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Introdução sobre Parafusos de

potência e de fixação

Elementos de Máquinas 1

Introdução
 Algumas considerações
(Collins et al., 2019; Almeida et al., 2017; Norton, 2013)
 Junções nas máquinas e estruturas são fundamentais para o sucesso do projeto
 Falhas podem acontecer se a especificação for inapropriada
 Comumente são padronizados por norma  relação direta com custo
 Grande diversidade de tipos, roscas e cabeças

Imagem da internet. Exemplo de tipos de arruelas


Disponível em: <https://www.arsparafusos.com.br/distribuidora-arruelas>

Imagem da internet. Exemplo de tipos de parafusos


Disponível em: <https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/maquinas-e-equipamentos/portofix-
Imagem da internet. Exemplo de tipos de porcas
industrial/produtos/acessorios/parafusos-especiais> Disponível em: <http://crvindustrial.com/blog/porcas-
principais-tipos-e-aplicacoes>

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Aplicações

Figura. Exemplo de aplicação em tração: Flange


Figura. Fixações mais comuns com parafuso Fonte: Juvinall e Marshek, 2019)
Fonte: (Collins et al., 2019)

Figura. Exemplo de aplicação em cisalhamento


Fonte: Juvinall e Marshek, 2019)

Figura. Exemplo de aplicação para gerar trabalho


Fonte: (Collins et al., 2019)
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Aplicações

Vídeo da internet. Montagem de uma estrutura


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=g6sSbazsyLw>

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Rosca
 Algumas considerações
(Collins et al., 2019; Almeida et al., 2017; Norton, 2013; Almeida et al., 2017)
 O elemento comum entre os vários fixadores é a rosca. Em termos gerais, a rosca é
uma hélice que faz com que o parafuso avance sobre o material ou porca quando
rotacionado
 As roscas podem ser externas ou internas (porcas ou furo rosqueado)
 As roscas são padronizadas por norma
 Podem ter passos normais, finos ou ultrafinos

Imagem da internet. Exemplo de tipos de porcas


Disponível m:
<http://www.tchsy.com/index.php/product/index/g/e/id/10.html>

Figura. Terminologia de rosca de parafuso


Fonte: Adaptado de (Budynas e Nisbett, 2016)

Figura. Rosca Métrica ISO


Fonte: (Provenza, 1960)

Tensões em roscas
 Axial (Almeida et al., 2017; Budynas e Nisbett, 2016; Juvinall e Marshek, 2019)
 Um parafuso de potência pode ser submetido a cargas axiais de tração ou
compressão
 Parafusos de fixação normalmente são submetidos à cargas de tração.
 Área de tração é melhor representada pela equação abaixo (Norton, 2013)

Fonte: (Norton, 2013)

Fonte: (Norton, 2013)

 Flambagem é possível em carregamentos de compressão em parafusos de potência

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Tensões em roscas
 Cisalhamento
(Almeida et al., 2017; Budynas e Nisbett, 2016; Juvinall e Marshek, 2019; Norton, 2013)
 Um possível modo de falha por cisalhamento envolve o rasgamento de filetes
de rosca tanto da porca quanto do parafuso;
 Se o material da porca for mais fraco (como quase sempre ocorre), os seus
filetes de rosca podem ser cortados ao longo do seu diâmetro maior.

 Comprimento mínimo de porca em cisalhamento (Norton, 2013):


 Se uma porca for suficientemente longa, a carga necessária para rasgar
os filetes de rosca excederá o valor da carga requerida para falhar sob
tração.
 ou seja, a falha acontecerá primeiro por tração

 Para casos em que os materiais da porca e do parafuso são iguais pode-


se utilizar valor mínimo de (0,6.d);
 Para fixação em chapas de aço baixo carbono recomenda-se comprimento
de rosca mínimo igual a d;

 Porcas normalizadas de altura normal (por exemplo DIN 934) tem


comprimento de (0,8.d)

Tensões em roscas
 Torção
(Almeida et al., 2017; Budynas e Nisbett, 2016; Juvinall e Marshek, 2019; Norton, 2013)
 Quando uma porca é apertada em um parafuso, ou quando um torque é
transmitido através de uma porca de um parafuso de potência, uma tensão de
torção pode ser desenvolvida no parafuso.
 A tensão de torção pode ser calculada por

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Fabricação de fixadores
 Os parafusos podem ser fabricados de várias maneiras
(Almeida et al., 2017; Budynas e Nisbett, 2016; Juvinall e Marshek, 2019; Norton, 2013)
 Tarrachas, por laminação ou por corte
 influenciam na resistência e propriedades.

