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Fixações
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Desenho Instrucional ID Projetos Educacionais
Desenho Gráfico
e Produção Ser Integral Consultoria em Recursos Humanos Ltda.
Conteúdo Vale
Vale
CAPÍTULO I FIXAÇÕES 10
Tipos de fixações 12
Aplicação, retirada e remodelação de fixações 17
Fixação em AMVs e obras de arte especiais 25
“
INTRODUÇÃO
”
Neste curso, o que se pretende demonstrar são os diferentes tipos de fixações, importantes acessórios na
superestrutura da via, que conferem estabilidade ao transporte férreo.
Você, que trabalha nas ferrovias da Vale, terá acesso ao conteúdo que mostra os tipos de fixações, as
formas de aplicação, a retirada e a remodelação de fixações e os tipos de fixações utilizados em AMVs e
”
Existem vários elementos que suportam e conferem estabilidade a via férrea para o transporte fer-
roviário. Assim, as fixações constituem importantes acessórios na superestrutura da via.
O item denominado fixação, também conhecido como “pequeno material da via”, é formado pelas
placas de apoio e pelas fixações propriamente ditas.
Elas fazem parte do conjunto de acessórios dos trilhos, ou seja, são as peças que garantem a con-
tinuidade do trilho e a manutenção da bitola na via.
As fixações também têm a função de restringir o deslocamento transversal e longitudinal dos tri-
lhos, evitando seu tombamento, fixando os trilhos
tr ilhos aos dormentes.
Nos dias atuais, apenas trechos ou ramais destinados a cargas por eixo leves não utilizam placas
de apoio.
Entretanto, mesmo nesses casos, o uso de placas de apoio vem sendo recomendado, pois a não
utilização dessas placas causa danos aos dormentes e à geometria da linha que superam as eco-
nomias proporcionadas por sua não aplicação.
TIPOS DE FIXAÇÕES
Nos primórdios das montagens de vias, os elementos de fixação utilizados eram bastante rudi-
mentares, mas até hoje esses elementos são utilizados para fixar os trilhos aos dormentes. Esses
elementos mais rudimentares são as fixações rígidas.
Com a necessidade de aumentar a velocidade dos trens e o peso das cargas transportadas por eles,
foi necessário desenvolver elementos de fixação mais flexíveis, as fixações do tipo elásticas.
Conheça essas modalidades a seguir
seguir..
Fixações rígidas
As fixações rígidas são constituídas por:
pregos;
tirefonds.
O prego de linha, embora seja um dos menos eficientes, é o tipo mais comum de fixação de trilhos.
Seu formato é geralmente de secção retangular, terminando em cunha.
O tirefond é uma espécie de parafuso de “rosca soberba”, que proporciona um tipo de fixação su-
perior ao prego.
Quais são as desvantagens das fixações rígidas?
Facilita a rachadura de dormentes, em que o prego funciona como uma cunha na madeira;
Oferece pouca resistência ao arrancamento;
Facilita o alargamento da bitola quando ocorre o afrouxamento;
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Acarreta maior despesa com a manutenção do nivelamento e do alinhamento da linha, além de
fechamentos de bitola;
Oferece pouca resistência aos esforços longitudinais, necessitando da utilização de retensores.
Fixações elásticas
Embora esses elementos estejam destinados à fixação, eles permitem o movimento de flexão ne-
cessário aos trilhos, absorvendo os choques e as vibrações, sem perder o poder de retenção entre
trilhos e dormentes.
As fixações elásticas são constituídas por:
pregos de bitola;
pregos de fixação;
pregos elásticos;
molas;
placas de apoio (chapas);
grampos elásticos;
retensores.
Manutenção de Fixações 13
Os grampos elásticos são itens fabricados com aço de mola, temperado e revestido, processo que
lhe confere força de pressão suficiente para resistir ao caminhamento e à torção do trilho.
Observe as imagens a seguir.
As vias contam ainda com a fixação do tipo KPO, formada por um conjunto de parafuso, garra,
arruela de pressão e porca, que, quando aplicado, oferece uma força de pressão equivalente aos
grampos.
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As placas de apoio, ou chapas de aço, são elementos que possuem furos para a fixação nos dormen-
tes e rasgos no perfil para aderência sob o trilho.
Adesecção
dentro transversal
dos trilhos. da chapa de aço tem uma inclinação de aproximadamente 1:20 para o lado
Essa inclinação é necessária para que o trilho
t rilho fique inclinado do mesmo modo que a conicidade do
aro das rodas, possibilitando um melhor contato roda-trilho.
Quais são as vantagens do uso de placas de apoio?
Prolongam a vida útil do dormente;
Proporcionam melhor distribuição de carga sobre o dormente;
Evitam a tendência do patim do trilho de penetrar no dormente;
Permitem que o esforço transversal à via seja transmitido a toda a pregação.
Trilho
Chapa de apoio
Tirefond
Arruela dupla
dupla
de pressão
Dormente
Manutenção de Fixações 15
Já os retensores são peças que têm a finalidade
finalidade de transferir aos dormentes o esforço longitudinal
longitudinal
que tende a deslocar o trilho.
