Aula 06-1 PEMA - Dimensionamento de Estrutura de Madeira (NBR 7190) - Introdução - 2020

AULA 06-1 - PEMA
Dimensionamento de Estrutura
de Madeira (NBR 7190) –
Introdução
Prof: Geraldo Junior
Dimensionamento de Estrutura de Madeira (NBR 7190)
– Introdução
Principais Vantagens e Desvantagens da Estrutura em Madeira
Vantagens:
• Excelente relação resistência / peso: tração e compressão;
• Facilidade de fabricação de diversos produtos
industrializados;
• Bom isolante térmico.
Desvantagens:
• Aquisição de matéria prima;
• Mão de obra qualificada.
2
Prof. Geraldo Junior
– Introdução
• 55 anos;
• Arco bi-articulado maciço;
• Seção I: alma compensada
e mesas maciças;
• 31 m vão livre;
• Apoios em Concreto
Armado a cada 5,2 m;
• Contraventamento: peças
de madeira e barras de
aço intercaladas;
Ginásio Esportes São Carlos Clube

3
– Introdução
Ginásio Esportes São Carlos Clube

4
– Introdução
• 50 anos;
• Treliça em balanço;
• 2 apoios fixos;
• 11,5 m vão livre;
• Apoios em Concreto Armado a cada
4,0 m;
• Contraventamento: peças de madeira
e barras de aço intercaladas;
Arquibancada São Carlos Clube

5
– Introdução
Arquibancada São Carlos Clube

6
– Introdução
Propriedades principais das Madeira - Anisotropia
A madeira é um material
anisotrópico, ou seja, possui
diferentes propriedades em relação
aos diversos planos ou direções
perpendiculares entre si.
Não há simetria de propriedades

em torno de qualquer eixo.
7
– Introdução
Propriedades principais das Madeira - Resistência
Resistência é a aptidão da madeira

em suportar tensões.
A resistência característica (𝑓𝑘 ) é

determinada convencionalmente
pela máxima tensão que pode ser
aplicada a corpos de prova.
8
– Introdução
Para determinação da resistência de 𝒇𝒌

𝒇𝒅 = 𝒌𝒎𝒐𝒅 .
cálculo (𝑓𝑑 ), os efeitos da duração 𝜸𝒘
do carregamento e da umidade do
𝜸𝒘 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎
meio ambiente são considerados
por meio dos coeficientes de 𝛾𝑤𝑐 = 1,4 (resistência à compressão)
𝛾𝑤𝑡 = 1,8 (resistência à tração)
modificação (𝐾𝑚𝑜𝑑 ). 𝛾𝑤𝑉 = 1,8 (resistência ao cisalhamento)
9
– Introdução
𝒌𝒎𝒐𝒅 = 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟏 . 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟐 . 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟑
Relacionado a Classe de
Carregamento da ação
variável principal
10
– Introdução
Umidade do ambiente.
11
– Introdução
Categoria da madeira.
1º Categoria = todas as peças de madeira

da estrutura isentas de defeitos e
homogeneidade da rigidez entre todas as
peças de madeira. 12
– Introdução
Propriedades principais das Madeira - Rigidez
A rigidez do material é medida

pelo valor médio do módulo de
elasticidade, determinado na
fase de comportamento
elástico-linear.
13
– Introdução
O módulo de elasticidade 𝑬𝒘𝟎 , na

OBS: Na falta de determinação
direção paralela as fibras, é medido experimental é permitido adotar a
no ensaio de compressão paralela seguinte relação:
as fibras e o módulo de elasticidade
𝑬𝒘𝟗𝟎 , na direção normal as fibras, é 1
𝐸𝑤90 = . 𝐸𝑤0
medido no ensaio de compressão 20
normal as fibras
14
– Introdução
O módulo de elasticidade de cálculo 𝑬𝒄𝟎,𝒅 , na direção paralela as

fibras, é definido levando em consideração os coeficientes de
modificação (𝐾𝑚𝑜𝑑 ).
OBS: Valor efetivo do
módulo de elasticidade
transversal:
𝐸𝑐𝑜,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑1 . 𝑘𝑚𝑜𝑑2 . 𝑘𝑚𝑜𝑑3 . 𝐸𝑐𝑜,𝑚
1
𝐺𝑒𝑓,𝑑 = . 𝐸𝑐0,𝑑
15
15
– Introdução
Propriedades principais das Madeira - Umidade
Madeiras de árvores vivas ou

recém-abatidas apresentam-
se com elevada porcentagem
de umidade (70%) e
usualmente são conhecidas
como madeira saturada ou
“verde”.
16
– Introdução
Ao expor essa madeira ao meio
ambiente, a umidade se perde
rapidamente pela evaporação, até
que atinja o ponto de saturação
(umidade entre 20 e 30%). Após
atingir a umidade de saturação o
processo de secagem continua
lentamente até que se atinja a o teor
de umidade de equilíbrio de 12 %
17
– Introdução
A NBR 7190 define, para

dimensionamento, a condição padrão de
referência definida pelo teor de umidade
de equilíbrio da madeira de 12%.
Assim, para madeiras com teores de

