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Querido professor, o dever mais importante quando se ensina é comunicar às crianças, juve-
nis e adolescentes sua própria experiência com Jesus. Você faz isso através de suas palavras e de
suas reações a diversas situações na sala da Escola Sabatina, bem como nas muitas atividades
extras realizadas. Seus sentimentos a respeito de Deus se revelarão através do tom de sua voz e
das expressões faciais. Ensinar também é comunicar sua compreensão da mensagem divina da
Palavra de Deus. Quando seus ensinos são eficientes, operam mudanças em sua própria vida e
também na vida dos meninos e meninas de sua classe.
Pensando em ajudá-lo melhor nessa tarefa de ensinar meninos e meninas, a Divisão Sul Ame-
ricana preparou um curso de liderança composto de três níveis, que se destina a ser um veículo
de treinamento para diretores, professores e líderes do Ministério da Criança e do Ministério do
Adolescente.
Neste caderno você encontrará oito temas que compõe o nível II. Nosso desejo é que este
programa de orientação e capacitação seja um instrumento útil em sua jornada como professor e
líder, contribuindo grandemente na formação de mentes voltadas para o Senhor.
Um grande abraço!
Ministério da Criança e Ministério do Adolescente
USB
O Que É Visão?
Visão é ver o que o cerca e perceber o que Deus deseja que você faça com isso.
Visão é ver além.
Visão é despertar as emoções.
Visão é dirigir as ações.
Nossa vida é repleta de visões. Visualizamos ou sonhamos com nossa profissão, com nossos fi-
lhos ou aposentadoria, e até mesmo com nosso namoro ou casamento. Visualizamos isso porque
Deus, que nos criou, é um Visionário. Podemos atestar isso na Bíblia: no início da criação (Gênesis
1), na promessa a Abraão (Gênesis 15:5), na promessa do livramento da escravidão no Egito (Êxo-
do 3:8), e na comissão aos discípulos (Atos 1:8).
A Visão de Neemias
Basicamente, foi isso o que Neemias fez ao determinar-se a reconstruir os muros de Jerusalém.
Em Neemias 1, lemos a respeito de sua paixão ao chorar depois de ouvir as notícias a respeito
das condições dos muros. Ele pranteou, jejuou e orou por alguns dias a fim de receber a bên-
ção e a visão de Deus para o trabalho.
No capítulo 2, lemos a respeito da dádiva de Deus da visão a Neemias que se evidencia em seu
plano. Você e eu necessitamos seguir esse mesmo processo, a cada semana, para reconstruir
os muros caídos em nossas crianças, família e comunidade.
Qual É a Fórmula?
A visão de seu ministério é uma declaração simples do processo pelo qual sua paixão e o pla-
no de Deus se unem para conduzir as crianças a Ele em sua igreja e comunidade.
Sua visão do ministério incorpora tudo o que você é e tudo o que Deus deseja realizar de for-
ma especial em sua igreja.
Antes de talhar sua visão do ministério, você deve compreender o que crê a respeito das ne-
cessidades das crianças, da igreja e da família de nossos dias.
Sua visão do ministério é um plano muito específico para lidar com crianças e cultura especí-
ficas onde aplicar sua filosofia pessoal e paixão.
A declaração do ministério será uma mistura da inspiração de Deus, de sua paixão e da infor-
mação que você tem a respeito das crianças.
“Façam discípulos”
1. Faremos discípulos ao atrair as crianças para a presença de Deus por meio do culto dinâmico.
2. Faremos discípulos ao ensinar as crianças a como orar e experimentar a presença e a provisão
de Deus.
3. Faremos discípulos ao ensinar às crianças as verdades da Palavra de Deus, e ao prover opor-
tunidades para que explorem essas verdades por si mesmas.
“Batizando-os”
1. Desenvolveremos um processo de evangelização das crianças que as levará a estabelecer re-
lacionamento com Jesus.
2. Treinaremos nossos membros da equipe no processo de evangelização das crianças.
“Ensinando-os”
1. Treinaremos nossos voluntários em métodos eficientes de ensino, com base no interesse &
necessidades das crianças.
2. Nosso ensino contará com um currículo relevante que esteja fundamentado na Bíblia.
3. Estabeleceremos uma variedade de programas voltados para as crianças que as ensinem a
aplicar a Palavra de Deus à sua vida.
4. Por meio de seminários, daremos apoio aos pais para ensinarem seus filhos.
“A obedecer”
1. Ensinaremos as crianças a obedecerem aos mandamentos de Deus ao participarem nos pro-
jetos supervisados de serviço.
2. Ensinaremos as crianças a obedecerem a ordem de Jesus para serem o “sal” e a “luz” para os
outros, mediante suas palavras, ações e escolhas.
Formar Duplas
Formar dupla com a pessoa ao seu lado e falar de uma visão que você teve ou que está tendo
agora.
Redija a declaração da visão para seus ministérios da criança.
Os líderes das crianças desempenham muitas funções e seria impossível para uma única pessoa
atender a todas elas. Assim sendo, treine outras pessoas para ajudá-lo neste ministério. Tenha
em mente também que as crianças necessitam ser treinadas e equipadas para o serviço sob sua
direção; então elas serão canalizadas para o corpo da igreja a fim de servir e esperamos que tam-
bém façam discípulos dos outros.
Ilustração:
Dwight Moody compreendia a vitória substancial que ocorria quando as crianças aceitavam a
Cristo. Depois de um culto missionário em uma igreja local, um conhecido seu perguntou:
- Reverendo Moody, houve conversos hoje?
- Sim, três e meio conversos – disse o lendário evangelista.
- Ah, três adultos e uma criança! – o amigo exclamou.
- Não. Três crianças e um adulto – foi a resposta. Então prosseguiu respondendo diante do olhar
perplexo estampado no rosto do inquiridor. – O adulto tem apenas metade da vida para viver
para Cristo, mas as crianças têm a vida toda para conhecer Suas bênçãos e para servir conforme
a Sua vontade. -- (Jack Hayford, Blessing Your Children: How You Can Love the Kids in Your Life,
p. 110).
Assim sendo, é importante que os líderes das crianças e os professores preparem discussões
centralizadas na salvação para as crianças visto que a criança pode responder sim a Jesus e toda
uma vida ser mudada. Atente, porém, que esse preparo requer esforço e trabalho. Mas, surpre-
endentemente, Deus confia a pessoas comuns, como você e eu, o divino privilégio de conduzir as
crianças a uma vida com Jesus.
5 – 12 anos 32%
13 – 18 anos 4%
19 para cima 6%
Então, qual foi a conclusão do Barna? Ele concluiu que “se a pessoa não aceita a Jesus Cristo como
seu Salvador antes de atingir os anos da adolescência, as possibilidades de que venha a fazê-lo
são pequenas”.
Ilustração: Booker T. Washington certa vez contou a história de um navio que ficou à deriva por
muitos dias e que avistou uma embarcação amiga! A tripulação do navio sinalizou pedindo água:
“Água, água: estamos morrendo de sede!” Imediatamente a tripulação da outra embarcação res-
pondeu: “Lancem as tinas onde vocês estão”. Eles responderam uma segunda, terceira e quarta
vez assinalando que queriam água e igualmente foram orientados a lançar as tinas na água. Por
fim, o capitão do navio seguiu o conselho e as tinas voltaram transbordando com água fresca e
efervescente da desembocadura do Rio Amazonas.
A tripulação sedenta na história do senhor Washington aprendeu que a solução para seu proble-
ma estava ao alcance das mãos. De igual forma, encontrar as palavras corretas para partilhar com
as crianças serão tão fáceis de serem encontradas como a água para aqueles marinheiros. Não
perca a oportunidade áurea quando ela surgir e faça diariamente esta oração: “Deus, por favor,
ajuda-me a ajudar uma criança a iniciar um relacionamento com o Senhor”.
