Ao decorrer da disciplina foram ministradas 4 palestras sobre cães e seus
diferentes adestramentos, visando que realizassem atividades específicas que fossem
compatíveis às suas características de raça e personalidade, facilitando, ajudando e até mesmo sendo essenciais para os seres humanos e suas tarefas. A primeira palestra teve como principal objetivo falar sobre a classificação dos cães, mencionando um pouco sobre diversos tipos de funções, desde cães de alerta médico, de assistência emocional, de locomoção, serviço psiquiátrico, cão guia, cão de serviço médico e outras funções. A palestrante enfatizou a complexidade que se enfrenta para escolher um animal, adestrar e manter. Tendo em vista que o processo de aquisição de um cão de assistência médica leva tempo e recursos financeiros. O animal é escolhido de acordo com a necessidade do seu tutor, como por exemplo, cães que auxiliam na locomoção devem possuir um porte que o deixem em uma posição confortável de auxiliar, raças com pelo que possibilitem trabalhar a textura para o tutor desviar o foco do que está causando a sobrecarga sensorial, cães menos robustos para tutores mais debilitados e assim por diante. Além da longa preparação do próprio cão é necessário trabalhar todos que moram na casa para não realizar atividades que atrapalhem o desempenho e processo de adestramento, em cães de assistência médica não se deve tocar ou brincar com o animal, pois a tutora deve ser o foco total deste animal como é o caso da palestrante e a cadela Nala. O cão de assistência médica/serviço médico é treinado para identificar comportamentos específicos e realizar ações como: buscar medicação através do faro em qualquer lugar que esteja guardada, praticar terapia de pressão pra tentar acalmar, auxiliar em achar o carro e voltar para casa. Cada cão será treinado de acordo com a necessidade, o adestramento é realizado desde filhote e deve ser reforçado durante toda a vida do animal. É de extrema importância o acompanhamento do médico veterinário, garantindo a saúde e integridade do animal, devido a realização de transito entre ambientes a realização de check-ups se torna mais frequente e mais complexa. O trânsito e a permanência em um estabelecimento é um ponto a ser discutido, pois do país não há legislação específica que delimite tais condutas. Por esse fato é sempre bom perguntar e/ou avisar sobre a presença do animal no estabelecimento, por causa das diferentes formas de cada estado, cidade ou mesmo país de lidar com cães de serviço, assistência e apoio emocional. Empresas aéreas tem suas condutas diferentes, podem oferecer uma porcentagem de vagas em cada vôo, exigir certificação, laudo médico ou mesmo apenas o comunicado. Porém a facilidade não deve servir como brecha para que cães não necessários de fato ocupem essas vagas e acabe que um cão de serviço essencial não possa ocupar essa vaga. A Segunda Palestra foi realizada pelos responsáveis do projeto fuças terapêuticas, o cão trabalhado em questão é o cão de intervenção terapêutica, que são cães que auxiliam, aceleram e otimizam através do proporcionamento de bem estar ao paciente durante o tratamento em curso, ao contrário de cães de serviço médico ele não realiza nenhuma ação ativa de tratamento, apenas promovem uma melhora no quadro clínico através da mudança emocional causada pela interação com o animal. Além do uso desses cães para intervenções nas áreas da saúde tanto dos pacientes como dos profissionais mas também podem ser exercer o trabalho em instituições como orfanatos e escolas. A seleção desses cães se dá pelo seu comportamento para com a sua família, mas principalmente com a interação com pessoas de fora do círculo de convivência do animal, deve apresentar a característica de sociabilidade com todas as faixas etárias, não só ter a sociabilidade mas também gostar da interação. Deve ser avaliado criteriosamente o estado de saúde do animal, se possui algum fator que ponha sua integridade em risco, para evitar que a atividade que ele será exposto não seja prejudicial Os animais selecionados nesta etapa serão avaliados agora em outras etapas, como sua sensibilidade a dor e comportamento