Fonte: (Norton, 2013)

Fabricação de fixadores

Vídeo da internet. Fabricação de parafusos em grande escala


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wzAexYWLmHE>

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Fabricação de fixadores

Vídeo da internet. Exemplo de usinagem de roscas


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=UUjdEmSRr9M>

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Resistência de parafusos padronizados


 Carga de prova
(Almeida et al., 2017; Budynas e Nisbett, 2016; Juvinall e Marshek, 2019; Norton, 2013)
 A resistência de prova Sp é a tensão sob a qual o parafuso começa a
apresentar deformação permanente, e é próxima, porém inferior, à resistência
de escoamento do material
 Especificam material, tratamento térmico e resistência mínima

Fonte: (Norton, 2013)

Fonte: (Norton, 2013)

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Resistência de parafusos padronizados
 Parafusos métricos

Fonte: (Norton, 2013)

Fonte: (Norton, 2013)

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Tipos de parafusos, porcas e arruelas

Fonte: (Juvinall e Marshek, 2019)

Fonte: (Norton, 2013)

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Tipos de roscas
Fixação: várias opções de tipos e materiais Parafuso de potência:
Fonte: Adaptado de (Budynas e Nisbett, 2016)
 Roscas mais robustas
Foco disciplina:
Métrico - Aço

Fonte: Catálogo Ciser (2021)

Figura. Tipos de roscas para parafuso de potência


Fonte: (Juvinall e Marshek, 2019)
Fonte: Catálogo (Ciser, 2021) Fonte: Catálogo (Ciser, 2021)
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Dimensões de roscas métricas

Fonte: (Norton, 2013)

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Sugestão de estudo
 Detalhe de fixações com vibração:
https://www.youtube.com/watch?v=IKwWu2w1gGk
https://www.youtube.com/watch?v=4-A9MMnAwA8

 Dados de catálogos:
https://www.ciser.com.br/userfiles/paginas/catalogo-de-produtos-ciser-rev-12-2020.pdf

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Referências
 1ALMEIDA, J. C.; LIMA, K. F.; BARBIERI, R. Elementos de Máquinas - Projeto de
Sistemas Mecânicos. 1ª edição - Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

 1BUDYNAS, R. G.; NISBETT, J. K. Elementos de Máquinas de Shigley. 10ª edição - Porto


Alegre: AMGH, 2016.

 1COLLINS, J. A.; BUSBY, H.; STAAB, G. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas. 2ª


edição - Rio de Janeiro : LTC, 2019.

 1JUVINALL, M. R.; MARSHEK, K. M. Fundamentos do Projeto de Componentes de


Máquinas. 5ª edição - Rio de Janeiro: LTC, 2019.

 1NORTON, L. R. Projeto de Máquinas. 4ª edição - Porto Alegre: Bookman, 2013.

 PROVENZA, Francesco. Desenhista de máquinas. São Paulo, SP: F. Provenza, 1960.

Catálogos de fabricante
 Ciser. Catálogo de produtos. disponível em <https://www.ciser.com.br/userfiles/paginas/catalogo-de-
produtos-ciser-rev-12-2020.pdf>. Acesso em mar.2021.
Obs:
1Estes livros podem ser visualizados por alunos da UTFPR na plataforma ‘Minha Biblioteca’ no link abaixo:

https://webapp.utfpr.edu.br/bibservices/minhaBiblioteca

Este material tem fim exclusivamente didático


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Parafusos de potência

Prof.: João Luiz do Vale

Introdução
• Os parafusos de potência, também conhecidos como parafusos de
avanço, são utilizados para converter movimento rotacional em
movimento linear;
• Utilizado em atuadores, máquinas de produção e macacos, entre
várias outras aplicações;
• Eles são capazes de produzir grande vantagem mecânica e,
portanto, podem levantar e mover grandes cargas.
• Nesses casos, uma rosca muito forte é necessária.

Curiosidade: Parafuso de Arquimedes:


https://www.youtube.com/watch?v=eP3vnZRMpHc 2
Introdução

Tipos de roscas

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Tipos de roscas

Tipos de roscas

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Funcionamento

• A porca é girada pela aplicação de um


torque T e o parafuso se move para cima
para levantar a carga P ou para baixo para
abaixá-la;
• Deve haver algum atrito na superfície de
carga para evitar que o parafuso rode com a
carga;

Análise de força e torque

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Análise de força e torque
• A INCLINAÇÃO DO PLANO É CHAMADA DE ÂNGULO DE AVANÇO

Análise de força e torque

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Análise de força e torque

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Análise de força e torque

α= ângulo radial da rosca

12
Coeficiente de atrito

• Experimentos indicam que o coeficiente de atrito em uma combinação


parafuso-porca lubrificada por óleo vale cerca de 0,15 ± 0,05;

• Aço sobre bronze ou aço sobre ferro fundido são combinações comuns
para este tipo de mancal;

• Para fuso de esferas pode-se utilizar coeficiente de atrito menores;

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Autotravamento

• O termo autotravamento se refere à condição na qual um parafuso não


pode ser girado pela aplicação de uma força axial (não como um torque)
à porca, seja qual for a sua magnitude;

• Ele não necessita um freio para manter a carga;

• A condição de autotravamento de um parafuso de potência ou avanço é


facilmente prevista se o coeficiente de atrito de uma junta parafuso-
porca for conhecido.

 Importante para segurança;

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Eficiência de parafusos

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Exercício proposto
Determine os torques de levantamento e abaixamento e a eficiência do parafuso
de potência abaixo.
Considere rosca Acme 2in e Diâmetro do colar de 60 mm;
Verifique autotravamento;
Rosca de uma entrada
Considere atrito do parafuso como 0,25;
Considere atrito do rolamento como 0,02;
Carga P = 2000 Kgf;
 Determine qual potência para manter o sistema em elevação em
1m/min.
 Determine qual a força aplicada em uma alavanca com 800mm de
comprimento

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Parafusos em carga estática

Elementos de Máquinas 1

Introdução
 Algumas considerações
(Collins et al., 2019; Almeida et al., 2017; Norton, 2013; Budynas e Nisbett, 2016)

 Uma das aplicações primárias de parafusos e porcas é a de juntar peças em


situações tais que as cargas aplicadas colocam o parafuso ou os parafusos em
tração

 É prática comum pré-carregar a junta apertando os parafusos com suficiente


torque para criar cargas de tração que se aproximam às respectivas
resistências de prova:
 Pré carga de 90% para cargas estáticas
 Pré carga de 75% para cargas dinâmicas

 As razões para isso são sutis e requerem entendimento de como as


elasticidades do parafuso e membros sendo unidos interagem quando parafuso
é apertado e quando a carga externa é aplicada.

