Making projects, making friends: the online community as catalyst for interactive
media creation
Karen Brennan, Andrés Monroy-Hernández, Mitchel Resnick
Watching music videos on YouTube.
Chatting about the latest dramas at school
on Xat. Playing video games on Addicting
Games. Browsing friends’ profiles on
Facebook. These are just some of the ways
in which young people engage with digital
media online. Although young people spend
a considerable amount of time online, they
are typically engaged as consumers of
media and have fewer opportunities to
engage as creators of media, particularly as
creators of interactive media.
All young people should have opportunities
to be creators of interactive media. Why? In
our day-to-day lives, we are surrounded by
interactivity, from video games to electronic
door locks, to online ordering systems, to
mobile phone applications. And just as we
value the abilities to consume (read) as well
as create (write) text, our ability to consume
interactive media should be accompanied
by complementary abilities to create
interactive media. It is important for young
people to be able to create video games,
not just play them; create Web pages, not
just browse them; create simulations, not
just observe them. Being a creator of
interactive media enables broader
understandings of how these artifacts are
created and function, understandings
required for full participation in and
negotiation of a technologically saturated
society.
Young people as interactive media
creators
To be creators and express themselves
through interactive media, young people
need to develop certain dispositions and
capacities.
In addition to cultivating capacities for
mathematical and computational expression
and manipulation, the creation of interactive
media requires developing design,
problem-solving, and socioemotional
capacities. It is sometimes expected that
because they have always been
surrounded by interactive media, young
people have inherent understandings and
use these artifacts and technologies
effortlessly. But development of the
Assistir a vídeos de música no YouTube.
Conversar sobre os últimos dramas na
escola no Xat. Jogar videogame no
Addicting Games. Navegar pelos perfis dos
amigos no Facebook. Estas são apenas
algumas das maneiras pelas quais os
jovens se envolvem com a mídia digital
online. Embora os jovens gastem uma
quantidade considerável de tempo online,
eles normalmente são colocados como
consumidores de mídia e têm menos
oportunidades de se envolverem como
criadores de mídia, principalmente como
criadores de mídia interativa.
Todos os jovens devem ter oportunidades
de serem criadores de mídia interativa. Por
quê? No nosso dia-a-dia, estamos
cercados pela interatividade, de
videogames a fechaduras eletrônicas, de
sistemas de pedidos on-line a aplicativos
de celular. E assim como valorizamos as
habilidades de consumir (ler) bem como
criar (escrever) texto, nossa habilidade de
consumir mídia interativa deve ser
acompanhada de habilidades
complementares para criar mídia interativa.
É importante que os jovens possam criar
videogames, não apenas jogar eles; criar
páginas da Web, não apenas navegar por
elas; criar simulações, não apenas
observá-las. Ser um criador de mídia
interativa permite entendimentos mais
amplos de como esses artefatos são
criados e funcionam, entendimentos
necessários para a plena participação e
negociação de uma sociedade
tecnologicamente saturada.
Jovens como criadores de mídia
interativa
Para serem criadores e se expressarem por
meio de mídias interativas, os jovens
precisam desenvolver certas disposições e
capacidades.
Além de cultivar capacidades de expressão
e manipulação matemática e
computacional, a criação de mídia interativa
requer o desenvolvimento de capacidades
de design, resolução de problemas e
socioemocionais. Às vezes é esperado que,
porque eles sempre estiveram cercados de
dispositions and capacities for media
creation should not be assumed.
Young people need to have access to
contexts in which they can develop as
creators of interactive media. This
development is not a wholly individual
process; it is important for creators to be
situated in and supported by a community
of practice that connects them to other
people, resources, routines, and goals.
In this article, we describe one such
context, using the Scratch online
community as a case study to explore how
different forms of participation and
collaboration within a community can
support and enhance the ways in which
young people develop as creators of
interactive media.
Scratch and the Scratch online
community
Scratch is a programming environment,
developed by the Lifelong Kindergarten
group at the MIT Media Lab, that makes
creating interactive stories, games, art, and
simulations easy.