Ilustração: David Staal, diretor da Promiseland, ministro das crianças na Igreja da Comunidade
de Willow Creek, em Barrington, Illinois, conta sua história. Numa tarde quente de julho, ele e
seu filho Scott passaram algumas horas em um parque temático. Visto que o calor era intenso, o
David pensou que o Barco era o brinquedo mais atraente naquela tarde. Esse brinquedo oferecia
um passeio em um barquinho conduzido por um rio canalizado que levava a uma queda d’água
abrupta que o fazia despencar-se com velocidade e espatifar na água, parecendo ser bastante
refrescante, o que valia fazer a pena o um ou dois segundos de terror.
- Ei, Scott – ele disse – que tal irmos neste brinquedo para refrescarmos um pouco?
- Legal – foi a resposta.
Eles ficaram na fila por uma hora e, finalmente, chegou a vez de entrarem no barquinho. O Scott
e o pai ocuparam os dois primeiros lugares dos quatro assentos. Duas adolescentes pegaram os
lugares de trás e a viagem começou. Eles percorreram o canal por alguns minutos e então chegou
a hora de se prepararem para o grande mergulho. Subitamente o barco despencou na água, le-
vando todos com ele. Embora a maioria das pessoas ficasse um pouco molhada na queda, o barco
onde o David estava deu-lhes um banho completo. Eles ficaram 100% encharcados da cintura
para baixo. O David amou!
Quando finalmente desembarcaram, o David puxou o Scott para fora do barco e perguntou:
As crianças são mais literais que os adultos. A aplicação adulta dessa dinâmica é fácil – evite sim-
bolismos ou palavras “religiosas”. Veja alguns exemplos claros do que evitar:
Ilustração: O Denis contou sua caminhada com Jesus a meninos da segunda ou terceira série, na
Escola Sabatina, e começou dizendo: “Crianças, gostaria de contar uma história a respeito de um
menino da idade de vocês que gostava de jogar futebol e basquete. Nem sempre ele era o me-
lhor jogador do time e nem sempre era o primeiro a ser escolhido para jogar”. Nos próximos dois
minutos, os olhos arregalados seguiram o Denis a cada palavra que proferiu.
Um dos motivos de o Denis ter sucesso no contar a história é que ele lhes conta uma história em
vez de fazer um sermão. Ele mescla a história com fatos familiares aos meninos da segunda e ter-
ceira séries. Se um menino gosta de esportes irá relacionar-se com a experiência do Denis. Caso
não goste de esportes, irá relacionar-se com o fato de o menino na história não ser o primeiro a
ser escolhido para jogar.
Jesus, muitas vezes, usava histórias como a base de Seu ensino. Ele contou a história do bom
samaritano (Lucas 10) em resposta a uma pergunta que Ele facilmente poderia ter respondido
com um fato ou sermão quanto a quem considerar como próximo. Porém, preferiu contar uma
história que ilustrava o conceito de “próximo” a todos os presentes.
Usando essa técnica, você pode incluir um ou mais paralelos com a vida das crianças mais novas a
fim de que possam fazer a aplicação. Ou, use perguntas para aguçar-lhes o pensamento. “Alguma
vez você pensou nisso?” “Você consegue imaginar como ela se sentiu?” “Você nunca fez isso, não
é mesmo?”
Essas perguntas provocam o pensamento. Elas envolvem o ouvinte. Permite-lhe falar com a crian-
ça em vez de para ela.
Não compreenda mal esta dinâmica. Ela não nos impede de contar histórias ou exige que dei-
xemos de fora as verdades espirituais. O conselho é para reexaminarmos os detalhes e sermos
sensíveis ao impacto que causam em nossos ouvintes. Muitas vezes, mudarmos as expressões é
todo o necessário para dar sentido ao que falamos sem acrescentarmos distrações.
Pontos de Partida
Se você acredita que o desafio de empregar com sucesso essas quatro dinâmicas todas as vezes
que for conversar com as crianças é muito grande, então você está pensando de forma realista. O
sucesso virá com a prática. Um ponto inicial realista e sensato é:
2. A Cruz (conversão)
Em Atos 26:12-18, Paulo provê detalhes de sua conversão na estrada para Damasco. Note que
a descrição mantém-se firmemente focalizada na experiência de Paulo e não se alonga em um
sermão a respeito do plano da salvação. Porque é nessa fase que Cristo entra na vida de Paulo e
o converte. Ele é chamado à “Cruz”.
A fim de estimular as idéias para sua fase da cruz, escreva as palavras-chave que lhe vêm à mente
ao considerar essas duas perguntas:
1. Que compreensão você obteve e que o motivou a seguir Jesus Cristo?
2. Especificamente, o que o levou a tornar-se cristão?
1. Deus
Ele é Deus santo, plenamente perfeito. Nada no mundo pode descrevê-Lo quanto à perfeição
e, portanto não há com o que compará-Lo. Embora tenha criado os seres humanos semelhan-
tes a Si com a expectativa de santidade e perfeição.
“Sejam santos porque eu, o SENHOR, o Deus de vocês, sou santo” (Levíticos 19:2).
Ele é o Deus de amor, que ama a cada um de nós mais do que podemos imaginar.
“Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 João 4:19).
2. Nós
Todos pecamos. Quando comparado com o padrão da beleza da perfeição, o pecado pinta um
retrato hediondo da pessoa.
“Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:23).
O pecado resulta em morte – tanto física quanto espiritual. A morte espiritual é a completa
separação de Deus.
“Pois o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23).
Não importa com que afinco tentemos, nunca poderemos oferecer sacrifícios suficientes para
purificarmo-nos de nossos pecados. Porém, Alguém o fez.
“Para que me oferecem tantos sacrifícios?”, pergunta o SENHOR” (Isaías 1:11).
3. Cristo
Jesus Cristo é Deus que Se tornou Homem e viveu na terra.
“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.... Aquele que é a Pala-
vra tornou-se carne e viveu entre nós” (João 1:1, 14).
Embora nunca tenha cometido pecado algum, Cristo morreu como nosso substituto na cruz.
Porém, ressurgiu, mostrando que tinha poder sobre a morte.
“Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5:8).
Cristo, nosso Salvador, oferece-nos pleno perdão de nossos pecados como um dom gratuito.
“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus” (Efé-
sios 2:8).
4. Você e eu
O dom gratuito da salvação deve ser aceito por meio de nossa resposta ao evangelho. Deve-
mos pedir a Jesus para que entre em nosso coração como Senhor e Salvador.
3. Crucificado Morreu na cruz porque a pessoa foi muito castigada, ferida e morta.
Note que as frases compreensíveis às crianças transmitem o mesmo significado dos termos comuns; elas
apenas utilizam palavras do senso comum focalizadas nas crianças. A chave para o sucesso é estar disposto
a jogar pela janela as palavras que soam religiosas e modificar sua terminologia.
A Oração de Salvação
Admitir seus pecados e pedir perdão.
Crer em Jesus e na Sua morte por nossos pecados.
Escolher seguir Jesus pelo resto da vida.
Diga ao bebê que está comendo uma banana: “Deus fez a banana”.
Enquanto segura a criança em seus braços, cante canções que de forma clara e frequente use
os nomes de Deus e de Jesus.
No livro Child-Sensitive Teaching (Ensino sensível à criança), Karyn Henley descreve a importância
de apresentar Cristo aos bebês de forma muito simples. Ela diz que para fazermos isso, devemos
criar associações entre as experiências sensoriais das crianças e Deus. O resultado pode ser uma
forma de ligação entre o mundo delas e o dAquele que criou o mundo, até mesmo quando ainda
não conhecem o significado das palavras usadas.