umidade diferentes entre 10% e 20%
deverá ocorrer a correção das resistências
(tensão característica) (𝑓𝑘,12 ) e da rigidez
(módulo de elasticidade) (𝐸𝑘,12 )
NBR 7190 18
– Introdução
Assim, para madeiras com teores de

umidade diferentes entre 10% e 20%
deverá ocorrer a correção das resistências
(tensão característica) (𝑓𝑘,12 ) e da rigidez
(módulo de elasticidade) (𝐸𝑘,12 )
3. 𝑈% − 12
𝑓𝑘,12 = 𝑓𝑢,% . 1 +
100
2. 𝑈% − 12
𝐸𝑘,12 = 𝐸𝑢,% . 1 +
100
NBR 7190 19
– Introdução
Propriedades principais das Madeira - Densidade
A densidade é um critério representativo de qualidade da madeira.

Independente da espécie, a densidade do material lenhoso é de
aproximadamente 1500 kg/m3. A NBR 7190 define a “densidade
básica”, para fins de dimensionamento, a razão entre a massa seca
(𝑚𝑠 ) e o volume saturado (𝑉𝑣 ), ou seja, com todos os vazios internos
preenchidos por água
𝑚𝑠 𝐾𝑔
𝐷𝑏á𝑠𝑖𝑐𝑎 =
𝑉𝑣 𝑚3
20
– Introdução
Propriedades principais das Madeira - Densidade
21
– Introdução
Caracterização das Propriedades da Madeira Serrada
A resistência da madeira depende da DIREÇÃO do esforço em relação às
fibras. Suas principais propriedades são:
𝜌𝑎𝑝(12%) → peso específico médio aparente (umidade 12%);
𝑓𝑐𝑜,𝑘 → resistência à compressão na direção das fibras;
𝑓𝑡𝑜,𝑘 → resistência à tração na direção das fibras;
𝑓𝑡90,𝑘 → resistência à tração perpendicular (normal) às fibras;
𝑓𝑒0,𝑘 → resistência de embutimento paralelo às fibras;
𝐸𝑐𝑜,𝑚 → módulo de elasticidade médio na direção das fibras;
𝑓𝑉,𝑘 → resistência ao cisalhamento na direção das fibras;
22
– Introdução
Caracterização Simplificada das Propriedades da Madeira Serrada
Para espécies usuais, na falta da determinação experimental, permite-se
adotar as seguintes relações:
𝑓𝑐0,𝑘 𝑓𝑒0,𝑘
𝑎) = 0,77 𝑑) = 1,00
𝑓𝑡0,𝑘 𝑓𝑐0,𝑘
𝑓𝑐90,𝑘 𝑓𝑒90,𝑘
𝑏) = 0,25 𝑒) = 0,25
𝑓𝑐0,𝑘 𝑓𝑐0,𝑘
𝑓𝑡90,𝑘 𝑓𝑉0,𝑘
𝑐) = 0,05 𝑓) = 0,15
𝑓𝑡0,𝑘 𝑓𝑐0,𝑘
23
– Introdução
Valores característicos por classes de resistência - NBR 7190/1997
24
– Introdução
Valores característicos usuais de madeiras DICOTILEDÔNEAS
nativas e de florestamento (U=12%)
Nome comum 𝐾𝑔 𝑓𝑐𝑜,𝑘 𝑓𝑡𝑜,𝑘 𝑓𝑡90,𝑘 (𝑀𝑃𝑎) 𝑓𝑉,𝑘 𝐸𝑐𝑜,𝑚
𝜌𝑎𝑝(12%) (𝑚3)
(dicotiledôneas) (𝑀𝑃𝑎) (𝑀𝑃𝑎) (𝑀𝑃𝑎) (𝑀𝑃𝑎)
Angelim araroba 688 50,5 69,2 3,1 7,1 12876
Angelim ferro 1170 79,5 117,8 3,7 11,8 20827
Angelim pedra 694 59,8 75,5 3,5 8,8 12912
Angelim pedra verde 1170 76,7 104,9 4,8 11,3 16694
Branquilho 803 48,1 87,9 3,2 9,8 13481
Cafearana 677 59,1 79,7 3,0 5,9 14098
25
– Introdução
𝜌𝑎𝑝(12%) (𝑚3)
Canafistula 871 52,0 84,9 6,2 11,1 14613
Casca grossa 801 56,0 120,2 4,1 8,2 16224
Castelo 759 54,8 99,5 7,5 12,8 11105
Cedro amargo 504 39,0 58,1 3,0 6,1 9839
Cedro doce 500 31,5 71,4 3,0 5,6 8058
Champagne 1090 93,2 133,5 2,9 10,7 23002
26
– Introdução
𝜌𝑎𝑝(12%) (𝑚3)
Cupiúba 838 54,4 62,1 3,3 10,4 13627
Catiúba 1221 83,8 86,2 3,3 11,1 19426
Guará Roraima 892 78,4 108,0 6,9 11,9 18359
Guaiçara 919 62,4 70,9 5,5 15,5 17212
Ipê 1068 76,0 96,8 3,1 13,1 18011
Jatobá 1074 93,3 157,5 3,2 15,7 23607
27
– Introdução
𝜌𝑎𝑝(12%) (𝑚3)
Louro preto 684 56,5 111,9 3,3 9,0 14185
Maçaranduba 1143 82,9 138,5 5,4 14,9 22733
Mandioqueira 856 71,4 89,1 2,7 10,6 18971
Oiticica amarela 756 69,9 82,5 3,9 10,6 14719
Quarubarana 544 37,8 58,1 2,6 5,8 9067
Sucupira 1106 95,2 123,4 3,4 11,8 21724
Tatajuba 940 79,5 78,8 3,9 12,2 19583