A main goal of Scratch is to enable young
people to engage in construction-oriented,
personally meaningful acts of creative
expression. Projects are created by
snapping together digital programming
elements or blocks, as one would snap
together interlocking plastic bricks. These
projects can then be shared with an
active online community consisting of more
than 500,000 registered members. In the
process of creating and sharing projects,
young people learn core computational and
mathematical concepts, while also learning
important strategies for designing, problem
solving, and collaborating.
The Scratch Web site, launched in May
2007, has become a vibrant online
community, with members sharing more
than 1 million projects. Each day members
of the worldwide Scratch community (mostly
ages eight to sixteen) upload roughly fifteen
hundred new Scratch projects to the Web
site—on average, a new project every
minute. The collection of projects is
incredibly diverse: interactive newsletters,
science simulations, virtual tours,
animated tutorials, and many others, all
programmed with Scratch’s graphical
programming blocks Bringing together
mídia interativa, os jovens tenham
entendimentos inerentes e usem esses
artefatos e tecnologias sem esforço. O
desenvolvimento das disposições e
capacidades para a criação de mídia,
entretanto, não deve ser assumido.
Os jovens precisam ter acesso a contextos
nos quais possam se desenvolver como
criadores de mídia interativa. Este
desenvolvimento não é um processo
totalmente individual; é importante que os
criadores se situem e sejam apoiados por
uma comunidade de prática que conecte-os
a outras pessoas, recursos, rotinas e
objetivos.
Neste artigo, descrevemos um desses
contextos, usando a comunidade online
Scratch como um estudo de caso para
explorar como diferentes formas de
participação e colaboração dentro de uma
comunidade podem apoiar e aprimorar as
maneiras pelas quais os jovens se
desenvolvem como criadores de mídia
interativa.
Scratch e a comunidade online do
Scratch
Scratch é um ambiente de programação,
desenvolvido pelo grupo Lifelong
Kindergarten no MIT Media Lab, que torna
fácil criar histórias interativas, jogos, arte e
simulações.
Um dos principais objetivos do Scratch é
permitir que os jovens se envolvam em
atos de expressão criativa orientados para
a construção e pessoalmente significativos.
Os projetos são criados juntando elementos
ou blocos de programação digital, como se
fosse encaixar tijolos de plástico
interligados. Esses projetos podem então
ser compartilhados com uma comunidade
online ativa composta por mais de 500.000
membros registrados. No processo de
criação e compartilhamento de projetos, os
jovens aprendem conceitos computacionais
e matemáticos básicos, enquanto também
aprendem estratégias importantes de
design, resolução de problemas e
colaboração.
O site Scratch, lançado em maio de 2007,
tornou-se um comunidade online vibrante,
com membros compartilhando mais de 1
milhão de projetos. Todos os dias,
membros da comunidade mundial do
Scratch (a maioria com idades entre oito e
socializing and creating.
But how does access to and participation in
this online community support young
people? As media large library of creative
possibility and inspiration, members can
download projects to study their
construction, remix downloaded projects to
be reshared online, create galleries of
related projects, comment on projects to
ask questions and provide feedback, and
discuss issues in the forums. These
features are appropriated by members in a
variety of ways. Through our observations
of the community, we have developed a
framework for characterizing the different
forms of participation in the community that
emerge from these varying processes of
appropriation.
We describe participation in the online
community in terms of a spectrum ranging
from socializing to creating. At one end of
the spectrum, we observe the
socializers—participants who are
predominantly motivated by socializing, the
group dynamics, and interactions with
others. A socializer might use the gallery
creation feature of Scratch to create spaces
that can be used as chatrooms without
contributing any projects. At the other end
of the spectrum, we observe the
creators—participants who are
predominantly motivated by creating, by the
individual processes and products of
programming. A creator might focus
predominantly on the programming aspect
of Scratch’s Imagine, Program, Share
tagline and express frustration when
projects that they perceive as less
technically sophisticated receive greater
attention from the community, acquiring
more views, comments, bookmarks,
downloads, or remixes. (We acknowledge
that even these extremes are moderated by
their context: the social aspects are
influenced by an overall atmosphere of and
interest in creation, and the activity of
creating projects for the Web site is
influenced by the social networking
environment.)
