e o apertar da vigilância, a
atividade passou a ter uma estrutura mais apurada.
Este “entendimento diplomático” entre homens que prosseguiam objetivos contrários inspirou esta Rota, onde exploramos
alguns aspectos do contrabando em Alcoutim mas também a presença da Guarda Fiscal no mesmo território.
Descubra os caminhos que contam a história do contrabando através de dois percursos pedestres inseridos nesta Rota.
04
1 LEGENDAS
2 QS Quartel de Alcoutim
3 1 Palanqueira (Mértola)
4 2 Canavial (Mértola)
5 3 Barranco do Álamo (Mértola)
4 Vascão (Alcoutim)
6 5 Enxoval (Alcoutim)
6 Premedeiros (Alcoutim)
7 7 Lourinhã (Alcoutim)
8 Alcaçarinho (Alcoutim)
9 Abrigo Segundo (Alcoutim)
QS
10 Grandacinha (Alcoutim)
8 11 Pontal (Alcoutim)
9 12 Montinho das Laranjeiras (Alcoutim)
13 Guerreiros do Rio (Alcoutim)
13
14
15
A Vila de Alcoutim foi sede de uma Secção da Guarda Fiscal, dependente da Companhia sediada em Vila Real de Santo António e
do Batalhão nº 2 com comando em Évora. Teve a seu cargo 15 postos de controlo espalhados ao longo do rio, incluindo alguns
localizados nos concelhos limítrofes de Mértola e Castro Marim. O concelho de Alcoutim contou com 12 postos da Guarda Fiscal
(GF), incluindo o quartel principal localizado na vila. Cada posto integrava 3 a 4 guardas, chefiados por um cabo.
05
QS – Quartel de Alcoutim (Altitude: 15 m. Coordenadas GPS: N37º28’14.66” W7º28’15.97”)
O quartel da Secção de Alcoutim da GF foi instalado num edifício já existente em meados do século XVI, sendo referido em
documentos do século XVIII como as Casas do Juiz da Alfândega. No século XX, o edifício da Alfândega passou também a
albergar a guarda-florestal que, desde 1883, ocupava outras primitivas instalações nos baixos do edifício dos Paços do
Concelho. Situado frente ao rio, no cimo da Avenida Duarte Pacheco, o edifício possui uma arquitetura militar, simples e
funcional, encontrando-se em bom estado de conservação. A partir de 1999, foi aqui instalada a Repartição de Finanças do
concelho.
Fig.2 - Antigo quartel da Guarda Fiscal de Alcoutim e pormenor da estátua de um guarda, de Teresa Paulino e Pedro Félix.
06
ROTA DO CONTRABANDISTA
PERCURSO PEDESTRE DA LOURINHÃ
LEGENDAS
1 Antigo quartel da GF 4 Castelo Velho
2 Estátua do contrabandista 5 Posto da GF da Lourinhã
3 Estalagem da Juventude 6 Várzeas da Lourinhã
Percurso
6
PERFIL TOPOGRÁFICO
5 80
Altitude (m)
40
4
FICHA TÉCNICA
Modalidade recomendada: Pedestre e BTT.
Ponto de partida e de chegada: Cais de embarque de Alcoutim.
Coordenadas GPS do ponto de início:
3 N37°28’15.18” W7°28’15.39”
Extensão: 5,50 km (parte inicial linear e posteriormente circular)
Grau de dificuldade:
Muito Fácil | Fácil | Algo Difícil | Difícil | Muito Difícil
Altitude máxima: 103 m
Altitude mínima: 5 m
2 Subida acumulada: 175 m
Descida acumulada: 164 m
Cartografia: Traçado do percurso na Carta Militar de Portugal
1 nº 575, proveniente do Centro de Informação Geoespacial do
Exército (CIGeoE), com escala de 1/25.000.
DESCRIÇÃO DO ITINERÁRIO
O percurso inicia-se na vila de Alcoutim junto ao cais de
embarque e segue pela EM 507 até ao Centro de Saúde.
Posteriormente segue pela direita, ainda em estrada de
alcatrão, até à Pousada da Juventude. De seguida entra numa
estrada de terra batida, quase sempre paralela ao Rio
Guadiana. Esta parte inicial do trajeto coincide com a GR13 -
Via Algarviana.
