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Introdução às Estruturas

de Madeira
Instituto Federal da Sergipe de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe
Coordenadoria de Engenharia Civil – Campus Aracaju
Disciplina Estruturas de Madeira
Prof. Marcílio Fabiano Goivinho da Silva
TENSÃO RESISTENTE
Coeficiente de modificação das
características mecânicas da madeira

Tensão resistente característica da


madeira

𝒌𝒎𝒐𝒅 ∙ 𝑿𝒌
𝑿𝒅 =
𝜸𝒘

Coeficiente de minoração das


propriedades da madeira
ESFORÇO RESISTENTE
Coeficiente de modificação das
características mecânicas da madeira

Como 𝝈 = 𝑭/𝑨: Tensão resistente característica da


madeira

𝒌𝒎𝒐𝒅 ∙ 𝒇𝒘
𝑹𝒅 = ∙ 𝑨𝒘
𝜸𝒘
Área resistente

Coeficiente de minoração das


propriedades da madeira
Coeficientes de Modificação
Depende do tipo de material e da
classe de carregamento

Depende do tipo de material e da


classe de umidade

𝒌𝒎𝒐𝒅 = 𝒌𝒎𝒐𝒅,𝟏 ∙ 𝒌𝒎𝒐𝒅,𝟐


Valores de kmod,1

A classe de carregamento de determinada combinação de ações é definida pela duração acumulada prevista para
a ação variável tomada como a ação variável principal nessa combinação.
Valores de kmod,2
TENSÕES RESISTENTES CARATERÍSTICAS
Orientação em
Tensão Tipo
relação às fibras
fc0,k Compressão Paralela
fc90,k Compressão Normal
ft0,k Tração Paralela
ft90,k Tração Normal
fb0,k Flexão Paralela
fv0,k Cisalhamento Paralela
fv90,k Cisalhamento Normal
fe0,k Embutimento Paralela
fe90,k Embutimento Normal
COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO DA RESISTÊNCIA γw

Tensão γw
fc0,k 1,4
ft0,k 1,4
fv0,k 1,8
CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE RESISTÊNCIA E
RIGIDEZ DAS MADEIRA
CLASSES DE RESIST. DE ESPÉCIES DE FLORESTAS NATIVAS
(definidas em ensaios de corpos de prova isentos de defeitos)

Nestes casos admitir ft0,d = fc0,d e fm,d = fc0,d


CLASSES DE RESIST. DE
ESPÉCIES DE MADEIRAS
NATIVAS DO BRASIL

Continua
Continuação
CLASSES DE RESIST. DE
ESPÉCIES DE MADEIRAS
NATIVAS DO BRASIL
Continuação
CLASSES DE RESIST. DE
ESPÉCIES DE MADEIRAS
NATIVAS DO BRASIL
CLASSES DE RESISTÊNCIA DEFINIDAS EM ENSAIOS DE PEÇAS ESTRUTURAIS
(MADEIRA DE FLORESTAS PLANTADAS)
CLASSES DE RESISTÊNCIA DEFINIDAS EM ENSAIOS DE PEÇAS ESTRUTURAIS
(MADEIRA DE FLORESTAS PLANTADAS)

(GPa)
CLASSES DE RESISTÊNCIA DEFINIDAS EM ENSAIOS DE PEÇAS ESTRUTURAIS
(MADEIRA DE FLORESTAS PLANTADAS)

(kg/m(GPa)
3)
Densidades
Utilizada no cálculo do peso próprio
da estrutura

𝒎𝟏𝟐%
𝝆𝒂𝒑 = densidade aparente
𝑽𝟏𝟐%

𝒎𝒔𝒆𝒄𝒐
𝝆𝒃á𝒔 = (desidade básica)
𝑽𝒔𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂𝒅𝒐

Utilizada para a caracterização de


espécies pouco conhecidas
Valores Característicos X Valores Médios

Conversão:

𝒇𝒄,𝒌,𝟏𝟐 = 𝟎, 𝟕𝟎 ∙ 𝒇𝒄,𝒎,𝟏𝟐

𝒇𝒗,𝒌,𝟏𝟐 = 𝟎, 𝟓𝟒 ∙ 𝒇𝒗,𝒎,𝟏𝟐

𝟑 𝑼% − 𝟏𝟐
𝒇𝟏𝟐 = 𝒇𝑼% 𝟏+ (Limitado a U% ≤ 25 %)
𝟏𝟎𝟎
ALGUMAS CORRELAÇÕES IMPORTANTES

(se α ≥ 6°)

(p/ madeiras de florestas nativas – quando ft não for conhecida)

(caso fv0,m ou fv0,k não seja conhecida)

(caso fv0,m ou fv0,k não seja conhecida)


A MADEIRA COM MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Madeira maciça

Empregada em forma de troncos: postes, estacas,


Bruta ou Roliça escoramentos, colunas e etc.