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Pré-carga em junções aparafusadas
 Quando apertamos o parafuso (aplicação de torque):
(Collins et al., 2019; Almeida et al., 2017; Norton, 2013; Budynas e Nisbett, 2016)
 O material da junta fica submetido à compressão
 O parafuso fica submetido à tração
Podemos pensar na junta como
uma mola sendo comprimida

Ti Figura. Simulação de junta aparafusada


Fonte: o autor
Imagem da internet. Compressão da junta (Mola)
Disponível em: <http://www.cudacountry.net/html/sw_spring.html>

 Considerando a rigidez dos materiais:


 Parafuso (kb)
 Material da junta (km)
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Parafusos pré-carregados sob carga estática


|F|
|Fb|
|Fi| Pb Hipótese Veja que:
P Km>Kb  Parafuso sofre deflexão e aumenta seu comprimento
Km Pm  A junta tende a retornar pra condição inicial
Kb
|Fm| Δδm = Δδb

Δδm Fonte: o autor Δδb δ |Fi|= |(Fm)i|= |(Fb)i|


Δδ
(δm)i (δb)i

i) Condição inicial do modelo (sem cargas) ii) Pré-aperto iii) Aplicação de P

P
Ti
Ti
Imagem da internet. Compressão da junta (Mola)
Adaptado. Disponível em: <http://www.cudacountry.net/html/sw_spring.html>
Vamos considerar que a cabeça
do parafuso está engastada

Figura. Aplicação de carga em juntas aparafusadas


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Fonte: (Norton, 2013)
Parafusos pré-carregados sob carga estática
|F|
 Surge o conceito de constante da junta (C)
|Fb|
(Norton, 2013; Budynas e Nisbett, 2016)
|Fi| Kb Pb
 Pode ser interpretado como um percentual
P da força externa P que vai para o parafuso
Pm  Diretamente associado ao Km e Kb
 Veja que somente uma parcela da carga
Km |Fm|
externa (Pb) vai para o parafuso
 A junta falha quando ao se aplicar uma carga P:
Δδm Fonte: o autor Δδb δ (Norton, 2013; Budynas e Nisbett, 2016)
(δm)i (δb)i  Fb atinge nível para causar falha no parafuso

P = Pm + Pb  ou Fm se anula causando falha de separação


da junta

Δδ =Δδm = Δδb Supondo que a junta falha com carga Po


Com isso, o CS para separação de junta

Parafusos pré-carregados sob carga estática

C=1
Km=0

Falha da junta

Figura. Forças na junção vs. Carregamento externo


Fonte: adaptado de (Juvinall e Marshek, 2019)

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Parafusos pré-carregados sob carga estática

Vídeo da internet. Vídeo didático dos esforços em juntas aparafusadas


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-gptqNildV4>

Determinação do fator de rigidez de junta


 Rigidez do material da junta Km
(Collins et al., 2019; Almeida et al., 2017; Norton, 2013; Budynas e Nisbett, 2016)

 Distribuição de tensão é complexa


 Tensão mais alta abaixo do parafuso e tende a ficar menor com o afastamento
lateral
 A certa distância lateral a tensão cai a zero
 A certa distância do centro a junta se separa

Figura. Resultado de FEA. Figura. Estimativa de volume efetivo sob tensão na junta.
Fonte: (Norton, 2013) Fonte: (Juvinall e Marshek, 2019)

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Determinação do fator de rigidez de junta
 Constante de rigidez da junta C – Modelo de Cornwell (Norton, 2013)

Cornwell adequou equações empíricas aos dados da análise por elementos finitos,
que, tomados juntos, calculam a constante C da rigidez da junta como uma função
de:
 diâmetro do parafuso d,
 comprimento sujeitado l,
 espessura relativa da placa das duas partes sujeitadas
 e os dois módulos de elasticidade E dos materiais sujeitados.

As equações empíricas estão de acordo com os dados de FEA de todos os


modelos com um erro médio de 0,6% e possuem um coeficiente de correlação
com os dados de 0,9998.

Cornwell define uma razão de aspecto de junta j

E uma razão do módulo do parafuso r:

Determinação do fator de rigidez de junta


 Constante de rigidez da junta C – Modelo de Cornwell (Norton, 2013)
 Resultado de Cr = f(r):
 Já é a constante da junta levando em conta o parafuso

Fonte: (Norton, 2013)


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Determinação do fator de rigidez de junta
 Constante de rigidez da junta C – Modelo de Cornwell (Norton, 2013)

 Caso de mesmo material de Junta:


 C=Cr

 Caso de materiais diferentes na Junta:


 O fator Cr deve ser calculado separadamente para cada material.
 Teremos dois fatores CH e CL que representam fatores de junta para a
mesma conexão feitos inteiramente do material do alto ou do baixo
módulos, respectivamente.
 Na disciplina focaremos no caso anterior.