Ilustração: Em uma reunião de evangelismo das crianças, Davi, um jovem voluntário nos ministé-
rios da criança estava ensinando a lição “Deus Criou o Mundo”. O quinto tema era: “Deus criou os
animais”. O Davi ensinou músicas infantis a respeito dos animais que Deus criara, contou a lição
bíblica, conforme Gênesis 1, e as crianças comeram biscoitos na forma de animais, enquanto se
revezavam dizendo os nomes dos animais. Quando chegou a hora do pai do Júlio pegá-lo na sala,
este deu um salto para os braços do pai dizendo com um grande sorriso: “Papai, adivinha o que
aprendi hoje? – ele disse todo orgulhoso em alta voz: “Deus fez os animais!”
O Davi ficou observando o menino que se afastava e que acreditava que havia compreendido um
pouco deste mundo porque sabia quem fez os animais – Deus. Busque oportunidades de falar
as verdades de Deus às crianças até mesmo nos momentos em que estão brincando na caixa de
areia, durante uma caminhada pelo jardim ou lendo um livro.
Certifique-se de incluir em sua lista declarações a respeito do amor. Você irá partilhar uma dádi-
va incrível com as crianças pequenas enquanto o ouvem, um adulto com o qual interagem e em
quem confiam, falando a respeito de seu amor por Jesus e do amor de Jesus por você.
Os discípulos foram severos com aqueles que trouxeram as crianças; mas Jesus disse: “Deixem vir
a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes
a elas” (Mateus 19:14). Ele poderia haver simplesmente Se levantado e orado olhando para as
crianças, porém, Jesus conhecia o poder do toque na comunicação com as crianças.
Ilustração: O José pôde ver o poder do toque quando seu trabalho voluntário com as crianças
envolveu ajudar um menino em cadeira de rodas a participar do programa, a despeito de seus
desafios físicos. Num domingo de manhã, na hora de voltar para casa, o menino parecia desejar
um abraço de despedida. O José nunca o havia abraçado e não sabia como. Temia que de alguma
forma pudesse machucá-lo. Não obstante, inclinou-se e abraçou o menino. Este o apertou forte
e por um longo tempo. Por fim, o José se levantou e disse:
-- Este foi um abraço de urso!
-- Quase ninguém me abraça – foi a resposta do menino.
1. Primavera: Crescimento
2. Verão: Alegria
3. Outono: Mudança
4. Inverno: Afeto
Primavera: Crescimento
Uma palavra-chave associada com esta estação é o crescimento. As plantas crescem durante a
primavera e, para facilitar o processo, os jardineiros plantam as sementes, fazem regas frequen-
tes e utilizam fertilizantes. De igual forma, os líderes ou pais das crianças poderiam nutrir o cres-
cimento espiritual ao deliberadamente dizerem as palavras certas. O emprego habilidoso de três
tipos de palavras merece especial atenção.
Faça declarações que plantem as sementes das verdades espirituais – utilize conceitos das
lições da Escola Sabatina para os infantis e também esteja preparado para contar a história de
sua jornada de fé.
Faça perguntas abertas que desafiem a criança a retratar mentalmente como aplicar a verda-
de de Deus à sua vida.
Exemplo: “Ao Deus nos ouvir orar, o que você imagina que Ele possa estar querendo nos dizer?
Profira palavras de afirmação que leva a criança a sentir-se valorizada – muitas crianças so-
frem por ouvirem palavras ferinas contra si na escola, de acordo com Betsy Taylor, autora do
livro What Kids Really Want That Money Can’t Buy (O que as crianças realmente deseja e que
o dinheiro não pode comprar). Quando os líderes virem as crianças fazendo algo certo devem
fazer elogios e incentivar o comportamento. Sorria para elas. Pergunte-lhes a respeito de seus
hobbies, interesses esportivos e outras atividades a fim de saber que palavras dizer e que irão
edificar essa criança em especial.
Verão: Alegria
A palavra-chave para considerar esta estação é alegria. As crianças participam de boa vontade nas
atividades que julgam divertidas e desejam repeti-las. Isso inclui reuniões do grupo e três habili-
dades específicas para equipá-lo a liderar o grupo que as crianças desejam.
Como líder do pequeno grupo, a alegria inicia quando você exibe uma atitude boa. Você sor-
ri? As crianças sabem se você deseja ou não estar lá e o que irá influenciar seu entusiasmo a
respeito da frequência. Lembre-se, um sorrido no rosto do líder trará alegria ao coração das
crianças!
Com antecedência, planeje atividades alegres. Esteja preparado, pois as crianças sabem se
você estiver apenas preenchendo o tempo com atividades tolas.
As crianças gostam de líderes que se engajam pessoalmente nas atividades do grupo - cante
com as crianças, envolva-se nas atividades de recortes e colagem e participe de jogos com
elas caso a lição inclua esse item.
Observe atentamente as crianças para ver indícios de que esteja ocorrendo o crescimento es-
piritual – observe a criança que ora sinceramente; a criança que participa com entusiasmo no
culto; aquela que se oferece para ajudar os outros ou que começa a se envolver nas oportuni-
dades voluntárias. Captar um lampejo momentâneo das mudanças na vida requer paciência
do líder na forma de disposição de prestar atenção durante os períodos em que nada novo
aparece.
Ouça atentamente o que as crianças dizem – preste atenção às respostas delas às perguntas
abertas. Capte as palavras que indicam mudança na vida e empregue essa informação para
ajudar animar a reunião.
Seja cuidadoso nas respostas às perguntas das crianças – siga a sabedoria oferecida por Tiago
1:19: “Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar”. Resista à necessidade de falar e
aguarde pelo tempo certo para responder à pergunta. Muitas vezes, o interesse da criança
surge quando ela tem a oportunidade de elaborar o motivo pelo qual fez a pergunta. Isso
se aplica “exatamente ao devido tempo”. Algumas vezes um momento em silêncio é a única
resposta que honra uma declaração profundamente pessoal feita por um membro do grupo.
Inverno: Afeto
Para a última estação, a palavra-chave é afeto – que é o que muitas pessoas buscam durante o
inverno. Uma experiência de afeto no grupo incentiva o desenvolvimento de relacionamentos,
um ingrediente importante no ministério. Dessa experiência como filho de pastor da Igreja de
Saddleback, no sul da Califórnia, Craig Jutila observa: “As crianças vêm aqui para o programa, mas
permanecem devido aos relacionamentos”.
Embora o clima da costa oeste da Califórnia continue aquecido durante o ano, dois tipos de calor
merecem atenção dos líderes dos grupos de crianças – quer você viva na Índia, Rússia, Alasca,
China ou África.
Porque… (poema)
Este é um poema que descreve o dom especial que recebemos ao trabalharmos com as crianças.
Neste fim de semana, olhe profundamente nos olhos das crianças a quem você lidera ou com
quem trabalha na Escola Sabatina. Você verá porque as quatro estações das habilidades da lide-
rança são importantes. Você saberá que seu preparo e orações valem cada momento. Você pode
ser excelente líder das crianças se acreditar que Jesus está presente em seu grupo.
2. Responda Sem Responder – é importante ser honesto. Resista à urgência de pensar em uma
resposta direta rápida apenas para parecer inteligente ou para proferir as palavras que a
criança deseja ouvir.
“Não sei”, você pode responder. “Esta é uma pergunta difícil e não tenho certeza da resposta.
Irei procurá-la na Bíblia e irei responder assim que a descobrir”. Ao honrar as perguntas das
crianças, mostramos-lhes o quanto as valorizamos – mesmo que a resposta seja: “Não sei”.
A Bíblia fica em silêncio – algumas vezes a Bíblia não dá uma resposta completa às pergun-
tas das crianças. Mas é importante reconhecer as perguntas delas, pois isso mostra que as
valorizamos. As pesquisas nos ministérios da criança revelam que as perguntas espirituais
mais frequentes feitas pelas crianças dizem respeito a se ou não seus bichinhos de estimação
estarão no céu. A resposta apropriada requer conforto e fundamento diante da existência de
sentimentos delicados.
