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UNEMAT

Universidade do Estado de Mato Grosso

ESTRUTURAS DE MADEIRA
Professora: Engª Civil Silvia Romfim
AULA 03
1. INTRODUÇÃO: Madeira e suas características.

1.4 - PROPRIEDADES MECÂNICAS:


1.4.1 - Propriedades elásticas
a. Módulo de Elasticidade (E)
b. Módulo de elasticidade transversal (G)
c. Coeficiente de Poisson

1.4.2 - Propriedades de resistência


a. Compressão
b. Tração
c. Cisalhamento
d. Flexão simples
e. Torção
f. Resistência ao choque
AULA 03
1.5 - FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DA
MADEIRA
a. Fatores anatômicos
b. Defeitos por ataques biológicos
c. Defeitos de secagem
d. Defeitos de processamento da madeira

1.6 – DIMENSÕES
1.6.1 – Dimensões Comerciais
1.6.2 – Dimensões Normativas
Propriedades Mecânicas

PROPRIEDADES MECÂNICAS

As propriedades mecânicas são as


responsáveis pela resposta da madeira quando
solicitada por forças externas. São divididas em
propriedades de resistência e elasticidade.

A norma brasileira para estruturas de


madeira NBR 7190:1997 apresenta os métodos
de ensaio para a determinação destas
propriedades.
Propriedades Mecânicas

PROPRIEDADES ELÁSTICAS
Elasticidade é a capacidade do material de
retornar à sua forma inicial, após retirada a ação
externa que o solicitava, sem apresentar
deformação residual. Apesar de não ser um
material elástico ideal pois apresenta uma
deformação residual após a solicitação, a
madeira pode ser considerada como tal para a
maioria das aplicações estruturais.
Propriedades Mecânicas

As propriedades elásticas são descritas por três


constantes:
 módulo de elasticidade longitudinal (E),
 módulo de elasticidade transversal (G)
 coeficiente de Poisson.

Como a madeira é um material ortotrópico,


as propriedades de elasticidade variam de acordo
com a direção das fibras em relação à direção de
aplicação da força.
Propriedades Mecânicas

Módulo de Elasticidade (E)


De acordo com a norma brasileira trabalha-se com três valores de
módulo de elasticidade:
 Módulo de elasticidade longitudinal (E0), determinado
através do ensaio de compressão paralela às fibras da
madeira;

 Módulo de elasticidade normal (E90), que pode ser


representado como uma fração do módulo de elasticidade
longitudinal pela seguinte expressão:

 Módulo de elasticidade na flexão (EM), pode ser relacionado


com o módulo de elasticidade longitudinal pelas expressões
abaixo:
EM = 0,85 E0 Para as coníferas (Fonte: NBR 7190:1997)
EM = 0,90 E0 Para as dicotiledôneas (Fonte: NBR 7190:1997)
Propriedades Mecânicas

Coeficiente de Poisson

A norma brasileira, NBR 7190:1997, não traz em seu texto


nenhuma especificação a respeito de valores do coeficiente de
Poisson para a madeira.
Propriedades Mecânicas

PROPRIEDADES DE RESISTÊNCIA
Estas propriedades descrevem as resistências
últimas de um material quando solicitado por uma
força.
As propriedades de resistência da madeira
diferem segundo os três eixos principais, embora
com valores muito próximos nas direções
tangencial e radial. Por isso, as propriedades de
resistência são analisadas segundo duas direções:
paralela e normal às fibras.
Propriedades Mecânicas

COMPRESSÃO
Três são as solicitações às quais se pode submeter a
madeira na compressão: normal, paralela ou inclinada em
relação às fibras.
Compressão paralela: tendência de
encurtar as células da madeira ao longo
do seu eixo longitudinal. Desta forma as
células, em conjunto, conferem uma
grande resistência à madeira na
compressão.

Compressão normal: comprime as


células da madeira perpendicularmente
ao eixo longitudinal. Os valores de
resistência à compressão normal às fibras
são da ordem de 1/4 dos valores
apresentados pela madeira na
compressão paralela.
Propriedades Mecânicas

COMPRESSÃO

Compressão inclinada: age tanto


paralela como perpendicularmente às
fibras.
Propriedades Mecânicas

TRAÇÃO
Duas solicitações diferentes de tração podem ocorrer
em peças de madeira: tração paralela ou tração
perpendicular às fibras da madeira. As propriedades da
madeira referentes a estas solicitações diferem
consideravelmente.
Tração paralela: alongamento das
células da madeira ao longo do eixo
longitudinal.