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Determinação do fator de rigidez de junta


 Rigidez do parafuso Kb
(Collins et al., 2019; Almeida et al., 2017; Norton, 2013; Budynas e Nisbett, 2016)
 Pode ser considerado como cilindros numa associação em série:

Fonte: (Norton, 2013)

 Rigidez do parafuso Kb – Modelo de Cornwell (Norton, 2013)


 Efeitos de deflexão da cabeça do parafuso, que podem ser muito maior que a
rigidez teórica do parafuso prevista pela equação anterior.
 A deflexão da cabeça pode ser incluída pelo uso da seguinte equação para
rigidez do parafuso:

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Juntas com vedação
 Considerações
(Collins et al., 2019; Almeida et al., 2017; Norton, 2013; Budynas e Nisbett, 2016)
 Para se ter o melhor proveito do pré-aperto, deve utilizar vedação com gaxeta
confinada.
 Valor de Km muda significativamente com gaxeta não confinada (ver exemplo
Norton, 2013).

Figura. Flange com gaxeta não confinada Figura. Flange com gaxeta confinada
Fonte: (Juvinall e Marshek, 2019) Fonte: (Juvinall e Marshek, 2019)

Fonte: (Norton, 2013)


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Controle de Pré-carga
 Considerações
(Collins et al., 2019; Almeida et al., 2017; Norton, 2013; Budynas e Nisbett, 2016)
 A quantidade de pré-carga é obviamente um fator importante no projeto do
parafuso;
 Um método mais conveniente, porém menos preciso, mede ou controla o
torque aplicado à porca ou à cabeça de um parafuso de cabeça.

Imagem da internet. Montagem de parafuso com ferramenta


Disponível em: <http://blog.lojadotorquimetro.com.br/tipos-de-torquimetro/>

 O torque necessário para desenvolver uma pré-carga pode ser calculado com
a Equação desenvolvida para parafusos de potência.

Onde Ki é chamado de coeficiente de torque

 Considerando µ=0,15 (roscas lubrificadas) e detalhes geométricos de filete de


rosca métrica, temos:

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Tecnologia de aperto de parafusos

Imagem da internet. Torquímetro de estalo. Imagem da internet. Torquímetro de vareta.


Disponível em: <https://www.lojadomecanico.com.br/produto/ Disponível em: <http://blog.lojadotorquimetro.com.br/como-
3918/1/21/torquimetro-de-estalo-12-pol-200nm-gedore-3550-20> usar-um-torquimetro-vareta/>

 Sugestão de leitura:
 Livro Norton sobre outros métodos de controle de pré-carga;
 http://www.valona.com.br/downloads/Tecnologiadeaperto.pdf

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Referências
 1ALMEIDA, J. C.; LIMA, K. F.; BARBIERI, R. Elementos de Máquinas - Projeto de
Sistemas Mecânicos. 1ª edição - Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

 1BUDYNAS, R. G.; NISBETT, J. K. Elementos de Máquinas de Shigley. 10ª edição - Porto


Alegre: AMGH, 2016.

 1COLLINS, J. A.; BUSBY, H.; STAAB, G. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas. 2ª


edição - Rio de Janeiro : LTC, 2019.

 1JUVINALL, M. R.; MARSHEK, K. M. Fundamentos do Projeto de Componentes de


Máquinas. 5ª edição - Rio de Janeiro: LTC, 2019.

 1NORTON, L. R. Projeto de Máquinas. 4ª edição - Porto Alegre: Bookman, 2013.

Obs:
1Estes livros podem ser visualizados por alunos da UTFPR na plataforma ‘Minha Biblioteca’ no link abaixo:
https://webapp.utfpr.edu.br/bibservices/minhaBiblioteca

Este material tem fim exclusivamente didático

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Parafusos em carga estática
Aula de exercícios

Elementos de Máquinas 1
1

Exercício proposto de junta aparafusada - Estática


Considere a flange do desenho abaixo com gaxeta confinada. A pressão p gera uma uma
força de 20 kN nos 4 parafusos M8 (classe 5.8). A condição especificada de pré-aperto é de
85% da carga de prova do parafuso.
Dados:
- Espessura das placas da flange (total) = 32 mm
- Chapas da junta e parafusos em aço
Determine:
a) Pré-carga do parafuso
b) Torque de pré-aperto
c) A constante da junta considerando modelo de Cornel (Norton, 2013)
d) CS de separação da junta
e) CS para falha do parafuso. Considere limite como Sy
f) Esboce o gráfico de forças por deformação dos elementos.
g) Verifique e discuta qual a força externa P’ que causa a falha do parafuso

Fonte: (Collins et al., 2019)


2
Dados de parafusos métricos e classe

Fonte: (Norton, 2013)

Fonte: (Norton, 2013)


Referências:
COLLINS, J. A.; BUSBY, H.; STAAB, G. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas. 2ª
edição - Rio de Janeiro : LTC, 2019.
NORTON, L. R. Projeto de Máquinas. 4ª edição - Porto Alegre: Bookman, 2013.

Este material tem fim exclusivamente didático


3

Parafusos em carga dinâmica

Prof.: João Luiz do Vale

1
Introdução
• A importância da pré-carga é ainda maior em uniões carregadas
dinamicamente que em juntas carregadas estaticamente;

• Existem vários exemplos de situações com esse tipo de


carregamento:
 Vasos de pressão;
 Máquinas com movimento cíclicos;
 Pontes com passagem de automóveis;
 Entre outras.