Por estar engastado no lastro e fixado sob pressão ao trilho, a movimentação do dormente fica
impedida.
O uso do retensor é indispensável apenas em linhas com fixação rígida, onde, do contrário, é quase
impossível manter o alinhamento dos trilhos.
Retensor
Isoladores
O isolador de uma via férrea não permite que ocorra a passagem de corrente elétrica no contato do
trilho com os outros materiais.
Eles são usados para os dormentes de concreto e de aço. O dormente de madeira tem o isolamento
natural.
Quando um isolador
das identificadas está
pela danificado,
operação ele permite
dos trens e aindaa fuga de corrente, ocasionando
pela manutenção ocupações indevi-
eletroeletrônica.
Para que a via possa ser restabelecida, é preciso trocar os isoladores.
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APLICAÇÃO, RETIRADA E REMODELAÇÃO DE FIXAÇÕES
Antes de iniciar uma operação na via, é importante solicitar ao CCO, por rádio ou telefone, a inter-
dição do trecho.
O CCO irá conceder uma faixa de tempo para a execução da tarefa, na qual é obrigatório o uso de:
colete refletivo ou uniforme de cor viva;
luvas;
capacete com jugular;
óculos;
botina com biqueira;
perneira.
Se o serviço for realizado à noite, também é necessário fazer uma Análise Preliminar da Tarefa
(APT), verificando os riscos promovidos pela pouca iluminação.
A temperatura é monitorada durante todo o processo de manutenção dos trilhos por um termômetro
ou pirômetro, até o momento de colocação das fixações.
Cada fixação, seja ela rígida ou elástica, possui sua própria forma de aplicação e retirada. Veja
como executar essas tarefas com alguns dos principais elementos.
Aplicação
Prego
O prego é uma fixação cravada com golpes de marreta.
Tirefond
A cabeça do tirefond pode ser encaixada em uma chave especial ou em um cabeçote de máquina
tirefonadeira. Esses equipamentos aparafusam o tirefond na madeira.
Manutenção de Fixações 17
Grampos elásticos
Na aplicação de grampos elásticos do tipo deenick sobre os dormentes, você irá:
distribuir os grampos sobre os dormentes;
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inserir o grampo na placa, quando o grampo estiver posicionado de forma adequada, com a
ajuda dos pés;
colocar a alavanca abraçada ao trilho e encaixada no ombro da placa, quando o grampo estiver
posicionado;
Manutenção de Fixações 19
Assim, o grampo estará colocado.
Vale lembrar que você nunca deve bater no grampo.
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Retirada
Para evitar acidentes, uma medida fundamental antes de iniciar o processo de retirada das fixações
é procurar pontos de concentração de tensões no trecho.
Para encontrar
tos laterais os pontos de tensão,
ou longitudinais,t ensão,
como: você deve inspecionar a área e verificar se existem deslocamen-
marcas dos grampos;
pregos no patim do trilho;
placas com trilhos deslocados.
Essa inspeção visual pode ser substituída pela inspeção feita com equipamentos apropriados para
a medição de tensões.
Quando detectado um ponto de tensão, é preciso retirar a fixação do ponto desencontrado até o local
do
24 fim do trabalho, realizando o trabalho em trechos pequenos de aproximadamente dois trilhos ou
metros.
As placas de apoio desses trechos devem ser desencaixadas e os roletes colocados entre o patim do
trilho e a chapa de apoio a cada 12 metros.
Essa operação será repetida até que o ponto de tensão seja ultrapassado. Lembre-se de deixar os
topos dos trilhos desencontrados.
Tirefond
posicionar a tirefonadeira ou a chave de tirefond sobre o dormente que terá a sua fixação retirada;
encaixar o soquete sobre a “cabeça” do tirefond a ser retirado;
acionar o equipamento para retirar a fixação.
Manutenção de Fixações 21
Grampos elásticos
Para retirar os grampos elásticos do tipo deenik, são necessários dois colaboradores, que devem:
posicionar o extrator entre o grampo e a alma do trilho;
Assim, o grampo será retirado do encaixe da placa sem amassamentos e, dependendo do seu es-
tado, pode ser reaplicado.
Para retirar grampos do tipo pandrol, você deve:
posicionar o extrator (pampuler) paralelamente ao trilho;
prender o extrator ao grampo;
puxar a alavanca até soltar o grampo.
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Placas de apoio
Depois de retirar os tirefonds e os grampos elásticos é necessário retirar as placas. Para isso, você deve:
Se o lastro estiver excedente ou não permitir uma retirada fácil, deve ser feita uma limpeza do vão
utilizando forcados.
Retensor
Para retirar um retensor é necessário bater com a marreta em sua extremidade menor e forçá-lo
para baixo até o ressalto destravar a peça.
Durante a retirada de fixações é importante que os colaboradores estejam atentos à área de proje-
ção do material para evitar acidentes.
Remodelação
Quando uma fixação não apresenta mais as características técnicas de projeto ou a resistência
especificada para o trabalho, a fixação passa pelo processo de remodelação.
Assim, componentes deformados pelos problemas de contato constante (geralmente grampos do
tipo deenik) são recuperados e retornam à via, garantindo sua sobrevida e conferindo menores
custos à Vale.