Tração normal: tende a separar as


células da madeira perpendicular aos
seus eixos, onde a resistência é baixa,
devendo ser evitada.
Propriedades Mecânicas

CISALHAMENTO
Existem três tipos de cisalhamento que podem ocorrer em
peças de madeira.

Cisalhamento vertical: deforma as células da


madeira perpendicularmente ao eixo
longitudinal. Normalmente não é
considerado pois, outras falhas ocorrerão
antes. Como por exemplo, problemas na
compressão normal.
Cisalhamento horizontal: produz a
tendência das células da madeira de
separarem e escorregarem
longitudinalmente.
Cisalhamento perpendicular: Produz a
tendência das células da madeira rolarem
umas sobre as outras, transversalmente ao
eixo longitudinal.
Propriedades Mecânicas

FLEXÃO SIMPLES
Quando a madeira é solicitada à flexão simples
ocorrem quatro tipos de esforços:
 Compressão paralela às fibras,
 Tração paralela às fibras,
 Cisalhamento horizontal
 Compressão normal às fibras (nos apoios)

Fonte: CALIL, 1998


Propriedades Mecânicas

TORÇÃO
As propriedades da madeira solicitadas por torção são
muito pouco conhecidas. A norma brasileira recomenda evitar a
torção de equilíbrio em peças de madeira, em virtude do risco de
ruptura por tração normal às fibras decorrente do estado múltiplo
de tensões atuante.
Propriedades Mecânicas

RESISTÊNCIA AO CHOQUE

A resistência ao choque é a capacidade do material


absorver rapidamente energia pela deformação.
A madeira é considerada um material de ótima
resistência ao choque.
A norma brasileira prevê o ensaio de flexão dinâmica
para determiná-la.
Propriedades Mecânicas

Classes de Resistência
As classes de resistência das madeiras têm por
objetivo o emprego de madeiras com propriedades
padronizadas, orientando a escolha do material para
elaboração de projetos estruturais.
O enquadramento de peças de madeira nas
classes de resistência estão especificadas nas tabelas 8
e 9 da NBR 7190:1997.
Propriedades Mecânicas

Resistência
Propriedades Mecânicas

Coeficiente de Modificação
Os efeitos da duração do carregamento e da umidade do
meio ambiente são considerados por meio dos coeficientes de
modificação 𝐾𝑚𝑜𝑑 .
O 𝐾𝑚𝑜𝑑 é formado pelo produto:

𝐾𝑚𝑜𝑑 = 𝐾𝑚𝑜𝑑,1 . 𝐾𝑚𝑜𝑑,2 . 𝐾𝑚𝑜𝑑,3

𝐾𝑚𝑜𝑑,1 •Leva em conta a classe de carregamento e


.
o tipo de material empregado.

𝐾𝑚𝑜𝑑,2 •Leva em conta a classe de umidade e o tipo


de material empregado.

𝐾𝑚𝑜𝑑,3 •Leva em conta se a madeira é de primeira


ou de segunda categoria.
Propriedades Mecânicas

𝐾𝑚𝑜𝑑,1

Pagina 18 – NBR 7190:1997


Propriedades Mecânicas

𝐾𝑚𝑜𝑑,2

Pagina 18 – NBR 7190:1997


Pagina 14 – NBR 7190:1997
Propriedades Mecânicas

𝐾𝑚𝑜𝑑,3

1ª CATEGORIA 2ª CATEGORIA

1,0 0,8

A condição de madeira de primeira categoria somente


pode ser admitida se todas as peças estruturais forem classificadas
como isentas de defeitos, por meio de método visual normalizado,
e também submetidas a uma classificação mecânica que garanta
a homogeneidade da rigidez das peças que compõem o lote de
madeira a ser empregado.
Não se permite classificar as madeiras como de primeira
categoria apenas por meio de método visual de classificação.

Pagina 17 – NBR 7190:1997


Propriedades Mecânicas

Caracterização da Resistência
A NBR 7190/1997 estabelece três alternativas para se proceder
à caracterização da resistência das espécies de madeira a serem
empregadas na construção de estruturas. São elas:

Caracterização
• Para espécies desconhecidas.
Completa

Caracterização • Para espécies pouco


Mínima conhecidas.