Laterais aparadas a machado: estacas, cortinas cravadas,


Falquejada pontes e etc.

Serrada Troco cortado nas serrarias em dimensões padronizadas


PEÇAS ROLIÇAS (de seção transversal variável)
Podem ser calculadas como se fossem de seção circular constante representada pelo diâmetro equivalente (deq).
A MADEIRA COM MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Madeira Industrializada
(“Engenheirada”)

Compensada Lâminas finas coladas com direções das fibras alternadamente ortogonais

Lamelada e Colada (MLC) Lâminas finas coladas sob pressão com fibras paralelas

Laminada e Colada (LVL) Lâminas muito finas coladas sob pressão e temperatura controladas com
fibras paralelas

Recomposta Resíduos de madeira (flocos e/ou partículas) colados sob pressão

Recomposta orientada Resíduos de madeira (lascas orientadas) colados sob pressão


(OSB)

Lamelada Colada e Tábuas coladas com direções das fibras alternadamente ortogonais
Cruzada (MLCC ou CLT)
Madeira Serrada
Os troncos são cortados com serras especiais, de fita
contínua, que os divide em lâminas ou pranchas
paralelas, na espessura desejada (desdobro).

DESDOBRAMENTO PARALELO
• Menos oneroso
• Peças menos homogêneas

DESDOBRAMENTO RADIAL
• Mais oneroso
• Peças mais homogêneas
Madeira Serrada (área e espessura mínimas)

Amín = 50 cm2 Amín = 18 cm2

Peças principais Peças secundárias


isoladas (ex.: vigas, isoladas (ex.: diagonais,
banzos de treliças) montante, pendurais,
caibros, ripas e etc.)
Em estruturas industrializadas de madeira, as seções mínimas de
madeira e os diâmetros mínimos dos
pregos e parafusos podem ser inferiores aos mencionados,
desde que haja comprovação experimental
Amín = 35 cm2 Amín = 18 cm2
ou teórica de sua eficiência. Nesses casos, cabe à empresa
(cada um) produtora dessas estruturas o controle (cada um)
de qualidade desses materiais e de sua aplicação.
Peças principais Peças secundárias
múltiplas múltiplas
Madeira Serrada (área e espessura mínimas)

Em estruturas industrializadas de madeira, as seções mínimas de madeira e os

diâmetros mínimos dos pregos e parafusos podem ser inferiores aos

mencionados na NBR 7190:2022, desde que haja comprovação experimental

ou teórica de sua eficiência. Nesses casos, cabe à empresa produtora dessas

estruturas o controle de qualidade desses materiais e de sua aplicação.


Combinação das ações
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Coordenadoria de Engenharia Civil – Campus Aracaju
Disciplina Estruturas de Madeira
Prof. Marcílio Fabiano Goivinho da Silva
A NBR 7190:2022 orienta consultar a NBR 8681:2003 (ITEM 5.1.3 )
Ações permanentes diretas consideradas separadamente

ELU ELS
A NBR 7190:2022 orienta consultar a NBR 8681:2003 (TABELA 01 – valores de γg )
Ações permanentes diretas consideradas separadamente
A NBR 7190:2022 orienta consultar a NBR 8681:2003 (TABELA 03 – valores de γe )

Efeitos de recalques de apoio e de retração dos materiais


A NBR 7190:2022 orienta consultar a NBR 8681:2003 (TABELA 04 – valores de γq )

Efeitos de recalques de apoio e de retração dos materiais


A NBR 7190:2022 orienta consultar a NBR 8681:2003 (TABELA 04 – valores de ψ )
Valores dos fatores de combinação (ψ0) e de redução (ψ1 e ψ2) para as ações variáveis
A NBR 7190:2022 orienta consultar a NBR 8681:2003 (TABELA 06 – valores de ψ )
Valores dos fatores de combinação (ψ0) e de redução (ψ1 e ψ2) para as ações variáveis
Item 6.1 da NBR 7190:2022:
Comb. desfavoráveis
Comb. Últimas
VALORES DE γg normais
especiais ou de Comb. excepcionais
construção
Elementos estruturais
1,30 1,20 1,15
de madeira em geral;
Elementos estruturais
industrializados de 1,25 1,15 1,10
madeira.

CONSULTAR NBR 8681:2003 PARA MAIS DETALHES É ALTAMENTE RECOMENDADO!