We see problems with participants dwelling
in the extremes.
Socializers are deprived of opportunities to
focus on interactive media creation and
express themselves with new forms.
dezesseis anos) carregam cerca de 1500
novos projetos do Scratch para o site - em
média, um novo projeto a cada minuto. A
coleção de projetos é incrivelmente diversa:
boletins de notícia interativos, simulações
científicas, visitas virtuais, tutoriais
animados e muito mais, tudo programado
com blocos de programação gráfica do
Scratch unindo socialização e criação.
Mas como o acesso e a participação nesta
comunidade online apoia os jovens como
criadores de mídia? Além de visualizar
a coleção de projetos carregados no site,
que serve como grande biblioteca de
possibilidades criativas e inspiração, os
membros podem baixar projetos para
estudar sua construção, recriar projetos
baixados a serem compartilhados
novamente online, criar galerias de projetos
relacionados, comentar nos projetos para
fazer perguntas e fornecer feedback e
discutir questões nos fóruns. Esses
recursos são apropriados por membros de
várias maneiras. Através de nossas
observações da comunidade,
desenvolvemos uma estrutura para
caracterizar as diferentes formas de
participação na comunidade que surgem
desses diversos processos de apropriação.
Descrevemos a participação na
comunidade online em termos de
um espectro que vai da socialização à
criação. Em uma extremidade do espectro,
observamos os socializadores –
participantes que são predominantemente
motivados pela socialização, pela dinâmica
de grupo e interações com os outros. Um
socializador pode usar o recurso de criação
de galeria do Scratch para criar espaços
que podem ser usados ​como salas de
bate-papo sem contribuir com nenhum
projeto. No outro extremo do espectro,
observamos os criadores – participantes
que são predominantemente motivados
pela criação, pelos processos individuais e
produtos de programação. Um criador pode
se concentrar predominantemente sobre os
aspectos do Imaginar, Programar e
Compartilhar do slogan do Scratch e
expressar frustração quando projetos que
ele perceber como menos sofisticados
tecnicamente recebam maior atenção da
comunidade, adquirindo mais
visualizações, comentários, favoritos,
Creators lack the benefit of learning with
and from others, developing the
community’s and their own capacities for
creation. We are most interested in, and
see some of the most exciting interactive
media creation taking place in, the middle
space, where participants draw on the best
of the socializing and creating practices.
Participation within this middle space is
diverse, with unanticipated creative forms
emerging through multiple collaborative
confi gurations. In the following sections, we
describe three instances of young people
who occupy this socializing-creating middle
space to great effect, imagining, designing,
and sharing interactive media
that would not have been possible through
only socializing or creating processes. We
use these narratives to demonstrate not
what every participant’s experiences are
like, but rather to give a sense of
what is possible.
Partner production: Animating Jodie the
Superheroine
With bright colors and bold structure, a
project listed in the Newest Projects section
on the front page caught the eye of Nadia,
a high school student and member of the
Scratch online community.
Nadia, who enjoys creating animations with
Scratch, went to view the project, hoping it
was an animation. But to her surprise, she
found that the project, created by another
high school student named Katie, an
unknown Scratch community member from
a different country, was simply a static
image, not interactive or animated: “I was
looking on the home page and I saw one
that popped out. It was of a cat-like
creature. I read the description and thought
it was an animation, but it wasn’t. So I left
it.”
A few weeks later, Nadia noticed another
project by Katie, which encouraged her to
explore Katie’s collection of projects. There
Nadia found hundreds of these static
images, with accompanying notes
describing the stories behind the images,
focusing on the adventures of a
superheroine named Jodie. Nadia imagined
the possibilities of bringing these stories to
life through animation and proposed a
collaboration to Katie by leaving a comment
on one of Katie’s projects: “Can I try to
downloads ou recriações. (Reconhecemos
que mesmo esses extremos são
moderados pelo seu contexto: os aspectos
sociais são influenciados por uma
atmosfera geral e interesse na criação e a
atividade de criação de projetos para o site
é influenciada pelo ambiente de rede
social.)
