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ESTRUTURAS DE MADEIRA

PROFESSORA: MARILENE CARDOSO

2021
Conteúdo da aula 3:

• Considerações de cálculo
 Tipo de peças de madeira
• Madeira bruta ou roliça:
É a madeira empregada em forma de tronco, servindo para estacas,
escoramentos, postes, colunas etc.

• Madeira falquejada:
A madeira falquejada tem as faces laterais aparadas a machado,
formando seções maciças, quadradas ou retangulares; é utilizada em
estacas, cortinas cravadas, pontes etc.
 Tipo de peças de madeira
• Madeira serrada:
é o produto estrutural de madeira mais comum entre nós. O tronco é
cortado nas serrarias, em dimensões padronizadas para o comércio,
passando depois por um período de secagem

Local de
comercialização:
madeireiras ou
serrarias.
 Tipo de peças de madeira
Para aumentar o uso da madeira em construção diversos produtos foram
desenvolvidos com o objetivo de produzir peças de grandes dimensões e
painéis, com melhores propriedades mecânicas que a madeira utilizada como
base de fabricação. Algumas delas são: madeira compensada, madeira
laminada colada.

• Madeira compensada:
é a madeira formada pela colagem de lâminas finas, com as direções
das fibras alternadamente ortogonais .
 Tipo de peças de madeira
• Madeira laminada colada:
é o produto de madeira mais importante nos países da Europa e
América do Norte. A madeira selecionada é cortada em laminadas, de
15mm a 50mm de espessura, que são coladas sob pressão formando
grandes vigas, em geral de seção retangular.

As laminas podem ser coladas com cola


nas extremidades, formando peças de
grande comprimento.
 Tipo de peças de madeira
• Madeira laminada colada:
 Influencia de defeitos sobre a resistência
• Nós
A presença de nós produz concentração de
tensões e redução da resistência devido aos
desvios de direção das fibras. Os nós tem efeito
predominante na redução da resistência a tração.

• Fibras reversas

A fibras reversas não estão paralelas ao eixo da


peça, podem ser provocadas por causas naturais ou
por serragem. A resistência é reduzida,
principalmente na região tracionada, pois as forças
de tração produzem um componente transversal às
fibras que tende a separa-las, gerando fendas.
 Influencia de defeitos sobre a resistência
• Defeitos de secagem
Defeitos provocados devido a
secagem também reduzem a
resistência.

• Fendas São aberturas nas extremidades provocadas pela


secagem mais rápida na superfície.

As fendas têm influencia pronunciada na resistência da


madeira ao cisalhamento paralelo às fibras. No caso de
colunas, sujeitas a cargas de compressão axial ou de
pequena excentricidade, a influencia da fendas e
ventas é secundária.
 Influencia da umidade sobre a resistência

Com o aumento de umidade, a resistência diminui até ser atingido o


ponto de saturação das fibras; acima desse ponto a resistência mantêm-
se constante.
 Influencia da umidade sobre a resistência

Propriedades de resistência e elasticidade da madeira obtidas através de


ensaios onde o Teor de Umidade é diferente de 12% (10% <=0 <= 20%),
deve-se fazer as correções através das seguintes expressões, NBR 7190/97.

Para valores de umidade superior a 20% (25%) e temperatura entre 10%


e 60% (65°C) admite-se como desprezível as variações nas propriedades
da madeira.
 Influencia da umidade sobre a resistência
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190

Estado limite
Estados Limites de Ultimo
dimensionamento
Estado limite de
Utilização
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Combinações de ações
Combinações ultimas normais

Valor característico das ações permanentes

Valor característico da ação variável


considerada como ação principal
Valores reduzidos de combinação das
demais ações variáveis .
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Combinações de ações
Combinações de construção ou especiais

Valor característico das ações permanentes

Valor característico da ação variável


considerada como ação principal
ψ0j,ef é igual ao fator ψ0j adotado nas
combinações normais, salvo quando a
ação principal 𝐹𝑄𝑗,𝑘 tiver um tempo de
atuação muito pequeno, caso em que
ψ0j,ef 𝜓0𝑗,𝑒𝑓 pode ser tomado com o
correspondente 𝜓2𝑗 .
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Combinações de ações
Combinações excepcionais

é o valor da ação transitória


excepcional e os demais termos
representam valores efetivos definidos
anteriormente
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Fatores de combinação 𝜓0 , 𝜓1 e 𝜓2

São coeficientes de minoração das ações variáveis e que variam de acordo


com a ação considerada.
a) Sua aplicação no Estado Limite Último (𝝍𝟎)
São utilizados levando-se em conta que existe probabilidade remota de que
ações variáveis consideradas atuem simultaneamente.

b) Sua aplicação no Estado Limite de Utilização (𝜓1 e 𝜓2 )


São utilizados visando minorar os valores das ações variáveis para que
correspondam às condições de serviço, considerando a duração destas
ações. Para combinações de média duração emprega-se fator 𝜓1 enquanto
que para longa duração emprega-se 𝜓2
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Fatores de combinação 𝜓0 , 𝜓1 e 𝜓2
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Coeficientes de ponderação para ações variáveis ɣ

• São fatores pelos quais multiplicam-se os valores característicos das


ações para se obter os valores de cálculo;
• Eles consideram a ocorrência de fatores que possam interferir na
segurança da estrutura, seja por variabilidade das ações, por erros de
avaliação dos efeitos, por problemas construtivos ou ainda por
deficiência dos métodos de cálculo.

a) Sua aplicação no Estado Limite Último: varia de acordo com o tipo de


ação considerada: ações permanentes 𝛾𝑔 , ações variáveis 𝛾𝑞 e deformações
impostas 𝛾𝑒 ;

b) Sua aplicação no Estado Limite Utilização: o coeficiente de ponderação


é considerado igual a 1, salvo em situações definidas por normas especiais;
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
a.1) Coeficiente de ponderação para ações permanentes (𝛾𝑔 )

Ação permanente de pequena variabilidade: o peso da madeira classificada


estruturalmente cujo peso específico tenha coeficiente de variação não superior a 10%;
Ação permanente de grande variabilidade: quando o peso próprio da estrutura não supera
75% da totalidade dos pesos permanentes.
Ação permanente indiretas: são os efeitos de recalque de apoio e de retração de
materiais.
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
a.2) Coeficiente de ponderação para ações variáveis (𝛾𝑞 )

Em uma estrutura são ponderadas apenas as ações variáveis que produzem


efeitos desfavoráveis para segurança, majorando-se seus valores
característicos.
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Resistência de projeto

A tensão resistente de projeto 𝑓𝑑 de uma peça de madeira é calculada pela


equação:

A resistência característica fk é obtida por meio de ensaios padronizados de


curta duração (entre 3min e 8 min) em corpos de prova isentos de defeitos
, com grau de umidade padrão de 12%.

O coeficiente 𝛾𝑤 é o coeficiente de minoração das propriedades da


madeira.
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Resistência de projeto

Valores de 𝛾𝑤 para estados limites últimos


 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Resistência de projeto

coeficiente de modificação
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Resistência de projeto
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Resistência de projeto

A tabela a seguir desenvolvida pelo professor Walter Pfeil, apresenta os


valores de kmod3
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Resistência de projeto

A tabela a seguir desenvolvida pelo professor Walter Pfeil, apresenta os


valores de kmod3
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Classe de resistência

As classes de resistência foram introduzidas na norma para introduzir uma


padronização das propriedades da madeira. Este conceito permite a
utilização de várias espécies com propriedades similares em um único
projeto.
 Bases de cálculo segundo a NBR 7190
• Classe de resistência

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