Caracterização
• Para espécies bem conhecidas.
Simplificada

* Em todos os casos, para a caracterização da resistência da madeira


leva-se em conta a umidade de 12%.
Propriedades Mecânicas
Resistência
Caracterização Completa:
Resistência à compressão paralela às fibras (𝑓𝑐,0 )

Resistência à tração paralela às fibras (𝑓𝑡,0 )

Resistência à compressão normal às fibras (𝑓𝑐,90 )

Resistência à tração normal às fibras (𝑓𝑡,90 )


Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras
(𝑓𝑣,0 )
Resistência ao embutimento paralelo às fibras
(𝑓𝑒,0 )
Resistência ao embutimento normal às fibras
(𝑓𝑒,90 )
Densidade básica (𝜌𝑏𝑎𝑠 )

Densidade aparente a 12% de umidade (𝜌12 )


Propriedades Mecânicas
Resistência
Caracterização Mínima:
Resistência à compressão paralela às fibras (𝑓𝑐,0 )

Resistência à tração paralela às fibras (𝑓𝑡,0 )

Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras


(𝑓𝑣,0 )

Densidade básica (𝜌𝑏𝑎𝑠 )

Densidade aparente a 12% de umidade (𝜌12 )


Propriedades Mecânicas
Resistência
Caracterização Simplificada:

Resistência à compressão paralela às fibras (𝑓𝑐,0 )


Propriedades Mecânicas

FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DA MADEIRA

Pelo fato da madeira ser um material de origem


biológica, está sujeita a variações na sua estrutura que podem
acarretar mudanças nas suas propriedade. Estas mudanças são
resultantes de três fatores principais:

1. Anatômicos,

2. Ambientais

3. De utilização.
Propriedades Mecânicas

FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DA MADEIRA

1. Fatores anatômicos :

a. Densidade

b. Inclinação das fibras

c. Nós

d. Falhas naturais da madeira

e. Presença de medula

f. Faixas de parênquima
Fatores Anatomicos

Densidade
Quanto maior a densidade, maior é a quantidade de
madeira por volume e como conseqüência a resistência
também aumenta.
Inclinação das fibras
A inclinação das fibras tem uma influência significativa
sobre as propriedades da madeira a partir de certos valores.
Esta inclinação descreve o desvio da orientação das fibras da
madeira em relação a uma linha paralela à borda da peça.

A norma brasileira permite desconsiderar a influência


da inclinação das fibras para ângulos de até 6º.
Fatores Anatomicos

Nós
Os nós são originários dos galhos existentes nos troncos
da madeira após o desbaste dos mesmos. Existem dois tipos
de nós, os soltos e os firmes. Ambos reduzem a resistência da
madeira pelo fato de interromperem a continuidade e
direção das fibras. Também podem causar efeitos localizados
de tensão concentrada. A influência de um nó depende do
seu tamanho, localização, forma, firmeza e do tipo de tensão
considerada. No geral os nós têm maior influência na tração
do que na compressão.
Fatores Anatomicos

Nós
Fatores Anatomicos

Falha Natural da Madeira


Dois tipos de falhas principais podem ocorrer devido à
natureza da madeira. A primeira delas está relacionada com
o encurvamento do tronco e dos galhos durante o
crescimento da árvore, alterando o alinhamento das fibras e
podendo influenciar na resistência. Outro fator a ser
observado é a presença de alburno, que por suas próprias
características físicas apresenta valores de resistência
menores.
Fatores Anatomicos

Falha Natural da Madeira


Fatores Anatomicos
Presença de Alburno
Quando a peça serrada contém alburno, provoca
diminuição da resistência mecânica e facilita o ataque
biológico. Podem também surgir rachaduras no cerne
próximo à medula, decorrentes de fortes tensões internas
devidas ao processamento.
Fatores Anatomicos
Faixa de Parênquima
As faixas de parênquima têm baixa densidade e
pouca resistência mecânica. Quando presentes em
elementos submetidos à compressão, estes podem entrar em
ruína por separação dos anéis.
Ataques Biológicos
FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DA MADEIRA

2 . Defeitos por ataques biológicos :

a. Perfurações pequenas

b. Perfurações grandes

c. Podridão

d. Mancha
Defeitos Biológicos

Estes defeitos surgem dos ataques provenientes de


fungos ou insetos. Os insetos causam as perfurações, que
podem ser pequenas ou grandes, já os fungos causam
manchas azuladas e podridões (clara ou parda), como
ilustrado na figura 5 abaixo.
Defeitos Biológicos
Defeitos de Secagem
FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DA MADEIRA

3 . Defeitos de secagem :

a. Encanoamento

b. Encurvamento

c. Arqueamento

d. Torcimento
Defeitos de Secagem
São originados pela deficiência dos sistemas de
secagem e armazenamento das peças. Podem ser:
encanoamento, arqueamento, encurvamento, torcimento e
rachadura, como mostra a figura 6 abaixo.
Defeitos de
Processamento
FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DA MADEIRA

