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ESTRUTURAS

DE MADEIRA

1
PFEIL, W. Estruturas de madeira.
BIBLIOGRAFIA ADOTADA
Rio de Janeiro. 6ª Ed. Livros
Técnicos e Científicos, 2003
NBR 7190 (1997) – Projeto
de Estruturas de Madeira

Apostila - Estruturas Usuais de Madeira, UFMG, 2011 2


VANTAGENS
Elevada Resistência tanto à tração quanto compressão
Valores médios de resistência de madeiras nativas e de florestamento – NBR 7190

3
VANTAGENS
Elevado Índice de Resistência

Propriedades de alguns materiais de construção

4
VANTAGENS
Bom Isolante Térmico

Condutividade É a velocidade com que o calor se


Térmica transporta pelo material

CONDUTIVIDADE TÉRMICA = ISOLANTE RUIM

CONDUTIVIDADE TÉRMICA = BOM ISOLANTE

Expansão Térmica (dilatação)


As mudanças térmicas geralmente não são levadas em consideração,
pois a madeira é usada entre pequenas variações de temperatura.
5
VANTAGENS
Isolamento Térmico (condutividade térmica):
𝑊
Material Observações
𝑚 °𝐶
A madeira é 1650
Alumínio 200
vezes melhor isolante
A madeira é 500 vezes
Aço 60
melhor isolante
A madeira é 12 vezes
Betão 1,5
melhor isolante
A madeira é 10 vezes
Vidro 1,15
melhor isolante
Madeiras
0,12
Resinosas
Materiais A madeira é 3 vezes
0,04
Isolantes pior isolante
VANTAGENS
Baixo Consumo de Energia

Consumo de energia na produção de materiais

Fonte: (FONTE: LNEC, 1976)


VANTAGENS
Baixo Impacto Ambiental

8
VANTAGENS

Beleza
Arquitetônica

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VANTAGEM X DESVANTAGENS
Resistência ao Fogo da Madeira X Combustibilidade

Seção de uma viga de madeira laminada


colada, exposta ao fogo durante 30 minutos. 10
Resistência ao Fogo da Madeira X Combustibilidade

Estruturas de madeira são mais seguras em situações de incêndio. 11


DESVANTAGENS
Perda das propriedades devido a problemas de secagem e umidade

Controle da
umidade e
secagem

12
INFLUÊNCIA DO TEOR DE UMIDADE NA RESISTÊNCIA MECÂNICA DA MADEIRA
DESVANTAGENS
Anisotropia da madeira

13
Retração versus umidade da madeira

DESVANTAGENS

14
DESVANTAGENS
Defeitos da madeira durante a secagem

(Mainiere, 1983)
15
DESVANTAGENS
Fácil Deterioração

16
DESVANTAGENS
HETEROGENEIDADE

17
DESVANTAGENS
ANISOTROPIA
DAS FIBRAS

18
CLASSIFICAÇÃO - GMINOSPERMAS
CONÍFERAS:

pinus

Araucária angustifólia

19
CLASSIFICAÇÃO - GMINOSPERMAS
CONÍFERAS:

NBR 7190: 1997


Projeto de estruturas de madeira

20
CLASSIFICAÇÃO - ANGIOSPERMAS
MONOCOTILEDÔNEAS DICOTILEDÔNEAS
Palmas

Gramíneas

21
CLASSIFICAÇÃO - ANGIOSPERMAS
Monocotiledôneas: Gramíneas
(Bambu)

22
COMPOSIÇÃO ORGÂNICA

23
ESTRUTURA MACRÓSCOPICA
câmbio
casca

alburno

cerne

medula

raios medulares
PRODUTOS
DE MADEIRA
Madeira
Roliça

25
PRODUÇÃO
• Falquejamento: consiste no corte
de costaneiras. As partes laterais
cortadas constituem a perda

Peça de maior momento


Peça de maior seção resistente (W=bh2/6)
transversal (quadrada). (seção retangular)

b = 0,58d
b d 2 h = 0,82d
26
PRODUTOS DE MADEIRA
MADEIRA
SERRADA

27
PRODUÇÃO: DESDOBRO

28
PRODUTOS DE MADEIRA
Madeira Industrializada

29
PRODUTOS DE MADEIRA
Painel de Compensado

30
PRODUTOS DE MADEIRA
Chapas de HDF (High Density Fiberboard)

31
PRODUTOS DE MADEIRA
Chapas de MDF (Medium Density
Fiberboard)

32
PRODUTOS DE MADEIRA
Chapas de MDP (Medium Density
Particleboard)

33
MDF X MDP

34
PRODUTOS DE MADEIRA
Chapas de OSB (Oriented Strand board)

35
PRODUTOS DE
MADEIRA
Madeira
Laminada
Cruzada (Cross
Laminated
Timber - CLT)

36
PRODUTOS DE
MADEIRA
Madeira
Laminada
Colada
(Glued
Laminated
Timber )

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
MADEIRA VERDE X MADEIRA SECA

38
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
UMIDADE DA MADEIRA

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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA MADEIRA
Teor de Umidade

Corpo-de-prova
(2x3x5) cm:
mi é a massa inicial da madeira, em gramas;
ms é a massa da madeira seca, em gramas;
CARACTERIZAÇÃO
FÍSICA DA MADEIRA
Densidade Aparente

m12%: massa do corpo-de-prova com 12%


de umidade, em kg
V12% é o volume do corpo-de-prova com
12% de umidade, em m³.