Vemos problemas com os participantes que
vivem nos extremos.
Os socializadores são privados de
oportunidades para se concentrar em
criação de mídia e se expressar com novas
formas. Criadores carecem do benefício de
aprender com e dos outros, desenvolvendo
a capacidade de criação da comunidade e
as suas próprias. Nós somos mais
interessados e vemos algumas das
criações de mídias interativas mais
interessantes ocorrendo no espaço
intermediário, onde os participantes
empatam no melhor das práticas de
socialização e criação. A participação
nesse espaço intermediário é diversa, com
formas criativas imprevistas surgindo por
meio de múltiplas configurações
colaborativas. Nas seções a seguir,
descrevemos três instâncias de jovens que
ocupam esse espaço intermediário
criador-socializador em grande efeito,
imaginando, projetando e compartilhando
mídia interativa que não teria sido possível
apenas através de processos de apenas
socialização ou criação. Usamos essas
narrativas para demonstrar não como as
experiências de cada participante são, mas
sim para dar um senso do que é possível.
Produção parceira: Animando Jodie, a
Super Heroína
Com cores vivas e estrutura arrojada, um
projeto listado na seção Projetos Mais
Recentes da primeira página chamou a
atenção de Nadia, uma estudante do
ensino médio e participante da comunidade
online do Scratch.
Nadia, que curte criar animações com o
Scratch, foi ver o projeto, esperando que
fosse uma animação. Mas, para sua
surpresa, ela descobriu que o projeto,
criado por outra estudante do ensino médio
chamada Katie, uma participante
desconhecida da comunidade Scratch de
outro país, era simplesmente uma imagem
estática, não interativa ou animada: “Eu
make moving sprites of you characters? We
could work together to make this animated
if you want. But only if you want to. Thanks.
(I like these drawings you do.)”
Katie responded positively to Nadia’s
suggestion, and for more than a year and a
half, the girls have collaborated on
animating Jodie the Superheroine,
producing ten episodes in a series about
Jodie. Through this collaborative process,
initiated and maintained solely by Katie and
Nadia, Katie has learned more about
programming with Scratch, expanding her
creative capacities beyond static images,
and Nadia has learned more about
aesthetic expression with Scratch, exploring
new ways of communicating ideas and
emotions through drawing.
Group gatherings: Establishing critique
groups for feedback
“The worst feeling in the world,” wrote
Albert in a post on the Scratch community
forums, “is to pour your hard work and
creativity into a project, only to have it
ignored completely by the Scratch
community.” With this post, Albert, a middle
school English teacher, had identified a
core challenge of the Scratch community.
Given the overwhelming number of new
projects appearing on the site every day, it
is impossible for every project to get the
care, attention, and feedback it deserves.
In response to this challenge, Albert
proposed a solution:
Scratchers could form critique groups,
following the practices of visual artists and
writers. Critique groups consist of five to
seven Scratchers who come together to
discuss projects within a genre and provide
feedback to one another. Albert created a
template for providing feedback: “(1)
Describe or summarize the project; (2)
Notice one thing you liked or could relate to
about the project; (3) Answer any specific
questions the author has about the project;
(4) Ask questions to clarify the author’s
intention and suggest alternative choices
the author could experiment with; and (5)
Encourage the author to keep working on
it.”
Albert started a critique group as a model
for others. Based on the early successes
with his group, Albert encouraged others to
start their own critique groups. Seeing the
estava olhando na página inicial e vi uma
que apareceu. Era de uma criatura
parecida com um gato. Li a descrição e
pensei que era uma animação, mas não
era. Então eu deixei quieto.”
