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Universidade Federal do Rio Grande - FURG

22ª Mostra da Produção Universitária – MPU


Rio Grande/RS, Brasil, 25 a 27 de outubro de 2023
ISSN: 2317-4420

POESIA NA CONTEMPORANEIDADE: A LÍRICA DE


ANA LUÍSA AMARAL

GONÇALVES, Emilly Torma.

MOUSQUER, Antônio Carlos


emillytorma2016@hotmail.com

Palavras-chave: Lírica Portuguesa Contemporânea; Alteridade; Poética

1 INTRODUÇÃO

A realização do estudo e análise da obra poética de Ana Luísa Amaral, mais


especificamente do poema “O astrágalo: impressões” de seu livro What’s in a
name, será amparado em obras que tratam da questão da lírica na
contemporaneidade. Buscar-se-á assim evidenciar o seu estilo e as suas
peculiaridades. A abordagem que aqui se propõe da lírica da poeta portuguesa, Ana
Luísa Amaral fundamenta-se em textos de Octávio Paz, Michel Collot, Ana Paula
Coutinho Mendes, dentre outros artífices do pensamento sobre a manifestação lírica
como saída de si, ou em outras palavras, como encontro com o mundo. O fazer
poético toma, assim, segundo Paz, dupla dimensão: torna- se revelação e ruptura
em relação ao olhar trivial do homem.

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Rio Grande/RS, Brasil, 25 a 27 de outubro de 2023
ISSN: 2317-4420

2 METODOLOGIA

O vínculo com a presente proposta se deu primordialmente pela minha


participação em projetos de pesquisa como voluntária e como bolsista. No projeto da
professora Cláudia Mentz Martins, “Lírica portuguesa contemporânea (1990-2010):
Pós Modernidade e Imaginário em diálogo”, concluído em 2020. Participei, ainda, em
2019 do projeto “Lírica portuguesa dos dias de hoje: poética (s) e imaginário”, no
qual fui voluntária durante alguns meses de 2019, e por três meses, atuei como
bolsista CNPq/IC. Atuei, ainda no projeto– “Estudo da lírica portuguesa recente de
autoria feminina (20102016) ”, como bolsista FAPERGS/PROBIC. Foi, sobretudo nos
dois últimos projetos que comecei a me dedicar à poesia de Ana Luísa Amaral, que
integra a ambos. No ano de 2023 dei início a pós-graduação em Letras na área de
concentração História da Literatura, sob orientação do professor Antônio Carlos
Mousquer assim dando seguimento ao meu estudo sobre a poeta citada.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em “ O astrágalo: Impressões” percebemos que o motivo que move o poema é


algo primeiramente desconhecido pelo leitor, que seria a impressão digital das
estrelas. Tendo em vista, que estrelas são formadas de cálcio, e que esse mineral
seria a matéria fundamental dos ossos dos seres humanos e animais vertebrados,
como pássaros e sapos, animais que a própria poeta cita ao longo do poema.
Poderias se pensar nessas impressões digitais das estrelas como algo único e
essencial de cada ser. No poema temos que ter em mente que “Astrágalo” é um
osso vizinho do calcanhar ou seja todo poema faz essa menção ao cálcio e a sua
presença em vários elementos da natureza. Encaminhando para o final do poema
temos subentendido que para uma estrela nascer, outra teria que morrer e que esse
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processo acontece de forma inesperada e a poeta faz uma espécie de comparação


desse oficio com a vida, pois todos seres estão a mercê do futuro.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme é possível perceber ao longo do resumo, o estudo vinculado à produção


poética de Ana Luísa Amaral encontra-se em andamento. Sem dúvida, ela é uma
das poetas portuguesas contemporâneas que possui uma vasta produção e, por isso,
muito há para nos aprofundar em seu universo. Porém, busco fornecer uma amostra
de sua obra através do poema “O astrágalo: Impressões” que se encontra no livro
What’s in a name. Por meio dele, é visto que os poemas da referida poeta, muitas
vezes, se constroem a partir de eventos do mundo exterior, da natureza, ao
entrarem em contato com seu mundo subjetivo, o qual expressa por meio do seu eu
lírico.

5 REFERÊNCIAS

AMARAL, Ana Luísa. What’s in a name. Portugal: Assírio & Alvim, 2021.

BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Rio de Janeiro: Eldorado, 1968.

COLLOT, Michel. O sujeito lírico fora de si. Tradução de Alberto Pucheu. Terceira
Margem, Rio de Janeiro, v. 9, n. 11, p. 165-177. 2004.

MENDES, Ana Paula Coutinho. Da referência em alguma poesia contemporânea:


estrutura de horizonte e identidade relacional. In: SOUSA, Ismênia de; SAMPAIO,
Maria de Lurdes (orgs.). Cadernos de literatura comparada 5: contextos da
modernidade. Porto: Granito/Instituto de literatura comparada Margarida Losa, 2002.
p. 9-39.

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PAZ, Octavio. Signos em rotação. São Paulo: Perspectiva, 1972

. _____. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

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