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Disciplina de Português- 7º E

Leandro, Rei da Helíria, de Alice Vieira

Ficha de Verificação da Leitura – Ato I

Completa o texto que se segue, com base na leitura efetuada do


primeiro ato da peça:

O 1º ato deste texto dramático é constituído por um total de onze


cenas. As cenas têm lugar em sítios no paláciodo Rei Leandro, principalmente no jardim
do palácio e na sala de banquetes.
Logo no início, o Rei fala com o bobo e no seu discurso mostra-se atormentado
com o sonho que teve, pois considera que se trata de um recado dos deuses.
Na 2ª cena, ficamos a conhecer duas das suas filhas: Amarílis e Hortênsia. Estas
mostram-se, desde logo, interesseiras e falsas e terminam a cena envolvendo-se numa
grande bulha e insultando-se mutuamente.
Na 3ª cena, surge Violeta, atraída por toda aquela barulheira infernal, mas as irmãs
dão o assunto por encerrado e pedem-lhe que não se meta, porque são coisas de gente
crescida.
Seguidamente, na 4ª cena surgem os noivos de Amarílis e Hortênsia com o objetivo
de marcar os casamentos. O noivo de Amarílis, o príncipe Felizardo, é do tipo príncipe
novo rico, fanfarrão e só pensa no seu dinheiro. O noivo de Hortênsia, o príncipe
Simplício, é muito tímido, vive na sombra do noivo de Amarílis e apresenta um
vocabulário tão reduzido que a única frase que profere vezes sem conta é: “Tiraste-me as
palavras da boca”. O Rei decide comemorar os casamentos das filhas, no dia seguinte,
com uma grande festa no palácio.
Na cena 5, Violeta caminha só pelo jardim, quando é surpreendida pelo príncipe
Reginaldo, seu pretendente. Violeta revela o seu sonho ao futuro noivo e diz-lhe que é um
mau sonho. Sobre o casamento de ambos decidem falar após os festejos do casamento das
irmãs.
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A cena 6 é apenas o relato dos preparativos para o banquete real.
A 7ª cena é bastante esclarecedora, no que diz respeito ao carácter dos três
príncipes, uma vez que os noivos de Amarílis e Hortênsia se mostram apenas preocupados
com a riqueza que irão proporcionar às noivas, enquanto que o futuro noivo de Violeta
diz ser o mais sortudo de todos, por ter o amor de Violeta.
Nas cenas 8 e 9, o discurso entre as três irmãs sobre o seu futuro também nos deixa
perceber que Amarílis e Hortênsia apenas estão interessadas na riqueza dos noivos, não
se ralando, a primeira com a reduzida da linguagem do noivo e a segunda com o facto de
o noivo ser de poucas deselegâncias.
A 10ª cena é uma das mais longas e remete-nos para o interior do palácio, onde irá
decorrer a festa de noivado. Esta cena é de grande importância, porque o Rei decide,
finalmente, revelar o conteúdo do seu sonho, dizendo que viu o seu manto ser levado pelo
vento, a coroa ser arrastada pela fúria das águas e o seu cetro arrancado por forças
invisíveis. Na opinião do Rei, os deuses querem que ele deixe de reinar , por estar velho
de mais e não conseguir zelar pelos seus súbditos. O Bobo tem opinião diferente e diz, de
forma cómica, que “os deuses devem estar loucos ”. O Rei anuncia então a sua decisão de
entregar o reino à filha que demonstrar maior _amor por si. Uma a uma, as filhas
ajoelham-se diante do pai para manifestarem os seus sentimentos: Amarílis diz “Quero-
vos mais do que ao sol”. Hortênsia diz “Quero-vos mais do que ao ar que eu respiro” e,
por último, Violeta que diz “Preciso de vós como a comida precisa do sal”. O Rei fica
furioso por tal comparação de Violeta e diz-lhe que nunca mais a quer ver.
Na cena 11, o Rei manda chamar o escrivão para redigir um documento no qual
refere que a partir daquele dia ninguém ouse pronunciar o nome de Violeta, que esta seja
banida do reino e que nunca mais se cultivará violetas no seu jardim. O príncipe
Reginaldo assegura ao Rei que esta irá, mas não estará só, pois irão casar e viverão felizes
no seu reino. O Rei decide então que o seu reino ficará para as suas outras filhas,
dividindo-o em duas partes: Amarílis governará o norte (os seus pomares, vinhas,
pastagens…) e Hortênsia governará o sul (as minas de ferro, cobre, estanho…). Quanto ao
Rei, viverá seis meses em cada reino e ficará só com o seu fiel bobo, dispensando o
restante séquito. Esta última cena termina com a crueldade das duas irmãs que discutem
sobre quem irá ser a primeira a “ter de aturar o velho”.

