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Fichas de ampliação de Geologia

Ficha de ampliação G2 – Granulometrias dos sedimentos do rio Minho

Nome: N.° Turma:

Data: Professor:

Domínio: Sedimentação e rochas sedimentares


Capítulo: Génese e classificação das rochas sedimentares
Aprendizagens Essenciais por domínio: Explicar características litológicas e texturais de rochas
sedimentares com base nas suas condições de génese.
Caracterizar rochas detríticas, quimiogénicas e biogénicas (balastro/conglomerado/brecha, areia/arenito,
silte/siltito, argila/argilito, gesso, sal-gema, calcários, carvões), com base em tamanho, forma/origem de
sedimentos, composição mineralógica/química.
Identificar laboratorialmente rochas sedimentares em amostras de mão e/ou no campo em formações
geológicas.

O rio Minho nasce a uma altitude de 750 m, na serra da Meira, Galiza, e tem um percurso de
340 quilómetros, predominantemente em rochas graníticas, até desaguar no Atlântico, em Caminha
(fig. 1).

Fichas de ampliação
Figura 1. Foz do rio Minho, vista de Espanha.

Um estudo recente, que analisou 49 amostras colhidas no troço entre Tui (Espanha) e Caminha,
permitiu conhecer a distribuição granulométrica do estuário do rio Minho. O sedimento é essencial-
mente composto por areia e cascalho com diferentes percentagens de silte e argila. O sedimento
mais grosseiro encontra-se, tendencialmente, a montante, registando-se uma diminuição gradual
de granulometria para jusante (fig. 2).

Figura 2. Deposição de areias junto à foz do rio Minho.

Tendo em conta estes resultados, o estuário do rio Minho pode dividir-se em dois setores distin-
tos: zona de Tui-Vila Nova de Cerveira, em que o sedimento é composto por material mais gros-
seiro, como cascalhos; e zona de Vila Nova de Cerveira até à boca do estuário, em que o sedimento
é composto, essencialmente, por areia, refletindo as condições energéticas existentes no rio (fig. 3).
Fichas de ampliação

A
B
Espanha

Espanha Valença

Portugal

S. Pedro da Torre
Carvalha

Reboreda Portugal

Vila Nova da Cerveira


Cascalho
Sedimento
Lanhelas cascalhento
Seixas Areia
Areia siltosa
Caminha Silte arenoso
4 km Localidades
portuguesas

C
Figura 3. Distribuição granulométrica no estuário do rio
Minho. A Perfil longitudinal e perfil transversal de um rio
típico. B Percurso do rio Minho Internacional.
C Depósito conglomerático do rio Minho, em Cortes,
Valença.

Baseado em Costa, A., & Mil-Homens, M. (2010). Distribuição granulométrica dos sedimentos de superfície do estuário
do rio Minho. V Simpósio Ibérico sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Minho. Laboratório Nacional de Energia e Geologia

1. Relacione a velocidade da corrente, de montante para jusante, com a distribuição dos sedimentos.
2. Refira, justificando, o local (mais para jusante ou mais para montante) onde irá ocorrer, prefe-
rencialmente, a sedimentação dos materiais transportados em suspensão.
3. Explique o elevado grau de rolamento dos sedimentos a jusante do rio.
4. Mencione o tipo de rochas sedimentares que vão originar os sedimentos transportados pelo rio
Minho após sofrerem diagénese.
5. Explique a presença de feldspatos no cascalho recolhido em Vila Nova de Cerveira, tendo em
conta a proximidade à rocha-mãe.
6. Apresente uma justificação para a classificação, em Cortes, próximo de Valença, do aflora-
mento rochoso como conglomerado (visível na figura 3C).
7. Relacione a ação erosiva do rio com o declive do leito e a abertura do vale fluvial, tendo em
conta o esquema da figura 3A.

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