• Os princípios de cálculo e avaliação da junta em carga estática serão


úteis para este tipo de aplicação;

Introdução

Peneira vibratória:
https://www.youtube.com/watch?v=zzLQwx4YSSA
3
Considerações sobre junta em carga dinâmica
• Para este tipo de aplicação a carga P varia com relação ao tempo;
• Em cargas maiores que zero, o valor de P é absorvido tanto pelo
parafuso como pelo material da flange;
•  Importante considerar a pré-carga para se ter os benefícios já
discutidos;

Considerações sobre junta em carga dinâmica

 Modelo para encontrar Kf leva em conta testes de fadiga em


parafusos cortados e laminados.

 Pode-se usar também tabelas:

 Aproximadamente:
 15% falham nos filetes sob a cabeça;
 20% falham no final das roscas no corpo do parafuso;
 65% falham na rosca de face da porca;
5
Considerações sobre junta em carga dinâmica
• As tensões calculadas no parafuso necessitam ser comparadas a um
conjunto de parâmetros de resistência do material em um diagrama
de Goodman modificado;
• O limite de resistência à fadiga pode ser calculado com correção
de parâmetros;
• Coeficiente de segurança também seguem as mesmas
considerações já discutidas;
• Deve-se atentar que a pré-carga elevada faz com que o ponto
dentro do diagrama de Goodman fique relativamente mais para a
direita que em projeto de eixos por exemplo;

Considerações sobre junta em carga dinâmica

7
Considerações sobre junta em carga dinâmica

Exercício proposto
Uma junta aparafusada, conforme desenho em detalhe abaixo, é solicitada a uma carga P
alternante entre valores de 0 e 4 kN por parafuso. Não há gaxetas na flange.

Realize uma iteração e com a resposta especifique um parafuso métrico da classe 8.8, com
pré-carga de 80% para vida infinita com CS de 1,8.
Esboce o diagrama de Goodman (caso 3).

Para o parafuso especificado determine:


 Pré-carga e torque de aperto;
 Coeficiente de segurança para separação;
 Coeficiente de segurança para carga de prova do parafuso;

Considere:
 C = 0,19
 99% confiabilidade
 Rosca usinada

9
Dados de parafusos métricos e classe

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Fixadores em cisalhamento

Prof.: João Luiz do Vale

1
Introdução
• Os parafusos também são usados para resistir a cargas de
cisalhamento;

• A pré-carga de tração nesse caso serve para criar grandes forças de


atrito entre elementos aparafusados, que então podem resistir à
carga de cisalhamento;

• Em projetos de máquinas, onde as relações dimensionais entre as


partes requerem em geral tolerâncias muito menores que no trabalho
estrutural, não é considerada boa prática utilizar parafusos de porca
e sem porca em cisalhamento para posicionar ou suportar partes de
máquinas de precisão sob cargas de cisalhamento;

• Em vez disso, uma combinação de parafusos e pinos passantes


deve ser utilizada com os pinos suportando cargas de cisalhamento;

Em resumo:
 Pré-cargas são importantes para criar forças de atrito;
 Normalmente são utilizados pinos passantes para garantir
posicionamento adequado e resistência ao cisalhamento.

3
Distribuição de carga nos fixadores
 Para a montagem devem haver folgas nos furos;
 Isso compromete a distribuição de carga;
 Deve-se fazer considerações para o número de parafusos que
suportam as cargas – ou no CS;

Centróides de grupos de fixadores


 Quando um grupo de fixadores é arranjado em um padrão
geométrico, a localização do centróide de áreas dos fixadores é
necessária para que se possa fazer uma análise de forças.
 DCL para determinar esforços;

5
Considerações para resistência
 Pode-se usar a relação de Von Mises para a tensão de
escoamento (caso de cisalhamento puro);

 Para cargas dinâmicas, deve-se usar o diagrama de Goodman


modificado aumentado, a exemplo de outros elementos de
máquinas já estudados;

Rasgamento

7
Exercício 1 – Carga estática
a) Especifique o tamanho dos pinos para o suporte abaixo. Considere:
- Carregamento estático de 2,2 kN;
- r=100mm e l=350 mm;
- Pinos de aço baixo carbono;
- Os pinos suportam igualmente a carga aplicada;
- CS=2,5.
b) Dimensione o suporte sem os pinos. Ou seja, com a carga P suportada
igualmente nos 4 parafusos de classe 4.8 (Utilize o Sp como limite ao
invés de Sy).

Exercício 2 – Carga dinâmica


1) Considere a junta aparafusada abaixo, a qual é submetida a uma carga P
conforme desenho. A carga P varia de modo cíclico de 0 a 2,2 kN.
Especifique um parafuso métrico da classe 8.8 para vida infinita e CS=2,5.
Considere esforço de cisalhamento aplicado na parte sem a rosca.
Considere neste exercício que Se = 0,35 Sut (já com correções)
- Utilize condição de Goodman do caso 3;
- Faça uma avaliação da distribuição de carga nos parafusos e proponha
considerações para a resolução
- Desconsidere efeitos de pré-carga no dimensionamento

9
Exercício APS – Carga estática
O suporte abaixo é submetido aos esforços mostrados. Considerando o
carregamento constante, especifique o diâmetro dos pinos. Faça o DCL dos pinos e
identifique o caso mais crítico.
Dados:
- a=200 mm. b=240. X=420 mm. Y= 100mm;
- Pinos de aço liga;
- Os pinos suportam igualmente (e exclusivamente) a carga aplicada.
- CS=2,0.