Algumas semanas depois, Nadia notou
outro projeto de Katie, o que a encorajou a
explorar a coleção de projetos de Katie. Lá
Nadia encontrou centenas dessas imagens
estáticas, acompanhadas de notas
descrevendo as histórias por trás das
imagens, focando nas aventuras de uma
super-heroína chamada Jodie. Nádia
imaginou as possibilidades de dar vida a
essas histórias através da animação e
propôs uma colaboração a Katie deixando
um comentário em um dos projetos de
Katie: “Posso tentar fazer sprites que se
movam dos seus personagens? Podemos
trabalhar juntas para fazer uma animação
se você quiser. Mas só se você quiser.
Obrigada. (eu gosto desses desenhos que
você faz.)"
Katie respondeu positivamente à sugestão
de Nadia, e por mais mais de um ano e
meio as meninas colaboraram na animação
de Jodie, a Super Heroína, produzindo dez
episódios de uma série sobre Jodie. Por
meio desse processo colaborativo, iniciado
e mantido exclusivamente por Katie e
Nadia, Katie aprendeu mais sobre
programação com Scratch, expandindo
suas capacidades criativas além de
imagens estáticas; e Nadia aprendeu mais
sobre expressão estética com o Scratch,
explorando novas formas de comunicar
ideias e emoções através do desenho.
Reuniões de grupo: estabelecendo
grupos de crítica para feedback
“A pior sensação do mundo”, escreveu
Albert em um post no fórum da comunidade
Scratch, “é colocar seu trabalho duro e
criatividade em um projeto, apenas para
tê-lo ignorado completamente pela
Comunidade Scratch.” Com este post,
Albert, professor de inglês do ensino
fundamental, identificou um desafio central
da comunidade Scratch. Dado o grande
número de novos projetos aparecendo no
site todos os dias, é impossível que todos
os projetos recebam o cuidado, a atenção e
o feedback que merecem.
Em resposta a esse desafio, Albert propôs
uma solução:
helpful comments and ideas emerging from
this small group format inspired other
Scratchers, and numerous critique groups
have since been established. From
critique groups for different skill levels to
critique groups for different project genres,
the groups have been a way for members
of the Scratch online community to connect
their social and creative practices by giving
and receiving thoughtful feedback.
Collective connections: Inspiring and
drawing inspiration from Memes
Memes spread rapidly through the Scratch
online community.
Sometimes connecting to broader popular
culture and sometimes instigated from
within the community, Scratch memes take
different forms: slogans, musical excerpts,
images. Nery, a middle school girl who
loves designing and animating characters,
did not expect that her work would become
the source of a community meme: a sassy,
lovable reptile character that she had been
independently working on at home and then
shared online.
The community’s infatuation with Nery’s
reptile pets began unassumingly, with Nery
posting stories, games, and animations
featuring her self-drawn reptile pet. A few
other members of the community started to
create projects as a tribute to the character,
creating fan art that extended the
adventures and experiences of Nery’s
reptile. This fan art created further visibility
for the pets within the community, and over
time hundreds of fan projects and
companion reptile pets have been created.
All of this activity, initiated by Nery’s
character, has expanded beyond the
Scratch community, with the characters
being ported to other creation spaces,
such as Spore, a game in which players
develop species, and Roblox, an online
environment in which participants build
artifacts with virtual bricks.
Nery’s participation in the community has
not only changed other members’ creative
practices, it has also changed her own
creative activities. She draws inspiration
from other community memes to expand
her creations. One story involving her
reptile pet, for example, acknowledged a
current Scratch community obsession with
hamsters. Nery also draws on community
Os Scratchers podiam formar grupos de
crítica, seguindo as práticas de
artistas visuais e escritores. Os grupos de
crítica consistem de cinco a sete Scratchers
que se reúnem para discutir projetos dentro
de um gênero e fornecer feedback uns aos
outros. Albert criou um modelo para
fornecer feedback: “(1) Descreva ou
resuma o projeto; (2) Observe uma coisa
que você gostou ou com a qual você se
identifique no projeto; (3) Responda a
quaisquer perguntas específicas que o
autor tenha sobre o projeto; (4) Faça
perguntas para esclarecer a intenção do
autor e sugira escolhas alternativas que o
autor possa experimentar; e (5) Incentivar
que o autor continue trabalhando no
projeto.”