1
4
2
3
DESCRIÇÃO DO ITINERÁRIO
Este percurso inicia-se no Miradouro do Pontal coincidindo,
em parte, com a PR2 ALC – “Ladeiras do Pontal”. Caminha-se
com o Guadiana à nossa esquerda, por entre matos e
azinheiras. Pouco depois de começar a descer, abandona-se
a PR2, que segue para baixo, e entra-se à direita para um
trilho largo que, pouco a pouco, se vai estreitando, até atingir
o posto da Guarda Fiscal do Pontal.
10
Almodovar LEGENDAS
14
Azinhal do Mouros
Corte Pinheiro Ameixial
15 Percursos pedestres
Almodovar
16 A - Olho Pariz
Malhão B - Benémola
19 18
13 C - Barranco do Velho
D - Chavachã
20
E - Almarginho
Vale da Rosa
17 Portela do Barranco
Alte Cortinhola Cachopo Pontos de interesse
Salir Barranco do Velho 1 - Bicas Velhas
Montes Novos 2 - Ponte do Álamo
Brazieira
Salir 12 3 - Fonte do Cadoiço
22 21 Ameixial 4 - Fonte da Goldra
23
Rocha 5 - Fonte de Apra
SALIR C 6 - Fonte Filipe
Alte Barranco do Velho
E Salir
7 - Moinho do Ti Casinha
Salir 11 8 - Esparrela
Nave do Barão S.Brás de Alportel 9 - Nora da Companhia
Alte Loulé 10 - Pólo Museológico da Água
Corcitos
24 11 - Fonte da Salgada
25 B 12 - Ribª de Odeleite
9 13 - Miradouro do Caldeirão
QUERENÇA
10 14 - Fonte da Seiceira
TÔR Barranco do Velho
Tôr 8 15 - Águas da Rainha
7
26 Porto Nobre 16 - Barragem da Califórnia
6 17 - Fonte do Serro
Loulé A
18 - Fonte dos Cravais
Amendoeira 19 - Barranco da Zambujeira
20 - Rio Arade
S.Romão 21 - Rocha da Pena
S.Brás de Alportel 22 - Fonte Feita
5 23 - Fonte dos Amuados
LOULÉ
24 - Lagoa da Nave
1 3 25 - Fonte do Cerro dos Passarinhos
Alto do Relógio
2
Gorjões 26 - Ponte da Tôr
4
FARO
IC22
LEGENDAS
1 Bicas Velhas
3 Fonte do Cadoiço
Percurso
1 Modalidade
2
Mapa 2 - Percurso da cidade de Loulé
12
Ponto 5 - Fonte de Apra Loulé (Coordenadas GPS: N37º08’52.9” W7º57’34.6”)
Esta fonte muito antiga, de origem romana, situa-se numa zona com vários outros importantes vestígios da época. O próprio
nome do local seria o cognome adotado pelo primitivo proprietário romano destas terras e da “villa Apra” (feminino de aper,
termo de origem celta que significa "javali"). Remonta provavelmente ao século II a.C..
Ponto 25 - Fonte do Cerro dos Passarinhos Salir (Coordenadas GPS: N37º12’41.0” W8º01’55.3”)
Fonte de mergulho que ainda mantém a estrutura original, tendo modernamente sofrido uma intervenção arquitetónica de
cunho popular.
ROTA DA ÁGUA
PERCURSO PEDESTRE OLHO PARIZ
LEGENDAS
Ponto de partida e chegada
1 Poço do Ribeiro 3 Olho Pariz
2 Poço da Amendoeira 4 Poço do Olho Pariz
Percurso
4
PERFIL TOPOGRÁFICO
2 245
Altitude (m)
235
1
225
215
3 205
0 400 800 1200 1600 1800
Distância (m)
LEGENDAS
Ponto de partida e chegada
1 Moinho Velho
3
2 Nascentes da Várzea
3 Fonte Benémola
Percurso
2
PERFIL TOPOGRÁFICO
Altitude (m)
150
1 140
130
0 400 800 1200
Distância (m)
LEGENDAS
Ponto de partida e chegada
1 Depósitos de água 4 Fonte da Catraia
1
2 2 Fonte do Chafariz 5 Fonte Férrea
6 PERFIL TOPOGRÁFICO
Altitude (m)
500
400
5 300
0 1000 2000 3000 4000
4 Distância (m)
LEGENDAS
Ponto de partida e chegada
1 Moinho da Chavachã
2 Ribeira do Vascão
Percurso
2 PERFIL TOPOGRÁFICO
1
295
Altitude (m)
290
285
280
0 100 200 300 400
Distância (m)
LEGENDAS
Ponto de partida e chegada
1 Fonte Figueira 4 Quatro Ribeiras
2 Almarginho 5 Ribeiro da Brazieira
3 Ponte do Olho
Percurso
4
5
2 PERFIL TOPOGRÁFICO
3
1
230
Altitude (m)
210
190
0 1000 2000 3000
Distância (m)
SOBRE A ROTA
A Serra de Monchique, incluída na Rede Natura 2000, é um território mediterrânico de forte influência atlântica e com intensa
precipitação. São as características climáticas, particularmente as da parte superior da serra, onde a precipitação anual supera o
dobro do verificado em boa parte do Algarve, que levam à originalidade da sua flora, face à restante vegetação da região.
