Você está na página 1de 9

Instituto Superior de Transportes e Comunicações

Licenciatura em Engenharia Ferroviária

Tecnologias de Construção de vias Férreas

TC 1 – Elementos de Fixação

4º Ano-F41

Docente:

Engº. José Arenas Fonte

Engº. Nuno Vicente Mungoi

Estudante:

Orlen de Mauli Gabriel Cumbane

Maputo, Junho de 2022


Indice
Introdução ..................................................................................................................................................... 1

1. FIXAÇÕES................................................................................................................................................ 2

1.1. Fixações Rígidas ............................................................................................................................. 2

1.2. Fixações Elásticas ........................................................................................................................... 3

a) Fixação deenik................................................................................................................................ 3

b) Fixação pandrol .............................................................................................................................. 3

c) Fixação vosloh ................................................................................................................................ 3

d) Fixação fast clip .............................................................................................................................. 4

1.3. Fixações Semielásticas ................................................................................................................... 4

2. Ensaios para determinar a qualidade dos elementos de fixação .......................................................... 4

Conclusão ....................................................................................................................................................... 6

Bibliografia ..................................................................................................................................................... 7
Introdução

O transporte ferroviário moderno é caracterizado pela circulação de grandes quantidades de carga, em


veículos muito pesados e elevadas velocidades em vias com pouco manutenção. Este tipo de exploração
exige uma superstrutura de via muito pesada, com um sistema de fixação carril/travessa robusto e flexível.
Neste ponto abordam-se os diversos sistemas de fixação, também designada por pregação do carril à
Travessa, ou a qualquer outra forma de apoio destes, destacando-se: as elásticas, semi-elásticas e rigidas.

Objetivo Geral

• Abordar os elementos de fixação

Objetivo Específico

• Apresentar caracteristicas dos tipos de fixação ferroviária;


• Apresentar os ensaios para determinação de qualidade do sistema de fixação

1
1. FIXAÇÕES

Fixações são os grampos e componentes acessórios que garantem a ligacao fisica do trilho com o
dormente, permitindo o gerenciamento da bitola. Fundamentalmente existem três tipos de fixação:

1. Fixação rigida;

2. Fixação elástica;

3. Fixação semi-elástica.

A grande diferença entre elas está muito mais no aspecto tecnológico do que, necessariamente, em um
modelo específico para cada tipo de linha. No inicio das ferrovias, o único tipo de fixação utilizado era a
rigida e em um formato já bem conhecido pelo homem para prender objetos a madeira: o prego.

1.1. Fixações Rígidas

Prego de linha

Conforme mencionado anteriormente, os pregos de linha foram a primeira e mais obvia solucao
encontrada para a fixacao do trilho ao dormente de madeira.

Tirefond

A fixação tirefond e a evolução do prego, surgindo mais uma vez da segunda prática humana de fixação
da madeira: o parafuso. O tirefond é um parafuso de linha, que possui exatamente a mesma
funcionalidade que o prego, porém, resultando num esforço de fixação superior.

1. Tipos

Basicamente a forma do tirefond não muda, sendo sempre a mesma. O que muda é o seu diâmetro ou
recobrimento.

a. Tirefond comum: fabricado em aco 1030, o tirefond comum possui o corpo em forma de parafuso, com
grandes reentrancias para fixacao na madeira e cabeca com uma aba para fixação do patim do trilho.
Sobre esta aba temos o encaixe a ferramenta de aplicacao que pode ser retangular ou

quadrada.

b. Tirefond galvanizado: do mesmo formato que o tirefond comum, porem com recobrimento
galvanizado. É aplicado normalmente em linhas expostas a agressão do meio, seja pela carga que a
ferrovia transporta, seja por fatores ambientais como a proximidade com o mar.