Albert começou um grupo de críticas como
modelo para outros. Baseado no sucesso
inicial com seu grupo, Albert encorajou
outros a começarem seus próprios grupos
de crítica. Vendo os comentários e ideias
úteis emergindo deste formato de pequeno
grupo inspirou outros Scratchers, e
numerosos grupos críticos foram
estabelecidos desde então. De grupos de
crítica para diferentes níveis de habilidade
a grupos de crítica para diferentes gêneros
de projeto, os grupos têm sido uma forma
de membros da comunidade online do
Scratch conectarem suas redes sociais e
práticas criativas dando e recebendo
feedback ponderado.
Conexões coletivas: inspirando e sendo
inspirado por Memes
Os memes se espalham rapidamente pela
comunidade online do Scratch.
Às vezes conectados à cultura popular
mais ampla e às vezes instigados por
dentro da comunidade, os memes do
Scratch assumem diferentes formas:
slogans, trechos musicais, imagens. Nery,
uma aluna do ensino fundamental que
adora desenhar e animar personagens, não
esperava que seu trabalho se tornaria a
fonte de um meme comunitário: uma
personagem réptil atrevida e adorável em
que ela havia independentemente
trabalhado em casa e depois compartilhado
online.
A paixão da comunidade pelos répteis de
Nery começou despretensiosamente, com
Nery postando histórias, jogos e animações
interactions and expertise, acknowledging
that the development of her ideas and
programming abilities lies within the
community. “A lot of my ideas sprung from
Scratch ‘roleplaying’ [acting out stories
through comments and projects] which is
quite popular with some of the users here.
[An online friend] taught me most of my
scripting, but I’ve also learned from the
programming ‘greats’ over time.”
Community as catalyst for interactive
media creation
The framework of the socializing-creating
middle space provides a way of thinking
about these narratives, both through the
particular social configurations that are
enacted and the units of creation supported
by these configurations. Socially, we see
that the Scratch online community has
enabled multiple, diverse configurations: a
more intimate partnership for Nadia and
Katie, a small working group for Albert and
other critique group participants, and a
more diffuse (but nonetheless influential)
relationship between Nery and a large
number of Scratchers. Within these social
configurations, different units of creation are
explored: Nadia and Katie focusing on
project construction, Albert attending to
project improvement and reflection, and
Nery contributing to (and deriving) project
inspiration.
Despite these differences in social
configuration and project creation within the
socializing-creating space, all three of these
narratives demonstrate how the online
community enabled new forms of
participation, catalyzing interactive media
creation for everyone involved. Access to
the community created opportunities for
individuals to imagine new possibilities for
creation; develop their technical and
aesthetic abilities; create more technically,
aesthetically, or conceptually sophisticated
projects than would have been possible to
create independently; and reflect on their
development as creators of interactive
media.
But even with all of the possibilities afforded
by the Scratch community, there are
cautions. The community and its
socializing-creating middle space can inhibit
just as it encourages. For example, a
workshop participant looked at projects in
apresentando seu réptil, desenhado por ela
mesma. Alguns outros membros da
comunidade passaram a criar projetos em
homenagem ao personagem, criando fan
art’s que estenderam as aventuras e
experiências do réptil de Nery. Estas fan
art’s deram mais visibilidade para os
animais dentro da comunidade e, ao longo
do tempo, centenas de projetos de fãs e
répteis companheiros foram criados. Toda
essa atividade, iniciada pelo personagem
de Nery, se expandiu para além da
comunidade Scratch, com os personagens
sendo portados para outros espaços de
criação, como o Spore, um jogo em que os
jogadores desenvolvem espécies, e o
Roblox, um ambiente online no qual os
participantes constroem artefatos com
blocos virtuais.