3. Faça uma pergunta – Jesus usava muito esse método ao responder às perguntas com outra
pergunta.
Consideremos novamente a pergunta: “Como você sabe se realmente Deus existe?” Responda
com: “Em sua opinião, que sinais as pessoas podem encontrar da existência de Deus?” Isso levará
a criança a mencionar as evidências da existência de Deus que lhe são familiares – um grande
ponto de discussão. O método Você sabe também ajuda a aliviar a tensão das perguntas de con-
frontação.
Ângulo diferente – é proveitoso fazer uma pergunta referente a um tema diferente, mas di-
retamente relacionado e que aponta para a resposta. Usemos a pergunta: “Como você sabe
se realmente Deus existe?” As respostas potenciais poderiam indicar a evidência da presença
de Deus em tudo o que a criança vê diariamente. Exemplos de perguntas incluem o seguinte:
“Ao olhar ao seu redor, como você imagina que este mundo repleto de seres viventes veio à
existência?”
* “Em sua opinião o que faz as coisas crescerem e virem à existência?”
* Ao usar o Ângulo diferente você poderá ouvir a resposta: “Não sei”, o que abre a porta
para você e a criança descobrirem juntos a resposta (“Vamos pensar nisso por um instan-
te”) e então volte para a pergunta original.
O Poder de Todos
1. Expectativas Fortes do Ministério – Os ministérios que estabelecem as quatro seguintes ex-
pectativas para si mesmo refletem elevado nível de esforço para levar as crianças a Jesus:
Apresentar e discutir de forma clara e criativa a explanação da salvação para o grupo – os mi-
nistérios não cumprem seu papel quando focalizam na apresentação do evangelho aos grupos
grandes e perdem a oportunidade de manterem conversas mais íntimas e não planejadas ou
quando a deixam ao acaso. Deve-se permitir metade do tempo para a experiência corporativa
e a outra metade no ambiente de grupos pequenos com cuidadosa discussão estabelecida
por atividades e perguntas que estimulem o pensamento.
Pastorear as crianças – isto depende da palavra-chave: compromisso. Os líderes das crianças
e os voluntários deveriam estar comprometidos a estarem com as crianças por muito tempo.
No âmago desse requerimento se encontra uma necessidade fundamental: as crianças de-
senvolverão a confiança e o relacionamento aberto apenas com um adulto que vêem rotinei-
ramente. Quando o líder do pequeno grupo prova ser confiável devido à presença constante,
há uma tendência maior de que as crianças façam perguntas importantes; de que participem
2. Envolver Outras Pessoas-chave – sua igreja tem pessoas-chave fora de seu ministério ime-
diato que podem beneficiar o sucesso de seu ministério. Estas podem acrescentar dois ingre-
dientes importantes para ajudá-lo a acrescentar em abundância o elemento fé nas crianças:
consistência e envolvimento.
Apoio Pastoral – o forte compromisso para com os ministérios da criança passa a ter valor na
igreja como um todo somente quando o pastor da igreja compreende os benefícios às crian-
ças. O pastor da igreja ocupa o melhor lugar para transmitir a mensagem de desafio às mães e
pais para assumirem seriamente sua responsabilidade pelo amplo desenvolvimento espiritual
da família.
Envolvimento Paterno – depois de assegurar o apoio do pastor, volte a atenção para as opor-
tunidades associadas aos pais. Mantenha contato com as famílias das crianças em seu grupo.
O líder pode fazer uma chamada telefônica e saber o porquê de a criança não estar vindo para
a classe, enviar um cartão natalício, etc. Tudo isso cria conexões com as crianças e seus pais.
Liberar o Poder
Sim, quando os líderes das crianças trabalham junto com os pais e com a liderança da igreja e
partilham do compromisso de trabalharem ombro a ombro, eles liberam o poder de todos.
As crianças têm muitas dúvidas, embora não as revelem. A fim de conhecer suas questões, os
Ministérios da Criança da Igreja Willow Creek, periodicamente, realiza pesquisas com as crianças
a fim de descobrir o que estão pensando. As perguntas relacionadas abaixo, por assunto, estão
em ordem de frequência. A extensão dos assuntos e a diversidade das perguntas refletem a am-
plitude desta pesquisa com centenas de crianças, algumas das quais aceitaram a Cristo no ano
anterior – e outras respostas são de crianças que estavam visitando a igreja pela primeira vez.
Embora seja verdade que o propósito do evangelismo é o de convencer as pessoas de que as boas
novas de Jesus são verdadeiras. Mas chegou o tempo quando a resposta às nossas tentativas de
convencê-las é: “Esta bem, isso é verdade. E daí?”
Embora seja essencialmente uma questão geracional, é proveitoso notar que aqueles que têm
uma forte tendência para a visão mundial pós-moderna são os atualmente rotulados como Ge-
ração do Milênio ou Geração Y. Essas são as crianças que atualmente estão na igreja. A Geração
do Milênio vem sendo descrita como os indivíduos nascidos entre 1980 ou 1982 e 2001. Alguns
especialistas geracionais acreditam que a Geração do Milênio findou em 11 de setembro de 2001.
Assim sendo, assentados nas cadeirinhas das salas do Jardim da Infância da Escola Sabatina, nos
sábados pela manhã, encontra-se um punhado de rostinhos adoráveis de pós-modernos! Quer
você concorde ou não com a forma de pensamento dos pós-modernos, ministrar a essas crianças
exige que você compreenda a sua visão.
“Mas se as metanarrativas são construções sociais, então assim como os sistemas éticos abstra-
tos, elas são simplesmente a visão moral pessoal vestida na forma de universalidade. Na falsa
alegação de universalidade, cegada por seu próprio caráter construído, as metanarrativas privi-
legiam a unidade, a homogeneidade e o encerramento das diferenças, da heterogeneidade, da
diversidade e da franqueza. O resultado é que todos os tipos de eventos e de pessoas acabam
sendo excluídos da forma pela qual a história é contada. Nenhuma metanarrativa, parece, é sufi-
Os modernos acreditam que é possível saber o que é real e o que não é. Os pós-modernos não
têm certeza disso. A linha entre a realidade e o irreal é indistinta e porosa.
Demoram em Confiar nos Adultos. Esta geração não é pronta para confiar nos adultos. Pron-
tamente podem dizer se os adultos não são verdadeiros. Os adultos necessitam provar que
são confiáveis; caso se decepcionem com eles, dificilmente lhes darão uma segunda oportu-
nidade.
1. As crianças necessitam estar envolvidas nos processos que lhes transmitam que elas per-
tencem.
Um relacionamento eficiente com pessoas na comunidade da fé que não sejam seus pais e pa-
rentes é um fator importante de seu fortalecimento espiritual. As crianças devem sentir que per-
tencem à sua comunidade da fé tanto quanto os adultos. Não é suficiente dizer: “As crianças são
bem-vindas aqui”. Esse pertencer necessita ser demonstrado por meio de políticas e práticas da
comunidade. Formar relacionamentos com as crianças é responsabilidade de todos os membros
da comunidade, não apenas daqueles que trabalham com elas nos programas educacionais.
Para que ocorra a nutrição espiritual positiva, as crianças devem ter permissão de participar nas
atividades e nos rituais da comunidade da fé. Elas não podem ser postas de lado no porão da igre-
ja enquanto os adultos tratam dos assuntos verdadeiros da fé. As crianças necessitam ter realiza-
ções na comunidade, não apenas ter coisas feitas para elas. A comunidade da fé deveria prover
propositadamente oportunidade para as crianças agirem em sua fé, ao se expressarem no culto
a Deus ou ao servirem aos outros. As crianças necessitam experimentar as histórias da fé, não
apenas ouvi-las. A educação religiosa infantil necessita ser experimental. As crianças deveriam ter
oportunidade de brincar com as histórias da Bíblia por meio de materiais táteis, da imaginação
e de atividades físicas. Elas deveriam ter tempo para explorar os motivos porque cada história é
uma parte importante da história de sua fé.