que irá expressar ao ser exposto a um toque mais brusco e desagradável, em hipótese nenhuma o animais deve ter a agressividade como resposta. Avaliar se ele costuma vocalizar também é pois alguns locais de visitas exigem silêncio, como hospitais por exemplo. Após avaliar características intrínsecas de raça e personalidade do cachorro, o adestramento de base deve ser realizado ou reforçado se for o caso, para que o adestramento específico seja realizado. Sessões em conjunto com outros animais são importantes pois normalmente realizam as visitas em conjunto, então também é um ponto relevante a capacidade de socialização e interação com outros animais. O condutor do cão, que é a pessoa a qual ele tem como figura de autoridade também passa por treinamento e dave saber ler o seu cão, para entender quando é a hora de encerrar as atividades, pois o momento de trabalho não deve ser desconfortável para o cão, mas sim uma atividade que ele gosta de realizarr. O projeto dispõe de voluntários que procuram os responsáveis quando percebem que o seu cachorro possui o perfil para ser um cão de intervenção terapêutica. A partir desse ponto inicia-se todo o processo de avaliação e treinamento do animal e o tutor. A escolha do animal que vai realizar a visitar leva sempre em conta a própria aptidão do animal, por exemplo, há cães que tendem a render bastante quando interagem com crianças assim como possui cães que se cansam mais rápido. Leva-se em conta também o tamanho do cão e a condição da pessoa que irá interagir como ele, como por exemplo cães menores para interagirem com pacientes debilitados fisicamente. Os responsáveis do projeto busca também trabalhar em escalas para que os animais não sejam sobrecarregados, busca sempre um intervalo de 2 semanas ente visitas e sempre alternar entre tipos de ambientes, os animais até podem ser conduzidos por outras pessoas que não seja o seu tutor, porém está pessoa deve possuir uma certa ligação com o cão e ser capaz de entendê-lo, então não é sempre que se pode tranferir a atividade a outra pessoa. O médico veterinário vai trabalhar na prevenção e em manter a saúde do animal íntegra, pois este animal pode ser exposto a patógenos do ambiente, em especial de ambientes hospitalares que podem ser mais resistentes. assim como há a preocupação dos cães adquirirem alguma doença no ambiente, também há a preocupação de serem transportadores de doenças, principalmente a pessoa que ja estão passando por alguma enfermidade e baixa de imunidade. Apesar de ser uma atividade trabalhosa e sem fins lucrativos, as fuças terapêuticas dispõe de uma rede considerável de voluntários e amplo reconhecimento pela sociedade, isso se deve aos resultados notáveis, as melhoras de quadros clínicos após as visitas, melhora no ambiente de trabalho, melhora no emocional de cada pessoa que participou da atividade mesmo que por um breve período de tempo. A terceira palestra foi ministrada pelo corpo de bombeiros, trazendo a aula cães de faro, que trabalham principalmente em missões de resgate em floresta e de característica odor–específico, cães escolhidos desde o nascimento para estas atividade em específico que tenha a comida e/ou a brincadeira como ferramentas excelentes de sistema de recompensa, para que seja trabalhado o condicionamento. Os cães de busca passam por um período de treinamento e após serem submetidos à exames de certificação, podem atuar em ocorrências. Basicamente, são divididos em dois grupos: os de busca por odor-específico e por odor-genérico. A escolha do cão vai depender da necessidade da ocorrência, porém no estado no acre só há dois cães certificados a busca de odor-específico. Os cães de polícias apresentam o binómio homem-cão na busca de melhor obter resultados, pois os militares que trabalham o seu treinamento desde o momento da retirada da ninhada. Diferente dos cães anteriores o adestramento base (fica, senta e deita) desses cães de serviço não é tão preconizado, e já nesse caso são animais que precisam vocalizar para localização em ambiente de difícil comunicação e visualização. As raças mais trabalhados são as de faro, o cão de destaque da corporação é da raça