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Fichamento
No entanto, esse artigo se propõe a refutar essa ideia argumentando que a agricultura não foi
um fator central na formação de sociedades complexas na Amazônia, além disso, o autor refuta
o conceito de simplicidade das sociedades caçadoras-coletoras, mostrando a diversidade e
complexidade das culturas não-agrícolas da Amazônia, como também a não linearidade do
processo de complexificação das sociedades humanas.
Com isso, o autor propõe uma redefinição de como concebemos a complexidade social e
cultural, refutando a ideia de que a agricultura foi o fator determinante para a complexificação
das sociedades. Essa perspectiva traz também a ideia de que as sociedades não-ocidentais não
são inferiores, como algumas doutrinas passadas sustentavam, mas têm a mesma importância
e potencial de desenvolvimento que as sociedades ocidentais e isso pode contribuir para a
formação de uma história mais ampla e melhor informada.
Uma ideia interessante sobre essa perspectiva é que, ao não impor um padrão ocidental sobre
as sociedades da Amazônia, pode-se considerar uma visão mais ponderada sobre a história
humana e sobre as realidades locais. Então, ela possibilita uma análise não-etnocêntrica do
passado humano. E é bem interessante pensar como as práticas locais podem ser distintas e,
ainda assim, ter o mesmo valor. Além disso, essa ideia, se aplicada em outras áreas do mundo,
poderia ajudar a reforçar o reconhecimento de realidades culturais distintas, mas que também
têm um impacto importante na história global.
Portanto, esse artigo não apenas propõe uma nova visão do passado das sociedades
amazônicas, mas também mostra como as práticas culturais e ambientais têm grande
importância na formação das culturas e sociedades. Isso mostra que é possível desenvolver uma
nova compreensão sobre o passado e sobre os impactos que isso teve na história das
sociedades humanas.