PEÇAS TRACIONADAS
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Coordenadoria de Engenharia Civil – Campus Aracaju
Disciplina Estruturas de Madeira
Prof. Marcílio Fabiano Goivinho da Silva
LIMITES DE ESBELTEZ PARA PEÇAS TRACIONADAS

𝐋𝟎 ≤ 𝟓𝟎𝐡 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑎𝑚𝑏𝑎𝑔𝑒𝑚)

L0 L0 L0 12 λ∙h
λ= = = ⇒ L0 = ≤ 50h
r b ∙ h3 h 12
12 ൘
b∙h

∴ λ ≤ 173
LIMITES DE ESBELTEZ PARA PEÇAS TRACIONADAS

L0 = K E ∙ L
ESFORÇO RESISTENTE À TRAÇÃO
𝐍𝐭,𝐝 𝐤 𝐦𝐨𝐝 ∙ 𝐟𝐭𝟎,𝐤
𝛔𝐍𝐭 𝐝 = ≤ 𝐟𝐭𝟎,𝐝 ou 𝐑𝐝 = ∙ 𝐀𝐧 ≥ 𝐍𝐭,𝐝
, 𝐀𝐧 𝟏, 𝟒
Área de uma seção bruta

N° de conectores na seção crítica

Sendo Área de 1 furo na seção crítica


𝑨𝒏 = 𝑨𝒈 − 𝒏 ∙ 𝑨𝟎
Diâmetro do furo
𝑨𝒈 = 𝒃 ∙ 𝒕
Diâmetro do conector
𝑨𝟎 = 𝒅 𝟎 ∙ 𝒕

𝒅 + 𝟏 𝒎𝒎 parafusos passantes
𝒅𝟎 = ቊ
𝒅 (pregos e par. de rosca soberba)
Área líquida – furação regular (exemplo)

d0
Sd b
d0

d0

𝐴𝑔 − 𝑛 ∙ 𝐴0 = 𝑏 ∙ 𝑡 − 3 ∙ 𝑑0 ∙ 𝑡 = 𝒃 − 𝟑 ∙ 𝒅 + 𝟏, 𝟎 𝒎𝒎 𝒕 ← Parafusos
𝐴𝑛 = ൝
𝐴𝑔 − 𝑛 ∙ 𝐴0 = 𝑏 ∙ 𝑡 − 3 ∙ 𝑑0 ∙ 𝑡 = 𝒃 − 𝟑 ∙ 𝒅 𝒕 ← Pregos
Área líquida – furação enviesada (exemplo)
Seção crítica Seção crítica
1-1-1 1-2-2-1

1 d0 d0
Sd 2 b d0
1
d0 d0
2
1
s > 4d s ≤ 4d
t
s

• Furo muito próximo (s ≤ 4d ) de uma linha transversal de furos: ALINHADO!


• Furo não muito próximo (s > 4d ) de uma linha transversal de furos: DESALINHADO!
EXERCÍCIO
Qual é o valor do esforço resistente à tração de
cálculo de uma peça de seção transversal
retangular (b x h), cujas extremidades possuem
o detalhe ilustrado a seguir? Serão utilizados
parafusos de diâmetro d.

DADOS:
Conífera C35
b (cm) 5
h (cm) 14
d (mm) 12.7
x1 (cm) 5
x2 (cm) 3
y1 (cm) 3
y2 (cm) 2
C. C. Longa Duração
C. Umidade 1
EXERCÍCIO (Solução) Classe de carreg. de longa duração

𝒌𝒎𝒐𝒅 ∙ 𝒇𝒕𝟎,𝒌 Classe de umidade 1


𝑹𝒅 = ∙ 𝑨𝒏 =?
𝟏, 𝟒

𝑘𝑚𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 = 0,7 ∙ 1,0 = 0,70


Madeira C35 (𝑓𝑡0,𝑘 = 21 𝑀𝑃𝑎)

𝑓𝑡0,𝑘 = 21 𝑀𝑃𝑎 = 2,1 𝑘𝑁/𝑐𝑚2

𝐴𝑛 =? 4d = 4 ∙1,27 = 5,1 cm
n = 4 furos? (x1 ≤ 4d?) Lembrando que
n = 3 furos? (x2 ≤ 4d?) x1 = 5 cm
x2 = 3 cm
n = 2 furos? (x1 > 4d e x2 > 4d?)
Assim, n = 4 furos.
EXERCÍCIO (Solução)

𝐴𝑛 = 14 − 4 1,27 + 0,1 5
= 42,6 𝑐𝑚2

𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ 𝑓𝑡0,𝑘 0,70 ∙ 2,1


𝑅𝑑 = ∙ 𝐴𝑛 = ∙ 42,6 = 𝟒𝟒, 𝟕𝟑 𝒌𝑵
1,4 1,4

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