Devido a estas condições climáticas e a uma diversidade litológica, estas superfícies serranas são extremamente ricas do ponto
de vista botânico. Perto do cume dos cerros podem ser encontradas espécies raras como a adelfeira (Rhododendron ponticum
subsp. baeticum), a rosa-albardeira (Paeonia broteroi) e a orquídea Neotinea maculata, característica das formações boscosas.
Com efeito, este matiz atlântico, associado a uma biogeografia particular, fazem com que a Serra de Monchique corresponda,
em certos casos, ao limite sudoeste da distribuição europeia de certas espécies ou agrupamentos vegetais. A comprovar a forte
influência atlântica da parte superior da Serra de Monchique encontram-se espécies como o tojo molar (Ulex minor subsp.
lusitanicus) e a arenária (Arenaria montana L.). De destacar ainda a presença, no sub-bosque dos poucos soutos que restam, de
Doronicum plantagineum que encontra, em Monchique, o limite meridional da sua distribuição em Portugal e ainda Senecio
lopezii, endemismo do sudoeste peninsular que, no nosso país, apenas aqui se pode encontrar. Em superfícies frescas,
subsistem ainda alguns exemplares de Quercus canariensis, carvalho que, em Portugal, apenas cresce de forma espontânea
nestas paisagens serranas, sendo por isso designado vulgarmente como carvalho-de-Monchique.
A Rota das Árvores Monumentais é composta por três circuitos. Todos eles começam no Largo de São Sebastião, no Posto de
Turismo da Vila.
22
ROTA DAS ÁRVORES MONUMENTAIS
CIRCUITO DA FÓIA
5
2
8 4
3
9
3 2
5
10
6
1
4
PERFIL TOPOGRÁFICO
900
Altitude (m)
700
500
300
0 4 8 12 16
Distância (km)
24
ROTA DAS ÁRVORES MONUMENTAIS
CIRCUITO DA VILA
LEGENDAS
7 7
1 Posto de Turismo 6 Convento
1
2 Quinta da Vila e Piscinas 7 Igreja de S. Sebastião
9
3 Bombeiros 8 Pé da Cruz
4 Centro de Saúde 9 GNR
5 Segurança Social
520
8
480
440
400
0 1,00 2,00 3,00 4,00
Distância (km)
430
390
350
0 0,40 0,80 1,20 1,60
Distância (km)
FICHA TÉCNICA
Modalidade recomendada: Pedestre
Ponto de partida e de chegada:
Largo de São Sebastião, no Posto de Turismo.
Coordenadas GPS do ponto de início:
N37°18’59.41” W8°33’18.70”
Extensão total: 6,30 km
Grau de dificuldade:
Muito Fácil | Fácil | Algo Difícil | Difícil | Muito Difícil
26
ROTA DAS ÁRVORES MONUMENTAIS
CIRCUITO DA PICOTA
3
4
6 9
1
3
1 2
5
6 8
4
7
PERFIL TOPOGRÁFICO
800
Altitude (m)
600
400
200
0 10 20 30
Distância (km)
28
SINALÉTICA DO PERCURSO
SOBRE A ROTA
A forte expressão geomorfológica, os vales bem demarcados, a abundância de linhas de água e nascentes naturais, a flora e
fauna características e a diversidade geológica, com rochas de relativa raridade, conferem à Serra de Monchique marcas únicas
e originais.
A Serra de Monchique, localizada no setor norte do Barlavento Algarvio, do ponto de vista morfológico, apresenta três unidades
principais – Picota (773 m), na parte oriental, Fóia (902 m) e Picos (574 m), na parte ocidental – sendo o setor oriental e o setor
ocidental separados por um vale de orientação nordeste-sudoeste.