Quando a criança está em contato direto com as pessoas da fé, mediante sua participação na
vida da comunidade, ela vê modelos de fé. A criança vê adultos que lutam, que confiam em Deus,
que cometem erros e são perdoados, que trabalham em prol da misericórdia e da justiça, e que
modelam os valores do reino. O modelo é uma ferramenta poderosa de ensino para as crianças
– mais poderoso para o desenvolvimento da fé do que ouvir centenas de histórias bíblicas ou
assistir a vídeos bíblicos. As crianças irão se lembrar das pessoas da comunidade da fé e de sua
vida muito mais do que quaisquer fatos bíblicos que tenham aprendido no programa da igreja.
As crianças são muito dependentes do modelo formal educacional para a instrução na fé. Do que
conhecemos a respeito das crianças, elas têm a tendência de aprender mais por meios informais
de educação do que por estarem sentadas em uma sala de aula. As lições aprendidas pela escrita
e por projetos de arte, pelas oportunidades de serviço e até mesmo por caminhadas ao ar livre
irão permanecer com as crianças muito depois que se tenham esquecido quantos foram os filhos
de Noé.
Desde os mais tenros anos, nossas crianças necessitam ser ensinadas a como fazerem boas esco-
lhas. Acima de tudo, seguir a Jesus diz respeito a fazer escolhas boas e apropriadas. Diariamente,
cada um de nós é confrontado com a escolha de seguir a Jesus por meios das opções que nos são
apresentadas ou de seguirmos por outro caminho. Saber como avaliar essas opções e pensar em
todas as consequências possíveis, boas e más, é uma habilidade importante da vida no desenvol-
vimento das crianças.
Pode-se dar às crianças a oportunidade de fazerem escolhas a fim de que conheçam o significado
de viver com as consequências da escolha. As crianças também podem ser desafiadas a fazerem
escolhas de propositadamente viverem no caminho de Deus e verem o que acontece. Apresentar
à criança os resultados dessas escolhas pode ajudá-la a ver e a experimentar que seguir nos ca-
minhos de Deus é sempre a melhor escolha.
Não há criança que possa verdadeiramente conhecer a Deus sem a influência de adultos piedosos
e atenciosos em sua vida. O cuidado da alma das crianças é uma tremenda responsabilidade a
qual deve ser assumida seriamente pelos pais e pelos membros da comunidade da fé.
Você sabia?
Os estudos da pesquisa confirmam novamente a importância dos primeiros anos da infância.
Em uma das salas desse edifício há um desenho retratando o rosto encantador da menina cujos
57 centavos, poupados com grande sacrifício, foram o fator desencadeante dessa linda história.
Ao lado, encontra-se o retrato de seu bondoso pastor, o Dr. Rissell H. Conwell, autor do livro Acres
of Diamonds – A true story (Acres de Diamantes – história verdadeira) que apresenta o que Deus
pode fazer com 57 centavos.
1. Acampamento Missionário
Esses acampamentos podem ocorrer durante um fim de semana ou feriado quando as crian-
ças passam tempo juntas por alguns dias a fim de participarem de atividades missionárias.
Elas irão ouvir histórias de heróis missionários e também terão a oportunidade de interagir
com missionários verdadeiros que estejam no local em período de férias de suas atividades no
estrangeiro. Elas também participarão de jogos que as levarão a apreciar as missões. O pro-
pósito dos acampamentos missionários é inspirar os pequenos a se envolverem ativamente
na missão.
2. Festival/Feira Missionária
Normalmente, trata-se de um fim de semana divertido. O festival missionário pode ocorrer
num domingo na igreja local, com a presença dos membros para apoiar as crianças. Elas par-
ticipam ao fazerem exibições que mostram as diferentes pessoas de sua igreja que estão ser-
vindo como missionários no estrangeiro; quadros que mostram os países nos quais desejam
trabalhar como missionários; e mapas mostrando os projetos missionários nos quais as crian-
ças estarão envolvidas.
As crianças são apresentadas a jogos e a atividades divertidas de outros países. São oferecidos
alimentos de várias culturas a fim de que as crianças tenham o desejo de conhecerem outras
culturas.
3. Jornal Missionário
Ajudar as crianças a prepararem um jornal mensal ou bimestral para informar aos membros a
respeito dos projetos missionários realizados na comunidade pelas crianças.
As crianças podem ilustrar ou escrever notícias breves a respeito do que têm feito.
4. Projetos Missionários
Incentivar as crianças a adotarem um projeto para ajudar o campo missionário.
As crianças podem levantar fundos ou recolher roupas, brinquedos, livros, etc. para o projeto.
Unir-se à ADRA para ajudar as vítimas de catástrofes, etc.
5. Clubes Missionários
Organização para que as crianças se reúnam regularmente para desenvolverem atividades
divertidas a respeito da missão e para que participem nos “projetos missionários”.
Você também pode prover cartões com pedidos de oração que retratem missionários ou crianças
missionárias. Sempre imprima os nomes.
8. Viagens Missionárias
Leve as crianças para viagens missionárias nas proximidades ou no estrangeiro se forem mais
velhas.
Quando voltarem para casa elas poderão contar a respeito do que vivenciaram nessa viagem.
As crianças podem fazer uma redação contando suas experiências e publicá-la no informativo
da igreja.
Introdução
Podemos criar um mundo extremamente complexo para as crianças, muitas vezes, deixando-as
com seus temores, confusão e incertezas. Por isso, as crianças em nossos dias necessitam de
adultos responsáveis e atenciosos que as ajudem a enfrentarem eventos inquietantes e traumá-
ticos e levá-las a serem bem-sucedidas. Ao identificar e incentivar as qualidades de superação
em nossas crianças, podemos fazer positiva diferença no fortalecê-las como futuros cidadãos do
mundo.
O que é Resiliência?
O termo Resiliência é definido como:
“Os recursos pessoais utilizados para enfrentar tempos difíceis e a capacidade de enfrentá-los”.
Outra definição é feita por Linda Goldman, autora de Raising Our Children to be Resilient (Criar
nossos filhos para superarem):
“Triunfar sobre a dor, vencer os desafios, ter realizações a despeito das adversidades e desenvol-
ver a força no sofrimento”.
O American Heritage Dictionary define a palavra resilience [superação] como: “a capacidade de
recuperar-se rapidamente da enfermidade, da mudança ou dos infortúnios; esperança; ânimo”.
Como pais, educadores e outros profissionais que trabalham com crianças, podemos nos estar
perguntando como identificar, nutrir e instilar as qualidades da adaptabilidade, da tolerância e da
coragem em nossas crianças em um ambiente que passa por constante transformação.
1. ESCOLHA
Escolher lutar nas situações difíceis e intoleráveis cria a liberdade e o poder.
Escolher pensar em imagens amorosas e alegres dá esperança.
Victor Frankl em seu livro: Em Busca de Sentido, fez esta poderosa declaração: “A última liber-
dade humana – a escolha da atitude pessoal que se assume diante de determinado conjunto de
circunstâncias”,
Frankl exemplificou o espírito humano em sua luta para sobreviver e finalmente vicejar na terrível
situação durante o longo período como prisioneiro em um campo de concentração que o levou a
uma subsistência miserável. Perguntaram ao Dr. Frankl por que ele não se suicidou e resposta foi
a explicação de que a escolha definitiva era a vida e a morte e ele escolheu a vida. Ele diz a todos
que até mesmo a menor das escolhas feitas pode criar liberdade e poder.