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Leandro, Rei da Helíria, de Alice Vieira

Ficha de Verificação da Leitura – Ato II

Completa o texto que se segue, com base na leitura efetuada do


segundo ato da peça:

O 2º ato apresenta onze cenas. Em termos de localização,


verificamos que este vai alternando entre a casa onde o Rei se abriga e os reinos das suas
filhas.
Na 1ª cena, O Rei e o seu fiel bobo caminham pela estrada e vêem-se forçados a
abrigar-se devido à tempestade que se aproxima.
Na 2ª cena, encontram um Pastor, cujo verdadeiro nome é Godofredo Segismundo,
embora na brincadeira diga que é o rei de copas. O Bobo resolve contar a triste história do
seu amo ao Pastor e quando lhe fala da frase proferida por Violeta_, filha preferida do
Rei, o Pastor responde, com grande sabedoria: “Grande vai o mal na cas aonde não há
sal.”
Na 3ª cena viajamos até ao reino de Amarílis, que chamara a irmã Hortênsia para
decidir sobre o futuro do pai. Nem uma nem outra se encontram na disposição de
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continuar a abriga-lo. Segundo Amarílis, o Rei passou a ser como um súbdito qualquer do
seu reino, quando decidiu entregar-lhes o poder. O príncipe Felizardo acrescenta que
“Quem não trabuca, não manduca _.” E decidem que o melhor é deixar o pai à sua sorte,
pois não querem vadios e preguiçosos.
Na 4ª cena, o Pastor aconselha o Bobo a procurar a outra filha, mas o Bobo teme a
reação do Rei, que nem quer ouvir falar em tal nome e só sabe repetir “Eu não sou
maluco_”.
Na 5ª cena somos transportados para os domínios de Violeta e Reginaldo, onde o
Pastor relata toda a história do Rei. Ficamos a saber que Violeta, sua filha, todos os
domingos, na praça do mercado, pedia à população para que se vissem o seu pai o
levassem à sua presença, sem contudo lhe contou a sua presença.
Na 6ª cena, o Pastor descreve o seu reino e fala de toda a fartura que aí poderão
encontrar. O Bobo desconfia, mas assim que o Rei acorda ele diz-lhe que a tempestade já
passou e que está na hora de pôr os pés a caminho. O Pastor informa o Bobo sobre o
melhor caminho a seguir para chegar ao seu reino.
Na 7ª cena, o Pastor fala com Violeta e informa-a que o seu pai não tardará a chegar
e repete constantemente: “tão certo como eu me chamar Godofredo ”. Violeta apressa-se
a transmitir ordens na cozinha e pede ao Pastor que informe que, à noite, as portas do seu
palácio estarão abertas e haverá comida para toda a gente. Pede também que fique de
vigia e que assim que o seu pai aparecer o leve à sua presença.
Na 8ª cena, o Rei e o Bobo chegam finalmente ao reino de Violeta. O Bobo mostra-
se muito entusiasmado, mas o Rei, pessimista, não para de repetir a lengalenga: “Em toda
a parte há medo, dor, tristeza…”
Na 9ª cena, o Bobo converso com o Rei sobre as suas filhas, ao que este responde,
arreliado, que não tem filhas e que a culpa é dos deuses. O Bobo responde-lhe que se está
na situação em que está o deve às desalmadas das filhas.
Na cena 10, o príncipe Reginaldo surge junto deles e diz que cheira a violetas , que
tem plantadas no seu jardim, e o Rei Leandro entusiasmado, quando o ouve. De seguida é
a vez de Violeta falar e o Rei fica confuso, porque a voz é-lhe familiar. Reginaldo
pergunta-lhe quem é e o que faz no seu reino, ao que o Rei responde: “Sou rei de
Helíria”. Reginaldo diz-lhe então que esse reino já não existe, que fora dividido em dois e

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oferecido às filhas mais velhas, que agora não faziam outra coisa que passar o tempo a
_guerrearem-se uma à outra.
Na última cena, dá-se o banquete. Violeta manda servir o grande prato e o Rei
prova, mas desaprovoumanda servir o prato seguinte e o Rei volta a fazer o mesmo.
Seguem-se outros pratos, mas a reação do Rei é sempre a mesma, até que diz:
“Intragável_! Esta comida está _podre _!”. Violeta informa-o que é apenas comida sem
sal. O Rei fica sem fala, espantado e pergunta-lhe o sal. O Bobo reconhece-a de imediato
e o Rei admite então o seu grande erro ao _expulsar a única filha sincera que tinha, a
única que o amava de verdade. O Pastor intervém e, citando as palavras da sua esposa,
Briolanja , diz: “A palavras ocas, orelhas moucas.” O Rei pede desculpa a sua filha
Violeta e tudo acaba em bem. Doravante, aquele será também o seu reino, refere Violeta,
e esquecerão tudo o que ficou para trás. Terminou o pesadelo! E o Bobo termina, dizendo:
“Vitória, vitória, _acabou a história_”.

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