2
Figura. 1 - Tirefond
1.2. Fixações Elásticas
As fixações elásticas tem esse nome porque trabalham de forma bastante especial. Diferentemente das
fixações rigidas, mesmo durante e após a vibração da passagem dos trens, elas mantem o contato com o
patim do trilho, proporcionando uma fixação constante e equilibrada em todo o comprimento da barra.

a) Fixação deenik
A fixação deenik, assim como as demais fixações elásticas, e um grampo de aço torcido, aplicado sob
pressão no patim do trilho e que mantêm seu contato após inúmeros ciclos de esforços. Assim como o
tirefond, vamos encontrar modelos comuns e galvanizados. Diferentemente do modelo comum do
tirefond, o grampo deenik vem com uma pintura vermelha anticorrosiva que lhe confere longevidade.

b) Fixação pandrol
O grampo pandrol e outra modalidade da fixação elástica e possui um desenho completamente diferente.
A peça circular de aço também torcida oferece um tipo de dinâmica de fixação diferente do grampo
deenik. Sua aplicação na placa de apoio ao invés de acontecer transversalmente a linha, como o deenik,
acontece longitudinalmente. Assim, ao invés de o grampo torcer aos esforços do trilho no comprimento
da sua peça, ele torce no raio da sua largura. Com um menor braço de alavanca, a resistência e a vida útil
analisadas em campo são superiores as apresentadas pelo deenik. Existem ferrovias cujo grampo
permanece aplicado após mais de 30 anos, ainda com suas propriedades intactas. Os diâmetros de
grampo pandrol podem ser variaveis, dependendo do esforço de fixacao que se deseja dar a linha. Estes
diâmetros podem variar entre 14 e 20 mm. A tensão final na linha para o grampo de 20 mm e igualmente
de 1200 kgf.

c) Fixação vosloh
Bastante empregada em dormentes de concreto, a fixação vosloh e muito bem-aceita e possui ótimo
portfólio de vantagens. Dormentes de concreto não usam placas de apoio comuns, mas possuem um
chumbador no interior de cada cabeça no qual é preso um parafuso metálico com a rosca invertida (para
cima). A rosca prende e aperta o grampo no sentido do patim do trilho, deformando o grampo e
conferindo a pressao. O desenho especial do grampo vosloh faz com que uma mesma força de tracção
causa dois efeitos mola em suas laterais, ocorrendo em dois pontos de contato com duplo atrito..

3
d) Fixação fast clip
O fast clip é tanto utilizado em ferrovias de carga leve quanto de carga pesada e, tecnologicamente,
disponibiliza o que há de melhor para manutenção de ferrovias. Sua simplicidade e praticidade são
imensas e sua diversidade permite um grande leque de aplicacões. O grampo possui um desenho único e
seu encaixe acontece transversalmente ao sentido do trilho, encaixando-se num suporte desenhado para
isso. Este suporte pode ser adaptado para qualquer tipo de dormente, seja aço, madeira ou concreto. Em
sua ponta se adapta uma camisa plástica responsável pelo isolamento da peça para uso em linhas
sinalizadas.

1.3. Fixações Semielásticas


Fixações semielásticas são aquelas que possuem caracteristicas tanto de fixações rigidas quanto elásticas.
Elas são um meio-termo e seu desenvolvimento maior aconteceu na tentativa de se alcancar a fixação
totalmente elástica. Dessa forma, algumas são combinações de soluções enquanto outras são realmente
soluções diferenciadas.

2. Ensaios para determinar a qualidade dos elementos de fixação

4
5
Conclusão

Ao fim do trabalho conclui-se que as fixações podem ser classificadas conforme o modo que as forças são
recebidas

pelos trilhos são transmitidas aos dormentes, e de acordo com a natureza do vínculo da

união trilho-dormente. (SCHRAMM, 1977)

São elementos que compõem o conjunto de fixações e são responsáveis em fixar

os trilhos aos dormentes, impedindo que estes se desloquem longitudinalmente.

6
Bibliografia

ASSOCIATION OF AMERICAN RAILROADS. Manual of standards and recommended practices. Section D.


1998.

BARBOSA, Roberto Spínola. Safety criterion for railway vehicle derailment. São Paulo: Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo, 2005.

BRINA, Helvécio Lapertosa. Estradas de ferro I. Rio de Janeiro: LTC, 1983.

INTERNATIONAL HEAVY HAUL ASSOCIATION. Guidelines to best practices for heavy haul railway
operations: wheel and rail interface issues. Virginia Beach: International Heavy Haul Association, 2001.

Você também pode gostar