É constituída por uma grande variedade de rochas, cuja idade, estrutura e origem são também bastante diversificadas. A maior
parte da Serra de Monchique é formada pelo chamado Complexo Alcalino de Monchique, fazendo parte da Província Ígnea
Alcalina Ibérica que engloba os outros dois maciços portugueses (Sines e Sintra), o Complexo Vulcânico de Lisboa, vários
afloramentos de rochas magmáticas nas bacias mesozoicas portuguesas (Bacia do Algarve e Bacia Lusitânica), o Maciço do
Monte Ormonde e ainda várias intrusões nos Pirenéus.
Ao longo dos percursos foram identificados Locais de Interesse Geológico (LIG) com alguns aspetos característicos da geologia
do concelho. De notar que ao longo dos dois percursos definidos, bem como noutros locais do concelho, podem ser
identificados aspetos geológicos semelhantes aos LIG apresentados nos percursos. Deste modo, qualquer caminhante com um
olhar cuidado e desperto poderá identificar autonomamente, noutros locais, os aspetos geológicos realçados nos vários LIG.
30
ROTA DA GEOLOGIA
PERCURSO 1 - MARMELETE
LIG 4 LIG 5
LIG 3
LIG 2
LIG 1 (Casa antiga)
LIG 1 (Fontanário)
LIG 1 (Lagar)
LIG 1 (Muro)
LIG 1 (Bebedouro)
LIG 1 (Calçada)
LIG 8
550
500 Descida acumulada: 244 m
450
400 Cartografia: Traçado do percurso na Carta Militar de Portugal
365 nº 585, proveniente do Centro de Informação Geoespacial do
1 2 3 4 5 6 Exército (CIGeoE), com escala de 1:25.000.
Distância (km)
DESCRIÇÃO DO ITINERÁRIO
Neste percurso, é possível observar várias evidências que
contam a história geológica deste local. Algumas são visíveis
nas litologias e na deformação tectónica da Formação de
Brejeira, na auréola de metamorfismo de contacto, nos filões
de rochas magmáticas e de quartzo, nas falhas e dobras que
marcam as estruturas tectónicas. Rochas como os xistos
argilosos e grauvaques, corneanas e xistos mosqueados e o
constante sienito nefelínico marcam a cronologia destas
formações. Descubra estes elementos em estado natural e
transformado pela intervenção humana para a aplicação na
construção e no urbanismo.
32
ROTA DA GEOLOGIA
PERCURSO 2 - FÓIA E ÁREA ENVOLVENTE
LIG 13
LIG 12
LIG 2
LIG 3
LIG 1 (Fóia 902m) LIG 4
LIG 11
LIG 5
LIG 8
(Auréola de contacto)
LIG 9 LIG 10
LIG 6
LIG 7
LIG 8
(Zona de auréola)
800
750 Descida acumulada: 916 m
700 Cartografia: Traçado do percurso nas Cartas Militares de Portugal
650
615 nº 577 e 585, provenientes do Centro de Informação Geoespacial
2.5 5 7.5 10 12.5 15.3 do Exército (CIGeoE), com escala 1:25.000.
Distância (km)
DESCRIÇÃO DO ITINERÁRIO
Neste percurso é possível observar essencialmente os
aspetos geológicos associados ao maciço alcalino de
Monchique, nomeadamente sienito nefelínico (quer da
unidade heterogénea de bordo, quer da unidade homogénea
nuclear), rochas ultrabásicas, básicas e intermédias,
formações brechóides, auréola de metamorfismo de
contacto com corneanas e xistos mosqueados, aspetos de
meteorização dos sienitos, nascentes de água e exemplos de
exploração e aplicação das rochas locais.
Fig.5 - Afloramento onde é possível identificar uma intrusão de uma rocha magmática (RM) a cortar os xistos argilosos e grauvaques da Formação da Brejeira (FB).
34
FICHA TÉCNICA
Conteúdos:
Conceito e direitos de autor:
Associação para a Defesa e Divulgação do
Património Geológico do Alentejo e Algarve (DPGA);
Textos, fotografias e imagens:
Francisco Lopes e Tiago Neves.
Guia Geral
Descubra o interior do Algarve com estas quatro Rotas Temáticas da Via Algarviana. A pé, de BTT
ou de carro, percorra os caminhos do contrabando em Alcoutim, conheça a riqueza das
nascentes e linhas de água do concelho de Loulé, aproveitadas pelo engenho humano, e ainda a
geologia única e as árvores monumentais da paisagem verdejante de Monchique.
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