A participação de Nery na comunidade não
mudou apenas práticas criativas de outros
membros, mas também mudou suas
próprias atividades criativas. Ela se inspira
em outros memes da comunidade para
expandir suas criações. Uma história
envolvendo seu réptil, por exemplo, se deu
por uma atual obsessão da Comunidade
Scratch por hamsters. Nery também se
baseia nas interações e conhecimentos da
comunidade, reconhecendo que o
desenvolvimento de suas ideias e
habilidades de programação está dentro da
comunidade. "Muito das minhas ideias
surgiram do 'roleplaying' do Scratch
[encenação de histórias através de
comentários e projetos] que é bastante
popular entre alguns dos usuários aqui.
[Um amigo online] me ensinou a maior
parte do meu scripts, mas também aprendi
com o ‘senso comum’ de programação ao
longo do tempo"
Comunidade como catalisador para
criação de mídia interativa
A estrutura do espaço intermediário de
criadores e socializadores fornece uma
maneira de pensar sobre essas narrativas,
tanto por meio das configurações sociais
particulares que são encenadas quanto
pelas unidades de criação apoiadas por
essas configurações. Socialmente, vemos
que a comunidade online do Scratch
possibilitou múltiplas e diversas
configurações: uma parceria mais íntima
para Nadia e Katie, um pequeno grupo para
the online community and felt intimidated by
what he perceived to be unattainably
high-quality work, and a current online
community member was discouraged by an
early experience with negative feedback.
This is somewhat unsurprising, as
interacting with others (particularly in a
communication medium such as an online
community) and giving and receiving critical
feedback are skills that require practice. In
response, we need to enable numerous
entry points for participation, where
participants can safely enter into the
community with opportunities to learn, and
also contribute to the community’s habits
and practices.
The narratives of Nadia, Katie, Albert, and
Nery emphasize the potential of connecting
social practices and creation practices. We
hope that ideas and lessons learned from
the Scratch community can be applied
within other online communities and
face-to-face contexts, enabling a wide
variety of young people to go beyond
interacting with media to become creators
of interactive media.
Albert e outros participantes do grupo de
crítica e uma relação difusa (mas ainda
assim influente) entre Nery e um grande
número de Scratchers. Dentro dessas
configurações sociais, diferentes unidades
de criação são exploradas: Nadia e Katie
focando na construção do projeto, Albert
atendendo a melhoria do projeto e reflexão
e Nery contribuindo (e se beneficiando)
com inspiração.
Apesar dessas diferenças na configuração
social e na criação de projetos dentro do
espaço de socialização-criação, todas
essas três narrativas demonstram como a
comunidade online possibilitou novas
formas de participação, catalisando a
criação de mídia interativa para todos os
envolvidos. O acesso à comunidade criou
oportunidades para os indivíduos
imaginarem novas possibilidades de
criação; desenvolve suas habilidades
técnicas e estéticas; criar projetos mais
tecnicamente, esteticamente ou
conceitualmente sofisticados do que teria
sido possível criar de forma independente;
e refletir sobre seu desenvolvimento como
criadores de mídias interativas.
Mas mesmo com todas as possibilidades
oferecidas pela comunidade Scratch, há
cuidados. A comunidade e seu espaço
intermediário de criação-socialização
podem inibir tanto quanto encorajar. Por
exemplo, um participante de workshop
olhou para projetos na comunidade e se
sentiu intimidado pelo que considerava um
trabalho de alta qualidade inatingível, e um
membro atual da comunidade online foi
desencorajado por uma experiência inicial
com feedback negativo.
Isso não é surpreendente, pois interagir
com outras pessoas (particularmente em
um meio de comunicação como uma
comunidade online) e dar e receber
feedback crítico são habilidades que
exigem prática. Em resposta, precisamos
habilitar vários pontos de entrada para
participação, onde os participantes podem
entrar com segurança na comunidade com
oportunidades de aprender e também
contribuir para os hábitos e práticas da
comunidade.
As narrativas de Nadia, Katie, Albert e Nery
enfatizam o potencial de conectar práticas
sociais e práticas de criação. Nós
esperamos que as ideias e lições
aprendidas na comunidade Scratch possam
ser aplicadas em outras comunidades
online e em contextos presenciais,
permitindo que uma grande variedade de
jovens vão além interagindo com a mídia
para se tornarem criadores de mídia
interativa.