Corpo-de-prova (2x3x5) cm
Correção
da densidade

Diagrama
de Kollmann

Ex.:U = 18 %;
r = 0,73 g/cm³

U = 12%;
r = 0,715 g/cm³

42
Correção da Densidade

Diagrama de Kollmann

Exemplo:
U = 18 %; r = 0,73 g/cm³

U = 12%; r = 0,715 g/cm³

43
CARACTERIZAÇÃO
FÍSICA DA MADEIRA
Densidade Básica

ms : massa seca da
madeira, em quilogramas;
Vsat : volume da madeira
saturada, em m³.

Corpo-de-prova (2x3x5) cm
CARACTERIZAÇÃO
FÍSICA DA MADEIRA
Estabilidade
dimensional

Corpo-de-prova (2x3x5) cm 45
Estabilidade dimensional - Variação Volumétrica

46
NBR 7190: PROJETOS DE ESTRUTURAS DE MADEIRA
CARACTERIZAÇÃO COMPLETA DA RESISTÊNCIA
Referida à condição-padrão de umidade (U=12%)

• Resistência à tração paralela


às fibras (ft,0)
• Resistência à tração normal às
• Densidade Básica rbas
fibras (ft,90)
• Densidade Aparente rap • Resistência ao cisalhamento
paralelo às fibras (fv,0),
• Resistência à compressão
paralela às fibras (fc,0) • Resistência de embutimento
paralelo às fibras (fe,0)
• Resistência à compressão
normal às fibras (fc,90) • Resistência de embutimento
normal às fibras (fe,90) 47
NBR 7190: PROJETOS DE ESTRUTURAS DE MADEIRA
CARACTERIZAÇÃO MÍNIMA DA RESISTÊNCIA

Referida à condição-padrão de umidade (U=12%)

• Densidade Básica rbas

• Densidade Aparente rap

• Resistência à compressão paralela às fibras (fc,0)

• Resistência à tração paralela às fibras (ft,0)

• Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras (fv,0)

48
NBR 7190: PROJETOS DE ESTRUTURAS DE MADEIRA
CARACTERIZAÇÃO SIMPLIFICADA DA RESISTÊNCIA
DE ESPÉCIES USUAIS

Referida à condição-padrão de umidade (U=12%)


Caracterização obtida a partir da resistência à compressão paralela às fibras
Realização do Ensaio de Compressão Paralela às Fibras

f c 0 f t 0  0,77
Coníferas f v 0 f c 0  0 ,15
f c 90 f c 0  0 ,25

f e90 f c 0 1,00 Dicotiledôneas f v 0 f c 0  0 ,12

f e90 f c 0  0 ,25
49
NBR 7190: PROJETOS DE ESTRUTURAS DE MADEIRA
Referida à condição-padrão de umidade (U=12%)

CARACTERIZAÇÃO COMPLETA DA RIGIDEZ


- Valor médio do módulo de elasticidade na compressão paralela às
fibras: (Ec0,m) determinado com pelo menos dois ensaios
- Valor médio do módulo de elasticidade na compressão normal às
fibras: (Ec90,m) determinado com pelo menos dois ensaios.

CARACTERIZAÇÃO SIMPLIFICADA DA RIGIDEZ

- Valor médio do módulo de elasticidade na compressão paralela às fibras:


(Ec0,m) determinado com pelo menos dois ensaios
1
Ec 90  Ec 0
20
50
NBR 7190: PROJETOS DE ESTRUTURAS DE MADEIRA

Caracterização usual das propriedades de


resistência e de rigidez

Resistência =>

Rigidez =>

51
ESFORÇOS SOLICITANTES
Compressão
Compressão paralela às fibras inclinada às fibras

fc,0 fc,q

Compressão normal às fibras

fc,90

52
ESFORÇOS SOLICITANTES
ft,0
Tração paralela às fibras

ft,90
Tração normal às fibras

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ESFORÇOS SOLICITANTES
Cisalhamento Vertical: Cisalhamento Perpendicular:
Não é crítico na madeira, pois antes de sua As células deslizam transversalmente ao eixo
ocorrência, a madeira rompe por compressão
normal às fibras
longitudinal

fv,0
Cisalhamento Horizontal:
A carga é aplicada paralela às fibras.
Ensaio Normatizado (fv0)
54
ESFORÇOS SOLICITANTES - FLEXÃO
• Compressão paralela às fibras;
• Tração Paralela às fibras;
• Cisalhamento Horizontal;
• Compressão normal às fibras (região dos apoios)

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Ensaio de Compressão paralela às fibras
Corpo 1:49,9 x 49,8 x 151,1 mm
Corpo 2: 50,1 x 49,9 x 150,5 mm
Corpo 3: 49,9x 49,5 x 150,1 mm
Corpo 4: 49,8 x 49,4 x 150,2 mm

CP Área Força Tensão


(mm²) Máx (N) (MPa)
1 2485,0

2 2500,0 48784,8 19,51


3 2470,1 40946,3 16,57

4 2465,1 45134,6 18,31

56
Ensaio de compressão paralela às fibras

Corpo-de-prova (5x5x15) cm
Resultados

57
Ensaio de Tração paralela às fibras

58
Ensaio de Tração paralela às fibras
CP Área Força Tensão
(mm²) Máx (N) (MPa)
1 1000 28550 28,55

59
Ensaio de
cisalhamento
paralelo às fibras

60
Ensaio de cisalhamento paralelo às fibras

61
Ensaio de
cisalhamento
paralelo às fibras

CP1: paraju – 49,0 x 51,9 mm


CP2: Ipe - 49,6 x 51,6 mm

CP Área Força Tensão


(mm²) Máx (N) (MPa)
1 2543,1 13750 5,41
2 2559,4 13180 5,15
62
DEFORMAÇÃO LENTA (Fluência)

63

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