Os grampos do tipo pandrol não costumam apresentar deformações (salvo quando ocorre grande
movimentação de trilhos) e seu desempenho tem sido considerado excelente.
Os grampos do tipo pandrol são facilmente removidos da via pela ação de vandalismo. Qualquer
ferramenta improvisada retira o grampo facilmente da via, fato que gera risco potencial de descar-
rilamento de trens.
Manutenção de Fixações 23
Rebatimento e reaperto
A correção das fixações ocorre quando identificadas as seguintes anomalias:
perda ou extravio de grampos por ação de vandalismo;
perda de pressão com relação aos grampos elásticos (para o grampo deenik a pressão de tra-
balho é da ordem de 1.000 kgf a 1.200 kgf; para o grampo pandrol a pressão de trabalho é da
ordem de 800 kgf a 1.200 kgf);
quebra de parafusos nas junta metálicas;
substituição para grampos quebrados e/ou danificados;
desgaste das placas de apoio.
Todas as ações de substituição, reaperto ou ajuste de fixações devem ser realizadas com as ferra-
mentas adequadas.
O marrão de 5 kg não deve ser utilizado nos serviços de substituição de trilhos e dormentes ou para
a retirada e a aplicação do grampo.
O uso do marrão agride o componente e muda suas características, fazendo com que este perca a
pressão adequada para manter o dormente fixado ao trilho.
Durante o trabalho de substituição, as fixações dos dormentes retirados da linha são recolhidas
diariamente e transportadas para os locais nos distritos indicados pelos supervisores.
Na via ficam apenas as quantidades necessárias para o trabalho de substituição.
As fixações não utilizadas provenientes das trocas e recolhidas para os distritos são classificadas para:
reutilização;
recuperação;
volume para vendas como sucata.
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FIXAÇÃO EM AMVs E OBRAS DE ARTE ESPECIAIS
O Aparelho de Mudança de Via (AMV) é um conjunto de componentes que permite que o veículo
ferroviário passe de uma linha para a outra em um pátio de desvio. Seus componentes são:
agulhas;
aparelho de manobra ou chave;
trilhos de encosto;
trilhos intermediários retos e curvos;
trilhos de ligação;
jacaré ou cruzamento;
contratrilhos.
Nos AMVs são utilizadas fixações rígidas e elásticas. Em alguns trechos no AMV são utilizados pre-
gos de linha spikes, grampos do tipo KPO e grampos elásticos do tipo pandrol.
Manutenção de Fixações 25
Já a obras de arte especiais (OAEs) são as construções que permitem que
que a via férrea possa trans-
por alguns obstáculos, como rios e estradas.
Fabricadas de concreto e aço, as OAEs podem ser classificadas como pontes e viadutos.
As
tes,OAEs utilizam astrilhos
são utilizados mesmas fixações
fixados sobreaplicadas na viae principal.
os dormentes paralelos Contudo, para aque
aos principais, proteção das pon-
são chamados
de contratrilhos.
Esses mecanismos servem para proteger a ponte de possíveis descarrilamentos, evitando danos
maiores as OAEs.
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1 Identifique os elementos
elementos de fixação a seguir
seguir..
a) b)
c) d)
e)
Manutenção de Fixações 27
3 Complete a figura a seguir com os elementos da placa de apoio.
a) b) c)
d) e)
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( ) Distribuir os grampos sobre os dormentes.
( ) Inserir
Inserir o grampo na placa quando estiver posicionado de forma
forma adequada,
adequada, com a ajuda
ajuda dos pés.
( ) Colocar a alavanca
alavanca abraçada ao trilho e encaixada no ombro da placa, quando o grampo
estiver posicionado.
( ) Abaixar o braço da alavanca. Assim, o grampo estará colocado.
( ) Abraçar o grampo, fechando corretamente o alicate.
7 Complete a cruzadinha:
a) Os __________
______ ____ são peças que têm a finalidade de transferir aos dormentes o esforço
longitudinal que tende a deslocar o trilho.
Manutenção de Fixações 29
f a
30
S
EXERCITANDO PRA VALER!
1)
O
a) tirefond
T
b) prego de fixação
I
c) prego de bitola
d) mola
R
e) retensor
A
2) c
B
3)
Trilho
Arruela dupla
de pressão
Dormente
4) Colete refletivo ou uniforme de cor viva, luvas, capacete com jugular, óculos, botina com biqueira
e perneira.
OBS: o aluno deverá citar apenas três opções das respostas apontadas.
5) A – C – D – E – B
Manutenção de Fixações 31
S
6) Para encontrar os pontos de tensão é preciso inspecionar a área e verificar se existem deslocamentos
laterais ou longitudinais, como marcas de grampos, pregos no patim do trilho e placas com trilhos
deslocados. A inspeção visual pode ser substituída pela inspeção feita com equipamentos apropriados
para a medição de tensões.
O
T
7)
I
f a
D R
E E e
R S
L
c T
E
I R E F
I
O N D
A
I N X
d G R A M P O S A
B
DA OR ÇÃ
O b P R E G O O
S
A
G
32