Exercício APS – Carga dinâmica


A mesa elevadora da foto movimenta-se com auxílio de um cilindro hidráulico. A
aplicação da força é realizada com um pino em montagem tipo garfo conforme o
detalhe. Qual o diâmetro “d” que deve ser utilizado para o pino considerando:
 Vida infinita e CS = 2,8 para vida infinita
 Material 1045 LF (utilize dados do Norton)
 Para a seção transversal considere kt=1
 Força aplicada como 1000 ± 500 N

2
Juntas soldadas – Introdução.
Carga estática

Elementos de Máquinas 1

Introdução
 Quando opta-se por uniões permanentes a solda é uma escolha de projeto apropriada, sendo
economicamente atrativa (Collins et al., 2019).

 A junção com o processo de soldagem permite facilidade para formas e promove versatilidade
ao projeto (Norton, 2013).

Fonte: (Juvinall e Marshek, 2019)

Imagem da internet. Cobertura de uma estação em Londres


Disponível em: <https://www.pinterest.es/pin/286752701254366806/
?autologin=true&amp_client_id=CLIENT_ID(_)&mweb_unauth_id=&amp_url=h
ttps%3A%2F%2Fwww.pinterest.es%2Famp%2Fpin%2F286752701254366806
%2F&amp_expand=true>

2
Introdução
 A maioria das soldas industriais é realizada por fusão, com o material das peças a serem
unidas fundido em suas superfícies comuns (Juvinall e Marshek, 2019).

 A resistência das juntas soldadas depende de diversos fatores, os quais devem ser
devidamente controlados para que se possam obter soldas de alta qualidade (Juvinall e
Marshek, 2019).

Imagem da internet. Comparação entre qualidade de soldas


Disponível em: <http://lehmannvicente.blogspot.com/2016/07/causas-
secundarias-de-colapso-solda-mal.html>

Introdução
 O foco da disciplina é o dimensionamento da solda. Contudo, conceitos importantes
abordados em outras disciplinas devem ser familiares ao aluno:
 Os vários processos de fabricação industriais (juntamente com seus procedimentos)

Imagem da internet. Processo MIG/MAG Imagem da internet. Processo Eletrodo revestido


Disponível em: <https://www.escolaconceito.com.br/ Disponível em: <http://conectafg.com.br/conheca-os-
galeria_fotos/solda-mig-mag> processos-de-soldagem-e-suas-aplicacoes/>

 Possibilidade de ensaios não-destrutivos para verificação da qualidade de solda

Imagem da internet. Ensaio de líquido penetrante Imagem da internet. Ensaio de partículas magnéticas
Disponível em: <https://kotengenharia.com.br/ Disponível em: <https://www.krasinspecao.com.br/
inspecao/liquido-penetrante-lp/> servicos/ensaio-nao-destrutivo-por-particulas-magneticas/>
4
Introdução
 O foco da disciplina é o dimensionamento da solda. Contudo, conceitos importantes
abordados em outras disciplinas devem ser familiares ao aluno:
 Zona termicamente afetada (ZTA)

Figura. Vista frontal de um cordão de solda sobre chapa


Fonte: (Felizardo, 2016)

 Ademais
 Especificação e simbologia de solda (próximo slide)
 Tratamentos térmicos aplicados em uniões soldadas
 Efeito de aporte de calor para possibilidade de empenamento e tensões residuais

Simbologia de solda

Fonte: (Almeida et al., 2017)

Fonte: (Budynas e Nisbett, 2016)

 Exemplos

Fonte: (Budynas e Nisbett, 2016)

6
Tipos de juntas soldadas

Figura. Tipos comuns de solda de topo.


(a) juntas paralelas, (b) chanfro em V, (c) chanfro duplo V,
(d) chanfro em U, (e) chanfro em J, (f) chanfro em bisel. Fonte: (Norton, 2013)
Fonte: (Almeida et al., 2017)

Boas práticas

Fonte: (Norton, 2013)

Fonte: (Norton, 2013)

8
Resistência de juntas soldadas
 Recomenda-se que a resistência do eletrodo selecionado seja aproximadamente igual à do
material-base (Budynas e Nisbett, 2016).

 Em alguns casos, o metal de adição tem maior resistência que o material de base. Neste
caso, cheque possível falha no material base também (Budynas e Nisbett, 2016).

 Para eletrodo revestido:

Fonte: (Almeida et al., 2017)

Resistência de juntas soldadas


 Para o carregamento estático, a AWS recomenda que as tensões cisalhantes nos cordões ou
em juntas sejam limitadas a 30% da resistência à tração do eletrodo (Norton, 2013).

 O fator de segurança para a Equação acima é normalmente tomado como 2,5 e está dentro
dos intervalos de fatores de segurança para cordões longitudinais (Norton, 2013).

Fonte: (Norton, 2013)


Fonte: (Norton, 2013)

10
Tensões em juntas soldadas
 Solda em filete
 A literatura não apresenta soluções analíticas para as tensões em filetes de solda. Deste
modo, a maioria dos critérios de projeto regulamentados em normas utiliza como
parâmetro uma tensão cisalhante equivalente no filete da solda (Almeida et al., 2017).

Figura. Solda de filete.