4 . Defeitos de processamento da madeira :

a. Arestas quebradas

b. Variação da seção transversal


Defeitos de
Processamento
São defeitos originados na manipulação, transporte,
armazenamento e desdobro da madeira. Destacam-se aqui
dois defeitos principais: as arestas quebradas e a variação da
seção transversal, como mostra a figura 7.
Dimensões
* Dimensões Comerciais

Apresenta-se na tabela abaixo a nomenclatura, seguida das


seções comerciais das madeiras encontradas
comercialmente no Brasil.
10.2 Dimensões mínimas
10.2.1 Dimensões mínimas das seções transversais
 Nas peças principais isoladas, como vigas e barras longitudinais de
treliças, a área mínima das seções transversais será de 50 cm² e a
espessura mínima de 5 cm.
 Nas peças secundárias esses limites reduzem-se respectivamente a 18
cm² e 2,5 cm.
 Nas peças principais múltiplas, a área mínima da seção transversal de
cada elemento componente será de 35 cm² e a espessura mínima de
2,5 cm.
 Nas peças secundárias múltiplas, esses limites reduzem-se
respectivamente a 18 cm² e 1,8 cm .
BIBLIOGRAFIA
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6230 -
ENSAIOS FÍSICOS E MECÂNICOS DE MADEIRAS. ABNT. Rio de Janeiro.
1980.

 ______. NBR 7190 - PROJETO DE ESTRUTURAS DE MADEIRAS. ABNT. Rio


de Janeiro. 1997.

 CALIL, Carlito Junior. ESTRUTURAS DE MADEIRA – USP São Paulo. 1998.

 CALIL Jr., C.; LAHR, F.A.R.; DIAS, A.A. - DIMENSIONAMENTO DE


ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE MADEIRA. Ed. Manole, Barueri, SP, 2003.

 MAINIERI, C.; CHIMELO, J.P. - FICHAS DE CARACTERÍSTICAS DAS


MADEIRAS BRASILEIRAS. IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas,
Divisão de Madeiras, São Paulo, 1989.

 MOLITERNO, A. - CADERNO DE PROJETO DE TELHADOS EM ESTRUTURAS


DE MADEIRA. Ed. Edgard Blücher Ltda, São Paulo, 1981.
Atividade 01
01) Determinar o valor de cálculo da resistência da madeira à
compressão paralela às fibras da espécie Cupiúba (Goupla Glabra). São
dados:
 Valor médio da resistência à compressão paralela às fibras da
espécie, determinado em laboratório inidôneo, igual a Mpa;
 Carregamento de longa duração;
 Peças estruturais de madeira serrada não classificada;
 Classe de umidade 4.

Resposta:

O valor característico da RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO PARALELA ÀS FIBRAS é dada


pela expressão:

𝒇𝒄𝟎,𝒌
𝒇𝒄𝟎,𝒅 = 𝑲𝒎𝒐𝒅,𝟏 . 𝑲𝒎𝒐𝒅,𝟐 . 𝑲𝒎𝒐𝒅,𝟑 .
𝜸𝒘

Pagina 17 – NBR 7190:1997


Atividade 01
Resposta:
Assim temos:
 Compressão paralela às fibras: 𝛾𝑤𝑐 = 1,4 (pg. 18 NBR 7190:1997)
 Carregamento de longa duração e madeira serrada: 𝑲𝒎𝒐𝒅,𝟏 =
0,70 (tabela Anexo)
 Classe de umidade 4 e madeira serrada: 𝑲𝒎𝒐𝒅,𝟐 = 0,80 (tabela Anexo)
 Peças estruturais não foram classificadas: 𝑲𝒎𝒐𝒅,𝟑 = 𝟎, 𝟖𝟎 (tabela
Anexo)
 O valor da resistência característica à compressão paralela foi
determinado em laboratório idôneo. Assim:

𝑓𝑐0,𝑚 ∶ 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑎 à𝑠 𝑓𝑖𝑏𝑟𝑎𝑠 (𝑚é𝑑𝑖𝑜)

𝐟𝐜𝟎,𝐤 = 𝟎, 𝟕 . 𝐟𝐜𝐨,𝐦 𝐟𝐜𝟎,𝐤 = 𝟎, 𝟕 . 54,4 𝐟𝐜𝟎,𝐤 ≌ 𝟑𝟖 MPa

Tabela E.1 – NBR 7190:1997


Atividade 01
Atividade 01
Com esses valores, chega-se a:

𝟑𝟖
𝒇𝒄𝟎,𝒅 = 𝟎, 𝟕𝟎 . 𝟎, 𝟖𝟎 . 𝟎, 𝟖𝟎 .
𝟏, 𝟒

𝒇𝒄𝟎,𝒅 ≌ 𝟏𝟐 𝑴𝑷𝒂

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