Simon era um adolescente de quinze anos exibindo as dificuldades dessa idade. Ele afirmava
repetidas vezes que não havia nada de bom na vida. Embora seu conselheiro fizesse verificações
regulares da realidade com ele a fim de confirmar que havia situações e pessoas positivas ao seu
redor, persistentemente ele dizia que não conseguia ver nada disso. O conceito de escolha de
pensamento foi apresentado ao Simon e repetido muitas vezes nas sessões de aconselhamento.
Depois de muitas discussões a respeito do poder da escolha para mudar as situações tornando-as
mais positivas, um incidente casual identificou uma mudança na compreensão do Simon. Certo
dia depois da aula, ele cumprimentou o conselheiro com um sorriso. Ao ser questionado como
seu dia tinha sido, ele respondeu: “bom” – uma resposta que não era frequente. Então ele passou
a explicar que havia “decidido ser feliz” e quanta sorte tinha por haver “aprendido isso em tenra
idade”. O poder da escolha de nossos pensamentos e o impacto das mensagens positivas haviam
se tornando uma ferramenta viável para a superação do Simon.
2. OTIMISMO
Ter esperança no futuro.
Disposição de permitir aos outros terem essa esperança.
Compreender que se pode criar uma atitude feliz ao olhar o lado bom e criar respostas posi-
tivas – dizer uma palavra bondosa ou notar uma ação amável.
Quando a Alice tinha doze anos seus pais se divorciaram. Ela se sentia diferente das outras crian-
ças que viviam com os pais. Necessitava conversar com outros adolescentes na mesma situação.
Então decidiu colocar um anúncio no informativo da escola convidando-os a se reunirem e for-
marem um “Clube de Filhos de Divorciados” que se reunia no horário do almoço para falarem a
respeito de sua situação de vida.
3. CORAGEM
Agir até mesmo quando se está com medo ou triste.
Frequentemente vencer seus temores ao trabalhar para uma causa proveitosa.
4. ALVOS REALISTAS
Enfrentar alvos realistas.
Escolher opções que coincidam com o conhecimento pessoal dos pontos fortes e fracos.
O Antonio, aluno do último ano do ensino médio, preparava-se para ingressar na faculdade. Ele
estava cada vez mais deprimido porque não queria seguir a carreira de seus pais e avós. Decidiu
dizer a seu pai que não se enquadrava no ambiente que não era talhado para ele, visto que apre-
ciava o desenho artístico e gráfico e escolheu um curso que atendia a seus talentos especiais.
5. HUMOR
Ver humor em si mesmo e, algumas vezes, nas situações difíceis que os cercam.
Sua capacidade de rir durante as situações desafiantes pode ajudar a aliviá-las.
A Ana, oito anos, contou a respeito de um episódio disciplinar em sua vida. Embora estivesse
sendo muito perturbada por uma menina que continuamente a molestava e aos seus colegas de
sala de aula e no pátio, ela conseguiu ver humor no seguinte evento:
“Como se sabe, há basicamente dois tipos de bullies em sua classe – as meninas e os meninos!
Quando estava na primeira série havia uma menina na minha classe chamada Merissa. Ela batia,
dava socos e chutava as outras crianças. Ela importunava e falava palavrões. Eu tentei detê-la,
mas ela não me ouviu e assim fui contar à professora. Esta também já estava cansada do mau
comportamento da Merissa. Então disse: ‘Merissa, vá agora para a sala do diretor!’, mas ela se
recusou. Então a professora tentou levá-la à força pelo braço, mas a menina se agarrou à carteira!
Lentamente, a professora a foi arrastando com carteira e tudo até a sala do diretor. Nunca me irei
esquecer a cena. Às vezes, aquilo que inicia como ameaça pode acabar em comédia”.
6. AUTOCONFIANÇA
Dispor-se a experimentarem novas idéias.
Permitir novas experiências na vida, o que gera a autoconfiança.
Tomás, 11 anos, descobriu um programa, para sua faixa etária, de acampamentos que patrocina-
vam a paz mundial em países estrangeiros. Um dos acampamentos foi realizado nas montanhas
do Japão e o Tomás iniciou uma campanha para convencer seus pais que essa seria uma verda-
deira aventura. O grupo era formado por delegados de 9 países acompanhados de monitores
durante todo um mês. Ele industriosamente redigiu um contrato para seus pais, prometendo
limpar o quarto, escovar os dentes e levar o cachorro para passear. Mesmo assim seu pai e mãe
não aceitaram.
Finalmente o Tomás começou sua advocacia verbal:
– Sei que posso participar e sei também que será uma experiência maravilhosa!
– Por que não fazer como todas as crianças e participar de um acampamento local? – Sua mãe
respondeu.
7. APRECIAÇÃO DO EU
Extrair um bom conceito pessoal a fim de criar mudança em sua vida.
Aprender de seus erros e desenvolver estratégias de enfrentamento.
O Mattie era portador de uma forma rara de distrofia muscular e somado a isso havia a tristeza
pela perda de três irmãos com a mesma doença. Ele se tornou corajoso, poeta ganhador de prê-
mios, inspirou outros com seu profundo conhecimento de si mesmo, grande compreensão – mui-
to acima de sua idade, e visão otimismo em sua jornada do coração.
Ele foi autor de muitos livros, incluindo Heartsongs e Journey Through Heartsongs, nos quais ex-
pressou suas lutas, esperanças, sabedoria e humor na vida de forma agradável e provocativa do
pensamento. Ele foi um exemplo perfeito de uma criança que empregou os difíceis desafios de
sua vida e usou-os para trazer novas lições e diálogos na ajuda aos outros.
O Mattie doou uma parte dos lucros a várias instituições de caridade e falou em programas tele-
visivos, em seminários e conferências inspirando crianças e adultos a encontrarem um lugar onde
as fontes de conflito na vida pudessem ser transformadas em níveis elevados de compreensão e
de apreciação.
Abaixo, um dos poemas do Mattie. Suas palavras personificam a superação de um menino viven-
do com uma doença fatal, mas cheio de gratidão por estar vivo e apreciando o momento presente
(o Mattie morreu aos 14 anos).
8. ACEITAÇÃO E CONFORTO
Reconhecer seus pontos fortes e talentos bem como suas vulnerabilidades.
Sentir-se à vontade consigo mesmo e com seus pares.
Sentir-se à vontade para pedir ajuda dos adultos.
A Ariel estava na sexta-série e havia perdido o pai aos 10 anos. Ela fazia parte de um grupo
de ajuda para enlutados e partilhou seus sentimentos com seus pares, amigos e parentes por
muito tempo. Quando estava pronta para retornar às aulas, contatou o conselheiro da escola
perguntando se haveria alguma criança na escola que tivesse passado pela mesma situação e a
quem poderia ajudar, mas ficou desapontada, pois não havia nenhuma naquela ocasião. Depois
de encontrar um website na internet a respeito de crianças e do pesar, decidiu contatar a pes-
10. CRIATIVIDADE
É um incentivo para a auto-estima das crianças.
Incentiva as crianças a explorarem partes de si mesmas de forma atraente.
É um canal de cura para áreas problemáticas e significa a auto-expressão que é ímpar em cada
indivíduo.
Linda Goldman, escritora e conselheira, relatou sua própria experiência com criatividade. Aos
quinze, ela gostava de escrever e certa vez fez uma redação sobre o tema da morte. Ela ficou feliz
11. ESPIRITUALIDADE
Os sistemas de crenças individuais e significativos das crianças podem criar uma estrutura for-
te para enfrentar positivamente as questões da vida. O adolescente Thomas estava zangado
com Deus. Certo dia, ao iniciar sua sessão de aconselhamento psicológico ele perguntou: “Por
que Deus matou minha mãe no acidente aéreo?” O conselheiro não foi capaz de responder à
pergunta, mas eles começaram a discutir sua ira contra Deus, seus fortes sentimentos a res-
peito da morte súbita da mãe e de seu sistema de crença espiritual.