Fonte: (Budynas e Nisbett, 2016)

Figura. Distribuição de tensão em soldas de filete.


Fonte: (Budynas e Nisbett, 2016)

11

Tensões em juntas soldadas


 Solda em filete
 Devido a sua complexidade, algumas normas propõem modelos mais simplificados
(Almeida et al., 2017; Budynas e Nisbett, 2016)
 Considerado que o carregamento externo seja transferido por forças de
cisalhamento na área da garganta da solda.
 Usar a energia de distorção para as tensões significativas
 Importante ressaltar que estes modelos são mais conservativos

 Para solda de topo: Figura. Solda de filete.


Fonte: (Budynas e Nisbett, 2016)

Fonte: (Almeida et al., 2017)


Fonte: (Almeida et al., 2017)

12
Tensões equivalentes em filetes de solda
 Torção  Flexão

Fonte: (Almeida et al., 2017) Fonte: Adaptado de (Almeida et al., 2017)

i) Tensão cisalhante primária (força cortante) i) Tensão cisalhante primária (força cortante)

ii) Tensão cisalhante secundária de torção ii) Tensão cisalhante secundária de flexão

Pode ser útil:

Fonte: o autor 13

Exemplo de caso de esforços combinados

Fonte: (Norton, 2013)

14
Tensões equivalentes em filetes de solda
 Determinação de J e I:
 Uma abordagem comum é considerar os cordões de solda de modo unitário.
 Mais simples e com resultados adequados
 Relação usa tamanho da garganta
 Valem todas as propriedades de translado a eixos paralelos
 Pode-se obter uma composição mais complexas de cordões utilizando
teorema de eixos paralelos

 Deve-se sempre avaliar o centroide da composição dos cordões de solda


quando gerar sistemas equivalentes

As tabelas com formas geométricas


comuns trazem esta informação

15

Tensões equivalentes em filetes de solda

Fonte: (Budynas e Nisbett, 2016)

Fonte: (Budynas e Nisbett, 2016)


16
Referências
 1ALMEIDA, J. C.; LIMA, K. F.; BARBIERI, R. Elementos de Máquinas - Projeto de
Sistemas Mecânicos. 1ª edição - Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

 1BUDYNAS, R. G.; NISBETT, J. K. Elementos de Máquinas de Shigley. 10ª edição - Porto


Alegre: AMGH, 2016.

 1COLLINS, J. A.; BUSBY, H.; STAAB, G. Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas. 2ª


edição - Rio de Janeiro : LTC, 2019.

 Felizardo, I. Apostila tecnologia de soldagem. CEFET-MG. Departamento de Mecânica.


2016. Disponível em <http://www.dem.cefetmg.br/wp-content/uploads/sites/39/2017/09/
Apostila-Tecnologia-da-Soldagem.pdf>

 1JUVINALL, M. R.; MARSHEK, K. M. Fundamentos do Projeto de Componentes de


Máquinas. 5ª edição - Rio de Janeiro: LTC, 2019.

 1NORTON, L. R. Projeto de Máquinas. 4ª edição - Porto Alegre: Bookman, 2013.

Obs:
1Estes livros podem ser visualizados por alunos da UTFPR na plataforma ‘Minha Biblioteca’ no link abaixo:
https://webapp.utfpr.edu.br/bibservices/minhaBiblioteca

Este material tem fim exclusivamente didático

17

Juntas soldadas em carga estática


Aula de exercícios

Elementos de Máquinas 1
1
Exercícios sobre momento de inércia
1) Utilizando a definição de Momento de inércia de área deduza Iu para o cordão tipo 1 da
Tabela 9-2 (Budynas e Nisbett, 2016)

2) Utilizando a definição de Momento de inércia de área, e teorema de eixos paralelos,


deduza Iu para o cordão tipo 3 da Tabela 9-2 (Budynas e Nisbett, 2016).

3) Utilizando dados de Iu obtidos nos exercícios (1) e (2), deduza Iu para o cordão tipo 6 da
Tabela 9-2 (Budynas e Nisbett, 2016).

Fonte: Adaptado de (Budynas e Nisbett, 2016)

Exercício solda em carregamento estático


1) Considere a viga soldada do desenho abaixo. Verifique se os cordões de solda do
conjunto suportam a carga indicada (F). Considere tensão admissível da norma AWS
(Norton, 2013).
Dados:
Eletrodo E70XX. Considere modelo de cordões como linha. h=8mm
F=4,5 kN. A força é aplicada a 150mm dos cordões de solda

Fonte: (Almeida et al., 2017)

Fonte: Adaptado de (Budynas e Nisbett, 2016)

3
Exercício solda em carregamento estático
2) Considere a viga soldada do desenho abaixo. Determine a máxima força que pode ser
aplicada levando em conta a tensão admissível da norma AWS (Norton, 2013).
Dados:
Eletrodo E70XX. Considere modelo de cordões como linha. h=8mm
A força é aplicada a 150mm do centroide dos cordões de solda

Fonte: Adaptado de (Budynas e Nisbett, 2016)

Fonte: Adaptado de (Almeida et al., 2017)

Referências:
 ALMEIDA, J. C.; LIMA, K. F.; BARBIERI, R. Elementos de Máquinas - Projeto de Sistemas
Mecânicos. 1ª edição - Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
 BUDYNAS, R. G.; NISBETT, J. K. Elementos de Máquinas de Shigley. 10ª edição - Porto Alegre: AMGH,
2016.
 NORTON, L. R. Projeto de Máquinas. 4ª edição - Porto Alegre: Bookman, 2013.