28
– Introdução
Valores característicos usuais de madeiras CONÍFERAS
𝜌𝑎𝑝(12%) (𝑚3)
Pinho do Paraná 580 40,9 93,1 1,6 8,8 15225
Pinus caribea 579 35,4 64,8 3,2 7,8 8431
Pinus bahamensis 537 32,6 52,7 2,4 6,8 7110
Pinus hondurensis 535 42,3 50,3 2,6 7,8 9868
Pinus elliotti 560 40,4 66,0 2,5 7,4 11889
Pinus oocapa 538 43,6 60,9 2,5 8,0 10904
Pinus taeda 645 44,4 82,8 2,8 7,7 13304

29

Aula 06-1 PEMA - Dimensionamento de Estrutura de Madeira (NBR 7190) - Introdução - 2020

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Aula 06-1 PEMA - Dimensionamento de Estrutura de Madeira (NBR 7190) - Introdução - 2020

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

AULA 06-1 - PEMA

Ginásio Esportes São Carlos Clube

Ginásio Esportes São Carlos Clube

Arquibancada São Carlos Clube

Arquibancada São Carlos Clube

Não há simetria de propriedades

Resistência é a aptidão da madeira

A resistência característica (𝑓𝑘 ) é

Para determinação da resistência de 𝒇𝒌

𝒌𝒎𝒐𝒅 = 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟏 . 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟐 . 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟑

𝒌𝒎𝒐𝒅 = 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟏 . 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟐 . 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟑

𝒌𝒎𝒐𝒅 = 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟏 . 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟐 . 𝒌𝒎𝒐𝒅𝟑

1º Categoria = todas as peças de madeira

A rigidez do material é medida

O módulo de elasticidade 𝑬𝒘𝟎 , na

O módulo de elasticidade de cálculo 𝑬𝒄𝟎,𝒅 , na direção paralela as

Madeiras de árvores vivas ou

A NBR 7190 define, para

Assim, para madeiras com teores de

Assim, para madeiras com teores de

A densidade é um critério representativo de qualidade da madeira.

Angelim araroba 688 50,5 69,2 3,1 7,1 12876

Angelim ferro 1170 79,5 117,8 3,7 11,8 20827

Angelim pedra 694 59,8 75,5 3,5 8,8 12912

Angelim pedra verde 1170 76,7 104,9 4,8 11,3 16694

Branquilho 803 48,1 87,9 3,2 9,8 13481

Cafearana 677 59,1 79,7 3,0 5,9 14098

Canafistula 871 52,0 84,9 6,2 11,1 14613

Casca grossa 801 56,0 120,2 4,1 8,2 16224

Castelo 759 54,8 99,5 7,5 12,8 11105

Cedro amargo 504 39,0 58,1 3,0 6,1 9839

Cedro doce 500 31,5 71,4 3,0 5,6 8058

Champagne 1090 93,2 133,5 2,9 10,7 23002

Cupiúba 838 54,4 62,1 3,3 10,4 13627

Catiúba 1221 83,8 86,2 3,3 11,1 19426

Guará Roraima 892 78,4 108,0 6,9 11,9 18359

Guaiçara 919 62,4 70,9 5,5 15,5 17212

Ipê 1068 76,0 96,8 3,1 13,1 18011

Jatobá 1074 93,3 157,5 3,2 15,7 23607

Louro preto 684 56,5 111,9 3,3 9,0 14185

Maçaranduba 1143 82,9 138,5 5,4 14,9 22733

Mandioqueira 856 71,4 89,1 2,7 10,6 18971

Oiticica amarela 756 69,9 82,5 3,9 10,6 14719

Quarubarana 544 37,8 58,1 2,6 5,8 9067

Sucupira 1106 95,2 123,4 3,4 11,8 21724

Tatajuba 940 79,5 78,8 3,9 12,2 19583

Pinho do Paraná 580 40,9 93,1 1,6 8,8 15225

Pinus caribea 579 35,4 64,8 3,2 7,8 8431

Pinus bahamensis 537 32,6 52,7 2,4 6,8 7110

Pinus hondurensis 535 42,3 50,3 2,6 7,8 9868

Pinus elliotti 560 40,4 66,0 2,5 7,4 11889

Pinus oocapa 538 43,6 60,9 2,5 8,0 10904

Pinus taeda 645 44,4 82,8 2,8 7,7 13304

Você também pode gostar