Os adultos podem respeitar os sistemas de crenças das crianças. Algumas talvez elas se sen-
tem confortadas ao pensarem em seus sentimentos a respeito de Deus e podem decidir ex-
pressá-los. Você pode incentivá-las a orar ou a acender uma vela. A Cristina, 6 anos, fez um
desenho a respeito de sua perspectiva espiritual depois de 11 de setembro. Embora as torres
estivessem queimando e as pessoas tristes, ela pareceu sentir-se confortada com a idéia de
que Deus iria confortar as pessoas visto que Ele sabe de todas as coisas.
1. Definir a Resiliência
Conversar com as crianças a respeito da força, da liderança, da coragem e da perseverança.
Definir a resiliência como a capacidade de prosseguir durante os tempos difíceis.
Então, pedir-lhes que redijam sua própria definição e expliquem os motivos.
2. Estabelecer o Diálogo
As crianças pequenas podem ler: “The Little Engine that Could” ou “Courage” e fazer um de-
senho retratando o significado da história para elas.
Use a citação de Martin Luther King: “Coragem é o poder mental para vencer o medo”, e peça
aos alunos das últimas séries do ensino fundamental e médio para dizerem o que essa frase
significa para eles.
Fale de um tempo em sua vida quando você acha que conseguiu superar.
Como as pessoas responderam? O que disseram?
Como você se sentiu?
Como se sente agora?
Há algo que você gostaria de ter feito?
Você consegue usar agora o que aprendeu dessa experiência?
4. Quadro da Sobrevivência/Sucesso
Peça às crianças para lembrarem-se de uma época em sua vida quando passaram por tempos
difíceis.
Faça um quadro com uma coluna Sobrevivência e outra, Sucesso.
Peça às crianças para relacionarem o que fizeram para sobreviver ou para vencer.
Relacione aquilo que fizeram para crescerem e aprenderem e que lhes trouxe novo significado
na vida.
Divida a página em duas colunas e rotule a coluna da esquerda como Sobrevivência e a da
direita como Sucesso.
Sob a coluna Sobrevivência, relacione o que as crianças fizeram para suportarem períodos
difíceis.
Sob a coluna Sucesso, relacione o que elas fizeram e que as ajudou a crescerem e a aprende-
rem a lidar com a mágoa e a dor. Permita tempo às crianças para pensarem nesses eventos.
SOBREVIVÊNCIA SUCESSO
O que você fez e que o ajudou a crescer e a
O que você fez para suportar.
aprender a lidar com a mágoa e a dor.
8. Prêmios de Superação
As crianças podem relacionar todos os atributos que entendem como superação.
Os alunos escolhem um colega de classe que acreditam seja exemplo dessas qualidades.
Esse colega de classe recebe o prêmio por esse atributo.
Cada criança recebe um prêmio por algum atributo positivo, ainda que seja o atributo da “pa-
ciência” por haver sido a última criança a ser mencionada.
Romanos 8:31: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”
Romanos 8:28: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que
o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito”.
Mateus 19:26: “Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são pos-
síveis”.
A Dádiva Diária
Abaixo o poema de Mattie Stepanek que dá esperança e significado a outras crianças que tam-
bém estão passando por tempos difíceis. Através de suas provas pessoais, o Mattie compôs muito
poemas que encorajam e inspiram outros a serem perseverantes em tempos de dificuldades.
Você sabia?
Amanhã é um novo dia.
Hoje é um novo dia.
Na verdade,
Cada dia é um novo dia.
Obrigado, Deus,
Por todos esses
Dias novos e especiais
Introdução
Quando as pessoas trabalham juntas, as coisas acontecem. Quando pessoas boas trabalham jun-
tas, coisas melhores acontecem. Quando pessoas boas trabalham juntamente com Deus, coisas
eternas acontecem! Deus não criou pessoas perfeitas. Ele não fez pessoa alguma com todos os
dons, capacidades ou talentos necessários para conduzir os ministérios da criança (perdoe-me
por desapontá-los). Necessitamos uns dos outros! Necessitamos trabalhar juntos na mesma vi-
são a fim de sermos eficientes.
Somos Um Corpo!
“Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas
o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo
em todos.... Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as dis-
tribui individualmente, a cada um, como quer. Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora
tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim
também com respeito a Cristo.... Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individual-
mente, é membro desse corpo” (1 Coríntios 12:4-27).
2. Equipar a Equipe
Cada elemento na força militar tem de receber treinamento. Portanto, os professores e líderes
que trabalham com as crianças necessitam ser treinadas para seguirem na batalha eterna pela
conquista destes que se encontram em nosso ministério. Portanto, a equipe deve ser equipada:
O ministério do ensino não é fácil. Muitos professores se sentem desanimados com o que parece
ser uma falta de resposta ou pouco crescimento ou simplesmente indiferença.
Ensinar também pode ser um papel solitário visto que muitas vezes mantém os professores longe
dos membros da igreja no estudo da Bíblia e no companheirismo. Mas quando você elogia os
professores por seus grandes esforços e trabalho, isso os encoraja, motiva e inspira.
O que você está fazendo pelas crianças e pela igreja irá custar-lhe muito, mas vale a pena porque
você multiplicará seu ministério com líderes melhores do que você.
Introdução
O menino de seis anos volta para casa depois de seu primeiro dia de aula cheio de alegria para
contar as novidades. Ao escancarar a porta do apartamento projeta-se para dentro com seis
novos amigos – um africano com o cabelo encarapinhado, um loiro norueguês, um coreano com
olhos amendoados, um menino de pele clara com acento inglês, dois loiros bem americanos – e
orgulhosamente diz para sua mãe:
-- Mamãe, estes são meus melhores amigos. Todos somos do mesmo planeta!
Nossa! Que lição sábia de uma criança! As crianças sabem amar as pessoas de todas as raças! E
quanto aos adultos?
O racismo há muito tempo é problema em vários países. Os eventos recentes de 11 de setembro
novamente nos mostram como os conflitos raciais e religiosos levam ao ódio e à devastação. O
terrorismo nos Estados Unidos e em outras partes do mundo trouxe medo e desconfiança de
determinadas religiões e grupos raciais. Não obstante, como cristãos, acreditamos que em Cristo
não há “judeu nem grego”, e muitas vezes nos empenhamos em transmitir essa crença a nossos
filhos – especialmente quando vivemos em um lugar culturalmente homogêneo ou frequenta-
mos uma igreja com homogeneidade racial. Hoje, mais do que nunca, é fundamental que ensine-
mos nossos filhos a amarem a todas as pessoas de Deus, independentemente de sua etnia.
Atividade – Quebra-cabeça
Forme grupos com 6 a 8 crianças.
Entregue a cada criança no grupo uma peça do quebra-cabeça.
Não dê orientações e observe o que os participantes começam a fazer depois de lhes entregar
as peças.
Encerre a atividade, após alguns minutos.
Dentro de cada um de nós, Deus colocou uma peça do quebra-cabeça. Quando somos reconci-
liados com Deus, algo em nós deseja encontrar as outras peças do quebra-cabeça, os demais de
nossa família. Você não quer separar-se e estar só. Quando somos reconciliados com Deus, temos
a estrutura principal da cruz, como uma grande barra. Mas a cruz necessita de uma barra horizon-
tal. Para completar a cruz, necessitamos estar em paz uns com os outros.
O Que É Racismo?
Infelizmente, muitos de nós não tentamos reunir as peças desse quebra-cabeça racial como Cris-
to deseja que façamos. Antes, praticamos certos graus de racismo.