Este material tem fim exclusivamente didático 4

Juntas soldadas
Carregamento dinâmico

Prof.: João Luiz do Vale

1
Introdução
• Relembrando:
• Componentes carregados dinamicamente falham em níveis de tensão muito
abaixo daqueles em componentes sujeitos a cargas estáticas.

• A presença da componente de tensão média em adição à componente de


tensão alternada torna a situação pior e requer uma análise utilizando os
critérios de Goodman.

Efeito da tensão média na resistência à fadiga de uma solda


• Soldas carregadas dinamicamente comportam-se de forma surpreenden-
temente diferente de peças não soldadas, o que torna a tensão média
irrelevante para a sua potencial falha por fadiga.
 Corpos de prova com geometria, material iguais.
 Tensão média não é significativo para conjunto soldado.
 Importa a variação de tensão.
 Critério de Goodman não é útil para estas condições

3
Fatores de correção para fadiga
• Dados de fadiga e resistência à fadiga para soldagens não são obtidos de
amostras de laboratório polidas, mas de conjuntos realísticos soldados em
uma variedade de configurações.

• Essas amostras são grandes (pense em componentes de edifícios e pontes)


e são feitas de aço laminado a quente com superfícies rugosas, tensões
residuais do processo de laminação e soldas verdadeiras contendo
concentrações de tensão e tensões residuais.

• Assim, nós não precisamos aplicar os fatores de correção para tamanho,


acabamento da superfície, etc., em nossos componentes, pois eles são
similares aos corpos de provas que forneceram esses dados.

Efeito da configuração da solda na resistência à fadiga


• A resistência de uma solda à fadiga varia de acordo com a presença ou
ausência de interrupções na geometria do conjunto e dos cordões, os quais
criam concentrações de tensão.

• Estudos verificaram influencia da concentrações de tensão na forma de


cordões intermitentes, adição de reforços e uma grande variedade de soldas
e juntas.

• A AISC definiu e testou muitas configurações diferentes de solda e, baseado


na resistência à fadiga do material-base, agrupou-as em oito categorias
identificadas como A, B, B', C, D, E, E' e F em ordem decrescente de
resistência ao carregamento dinâmico.

• A categoria A é a mais resistente (sem solda) e a E' a menos resistente à


fadiga.

• F é a resistência ao cisalhamento do cordão de solda (manteremos a


avaliação em fadiga ao cordão).

5
Exemplo de categorias

Para comparação.
Sem solda

Exemplo de categorias

7
Resultados de ensaios

Modelos para dimensionamento

 Confiabilidade de 95%.
 Eixo vertical apresenta a variação da tensão.

9
Modelos para dimensionamento

onde N é o número de ciclos. Cf e Sfr


(variação do limite de tensão da vida em
fadiga) são dados nas Tabelas 16-5a e
16-5b para unidades do sistema inglês e
SI, respectivamente.

Todas as categorias têm a mesma inclinação de 1/3.


Salvo a F que apresenta inclinacao de 1/6

Observe que os joelhos, que definem o início da vida infinita, também variam com a
categoria de 2E6 até mais de 1E7 ciclos.

Para todas as categorias, com exceção da F, a faixa de tensão de fadiga permissível


Sfr é dado pela formula do slide.

10

Modelos para dimensionamento

Dados são de tensão cisalhante.


Ver exemplo de resolução Norton.
Para categoria F:

11
Pesquisas mais recentes

Mostram que não há um limite de fadiga para peças soldadas.

12

Coeficiente de segurança

Para aplicar estes dados, deve-se:


 Determinar os valores de Δσ ou Δτ.
 Determinar o fator de segurança para a área de fusão ou para o
cisalhamento no cordão de solda
 Relacionar com a resistência conforme equação:

Na disciplina de Elemaq vamos manter o dimensionamento do cordão


de solda (categoria F). E na condição de vida infinita

13
Exercício
A força P aplicada ao sistema varia com o tempo e tem valor de R=-1.
Determine qual o máximo valor de P para que o cordão de solda que conecta a haste à
parede opere com um CS=2,2.
Considere a solda em todo o contorno da haste e com h=6mm.
Faça o dimensionamento para o ponto A e B.
Dados:
a=200mm. L=300mm. Diâmetro da haste=30mm.
Dimensione para vida infinita com confiabilidade de 95%.

14
Exocko de fpafge de akicn
dp-J,8%in
ACHE (2in) dp43,6nm
pakto 0,25=6,35n
ACAE Ad4
Tu TSuTe
T Pde TSo Pdp uTdpt Leoa
(Tadpond-n4)
lc=002. (2000 9) 0,0o ISu 2000(4),6.16), (o25 To0496+ 00oksS. G#S
2
To,o46s4s-o2s.0ps1
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TSu- 14436 Wm

Sb=200oq 4}610 (02sT0.0416-Q006?5. 1fS


T QO46 145 -0ns. 000635
Sh-99,6 Nm

Ts- J41,96+ M8- Js3,3 Nm


T:99,6+M,8=114,4 Nm

Auo travAmao
6,35.40
T 49,6. n0
Coyo
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J 0,041 -Ok
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Went 21T 2T 1419

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intrplando A AS.8(Novton 2013)


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3
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C 0,166
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