farejador brasileiro, as raças de pastores também apresentam bons resultados, além das características de raças é importante características próprias dos cães como ausência de medo a fatores de contato em missões, responder ao comando de parada e boa condição física e resistência, tendo em vista que buscas podem durar dias e em extensas regiões. Acompanha-se o desenvolvimento do cão e sua aptidão para o serviço. Aqueles que não se adaptam à atividade é feita a doação do animal para um tutor que o receba em um ambiente mais compatível com suas características. Os que trabalham permanecem por 6 anos de idade são aposentados e são mandados para residência do tutor (militar condutor) quando este possui condições. Após a explanação do processo de aquisição e adestramento dos cães foi realizada uma demonstração do trabalho realizado pelos militares e os cães, foi pedido a um voluntário que se escondesse na parte externa do prédio e logo após seu odor foi apresentado ao cão. Este realizou a varredura e logo encontrou o rastro, em seguida, encontrando-o. A forma como o cão sinaliza ao encontrar a pessoa procurada também é importante, pois em situações reais não se sabe o estado em que essa pessoa se encontra, portanto o colete e a fita de condução são importantes, além de ser um fator de “Start” pro cão e auxiliar na localização do animais. A quarta e ultima palestra do ciclo foi sobre cães de policia militar, treinados para o objetivo de busca e apreensão. Os benefícios da utilização de cães em operações policiais são principalmente a otimização de tempo, assertividade em buscas, melhor controle de agressividade e retardo em revidar a ação policial. A escolha dos animais deve ser criteriosa, assim como para qualquer outro cão de serviço e treinamento específico para funções dentro da corporação, os cães de policia militar podem trabalhar em operações de detecção de armas de fogo, munições, entorpecentes, substâncias explosiva, atuação no controle de multidão, rastreamento tático de pessoas que inclui busca e captura. Foi realizada demonstrações de treinamento tanto de busca de entorpecentes e armamento com de captura com um aluno voluntário,e demonstração de filhotes em início de treinamento. O cão polícia deve ser insensibilizado a sons especialmente a estampidos para não se intimidar em situações em que há tiros, pra isso é realizado o treinamento com chicote batendo ao chão e em proximidade a estande de tiro. Ja os cães militares da polícia militar deve ter uma bom adestramento base pra ajudar na manipulação, em cães de captura o mais importante do que realizarem a mordedura correta e não soltar é o soltar correto e ao comando. Pelo fato de causar lacerações ao ter que puxar o cão para soltar. O cães de busca da polícia especialmente devem ter como recompensa de trabalho brincadeira ou brinquedo preferido, deve-se evitar o uso de comida para o condicionamento do cão devido a possibilidade de usar esse animais em presídios onde pode haver comida por todo o recinto. Por tanto, o policial militar condutor busca identificar e trabalhar com o brinquedo ao qual o animal apresenta maior desejo. Se foi indagado se o fato de o animal ser castrado ou não interfere na execução das atividades que lhe foram atribuidas, no caso dos cães de polícia foi relatado que pode haver uma interferência de foco no cio das cadelas, em contra partida, se buscar prole tão apta as atividades quanto os pais, através da seleção genética ter mais cães aptos ao serviço seja de busca, captura, faro e de serviço médico. Em todos os diferentes tipo de funções atribuídas aos cães o papel do médico veterinário é garantir a saúde do animal, a imunoprofilaxia deve ser analisada com atenção, pelo fato desses cães viajarem em missão ou com seus tutores, tanto viagens nacionais como internacionais. Doença endêmicas, de floresta e litoral devem ser consideradas. O acompanhamento periódico é essencial pra manutenção e diagnóstico precoce visando a qualidade de vida e tempo de trabalho. Assim como também dar respaldo se o animal deve encerrar as atividades pra não ter sua saúde prejudicada.
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