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9.4.5.2.

Nós e Voltas
Considerando o alto risco envolvido em atividades
com cabos e cordas, o bombeiro deve ter conhecimento
suficiente para a execução dos nós, porque os mesmos
em conjunto com outros equipamentos sustentarão vi-
das durante as operações.

Por isso nesta parte do manual abordaremos os prin-


cipais nós em uso em Salvamento em Alturas e em Mon-
tanhas.

~~ Características dos Nós


• Fácil confecção.
• Não estar trepado, pois assim diminuirá a resis-
tência da corda.
• Ser específico e próprio para a função que o exi-
ge.
• Apresentar o máximo de segurança.
• Acochar conforme recebe tensão, sem correr o
risco de se desfazer.
• Ser de fácil soltura.

~~ Finalidade dos Nós


• Ancoragem.
• Confecção de alças.
• Asseguramento.
• União de cabos.
• Confecção de cadeiras.
• Encordamento.
• Reforço ou encurtamento.
• Blocagem.
• Amarrações especiais.
• Arremate.

~~ Nó simples
O nó mais simples de ser feito, serve para o arremate
de outros nós, conhecido neste caso como “cote”.

A seguir teremos a sequência de feitura deste nó.

Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ 219


Fig. – feitura nó simples

ii)Pescador duplo
Semelhante ao nó anterior pode ser usado para a se-
gurança em descidas em cordas, feito no chicote da mes-
ma evitando que o olhal menor do aparelho oito passe
por ele, prendendo assim o bombeiro a corda em caso de
acidentes.

Fig. – pescador duplo

220 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ


iv)Nó duplo
Nó para emenda de cordas, fazendo um nó simples em
cada chicote abraçando os cabos.
Quando da emenda de fitas tubulares deverá ser
este o nó utilizado por questões de segurança, por
este motivo o nó duplo é também conhecido como nó
de fita.

Fig. – nó duplo

222 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ


v)Nó direito
Nó para emenda de cabos e cordas de mesmo diâme-
tro, convém o uso de cotes por segurança.

Fig. – nó direito

Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ 223


viii) Escota simples ou singela
Nó usado para união de cabos de diâmetros diferen-
tes.

Fig. – escota simples

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xi)Volta do Fiel pelo seio ou Nó de Porco ção. Tira cerca de 40% da carga de ruptura da corda e
Nó utilizado para ancoragem, conhecido também deve ser arrematado com cotes, para a ancoragem clás-
como nó do bombeiro, é o nó mais utilizado no CBMERJ sica do CBMERJ usam-se três cotes após a volta do fiel.
para este fim, apesar de não ser o melhor para esta fun-

Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ 229


Fig. – nó de porco

xii) Volta do Fiel pelo chicote ou Nó de Barqueiro este nó das duas formas, pelo seio e pelo chicote, depen-
Exatamente igual ao nó anterior. A volta do fiel recebe dendo do local da ancoragem uma das duas formas será
também o nome de nó de barqueiro quando executado melhor para a confecção do nó ou simplesmente não será
pelo chicote. É importante o bombeiro saber executar possível executá-lo da outra forma.

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Fig. – UIAA

xiv) Pata de gato


Nó de ancoragem, usado para ancoragem de fitas em
anel ou para ancorar ao gato de um aparelho de tração.

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Fig. – pata de gato

xv) Boca de lobo


Nó também para ancoragem, bem parecido com o ante-
rior, diferença que neste dá-se mais uma volta em cada anel.

Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ 233


xix) Cabrestante Simples ou Lais de Guia ou Nó
de Salvação
Nó usado para confecção de uma alça que pode ser
usada para dar sustentação ao bombeiro ou ainda para
ancoragem.

Fig. – Lais de guia

Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ 239


xxi) Azelha simples pelo seio
Nó usado para confecção de alças e ancoragem, a aze-
lha mais fácil de ser feita, tanto pelo chicote quanto pelo
seio, no entanto quanto submetido a tensão é muito difí-
cil de ser solto.

Fig. – azelha simples pelo seio

Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ 241


xxii) Azelha simples pelo chicote
Descrição idêntica à da azelha simples pelo seio.

Fig. – azelha simples pelo chicote

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xxvii) Encapeladura simples
Nó usado para confecção de alças, com o detalhe de
que estas alças se acocham quando sofrem tensão, es-
trangulando o que estiver dentro delas.

Fig. – encapeladura simples

Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ 249


xxx) Pescador duplo de correr
Usado para a união de cabos.

252 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ


Fig. – pescador duplo de correr

Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ 253


xxxviii) Nó de prender mangueira
Como o nome diz, ele é usado para prender a manguei- tes de árvore e ainda para a confecção do Nó de Mula que
ra num cabo para ser içada, muito usado também em cor- será visto a seguir.

Fig. – Nó de prender mangueira

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xlii) Nó paulista
Também conhecido como nó de caminhoneiro, serão doze bombeiros retesando a corda, evitando
usado no CBMERJ para tracionamento ou para iça- danos na mesma.
mento de cargas, trata-se de um sistema de forças
No CBMERJ é feito por meio da ancoragem padrão,
três para um, isto é, respeitadas as perdas de força
volta do fiel com três cotes, no ponto de perigo ou na car-
no processo, divide o peso da carga em um terço,
ga, em seguida é passado em um mosquetão ou em volta
ou multiplica a força do bombeiro por três, por este
de uma superfície cilíndrica e no meio do cabo é feito o
motivo não se deve exceder o número de quatro
sistema de tracionamento conforme a imagem abaixo.
bombeiros para o tracionamento, que na realidade

Fig. – nó paulistaa

266 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ

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