O que é racismo? De acordo com um dicionário, racismo significa:
A prática da discriminação, preconceito e intolerância a outra raça com base na crença que diz
encontrar diferenças raciais no caráter, inteligência, moralidade, etc.
A afirmação de que uma raça é superior à outra.
Devemos ser discípulos para nossas crianças; o lar é o lugar onde a fé é transmitida ao coração
deles. Devemos tentar ajudar nossas crianças a crescerem à imagem de Cristo e a fazerem de
Jesus Cristo seu Senhor.
Uma forma pela qual podemos fazer discípulos das crianças é mediante a oração. Por exemplo,
a cada noite, antes de irem para a cama, devemos nos ajoelhar e fazermos juntos a Oração do
Senhor. Fazer uma pausa ao proferir “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra
como no céu”. Converse com as crianças a respeito de como se parece o reino de Deus. Apocalip-
se 7:9 diz: “Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia
contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas”. O reino de Deus é um lugar com múltiplas
etnias, multinacional e com múltiplas línguas. Se não estivermos educando nossos filhos para
fazerem parte desse reino, não lhes estamos ensinando a seguirem o senhorio de Cristo com
vistas a estarem em Seu reino – estamos apenas produzindo membros da igreja e não cristãos
verdadeiros.
Todos temos as melhores intenções, mas algumas vezes não estamos cientes de nossas dispari-
dades sutis. Quando os pais se tornam modelos da reconciliação em casa, eles a modelam nos
filhos. Um exemplo disso ocorreu quando uma amiga afro-ameriana participou comigo de uma
conferência estudantil internacional. Ela nunca pensou a respeito da reconciliação, mas queria
me ouvir falar. Durante a conferência, ficou surpresa a respeito do que aprendeu de si mesma.
Ela se lembrou de quando seu filho tinha 12 anos e ela lhe disse que quando começasse a namo-
rar e depois desejasse casar que seria melhor que a esposa fosse afro-americana também. Ela
reconheceu que seus valores culturais eram mais importantes que os valores cristãos. Depois da
conferência, ela voltou para casa e pediu desculpas ao filho. Hoje, ela e sua família se relacionam
de forma diferente.
Podemos dizer que Jesus ama todas as criancinhas do mundo, mas se não interagimos socialmen-
te com alguém diferente de nós, nossos filhos nunca irão brincar com crianças de outras raças
e não irão crer nessas palavras. Sua falta de experiência nesse sentido irá negar que isso seja
verdade.
4. Dê Passos Ativos
Exponha seus filhos às culturas diferentes. Cidades grandes são centros culturais maravilho-
sos. Há desfiles, festas, obras artísticas e outros eventos multiculturais. Você pode encontrar
uma relação de eventos em seu jornal local ou outras mídias.
Incentive seus filhos a convidarem alguém racialmente diferente para brincar. É uma oportu-
nidade de seu filho fazer amigos e para você fazer amizade com os pais.
Nunca faça piadas racistas.
Ensine seu filho a respeito de sua herança étnica.
É difícil afirmar em outra pessoa o que nunca foi afirmado em você. Cada pessoa vem de uma
etnia. Quando falamos a respeito de etnias diversas, as pessoas pensam que isso somente
significa a cor. Os caucasianos necessitam reconhecer sua própria diversidade e aprender a
respeito da herança de sua família – quer seja alemã, sueca, grega, inglesa, irlandesa ou outra.
Ajude-os a reconhecerem sua própria diversidade, mesmo em sua própria raça.
Confirme a herança étnica das crianças.
Veja a linhagem dos avós. Se eles vieram da Holanda, coloque tamancos holandeses (ou ob-
tenha um par) e aprenda a respeito da cultura holandesa. Você pode preparar algum prato
típico e colocar em prática alguns costumes deles.
Incentive as escolas e as igrejas a ensinarem a respeito da conciliação racial.
Muitas escolas lidam com a diversidade e algumas treinam os professores para serem sensí-
veis a ela. É difícil pedir aos professores para lidarem com algo com que não estão familiariza-
dos. Necessitamos que a reconciliação racial faça parte do sistema escolar cristão e das igrejas
para incorporá-lo no currículo de forma natural.
Livros e a Internet são boas fontes de sugestões para os pais e professores. [Adaptação da
tradução.]
Efésios 2:14
“Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade”.
Lembre-se...
Sou uma peça diferente.
Você é uma peça diferente.
Quando nos unimos, somos mais fortes e melhores!
Ilustração:
Peça a um homem para se assentar em uma cadeira. Então peça a uma mulher para carregá-lo
até o outro lado da sala. Se ela responder que não pode, pergunte-lhe o que poderia fazer para
cumprir a tarefa. Talvez ela sugira: “Pedir a alguém que me ajude a carregar o homem na cadei-
ra!” Sim, ela não pode fazer isso sozinha. Da mesma forma, na igreja, parece que fazemos tudo
sozinhas para as crianças. Porém, necessitamos da ajuda dos pais; necessitamos que estejam
envolvidos para exercer impacto espiritual em seus filhos. Se os pais dedicarem tempo para suas
devoções pessoais, ser-lhes-á mais fácil falar com os filhos sobre a espiritualidade.
O verdadeiro eu dos pais se revela em casa e os filhos o conhecem. Eles podem perder o respeito
pelos pais caso estes não pratiquem o que dizem e ensinam. Assim sendo, é vital treinar os pais.
Peça a uma mulher para ficar de frente para um alvo e disparar uma flecha contra ele. Então,
vende seus olhos e gire-a várias vezes e peça-lhe para acertar novamente o alvo. Comente os re-
sultados ao fazer perguntas como: Por que ela não conseguiu atingir o alvo? Por que lhe foi mais
difícil acertá-lo quando estava com os olhos vendados?
Os pais não se podem permitir errar o alvo! Pergunte aos pais o que desejam para seus filhos: que
tenham sucesso? Caráter? Fé? Isso não acontece por acaso.
Para atingir o alvo, você necessita MIRAR nele!
Os pais necessitam deliberada e intencionalmente objetivar o ensino de seus filhos com base nos
princípios que Deus lhes deu. Lembre-se de Deuteronômio 6:6-9.
Ordem bíblica de ensinar nossos filhos a respeito de Deus e os princípios que Ele nos deu pelos
quais viver, rendem dividendos. Veja o Salmo 78:1-8:
Da ilustração das mãos limpas, você pode ver que é difícil balançar-se em uma corda quando
as mãos não estão limpas. É difícil exercer impacto em nossos filhos quando nós mesmos não
estamos limpos. Necessitamos manter firme as palavras de 1 Timóteo 4:12 para nossos filhos;
necessitamos mostrar:
Como os amamos.
Como amamos a nosso cônjuge.
Como oramos pelos outros.
Como mostramos compaixão.
“O culto em família parece ser um fator significativo para ajudar os jovens a desenvolverem uma
fé profunda, rica e transformadora. É interessante que algo tão simples como realizar regular-
mente a devoção em família pode ser tão proveitoso. Pense no que poderia acontecer se essa
atividade em família fosse reinstituída em cada lar.”
Demonstrações Religiosas
Coloque alguns tomates em um saquinho ziplock e então os esmague com os pés. Pergunte a
seus filhos o que eles poderiam fazer com os tomates esmagados. Será que poderiam usá-los?
Para a pizza? Para o molho de tomate?
As crianças podem ficar confusas (esmagadas), mas nas mãos de um chef. Neste caso, elas se
podem tornar excelentes. Ex.: Moisés – um tomate esmagado tornado um dos maiores líderes de
todos os tempos.
Trava Língua
Peça a um voluntário para ler um trava língua simples. Ele deve ler cada vez mais rápido. Peça a
um segundo voluntário para ler um verso mais longo com mais palavras. Veja que leia cada vez